segunda-feira, 22 de julho de 2013

Obra emergencial do Anel Rodoviário fica para 2014

RODOVIAS



Previsão do governo estadual é que intervenções comecem entre janeiro e março

Longa espera
Rodoanel e Obras que promovam mais segurança no Anel vêm sendo adiados há anos
PUBLICADO EM 16/07/13 - 03h00
As obras emergenciais do Anel Rodoviário, prometidas há cerca de dez meses, devem ser iniciadas apenas entre janeiro e março de 2014. A previsão é do secretário de Transportes e Obras Públicas do Estado, Carlos Melles, que se reuniu ontem com o secretário nacional do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Maurício Muniz, em Brasília. “Propusemos hoje (ontem) dar início às obras no ano que vem, e o governo federal concordou”, disse Melles.

O plano emergencial foi proposto pelo Estado, no ano passado, com o intuito de reduzir o número de acidentes e mortes no Anel, enquanto a revitalização da via não tivesse início. No entanto, somente em fevereiro deste ano foi autorizado pelo governo federal o projeto executivo para as obras emergenciais, que vão custar R$ 15,5 milhões.

Entre as melhorias, estão um monitoramento da via durante 24 horas por câmeras, criação de faixa exclusiva e áreas de escape para veículos de carga e canteiro central móvel para facilitar o desvio do tráfego. As obras podem ser feitas em paralelo à revitalização do Anel, que deve custar R$ 1,7 bilhão, também prevista para o primeiro semestre de 2014, porém sem mês marcado.

“As obras emergenciais ficarão prontas mais rápido e são essenciais para a segurança. Elas não vão atrapalhar a licitação da revitalização nem a criação do Rodoanel”, explicou Melles.

Rodoanel. O prefeito Marcio Lacerda também foi à reunião. Ele e o secretário apresentaram o andamento dos processos para as obras do Rodoanel. “A prefeitura apresentou o andamento das obras do Rodoanel Leste, que é de nossa responsabilidade; o Estado responde pela alça Norte, e a Sul cabe ao governo federal”, disse.

As três alças, que prometem desafogar o trânsito no Anel, estão ainda na fase de projetos. “Queremos abrir as licitações para as obras das alças Sul e Norte ainda no ano que vem, mas irá depender do andamento dos processos”, disse Melles. As obras de revitalização do Anel e do Rodoanel são esperadas há mais de 20 anos e já tiveram as datas de início de obras remarcadas várias vezes.

Metrô. Além do Anel, ontem o prefeito informou ao governo federal que abrirá, em 2014, edital para obras do metrô em Belo Horizonte, ou seja, a revitalização da Linha 1 (Vilarinho/Novo Eldorado) e construção das Linhas 2 (Barreiro/Calafate) e 3 (Savassi/Lagoinha).

Plano para a via
Melhorias previstas no projeto emergencial:

Monitoramento. Câmeras na rodovia durante 24 horas.

Sinalização. Painéis com mensagens móveis e melhoria nas placas atuais.

Exclusivas. Faixas exclusivas para tráfego de veículos pesados.

Escape. Áreas para caminhões estacionarem em caso de frenagem impossível.
Agilidade. Colocação de guinchos leves e pesados e de barreira central móvel.

Serviço. Criação do Serviço de Atendimento Integrado ao Usuário (SAI), para auxílio em caso de acidentes.

Em discussão
Anel.
 A revitalização custará R$ 1,7 bilhão, com projeto executivo a ser concluído em outubro.

Rodoanel
- Norte
.Com 62 km, o Rodoanel Norte ligará a BR–381, em Ravena, até Betim. No próximo dia 26, uma consulta pública vai subsidiar a elaboração do projeto.

- Sul.Com 35 km entre as BRs 381, em Betim, e a 040, na capital, a alça está em fase de projeto executivo.

- Leste.Com 22 km entre a BR–040, em Nova Lima, e a BR–262, em Sabará, a alça está em Procedimento de Manifestação de Interesse.
 
PBH promete 20 mil casas populares

O prefeito Marcio Lacerda anunciou ontem que, até o fim deste mês, o município fará um Procedimento de Manifestação de Interesse para empresas interessadas na construção de 5.000 casas populares.

Ontem, o prefeito se reuniu, em Brasília, com a secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, para discutir o andamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

“Vamos construir 20 mil casas até dezembro de 2016. As 5.000 serão construídas na fazenda Capitão Eduardo, próximo ao Anel, na região Nordeste da capital”, disse Lace
rda.

