domingo, 22 de janeiro de 2012

Prefeito Marcio Lacerda diz ser contrário ao aumento


Pressão popular teria motivado a posição, que será discutida com os vereadores, na busca de uma saída


FLAVIO TAVARES
marcio lacerda
Prefeito na inauguração de um centro especializado para atendimento da saúde do turista


A Prefeitura de Belo Horizonte não vai sancionar o projeto que prevê o reajuste dos vereadores em 61,8%. Quem garante é o próprio prefeito, Marcio Lacerda (PSB). Segundo ele, ainda não há uma definição sobre o assunto, mas a possibilidade de conceder o benefício está descartada.

“A promulgação está, ou melhor, sempre esteve fora de cogitação”, afirmou no sábado (21) o socialista. A declaração foi dada durante a inauguração de um centro especializado para atendimento da saúde do turista. Esta é a primeira vez que ele trata abertamente do assunto. Na segunda-feira (23), o prefeito vai se reunir com integrantes da Mesa Diretora da Câmara para tentar encontrar uma solução para o caso.

Os vereadores de Belo Horizonte pressionam para que o prefeito aceite o aumento aprovado pela Câmara. Se isso acontecer, o salário dos parlamentares municipais vai passar dos atuais R$ 9,2 mil para R$15 mil. Nos últimos dias, integrantes do Legislativo e do Executivo têm avaliado o tema, na busca de um acordo.

Com a assinatura do prefeito descartada, restam ainda outras duas possibilidades. A primeira é a devolução do projeto para os vereadores. Para isso, basta que o prazo regimental para análise do Executivo, que vai até o próximo dia 26, se esgote. Essa medida poderá amenizar o desgaste do prefeito junto à sociedade e, ainda, não afetará de maneira intensa o relacionamento com os parlamentares. Seria uma forma de dividir entre os dois poderes a responsabilidade.

Como o caso ganhou grande repercussão, Lacerda tenta encontrar uma forma de manter a imagem devido ao ano eleitoral. Os dois últimos prefeitos da capital, Célio de Castro e o atual ministro Fernando Pimentel (PT), adotaram essa postura quando tiveram pela frente a missão de alterar o salário do Legislativo.

A outra alternativa é o veto a o texto. Só que essa postura poderá resultar no início de uma relação conturbada entre os poderes, mesmo com o socialista tendo hoje como aliados praticamente todos os vereadores da capital.
Para aprovar projetos de interesse do Executivo, Lacerda precisa do apoio dos parlamentares. “É preciso tomar os devidos cuidados na relação entre os poderes. Pretendemos colocar nossos pontos de vista e caminhar no rumo do entendimento”, afirmou.

Técnicos da Prefeitura teriam encontrado problemas no projeto, o que poderá servir de motivo para que o Executivo não aprove o tema. Apesar da situação, Lacerda evitou ontem entrar em detalhes. “Prefiro não adiantar nada, por respeito na relação entre o Executivo e o Legislativo”. A especulação gira em torno de parte do texto, que estabelece uma vinculação do salários dos vereadores com os vencimentos dos deputados estaduais, o que pode gerar questionamentos por parte da Justiça.

O prefeito comentou ainda a pressão popular desde a aprovação do projeto na Câmara e que pede o veto ao texto. “Temos um movimento com opinião forte, contrário ao aumento. É preciso que os vereadores tenham ideia do peso da opinião pública”.

Sobre a possibilidade da concessão do aumento gerar polêmica com outros setores da administração municipal, Lacerda minimizou. Na edição de sábado do Hoje em Dia , a presidente do Sindicato dos Servidores da capital (Sindibel), Célia Lelis, prometeu pressionar o Executivo caso o reajuste fosse aprovado para os vereadores. Na oportunidade, ela afirmou que a intenção é exigir o mesmo reajuste para os servidores, já que o dinheiro “sai do mesmo cofre”. Em resposta, Lacerda apontou os limites impostos pela legislação. “É legítimo que os sindicatos apresentem as reivindicações. Temos que ouvi-las sempre. Mas é preciso levar em consideração os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”.

