FOTO: JOÃO GODINHO
Com choro e muitos abraços. Foi assim que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, comemorou a absolvição da acusação que de ser o assassino do carcereiro Rogério Martins Novello. O julgamento, realizado no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, durante três dias, durou mais de 36 horas e contou com o depoimento de seis testemunhas. O promotor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) Henry Vasconcelos, responsável pela acusação, irá recorrer da decisão.
Durante a leitura de sentença, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues informou que, dos sete jurados, quatro votaram pela absolvição e dois, pela condenação. O último voto não foi aberto pela juíza, uma vez que a maioria já havia sido conquistada.
Para um dos advogados de Bola, Zanone Manuel de Oliveira, a absolvição mostrou uma independência do Poder Judiciário. "Falei para o júri o quanto estava equivocada a opinião pública, que condena Marcos Aparecido sem provas, e que eles não poderiam se influenciar por isso", disse. Ao comentar a sentença, familiares de Bola disseram estar aliviados com a decisão da juíza e que sempre esperaram pela absolvição.
O último dia do julgamento foi marcado pelo embate entre defesa e promotoria. O primeiro a falar foi Vasconcelos, que, durante 90 minutos, tentou desconstruir o argumento da defesa de que Bola, exímio atirador, não erraria os disparos e não escolheria uma pistola 765 para matar Novello. Em seguida, também por 90 minutos, a defesa insistiu que o processo não tinha provas contra Bola e que, se ele fosse condenado, seria devido à opinião da mídia.
Durante a leitura de sentença, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues informou que, dos sete jurados, quatro votaram pela absolvição e dois, pela condenação. O último voto não foi aberto pela juíza, uma vez que a maioria já havia sido conquistada.
Para um dos advogados de Bola, Zanone Manuel de Oliveira, a absolvição mostrou uma independência do Poder Judiciário. "Falei para o júri o quanto estava equivocada a opinião pública, que condena Marcos Aparecido sem provas, e que eles não poderiam se influenciar por isso", disse. Ao comentar a sentença, familiares de Bola disseram estar aliviados com a decisão da juíza e que sempre esperaram pela absolvição.
O último dia do julgamento foi marcado pelo embate entre defesa e promotoria. O primeiro a falar foi Vasconcelos, que, durante 90 minutos, tentou desconstruir o argumento da defesa de que Bola, exímio atirador, não erraria os disparos e não escolheria uma pistola 765 para matar Novello. Em seguida, também por 90 minutos, a defesa insistiu que o processo não tinha provas contra Bola e que, se ele fosse condenado, seria devido à opinião da mídia.
Benefícios
Para especialistas em direito criminal, a absolvição de Bola no julgamento de ontem pode beneficiar os acusados do caso Eliza Samudio, que têm julgamento marcado para o próximo dia 19, no fórum de Conagem. "Acho que a estratégia da defesa de mostrar que o delegado Edson Moreira tem inimizade com Bola e quer acusá-lo de crimes pode embolar esse julgamento (do caso Eliza) e trazer benefícios aos outros acusados. Digo isso porque se quem foi apontado como executor for absolvido, os demais também serão", afirmou o advogado criminalista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). (JC)
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