Cerca de meio milhão de consumidores ficaram sem luz este ano por causa de pipas e papagaios


Os dados são da Cemig e alertam sobre os riscos de realizar a atividade próximo a fiação elétrica; causa principal dos acidentes envolvendo pipas e papagaios são as linhas com cerol



Brincadeira. A temporada dos ventos estão mais frequentes no mês de julho. Isso faz com que a meninada se anima a soltar pipa.
Soltar pipa pode causar danos a fiação elétrica e até ferir ou matar alguém, quando usada com cerol
PUBLICADO EM 19/07/13 - 12h53
Mais de 500 mil consumidores ficaram sem energia elétrica só este ano por causa de pipas e papagaios em todo o Estado. Só nos 17 primeiros dias deste mês, outros 153 mil moradores ficaram sem luz por causa de 488 interrupções de energia. Destes, mais de 60 mil são moradores da região metropolitana da capital. No ano passado, foram mais de 2,7 milhões de consumidores mineiros que tiveram problemas causados por pipas na fiação elétrica. Os números foram levantados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

De acordo com a Companhia, o uso de cerol - uma mistura feita com cola e vidro para cortar a linha de outras pipas no ar - contribui bastante para estas interrupções de energia, já que acabam rompendo os cabos quando entram em contato com a rede elétrica. Além disso, muitos curtos circuitos são provocados pela tentativa de retirada de papagaios presos aos cabos.

Segundo o engenheiro de tecnologia e normalização, Demétrio Venício Aguiar, alguns adeptos da atividade já começaram a utilizar um cabo cortante ainda mais potente que as linhas com cerol. Se trata da "linha chilena". “Esse tipo de linha é muito mais cortante do que o cerol comum, e infelizmente é possível adquirir este material de origem estrangeira pelo mercado paralelo e até pela internet”, disse o engenheiro.

Outros riscos
Além dos problemas causados nas redes elétricas, as linhas cortantes representam um risco também para a vida de outras pessoas. No ano passado, um acidente fatal envolvendo linha de pipa foi registrado no Estado. Já em 2011, a Cemig registrou dois acidentes com vítimas de ferimentos causados por papagaios, e em 2010, foram dois registros, sendo que uma das vítimas acabou morrendo.
 
Ainda segundo o engenheiro, a maioria dos acidentes acontece quando o papagaio fica preso na rede elétrica e as crianças tentam retirá-lo utilizando materiais condutores, como pedaços de madeira ou barras metálicas. O contato com a rede elétrica pode ser fatal, além do risco de queda em função do impacto causado pelo choque elétrico. Nesses casos, as consequências mais comuns são traumatismos causados pelas quedas e queimaduras graves causadas por choques.
 
Além disso, muitas crianças amarram as pipas com arames e fios. “São materiais altamente condutores de energia e acabam sendo energizados quando tocam os cabos de energia”, explica Demétrio. O engenheiro chama a atenção ainda para o uso do cerol que pode transformar uma simples linha de papagaio em um material condutor e provocar choque elétrico ao entrar em contato com a rede.

Ministério Público investiga falta de atendimento a idosos nas UPAs de BH

             
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai investigar a falta de atendimento médico a idosos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Belo Horizonte. O órgão tem recebido diariamente diversas solicitações de transferência de pacientes idosos, "internados" indevidamente, em razão da falta de pronta atuação da Central de Regulação de Leitos de Belo Horizonte.

Normatizações do Ministério da Saúde estabelecem que qualquer paciente que ingressar em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) deve permanecer no local, no máximo, 24 horas, visando estabilização do quadro e posterior encaminhamento a hospitais de referência, conforme a especialidade médica
Segundo denúncias recebidas pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Belo Horizonte, é comum, na capital, que pacientes idosos fiquem mais de dez dias em situação precária, sem tratamento médico adequado, "hospedados" em UPAs e, às vezes, entubados em salas de emergência, como se estivessem em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Segundo o promotor de Justiça Nélio Costa Dutra Júnior, tem ocorrido casos de pacientes de municípios vizinhos da capital - Betim, Ibirité, Vespasiano entre outros - que deveriam ser transferidos das UPAs para hospitais de referência pela Regulação de Leitos Estadual, ou mesmo, pela Central de Leitos da Capital, o que tem sido feito de forma precária e indigna à condição de fragilidade de idosos nessas situações.
Nesse sentido, o MP tem constantemente requisitado relatórios médicos atualizados de pacientes nessas condições em UPAs, visando impetrar mandados de segurança, para viabilizar a transferência dos mesmos para internação em hospitais, realização de exames especializados e tratamento conforme prescrição médica, havendo, inclusive, o dever do responsável pela Central de Regulação (municipal ou estadual) em garantir tal tratamento pela rede privada de saúde, caso não consiga interná-lo pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em razão dessa precarização da saúde do idoso pelo Município de Belo Horizonte, o promotor de Justiça Nélio Costa destaca que o MPMG coloca-se à disposição de qualquer cidadão que souber de casos de pacientes internados em UPA sem tratamento adequado, podendo comparecer à Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Belo Horizonte, em horário comercial. O endereço é: avenida Augusto de Lima, 1.740, Barro Preto, Belo Horizonte. Os telefones para contato são: (31) 3295-1401 ou 3250-2213.
O cidadão pode também encaminhar denúncias e solicitar informações por e-mail (defesasaude@mpmg.mp.br) ou mesmo pelo telefone de plantão (31) 9903-7729, quando a ciência do fato ocorrer em horário noturno ou finais de semana e feriados.