Patrimônio de vereadores é peça de ficção


Números da Justiça Eleitoral revelam a fenomenal variação patrimonial dos vereadores de Belo Horizonte


CARLOS RHIENCK/ARQUIVO
câmara
De R$ 959 mil a nenhum tostão: vereadores de BH entregaram a lista de patrimônio à Justiça Eleitoral


Mobilizados para turbinarem os próprios salários, que podem saltar de R$ 9 mil para R$ 15 mil a partir de 2013, os 41 vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte acumulam, hoje, juntos, uma fortuna pessoal visível avaliada em mais de R$ 10 milhões, conforme declaração de bens entregue, por eles mesmos, à Justiça Eleitoral na última campanha, em 2008.

De acordo com a documentação, alguns parlamentares informaram ser donos de várias posses, como casas, apartamentos, aplicações financeiras, dinheiro vivo, salas comerciais, cotas de empresas, carros, terrenos, chácaras, sítios, fazendas, cabeças de gado, tropa de cavalos, lojas. Outros, no entanto, declararam não possuir um único centavo sequer. Em relação aos sem recursos, o empenho da atual Mesa Diretora em aumentar o contracheque dos parlamentares até se justificaria, caso a maioria das declarações de bens não fosse considerada mera “obra de ficção”, como já classificou, em entrevista, o procurador regional eleitoral, Felipe Braga Peixotto Neto, do Ministério Público Federal (MPF) em Minas.

Apesar da constatação do membro do MPF, a atual Legislação possibilita a abertura de brechas para que políticos possam apresentar declarações de bens que não condizem com a realidade. Pela lei em vigor, os candidatos não são obrigados a apresentar declaração eleitoral igual à documentação exigida pelo Fisco. Ou seja, para conseguir o registro de candidatura, o político não é obrigado a declarar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o que possui ter de fato.    Como o MPF já admitiu que não dispõe de mecanismos suficientes para investigar indícios de irregularidades nos registros das candidaturas, as declarações de bens apresentam um notório descompasso, beirando o surrealismo.

Conhecido empresário da noite, ex-assessor especial do então governador Aécio Neves (PSDB), vereador por dois mandatos, o atual presidente da Câmara Municipal, o tucano Léo Burguês, declarou que não possui nenhum tostão. Da mesma forma que Burguês, os novatos Bruno Miranda (PDT), Márcio Almeida (PRP) e Toninho Pinheiro da Vila Pinho (PTdoB) informaram que não possuem bens para declarar à Justiça Eleitoral.

Enquanto uns falam que não têm absolutamente nada, outros podem ser considerados ricos. Ex-jogador do Atlético e do América nos anos 1970 e 1980, ex-assessor de gabinete do deputado estadual João Leite (PSDB), o professor de educação física Heleno (PHS) está no topo da lista dos vereadores mais abonados.

Ele declarou ter bens no valor total de R$ 959.121,92. Constam na lista três carros: Peugeot (25.300), Ford Fiesta (33.890), Meriva (R$ 32.200) e quatro imóveis, sendo dois residenciais (R$ 419.386 e R$ 240 mil), um comercial (R$ 144.595,92), além da participação de 50% em outro imóvel não especificado (R$ 63.750).

No segundo lugar do ranking dos endinheirados aparece o ex-deputado federal Leonardo Mattos (PV), com R$ 890 mil declarados. O bem mais valioso dele é uma aplicação financeira na Caixa Econômica Federal de R$ 160 mil. Mattos declara ter ainda três apartamentos (R$ 160 mil, R$ 100 mil e R$ 60 mil), um plano de previdência da Caixa (R$ 200 mil), uma sala no centro da cidade (R$ 100) e um carro (R$ 30 mil).

Filho do ex-deputado Irani Barbosa e da ex-prefeita de Ribeirão das Neves Gracinha Barbosa, o empresário do setor imobiliário Iran Barbosa (PMDB) ostenta a terceira colocação entre os parlamentares que declaram ter posses. Novato na política, Iran informou ter R$ 803.459,60. A participação no capital da empresa Gávea Empreendimentos Ltda, no valor de R$ 745.810, é o bem mais precioso que o peemedebista alega ter. Já o bem mais barato é um lote no Bairro Planalto, em Belo Horizonte, avaliado por ele em R$ 100.

