sexta-feira, 4 de maio de 2012

Proposta de mudanças na promoção de praças na PMMG, promoção de sete em sete anos


Observamos nos últimos anos mudanças significativas na PMMG. Hoje para ser soldado é preciso ter curso de nível superior de escolaridade, ou para quem ainda não possua curso superior, tem que fazer o Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública na APM. Ou seja, o concurso para ingressar na carreira militar como soldado da PMMG é de nível superior. Mas no tocante ao atual sistema de promoção das praças da PMMG ainda continua o mesmo quando era exigível apenas o segundo grau. Observe: quem ingressar na PM já com o curso superior ou o fizer na APM de acordo com a legislação atual, terá que esperar 10 anos para ser promovido a cabo e no mínimo 20 anos para ser promovido a terceiro sargento. Tudo bem, que a lei de promoção de 10 em 10 anos para soldado e cabo foi um ganho importante para os praças Policias militares de Minas Gerais em 2004, mas naquela época era exigido apenas o segundo grau e o curso de formação de soldado era o ctsp, curso técnico.
Hoje, com o requisito do curso superior para ser soldado da PMMG, temos que reivindicar um plano de carreira mais adequada com a atual realidade que vivemos. Precisamos criar uma nova e moderna lei de promoção que garanta a todos um efetivo fluxo regular e mecanismos de ascensão na carreira dos praças policiais militares de Minas Gerais. 
Não vejo as lideranças da PMMG se prontificarem a respeito de um assunto de suma importância e que traria uma imensa satisfação para os policias militares, tendo uma lei de promoção mais eficaz e benéfica para ascensão na carreira policial militar em especial a de praças, caso fosse aprovada.
Veja a proposta do novo quadro de promoções para Praças na PMMG que passaria a vigorar da seguinte forma:
Promoção para Cabo – 7 anos
Promoção para terceiro sargento – 14 anos
Promoção para segundo sargento – 18 anos, ou seja: 4 anos na graduação de terceiro sargento
Promoção para primeiro sargento – 22 anos, ou seja: 4 anos na graduação de segundo sargento
Promoção para subtenente – 26 anos, ou seja: 4 anos na graduação de primeiro sargento
CFS: Continuaria, mas poderia se inscrever apenas o soldados com no mínimo 5 anos de efetivo serviço e o Cabo.
CHO: Continuaria, qualquer militar com no mínimo 5 anos de efetivo serviço e possuidor de curso superior em direito poderia se inscrever
Observem que o soldado quando incorporar nas fileiras da instituição, já ficará sabendo que chegara ao mínimo a graduação de subtenente. Mais do que justo para uma carreira que exige curso superior, e será uma valorização e ascensão na carreira policial militar, que trará mais expectativas aos integrantes da PMMG e com isto um reflexo positivo tanto na vida pessoal do militar quanto no desempenho de suas funções junta a sociedade.
Vamos cobrar dos representantes da PMMG um projeto de lei para mudar a atual lei de promoção de praças, para que possa se adequar a atual realidade ao ingresso na PMMG e as praças possam ter ascensão na carreira de forma mais rápida, levando em conta a atual exigência de curso de nível superior de escolaridade para ingresso na PMMG como soldado.

ROTAM termina com o trafico em familia. Família é detida suspeita de tráfico de drogas no Bairro Santa Cruz


2ª Cia falcão prende família do trafico.Polícia apreendeu drogas e armas escondidas em uma casa na Vila Humaitá. Dois adolescentes de 16 e 17 anos foram apreendidos

Publicação: 03/05/2012 10:42 Atualização: 03/05/2012 11:12
Drogas, dinheiro, celulares, munição e uma arma de fabricação israelense foram apreendidos (Polícia Militar/Divulgação)
Drogas, dinheiro, celulares, munição e uma arma de fabricação israelense foram apreendidos


Mãe, padrasto e dois adolescentes de 16 e 17 anos foram detidos na madrugada desta quinta-feira por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas no Bairro Santa Cruz, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Um comerciante também foi preso. 

Militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) faziam uma operação de combate ao tráfico e homicídios na Vila Humaitá quando a movimentação em um bar da região chamou a atenção deles. Os policiais abordaram o dono do estabelecimento, de 53 anos, e fizeram buscas no local. Eles acabaram encontrando 8 pinos de cocaína, cinco buchas de maconha e uma porção da mesma droga escondidos sob a laje do bar. O dono confessou ser usuário de maconha e deu o endereço da casa onde ele comprava as drogas.

