O homem é responsável pela distribuição de cocaína para várias bocas de fumo na Grande BH. Com a apreensão do material no laboratório de refino do suspeito a polícia deu ao traficante um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil
Andréa Silva - Aqui
Publicação: 24/01/2013 12:21 Atualização: 24/01/2013 12:44
Rodrigo Marcos Simões, de 29 anos, é acusado de dois assassinatos |
Policiais da Delegacia de Homicídios Noroeste estavam investigando casos de homicídio na região para reduzir a criminalidade. Os assassinatos estavam ligados ao tráfico de drogas, por isso os investigadores chegaram até Rodrigo, conhecido como “Grão”, e descobriram que ele era um grande fornecedor de entorpecentes.
Rodrigo é acusado por dois homicídios, em 2005 e 2007, crimes ocorridos no Cidade industrial, em Contagem, por disputa de pontos de venda de drogas. Segundo o delegado Fernando Miranda, o criminoso agia nas vilas Barraginha e Trigo Diniz. Ele é suspeito de um terceiro assassinato e foi preso em cumprimento de mandado de prisão pelo tráfico. Policiais monitoraram Rodrigo e ao comprovar a atividade ilícita solicitação mandado na Justiça.
Tráfico e dinheiro
Rodrigo foi preso no Bairro Vela Vista em Vespasiano, na Grande BH, onde morava na casa da mãe. O ponto de refino da droga funcionava em um imóvel a cerca de um quilômetro da residência e o traficante foi preso dentro do seu carro, um Fiat Linea, a caminho do laboratório.
De acordo com a polícia, o traficante movimentava muito dinheiro. A casa onde morava era muito estruturada, com móveis e eletrodomésticos de primeira linha. No laboratório, investigadores encontraram uma caderneta com anotação sobre dinheiro que ele ainda receberia. Havia dívidas de R$200 e R$ 100 mil a serem pagas por donos de boca de fumo da Grande BH.
Foram apreendidos 16 quilos de cocaína pura, lidocaína, morfina, xilocaína, acido bórico, prensa, balança de precisão, micro-ondas, secador de cabelo, esmalte, circulador de ar - todos materiais usados no refino e secagem da droga. Cada quilo da droga apreendida renderia quatro quilos para venda.
Rodrigo informou aos policiais que aprendeu a técnica de refino de cocaína na prisão, mas viajou até a Bolívia para comprar materiais. Trouxe as mercadorias para o Brasil e montou seu próprio laboratório. A polícia tenta descobrir quem é o responsável pelo imóvel no funcionava a fábrica. A droga era embalada em tabletes diferenciados por cores, que indicam a pureza do pó. O pacote vermelho tem cocaína mais pura, seguido do azul, amarelo e branco.
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