segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Desempenho dos vereadores belo-horizontinos deixa a desejar nos últimos quatro anos


Dos 41 parlamentares da cidade, 39 vão tentar a reeleição em outubro

por Paola Carvalho | 19 de Setembro de 2012
Odin

O plenário na última quarta (12): sessão não teve quórum

Os 41 vereadores eleitos em 2008 estão na mira do Mi­nis­tério Público, que os denunciou à Justiça por uso indevido da verba indenizatória de 15 000 reais por mês. Os processos por improbidade administrativa correm em seis varas. Em caso de condenação, o parlamentar terá de ressarcir os valores gastos e pode ter os direitos políticos suspensos. Acusados de cobrar propina para aprovação de projetos de lei, dois deles — Hugo Thomé (PMN) e Carlúcio Gonçalves (PR) — chegaram a ser afastados. Condenado por abuso de poder econômico, Wellington Magalhães (PSB) perdeu o mandato. E Gêra Ornelas (PSB) renunciou depois da divulgação de um vídeo em que aparecia em seu gabinete, de cueca samba-canção, com uma moça. A despeito dos escândalos durante a legislatura, os vereadores belo-horizontinos tentaram emplacar um aumento de 61,8% nos próprios salários. E só não conseguiram porque, indignada, a população protestou. Na eleição de 7 de outubro, 39 deles estão entre os quase 1 200 candidatos que disputarão os votos do 1,9 milhão de eleitores da capital. Será que eles fizeram por merecer? Em parceria com o Centro de Estudos Legislativos da UFMG, VEJA BH avaliou o desempenho de cada um deles considerando cinco critérios. De modo geral, as notas são fracas. Confira nas próximas páginas como foi feita a análise e a média obtida por eles, além de um guia para ajudar a não jogar seu voto no lixo.

Abaixo você poderá conferir as informações de todos os vereadores de BH que buscam a reeleição, ordenados pela nota, da maior para a menor.
    








Léo Burguês tenta recurso, mas almoço acontece sem show, onde vai o dinheiro do povo.



29/09/2012 22h42
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Aline Labbate
O almoço de apoio à reeleição do vereador da capital Léo Burguês (PSDB), hoje, aconteceu sem o prometido show da banda de rock Tianastácia. Burguês chegou a entrar com um mandado de segurança na noite de sexta-feira junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tentando suspender a liminar que impediu a apresentação da banda, mas o pedido foi negado.
A proibição foi baseada em representação do Ministério Público Eleitoral, que entendeu que a participação dos músicos configuraria showmício, o que é proibido pela legislação. Antes de a “estrogonofada” começar, quem ligava para a promoter do evento para confirmar o show era avisado do cancelamento, mas recebia uma promessa. “Se você vier, vamos anotar seu nome e, depois das eleições, o Tia Nastácia vai fazer um show só para os convidados da lista.
”Além de suspender a apresentação da banda, a Justiça determinou uma servidora da 3332ª Zona Eleitoral para acompanhar o evento. Segundo a assessoria de imprensa do TRE, a funcionária permaneceu no local até o final da tarde, e não constatou irregularidades que pudessem esbarrar na legislação eleitoral. 
Fonte do Blog: Estamos com tantas prioridades e nossos amigo querendo dar festinhas, com tantos problemas nas comunidades e nosso burgues querendo dar festa, só faltou as coxinhas, isto é uma vergonha.
Este é o vereador de Bhte.

Jovem de 26 anos coloca fogo na ex-namorada em BH


Inconformado com o fim do relacionamento e com ciúmes de um celular, Alan Gomes de Oliveira expalhou álcool no corpo da ex Rafaela Oliveira Fernandes de Souza

Publicação: 01/10/2012 07:25 Atualização: 01/10/2012 07:31
Inconformado com o fim do relacionamento, um jovem de 26 anos colocou fogo na ex-namorada em Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar (PM), o casal havia terminado o namoro há poucos dias, depois de três anos juntos. Segundo familiares, eles estariam em um fase de reatar e terminar o relacionamento constantemente.

Rafaela Oliveira Fernandes de Souza, 25, foi até a casa do ex, Alan Gomes de Oliveira, no fim da noite de domingo, na Rua Santo Agostinho, Bairro Sagrada Família, Região Leste da capital. Ela chegou na casa de Alan com um celular novo, que ganhou da mãe, mas ele pensou que seria um presente de outro homem. Com ciúmes, Alan iniciou uma discussão com Rafaela e a briga terminou em tragédia. 

O jovem espalhou álcool na ex-namorada e ateou fogo. Depois queimou o próprio corpo dentro de casa. Um amigo dele avisou para a irmã de Rafaela sobre o ocorrido e ela mesma acionou a PM. O casal foi socorrido para o Hospital João XXIII em estado grave. 

A mulher teve 45% do corpo queimado, com ferimentos no tórax, rosto, braços e pernas. Alan ficou ferido nos braços, tórax e refião cervical. A situação de Alan é mais complicada do que Rafaela, pois ele teve queimaduras nas vias respiratórias.