O Rotam começou a monitorar o local e percebeu que muitas pessoas entravam e saíam da residência. De acordo com a Polícia Militar (PM), eles foram recebidos por um menor de 16 anos e a mãe dele, de 41, permitiu a entrada. No quarto da filha do casal, uma adolescente de 17 anos, os policiais encontraram uma arma israelense com 18 cartuchos, um carregador com mais 14 cartuchos, e várias munições de outros calibres, escondidas em uma sacola debaixo da cama da menor. Os militares também apreenderam R$ 2 mil em dinheiro e 25 pinos de cocaína sob as almofadas. A adolescente não soube explicar a origem do dinheiro.

Também foram apreendidos R$ 2,6 mil em dinheiro na capa da almofada do sofá da sala.  Com a ajuda de cães farejadores, os policiais vistoriaram um matagal em frente à casa, onde foi localizada uma sacola com pinos de cocaína. Nela, havia uma etiqueta onde estava escrito que a embalagem continha 1 mil pinos para dolagem. Ao todo, foram apreendidos 190 pinos de cocaína, 45 pedras de crack, 13 buchas de maconha, e dois papelotes de  cocaína. A mãe e o padrasto dos adolescentes disseram à polícia que não sabiam sobre os materiais. A família e o dono do bar foram levados para o Centro de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (Cia-BH).

Carne de segunda, petisco de primeira no Festival de Comida di Buteco


Cortes menos nobres e miúdos fazem tanto sucesso nas preparações do festival que, além de estarem na maioria dos pratos concorrentes, chegam a faltar nos açougues da Grande BH
Publicação: 04/05/2012 06:00 Atualização: 04/05/2012 07:37
Era para ser um prato de língua empanada, mas, acompanhado do molho de vinho com conhaque e um toque especial que o inventor não revela para ninguém, vira um tira-gosto requintado. No açougue, muitas vezes, o pescoço de peru é taxado como “carne de segunda” e enfrenta preconceito, mas servido numa panela de pedra sobre um réchaud que mantém a temperatura do prato, ganha ares de sofisticação – mesmo que ainda precise ser degustado com a ajuda das mãos. O sabor diferenciado de petiscos elaborados com carnes nada nobres atrai consumidores aos montes aos bares do festival Comida di Buteco, que, por semana, consomem até 600 quilos desses cortes e miúdos, e, consequentemente, esvaziam os estoques de açougues e frigoríficos.
Fátima e Marcílio Furtado, do Curin Bar, tiveram de recorrer a um segundo fornecedor para garantir que o pescoço de peu chegasse às mesas  (Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Fátima e Marcílio Furtado, do Curin Bar, tiveram de recorrer a um segundo fornecedor para garantir que o pescoço de peu chegasse às mesas

Língua, rabo de boi e dobradinha são três tipos de carne que praticamente desaparecem do mercado neste período. É preciso encomendá-las com antecedência em alguns açougues. A proximidade com o inverno aumenta em até 50% a procura por carnes mais ‘gordas’, e o Comida di Buteco pode aumentar ainda mais esse percentual. Dependendo de quantos bares escolhem usar os cortes, a procura pela iguaria pode ser longa, tanto para os bares quanto para o consumidor caseiro. Além disso, os dois primeiros pedaços de cada compra são cobrados por unidade, o que os torna ainda mais raros.

A sócia do açougue Sabor da Carne, no Bairro Sagrada Família, Adriana Paula Proence, diz que nos últimos pedidos recebeu até 15 vezes menos que o total solicitado e, por isso, o estoque chegou a ficar vazio. É praticamente o tempo de ele receber a remessa, verificar a lista de encomendas e fazer a entrega. “Pedimos 30 rabos de boi e mandaram apenas dois. Dobradinha vieram só três quilos dos 30 pedidos. Costelinha também falta e, com isso, o preço deve aumentar”, diz ela, ressaltando que diminuiu a margem de lucro para garantir as vendas, mas deve subir os valores em até 18%. A previsão é de que o quilo da costelinha suba de R$ 10,90 para R$ 12,90.
João Batista Soares, do Bar do João, conta que a língua conquistou até os paladares mais desconfiados do estabelecimento (Marcos Vieira/EM/D.A Press)
João Batista Soares, do Bar do João, conta que a língua conquistou até os paladares mais desconfiados do estabelecimento

Não à toa, a costela de porco é uma das carnes mais usadas nos pratos do festival gastronômico. Honrando a temática de boteco, quase metade dos bares neste ano usam um tipo de carne de segunda no petisco. Ao todo, são 17 dos 41. E a favorita dessa lista é a costelinha. Seja regada a cachaça ou acompanhada de molho de goiabada com alecrim, a carne aparece em quatro pratos, enquanto o nobre filé mignon é usado em apenas um. Mas lagarto, língua e acém também estão nessa lista.

