domingo, 2 de setembro de 2012

Mistura de álcool, imprudência e falta de educação vira tormento em Belo Horizonte Conheça as figuras que desafiam as leis, fazendo das madrugadas de BH um vale-tudo e de seu lazer um tormento para o restante da cidade


Publicação: 02/09/2012 06:54 Atualização: 02/09/2012 10:50
Pedestres se espremem na calçada que vira estacionamento na Raja Gabaglia, reduto de points da moda  (Marcos Vieira/EM/DA Press)
Pedestres se espremem na calçada que vira estacionamento na Raja Gabaglia, reduto de points da moda

“À noite, não há Código de Trânsito nem lei. O que vale é beijo na boca e mão na coxa.” Depois de resumir com suas palavras o vale-tudo que domina as madrugadas de Belo Horizonte, o motorista acelera o Gol em direção à Avenida Raja Gabaglia, reduto de boates e bares badalados. Como ele, sem qualquer compromisso com o sono alheio, a fluidez e a segurança no trânsito, uma turma espaçosa atropela todas as regras e leva perigo à noite da capital. A mistura inconsequente de diversão, álcool e velocidade trava o trânsito, ao multiplicar filas duplas e paradas em locais proibidos diante dos points da moda. Morar perto de um deles é garantia permanente de horas maldormidas, garagens bloqueadas e muita irritação. Foi o que comprovou a equipe do Estado de Minas, ao acompanhar a movimentação de quinta e sexta-feira perto de algumas das mais agitadas casas noturnas da capital. Lugares onde, em meio a pessoas que procuram apenas relaxar, festejar ou encontrar amigos, proliferam diferentes tipos de gente abusada, que torna seus momentos de lazer um tormento para o resto da cidade.
Um dos pontos onde há concentração de gente e de problemas é a própria Raja Gabaglia. Já é mais de meia-noite e as calçadas, lotadas de manobristas e flanelinhas, estão tomadas por carros. No posto de gasolina, motoristas estacionam os veículos e aproveitam para tomar a última gelada antes de entrar na casa de show. A euforia aumenta quando a Ferrari amarela, acelerando a toda, rasga a avenida como se estivesse numa competição automobilística.

Diferentemente do carro de luxo, o Palio com o som sertanejo no talo não faz tanto sucesso entre os clientes à espera na fila da boate. O motorista reduz a marcha, abre a janela na tentativa de um flerte, mas segue sem sucesso, enquanto condutores de outros veículos se viram para desviar da lentidão. No jardim de uma oficina mecânica, pátio transformado em estacionamento por manobristas, o moço de blusa branca olha para um lado e para o outro, tentando disfarçar o fato de transformar a rua em banheiro. Tudo isso é fruto de algumas horas na madrugada da última sexta-feira, mas poderiam ser flagrantes de outros dias e outros pontos de BH. Na capital onde vale tudo para se divertir, desrespeito e o egoísmo imperam onde quer que seja a balada.

Basta chegar à Rua Piuim-í, Bairro Anchieta, na Região Centro-Sul, para comprovar. Já são mais de 21h de sexta-feira e o congestionamento é digno dos piores horários de pico. Enquanto quem já conseguiu estacionar, ainda que em frente a alguma garagem, circula pelas calçadas, outros tantos estão irritados ao volante, em busca da vaga inexistente. Não bastasse a fila enorme de carros, a situação se complica quando, ao mesmo tempo, três motoristas chegam para estacionar, todos na esquina com a Rua Passatempo, todos sobre a faixa de pedestres. De um Citroen C3 saem duas moças loiras sem qualquer constrangimento. O dono da Saveiro preta senta à mesa do bar em frente, onde amigos o aguardam. Trata a situação com naturalidade, apesar de estar dificultando a conversão de outros veículos.

A turma das motos turbinadas não aceita esperar: faz o motor roncar e assusta pedestres que tentam atravessar a rua. Parado na esquina, o motorista do Golf prata tenta ser mais discreto. Fica por mais de 20 minutos na vaga, à espera de outro amigo que não conseguiu estacionar ainda. Quando a turma já está reunida, sai do carro com duas morenas e se faz de vítima. “Fiquei 30 minutos para conseguir estacionar. Tentamos ir para Lourdes, mas não conseguimos parar lá”, argumenta. Mas vale estacionar em local proibido? “Você não vai chamar a polícia para me multar não, né?”, é a resposta.
Os cidadãos que se consideram acima da lei deixam marcas também ao entregar os carros aos manobristas. A propósito, o serviço, apesar de considerado irregular pelo Ministério Público, é figurinha carimbada nos redutos do agito. Os cones reservando vagas demarcam áreas que deveriam ser públicas e denunciam a presença dos profissionais engravatados em um horário em que a capital se transforma em terra de ninguém.
Onde está as blitz de transito que só acontecem na periferia, sera que ali as regras são diferenciadas dos outros, eu que ja atendi ocorrências graves posso dizer que ali não tem lei.