Escolas de BH sofrem com os altos níveis de ruído


Barulho atrapalha a vida de estudantes e professores em escolas sem isolamento acústico e próximas de vias movimentadas

Publicação: 01/10/2012 06:47 Atualização: 01/10/2012 06:54
Medição no pátio da Escola Paulo Mendes Campos aponta mais de  85dB de barulho ( (Fotos: Jackson Romanelli/EM/D.A. Press))
Medição no pátio da Escola Paulo Mendes Campos aponta mais de 85dB de barulho
Hora do recreio. A sirene toca e a meninada sai da sala de aula para o momento mais divertido do horário escolar. O pátio e os espaços de lazer da escola ficam cheios. É lá que as crianças correm, ouvem música, jogam bola, ensaiam passos de dança e gritam. Gritam muito. Enquanto isso, em escolas que fazem o revezamento do intervalo, e têm três ou até quatro recreios, outros estudantes tentam se concentrar diante de tanta barulheira. Nas unidades próximas de vias de trânsito movimentadas, o sofrimento é o mesmo. Estudantes também se esforçam para ouvir o professor, que eleva o tom da voz para superar o ruído intermitente do arranca e para e das buzinas dos veículos no trânsito. Tarefa difícil em um ambiente que exige silêncio e concentração, já que as salas de aula de Belo Horizonte estão com nível de ruído acima do considerado aceitável e até mesmo tolerável segundo as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).


De acordo com as regras da ABNT, o ruído de fundo de até 40 decibéis (dB) é considerado confortável, enquanto o limite aceitável é de 50 decibéis, segundo estabelece a norma NBR 10.152, de 1987, ainda em vigor. Entretanto, o nível de barulho em algumas escolas da capital chega a 70dB, o que pode trazer problemas de saúde para professores, com desenvolvimento de doenças de fala e audição, e prejuízo no aprendizado dos alunos, que não conseguem se concentrar e têm o desenvolvimento cognitivo prejudicado.


A explicação para tamanha barulheira está dentro da própria escola. De acordo com o professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em acústica Marco Antônio Vecci, os prédios onde funcionam as escolas não foram projetados para reduzir os impactos do som externo, seja do trânsito, da movimentação dos alunos ou de um evento esporádico, como uma obra, por exemplo. O resultado disso é ensurdecedor. “É muito comum termos níveis sonoros altos dentro de sala de aula no Brasil. Em Belo Horizonte não é diferente. Isso ocorre porque quem contrata os projetos de escolas e os profissionais que executam esse trabalho não preveem o tratamento acústico na obra”, ressalta Vecci, afirmando que falta conscientização a respeito do tema. “Quando o condicionamento acústico entra no início do projeto, as intervenções ficam muito mais em conta. Consertar uma obra depois de pronta é sempre mais caro”, diz.

De posse de um sonômetro – aparelho que faz a medição dos níveis de ruído –, o Estado de Minas conferiu o volume do barulho em duas escolas da rede pública municipal de Belo Horizonte: o Colégio Marconi, que não tem tratamento acústico; e a Escola Municipal Paulo Mendes Campos, que desde 2006 tem as salas de aula isoladas acusticamente. O Colégio Marconi funciona em prédio erguido em 1937, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul da capital. A construção, com elementos arquitetônicos do estilo art déco, típicos da época, foi feita com materiais nobres, como mármore e metais de qualidade e, durante muito tempo o barulho não foi problema para quem estudou lá.

Trânsito intenso 
Entretanto, com o crescimento da capital e o aumento do número de veículos em circulação, manter o barulho do lado de fora tornou-se inviável. Hoje, a realidade é complicada. “O prédio está em uma região de trânsito intenso, bem em frente à Avenida do Contorno. Ouvimos todo o barulho dos ônibus que arrancam e param no ponto aqui na porta. Além disso tem as sirenes, buzinas e todo o ruído do trânsito”, afirma a diretora do colégio, Áurea Lanna. Na escola, o ruído de fundo (medido em uma sala vazia) foi de 68 decibéis na hora do recreio e de 70 nos locais onde o ruído do trânsito é mais intenso. O pico registrado na sala, no horário de aula, chegou a 72 decibéis. No corredor, o incômodo foi ainda maior, alcançando 80dB.

Depois de 13 anos funcionando cercada pelo barulho intenso do trânsito, a Escola Municipal Paulo Mendes Campos, localizada na Avenida Assis Chateaubriand, no Bairro Floresta, na Região Leste de BH, conseguiu em 2006 o tão esperado tratamento acústico, o que transformou a realidade de professores e alunos. Antes da intervenção, o nível de ruído nas salas de aula chegava a 77dB. Atualmente, os índices estão dentro dos limites considerados toleráveis, de 45 decibéis nas salas próximas ao pátio e de 50dB nos ambientes mais próximos da avenida, por onde circulam diariamente milhares de carros, motocicletas e ônibus.

“O barulho era insuportável. Atrapalhava os professores no dia a dia e deixava os alunos agitados”, afirma o diretor da unidade, Antônio Augusto Horta Lisa. Na reforma, as janelas de estrutura metálica e vidro, estilo basculante, foram retiradas e o espaço foi preenchido por tijolos de vidro. Paredes e teto também receberam forro com tratamento. Atualmente, o barulho só incomoda nos corredores e no pátio, onde a medição alcançou 85 decibéis. A algazarra dos alunos e o rock n’ roll que saía das caixas de som no horário do intervalo contribuíram bastante para chegar a esse volume.

Enquanto isso...
..Sem tumulto, mas no calor

A obra para implantação do isolamento acústico na Escola Municipal Paulo Mendes Campos resolveu o problema do barulho causado pela proximidade com o trânsito da Avenida Assis Chateaubriand. No entanto, não foi feita a climatização das salas de aula, o que trouxe outra dificuldade: o calor. Ventiladores foram instalados para diminuir a temperatura nas salas de aula, mas os equipamentos se transformaram em uma fonte geradora de barulho. Somente agora a prefeitura está instalando aparelhos de ar-condicionado em todas as salas da unidade escolar.