CAMINHÃO DESGOVERNADO EM MONTES CLAROS MATA UM BOMBEIRO E FERE PROFISSIONAIS DO SAMU E DOIS GUARDAS MUNICIPAIS QUE ESTAVAM AJUDANDO A RETIRAR VITIMAS DE OUTRO ACIDENTE


Caminhão mata quatro em BR
Motorista teria ignorado congestionamento e não conseguiu controlar o veículo na BR-135
Publicado no Jornal OTEMPO em 22/01/2012
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ANA PAULA BRAGA

Bombeiros e polícia trabalham no local onde aconteceu dois acidentes
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Um caminhão carregado com bois atropelou e matou quatro pessoas, entre elas um bombeiro que estava realizando o resgate de um motorista que havia se envolvido em outro acidente, na BR-135, em Montes Claros, na região Norte do Estado. Entre os mortos também estavam curiosos que resolveram parar para ver os trabalhos dos militares após o primeiro acidente. O saldo dos dois acidentes ainda teve oito feridos, sendo um enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu) de Montes Claros e dois guardas municipais.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por volta das 8h40, uma carreta parada no acostamento, com problemas mecânicos, foi atingida na traseira por outro caminhão. Na batida, um Fiat Uno também foi atingido. Seis pessoas ficaram feridas, sendo um caminhoneiro e cinco do carro.
O bombeiro Leandro Henrique dos Santos contou que três viaturas foram acionadas para o local para prestar socorro no primeiro acidente. Militares e médicos do Samu faziam parte da equipe de resgate. No momento em que os militares tentavam retirar do veículo Wilson Antônio Joaquim, preso nas ferragens, o caminhão carregado com bois apareceu desgovernado. Após invadir a contramão da rodovia, o veículo bateu em três viaturas e atropelou seis pessoas. Na tragédia, o brigadista Claudionor da Silva Cordeiro, 32, Sandro Roberto de Jesus, 63, Milon Pascoal Cortez, 24, e outra vítima que não foi identificada morreram na hora.
"Foi um acidente terrível. Uma fatalidade. Apesar do fato da nossa profissão conviver com riscos, é muito triste perder um colega que estava prestando socorro, salvando vidas. Por determinação do comandante, alguns brigadistas da equipe foram liberados por conta da tragédia", desabafou o bombeiro Helbert Ferreira.
O motorista do caminhão carregado com animais só conseguiu parar o veículo depois que caiu em um barranco às margens da rodovia. Os bois que estavam sendo transportados não se feriram.
As vítimas foram encaminhadas para os hospitais Santa Casa de Misericórdia e Universitário, em Montes Claros, sendo que duas delas correm risco de morte. De acordo com a PRF, nove veículos se envolveram nos acidentes, que causou um congestionamento de cerca de 20 Km.

Militar do Corpo de Bombeiros morre após ser atingido por tiro enquanto dirigia, em Venda Nova


22/01/2012 08h24
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LETÍCIA SILVA / RICARDO VASCONCELOS
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Um cabo do Corpo de Bombeiros Alanderson Alcantra Soares, de 38 anos morreu na manhã deste domingo (22) após ser atingido por um tiro de origem ainda não identificada, enquanto dirigia no bairro Europa, na região de Venda Nova.
De acordo com militares do 49º Batalhão, O militar seguia por uma rua, quando perdeu o controle do veículo e bateu em um muro residencial.
O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) chegou ao local mas o homem não resistiu. Quando a perícia chegou ao local, foi constatado que havia uma perfuração de tiro atrás da orelha direita do militar.
Segundo informações, o cabo, que tinha 18 anos de serviço no Corpo de Bombeiros, teria se desentendido com a mulher e saído de casa. Ele teria passado na casa do pai e em um bar, no bairro Serra Verde.
Ao sair do estabelecimento, ele teria sido abordado por três homens que teriam roubado a sua carteira e seu GPS.
Não se sabe se os suspeitos chegaram a entrar no veículo do militar.
Ainda não há informações sobre a origem do tiro e se há motivação ou se trata de bala perdida.
A PM trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).