Parque da Serra do Curral é novo cartão-postal de BH, Este projetos é o que queremos para a região do Barreiro, que tem um parque ecológico na serra do rola moça.


Depois de duas décadas de impasses e adiamentos, espaço com 10 mirantes e 400 mil metros quadrados de área verde, montanhas e trilhas, vai ser aberto no sábado, mas com entrada paga
Publicação: 02/09/2012 07:38 Atualização: 02/09/2012 12:27
Vizinho do Mangabeiras, complexo servirá para descanso, contemplação e prática de caminhadas. Tem vegetação de mata atlântica e cerrado e 140 espécies de aves. (Euler Júnior/EM/DA Press)
Vizinho do Mangabeiras, complexo servirá para descanso, contemplação e prática de caminhadas. Tem vegetação de mata atlântica e cerrado e 140 espécies de aves.
 
Depois de quase 20 anos de espera, o Parque da Serra do Curral, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, com os 10 mirantes mais privilegiados da capital, será, enfim, aberto ao público no próximo sábado. Novela que se arrasta desde 2008, quando as obras começaram a sair do papel após 15 anos de projetos, o parque já teve anunciadas sete datas de inauguração nos últimos em quatro anos. Mesmo assim, o espaço de lazer, com quase 400 mil metros quadrados de área verde, vai abrir as portas sem estar totalmente pronto, com a falta inclusive de cercas, o que possibilita a invasão constante de trilheiros, conforme foi constatado ontem.

Nos últimos dias, o complexo, que teve investimentos de cerca de R$ 2,2 milhões, já vem recebendo excursões de grupos. Na manhã de ontem, por exemplo, um grupo de 40 pessoas da ONG Ecologia e Observação de Aves (Ecoavis) aproveitou o dia para observar e fotografar pássaros ao sopé das montanhas. “Aqui é o melhor lugar da cidade para a prática. São cerca de 140 espécies e há desde as raras, como o beija-flor-de-gravata e o tico-tico”, comentou o vice-presidente da entidade, Eduardo Franco. Satisfeito por ter conhecido a área verde, antes da abertura oficial, o engenheiro mecânico Marco Antônio Cardoso, que fotografou aves em sua caminhada, gostou do que viu. “Depois de tanta demora, enfim, ele está pronto para receber os belo-horizontinos”, afirma.

Entrada paga

O contrário do vizinho Parque das Mangabeiras, cujo acesso é gratuito, os visitantes terão de pagar para conhecer e desfrutar de tudo que a natureza oferece no Parque da Serra do Curral. O valor vai variar de acordo com o trajeto. De quarta a sexta-feira, quem desejar a trilha sem atravessar todo o parque vai pagar R$ 2,50. O visitante que fizer percurso completo, a chamada Travessia da Serra, com cerca 2,3 mil metros de extensão e alto nível de dificuldade, chegando até o Mangabeiras, vai desembolsar R$ 7,50.

O preço passa a ser o dobro para os dois caminhos, aos sábados, domingos e feriados. Às terças-feiras, a entrada será gratuita. “Não concordo com esses valores, aqui é um lugar público e não deveríamos pagar para desfrutá-lo”, comenta a estudante Débora Lehmann, de 15 anos, que ontem aproveitou a visita do grupo da Ecoavis para conhecer o local. “Quando ele estava fechado, víamos aqui para tentar entrar e sempre voltávamos. Demorou muito”, comentou Bruno Mesquita, de 16, namorado de Débora.
Espaço recebeu ontem 40 observadores de pássaros da Ecoavis (Euler Júnior/EM/DA Press)
Espaço recebeu ontem 40 observadores de pássaros da Ecoavis


Trilheiros

Mesmo antes da inauguração, os visitantes elogiam, criticam e sugerem providências para melhorar o parque . O empresário Thomás Lehmann observou uma falha grave: “Nas placas informativas, distribuídas pelas trilhas, não há textos em inglês. O parque será um atrativo turístico e vai receber estrangeiros”, afirmou. Enquanto os visitantes admiravam a beleza natural e os mirantes, a tranquilidade foi interrompida por dois trilheiros em motos que invadiram os caminhos de acesso restrito.

Um dos motivos que levaram a prefeitura adiar três vezes a inauguração foi a invasão e depredação da área verde por falta de cercamento. E, às vésperas de ser aberto à população, o problema ainda não foi resolvido. “Está quase tudo pronto. Tem faltado alguns retoques, mas são coisas mínimas. O parque não está todo cercado”, avisa a gerente do parque, Marta Amélia Santos, que diz ser proibida a entrada de trilheiros no local. “Certamente, eles aproveitaram os lugares onde faltam cercas e invadiram”, diz, segura que, até sábado, a área verde estará protegida desse tipo de entrave.