Depois de ousar nas receitas de edições passadas do festival, com pratos feitos com língua de boi e bucho de porco, dessa vez a aposta no Curin Bar, no Bairro Santa Mônica, na Pampulha, foi na canjiquinha com pescoço de peru. À primeira vista, o sucesso poderia ser uma interrogação. Mas até mulheres e crianças aprovaram a receita, segundo seus criadores, o casal Fátima e Marcílio Furtado. A demanda é tão grande – supera meia tonelada por semana – que eles tiveram que procurar mais de um fornecedor para garantir o abastecimento. “Comprávamos num supermercado próximo ao bar, mas eles tiveram dificuldade em entregar e precisamos fazer contrato com um distribuidor da Ceasa”, afirma Marcílio, mais conhecido pelo apelido que dá nome ao bar. Ele garante que quem quiser saborear o prato será obrigado a ir ao estabelecimento, pois os estoques dos fornecedores estão zerados pelo menos até o encerramento do festival.
No Açougue Sion, Geraldo Antônio dos Santos recusou contrato com um bar para garantir os cortes exóticos aos clientes domésticos (Marcos Michelin/EM/D.A Press)
No Açougue Sion, Geraldo Antônio dos Santos recusou contrato com um bar para garantir os cortes exóticos aos clientes domésticos

Fornecedores

Até o ano passado, o Açougue Sion fornecia maçã de peito para bares do festival, mas a freguesia chiou com a falta do produto e o empresário Geraldo Antônio Santos teve que recusar o contrato para esse ano. “Vendemos, em média, 30 quilos por semana e, por um mês e meio, passávamos a vender 10 vezes mais. Mas era só um produto e o resto do boi ficava encalhado”, afirma Santos. E não tem como deixar a freguesia na mão. As carnes de segunda representam um terço das vendas mensais do estabelecimento e alguns pedaços até mesmo superam cortes especiais. “Quando inaugurei o açougue, há 17 anos, sequer vendia essas carnes, mas a freguesia pediu e a demanda só tem aumentado”, afirma o proprietário do açougue.

Sabor que não tem preço

Cortes especiais, tratamento diferenciado na mesa e o preconceito que rondava certos cortes de carne foi por água abaixo. Se antes as carnes classificadas como ‘de segunda’ eram relegadas aos estabelecimentos também taxados, pejorativamente, como ‘copos sujos”, uma gastronomia mais elaborada modificou o perfil desse consumidor, que chega a trocar picanha por língua bovina.

Frequentadores assíduos de bares, os namorados Luiz Henrique Dias e Flávia Teixeira atestam que atualmente é raro achar um amigo que não goste de maçã de peito, língua e até pescoço de peru, desde que bem manuseados e feitos num local limpo e organizado. “É um prato de boteco como os demais”, diz o representante comercial. Mas o professor Rodrigo Souza discorda que sejam pratos comuns. Na sua avaliação, uma língua bem preparada supera até a tradicional picanha, principalmente se acompanhada de cerveja gelada. Ele explica que, anos atrás, aprendeu a saborear o prato com um parente e, de lá para cá, a língua tornou-se umas das suas carnes favoritas. “O sabor é o mais importante e é uma carne muito saborosa”, diz ele.
Luiz Henrique Dias e Flávia Teixeira experimentam a canjiquinha com pescoco de peru do Curin Bar, no Bairro Santa Mônica (Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Luiz Henrique Dias e Flávia Teixeira experimentam a canjiquinha com pescoco de peru do Curin Bar, no Bairro Santa Mônica

Especialista em pratos feitos com língua desde que ganhou o festival Comida di Buteco em 2007, o empresário João Batista Soares, do Bar do João, no Bairro São João Batista, em Venda Nova, se recorda que muitas vezes os fregueses eram obrigados a pedir duas porções, uma vez que mulheres e crianças normalmente nem provavam a língua. Atualmente, no entanto, o prato é o campeão de vendas, superando a combinação de filé e fritas.

"Está cada dia mais popular. Tem gente que ainda pergunta: “É língua?”, mas não resiste e se vê o amigo comer também experimenta”, afirma ele. Prova das afirmações é que, por semana, ele vende cerca de 400 quilos de língua, seja cozida ou empanada. A previsão do dono do bar é de que até o dia 13 – data de encerramento do Comida di Buteco – sejam comercializados mais 1,2 mil porções, dobrando o total do que já foi vendido. (PRF)