quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Léo Burguês rebate polêmica com compositor de canção


Segundo ele, seus advogados entraram em contato com Flávio Henrique para alertá-lo que a canção poderia ser passível de processo


Em entrevista concedida à Rádio Itatiaia na tarde desta quarta-feira (1º), o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Léo Burguês, rebateu a polêmica referente à canção “Na Coxinha da Madrasta”, criada por Flávio Henrique para “Concurso de Marchinhas Mestre Jonas”. A canção faz referência ao episódio do uso de verbas públicas para compra de lanches no bufê de sua madrasta. Segundo o vereador, seus advogados apenas entraram em contato com o compositor Flávio Henrique para alertá-lo que a canção poderia ser passível de processo.

“Não entrei com processo algum contra o compositor. Me mostre o processo. Me mostre a ação, Muitas pessoas vão às redes sociais e não sabem o que falam. Uma mentira falada mil vezes vira verdade. O que aconteceu é que eu estava nos EUA e meu advogado entrou em contato com ele, afirmando que se eu me sentisse caluniado pela marchinha, poderia entrar com um processo. Ele mesmo afirmou que houve uma conversa amistosa”, afirmou.

Léo Burguês ainda relembrou sua trajetória política para se defender da polêmica. “Sou defensor do Carnaval. Entrei na vida pública após tirarem o Carnabelô da Afonso Pena. Na marchinha ele mentiu afirmando que sou ladrão, pervertido. Quero que prove qual desvio de dinheiro que fiz na minha vida. Ainda assim, não entrei com processo algum”.

Entenda o caso

A marchinha composta por Flávio refere-se a um gasto de R$ 15 mil da verba indenizatória da Câmera Municipal ao vereador. Entre agosto de 2009 e outubro de 2011, Burguês teria consumido R$ 61,8 mil em lanches e refeições no Berenice Guimarães Buffet, que pertence à sua madrasta.

Na canção, Flávio provoca o vereador com os dizeres: "Milhares de reais por mês/pro lanchinho do Burguês/ O nosso dinheiro ele gasta / na cozinha da madrasta", diz a canção, que ainda provoca com versos de duplo sentido: "não sei se é ladrão/pervertido ou pederasta/tem gente metendo a mão/na coxinha da madrasta".

Após a conversa com os advogados do presidente da Câmara, Flávio retirou a música de seu site, o que gerou revolta de internautas.

Escute a marchinha



Policiais civis executaram sargento do Gate, diz testemunha

Policiais civis executaram sargento do Gate, diz testemunha
Segundo relato, o policial militar teria sido executado com cinco tiros à queima-roupa (quatro na cabeça)


CARLOS ROBERTO/JORNAL HOJE EM DIA/ARQUIVO
Durval Ângelo
Durval Ângelo afirmou que o delegado Silva teria tentado intimidar a testemunha


As investigações da morte do sargento do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), Rafael Augusto dos Reis Rezende, ocorrida no último dia 15 de janeiro, podem ganhar um novo rumo graças a uma pessoa que estava presente no baile funk, em Esmeraldas, onde o policial foi executado. A testemunha foi encaminhada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Durval Ângelo, para ser ouvida nesta quarta-feira (1º) no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
 
Segundo a testemunha, que não foi identificada, o policial militar teria sido executado com cinco tiros à queima-roupa (quatro na cabeça) por quatro policiais civis. Na noite do crime, os suspeitos teriam abordado a vítima após receberem uma denúncia de que ela estaria portando uma arma. Houve discussão e, logo em seguida, troca de tiros e Rafael foi morto. A apuração do caso está sendo conduzida pelo delegado Hugo e Silva, do DHPP.
 
Conforme a Polícia Civil, o sargento teria efetuado os disparos primeiro contra os agentes, mesmo tendo sido informado que eles eram da corporação, relato que contradiz a nova testemunha. Os civis envolvidos, Allan César Ribeiro, 21 anos, conhecido como “Índio”, Alan dos Santos, 30, David Thiago Santos, 30, e Isaías Barbosa, 32, já foram ouvidos na Corregedoria da Polícia Civil. O delegado responsável pelo caso alega segredo de Justiça para não dar informações sobre o caso.
 
Para Durval Ângelo, o delegado Silva teria tentado intimidar a testemunha durante o depoimento na manhã desta quarta-feira. Além disso, o mesmo responsável pelo caso teria se recusado a fornecer uma cópia do depoimento, contrariando a lei vigente. Apurou-se ainda que, entre os quatro policiais civis envolvidos na execução do sargento, três foram aprovados no último concurso e estranhamente lotados em Esmeraldas, onde residem. "Em 17 anos de vida parlamentar nunca havia me deparado com tantas intransigências da Polícia Civil", disse.
 
A execução do policial do Gate será tema de audiência pública na próxima sexta-feira, às 9h30, na Assembleia Legislativa. Serão convocados os envolvidos e a cúpula da Polícia Civil.