Ontem, o local contou, na parte da manhã, com a presença de dois guardas municipais , que ao Estado de Minas que não farão o trabalho exclusivo para o parque, “mas para a toda a região do entorno do Bairro Mangabeiras”. De acordo com Marta, toda caminhada será acompanhada. “Contamos com 12 monitores, divididos em dois turnos. Dois são bilíngues e vão ajudar os estrangeiros. Somos 38 funcionários, todos brigadistas e preparados”, revela, acrescentando que idosos e portadores de deficiências físicas vão poder percorrer o local de carro.

O que ver
  • Com trilhas, mirantes e praças de convívio, o Parque Serra do Curral é voltado para a prática de caminhada, descanso e contemplação.
  • Apresenta altitudes médias variando entre 1,2 mil metros e 1.380 metros.
  • É constituído por uma sucessão de camadas de rochas de composição variada, representadas por itabiritos, dolomitos, quartzitos, filitos e xistos diversos.
  • Está situado em uma região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado.
  • Tem cerca de 140 espécies de aves. Em janeiro, o falcão-cauré (Falco rufigularis ), nunca antes visto em
  • BH, foi identificado no parque.
  • O parque tem 10 mirantes, de onde é possível avistar diferentes pontos da capital.
Onde fica

A Serra do Curral foi eleita pela população de Belo Horizonte, em 1997, símbolo da cidade. Tombada pela Lei Orgânica do Município e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ela é o marco geográfico mais representativo da região metropolitana. Iniciando-se na portaria sul do Parque das Mangabeiras, o Parque Serra do Curral, antes chamado de Parque Paredão da Serra, também passa por trás do Instituto Hilton Rocha e se estende pela Avenida José do Patrocínio Pontes até a Praça do Estado de Israel. Sua área é de 400 mil metros quadrados. 

A longa espera

l Dezembro de 2008
A inauguração do parque estava prevista para o aniversário de Belo Horizonte. Mas meses antes houve depredações do local e a abertura foi adiada.

l Março de 2009
Com 95% das obras prontas, o parque seria aberto em março, mas com as chuvas houve um deslizamento de terra perto da portaria. Além disso, houve pichações, destruição de banheiros e de um dos mirantes.

l Dezembro de 2009
Novamente, a inauguração foi prometida para o aniversário da cidade,
mas o município decidiu fazer novas intervenções no local, para dar mais
segurança aos visitantes.

l Primeiro semestre de 2010
Com nova datar marcada, da Fundação de Parques decidiu fazer uma ampliação do parque para garantir sua preservação, diante da presença de invasores.

l Junho de 2011
A expectativa era de que o parque abrisse as portas na Semana do Meio Ambiente, em junho. Mas faltava um plano de contingência para o espaço. A abertura foi marcada para setembro.

l Setembro de 2011
Um incêndio consumiu 30 hectares do Parque Serra do Curral, o equivalente a 75% da área do parque, adiante a inauguração.

l Março de 2012
É feito contrato com a empreiteira para obras de segurança, prevenção contra incêndio, contenção de encostas e drenagem no parque.
Este projeto é o que esperamos para a região do Barreiro, temos um parque muito bonito na serra do rola moça, com arvores frutíferas e nascentes de cachoeira, agora pergunto, como fica as escolas que querem levar seus alunos ao parque também terão que pagar entrada.

EM.com lança game das eleições 2012


Publicação: 30/08/2012 17:51 Atualização: 30/08/2012 17:58
O eleitor de Belo Horizonte agora tem mais uma forma divertida de conhecer as propostas dos candidatos a prefeito da capital. O EM.com lançou nesta quinta-feira o Game das Eleições, que traz a oportunidade do leitor do site descobrir com qual dos candidatos ele tem mais afinidade de ideias sobre os problemas da cidade. Todos os candidatos que disputam o pleito deste ano foram convidados a participar através das assessorias de campanhas. 

Para facilitar a interatividade, o game tem 12 propostas relacionadas a Cidade, Transporte Público, Educação, Saúde, Finanças e Política, com as quais o internauta pode concordar ou discordar. A cada resposta do internauta, os candidatos “sobem” ou “descem” na corrida eleitoral, quando têm ou não a mesma opinião do eleitor. Os candidatos também opinaram sobre as propostas. Ao final, o internauta fica sabendo qual dos candidatos pensa da mesma forma que ele sobre temas polêmicos de BH. 

O game foi desenvolvido pela área de tecnologia do jornal Estado de Minas e está na segunda versão. A primeira foi lançada nas eleições de 2008. Desta vez, os resultados também podem ser compartilhados nas redes sociais. Todos os candidatos foram convidados a participar, por intermédio de suas assessorias de campanha.

Para jogar, acesse http://gamedaseleicoes.em.com.br/
Será que assim algum candidato se sensibiliza pela população.

Acidente deixa um morto e cinco feridos no Norte de Minas, mesmo com a falta de efetivo, os militares do Bombeiro de Minas Gerais se desdobram nas ocorrências,para que vidas sejam salvas. PARABÉNS AOS BOMBEIROS DE MINAS GERAIS


Publicação: 02/09/2012 16:19 Atualização: 02/09/2012 16:46
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Um grave acidente na tarde deste domingo deixou um motorista morto e cinco pessoas feridas na MGC 135, em Mirabela, no Norte de Minas. 

O acidente teria sido provocado após o motorista de um EcoSport perder o controle da direção. O veículo invadiu a contra-mão e bateu de frente em um Gol. Os dois carros têm placas de Montes Claros.

Militares do 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Montes Claros e profissionais do Samu, foram acionados, mas não conseguiram impedir a morte de José Orlando do Nascimento, que dirigia o EcoSport e ficou preso às ferragens. 

Os demais ocupantes do EcoSport ficaram levemente feridos. O motorista e o passageiro do Gol também se feriram. Todos foram levados ao hospital de Montes Claros.

 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Parabéns aos homens do corpo de bombeiros e Samu de Montes Claros por mais uma ocorrência onde vidas foram salvas. Mesmo nós que sabemos da falta de efetivo do Corpo de Bombeiros em Minas Gerais ainda temos e podemos contar com militares que muito se desdobram para que as ocorrências terminem com famílias ainda tenham final feliz. 

Estados devem aproveitar presença da Força Nacional para contratar e capacitar policiais


Publicação: 02/09/2012 17:43 Atualização:
Brasília – Os estados que solicitam ao Ministério da Justiça a presença da Força Nacional de Segurança Pública devem procurar contratar mais policiais civis e militares. A recomendação é da secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, em entrevista.

De acordo com a secretária, os governos estaduais que recebem o reforço têm que lembrar que a ajuda é temporária. Por isso, devem preparar as condições para que a tropa especial possa deixar o município dentro dos prazos previstos, sem prejuízo ao trabalho desenvolvido.

“A força faz parte de um programa de auxílio aos estados, mas não pode ficar permanentemente em um mesmo local, nem substituir as forças de segurança locais. Desejamos que os governos preparem [as condições para] a saída do efetivo enviado pelo governo federal, capacitando suas polícias para que possam dar continuidade às ações de segurança pública”, disse Regina.

Ela explicou a forma como vai atuar o contingente que, a pedido do governo de Goiás, permanecerá por mais três meses no Entorno do Distrito Federal, além dos 133 homens que chegarão Brasília nos próximos dias.
"Em Goiás, o acordo era para a Força Nacional atuar nas cinco localidades com os maiores índices de homicídio. Tem um ano e cinco meses que estamos lá. O número de ocorrências caiu, mas não houve aumento do efetivo goiano durante este período. O efetivo do Distrito Federal é suficiente para cobrir seu território, mas não para policiar as divisas com Goiás", comentou Regina.

O secretário Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, falou a respeito do déficit de policiais e reconheceu que a presença das tropas federais não elimina a necessidade da contratação de novos policiais.

Segundo Regina Miki, as duas frentes vão agir em conjunto. Nas cidades goianas do Entorno do Distrito Federal, onde homens da força especial atuam desde março de 2011, a tropa continuará auxiliando no policiamento ostensivo e na resolução de inquéritos policiais parados por falta de profissionais. No Distrito Federal, o efetivo atuará em blitz nas estradas a fim de evitar a entrada de drogas e a ação de criminosos que deixam Brasília com veículos roubados e vítimas de sequestros-relâmpago.

Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, de cada três furtos de veículos registrados na capital federal, um é praticado por criminosos que fogem para o entorno, onde muitos deles vivem.

Para garantir a eficácia das ações, a secretária garante ter recomendado às secretarias de segurança pública de Goiás e do Distrito Federal a reativação o gabinete de gestão integrada e a retomada das reuniões conjuntas.

“O gabinete existe, mas suas atividades foram interrompidas, o que é algo injustificável e que não sabemos o motivo, se foi por mudanças de governos. Agora, concluímos que este gabinete tem que funcionar porque não se pode dizer que não há uma crise de segurança pública na divisa entre o Distrito Federal e Goiás e isso só será resolvido conjuntamente”, disse.