quarta-feira, 14 de março de 2012

Samu demora e servente morre


Familiares de Édson de Assis dizem que unidade só chegou quase 1 hora depois
Publicado no Super Notícia em 14/03/2012
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DAYSE RESENDE
cidades@otempobetim.com.br
FOTO: JOÃO LÊUS
Segundo a Secretaria de Saúde, homem estava com sinais de embriaguez
O servente de pedreiro Édson de Assis Francisco, de 46 anos, pode ter morrido, na tarde de ontem, no Hospital Regional de Betim, na região metropolitana, por causa da demora que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou para chegar ao local. Quem faz a denúncia é o cunhado de Edson, o operador de elevador Fábio Barbosa dos Santos, que diz que a unidade móvel só chegou ao local aproximadamente uma hora depois da primeira ligação dos familiares ao Samu. Por causa do ocorrido, a Polícia Militar foi acionada e um boletim de ocorrência registrado.
"Por telefone, informamos a gravidade do caso à atendente, mas o primeiro Samu chegou 30 minutos depois, sem médico e sem os equipamentos necessários para o atendimento. Depois de 20 minutos, um outro Samu chegou, mas já era tarde, pois meu cunhado já estava em estado grave".
Revoltado, o operador de elevador se queixou ainda de mal-atendimento e afirmou que um vizinho, que também ligou para o Samu pedindo o atendimento, foi ironizado pela atendente. "Ela disse que pobre tem que esperar até morrer", garantiu.
Já a irmã de Edson, a autônoma Cristina de Assis Rodrigues, informou que o seu irmão tinha problemas de convulsão, mas que, se o atendimento tivesse sido imediato, a tragédia poderia ter sido evitada. "Houve negligência no atendimento, pois, além da demora para se chegar ao local, o primeiro carro do Samu veio sem os equipamentos necessários e sem médico", justificou.
A Secretaria de Saúde informou que, no boletim registrado pela Central de Atendimento do Samu, o pedido de socorro foi feito às 15h30 e que a unidade móvel chegou ao local onde ele estava às 15h40. Conforme nota, a equipe do Samu constatou sinais de embriaguez e parada cardíaca e, imediatamente, iniciou as manobras para reanimá-lo. "O coração do senhor Edson voltou a bater, e, rapidamente, a equipe o encaminhou para o Regional. Ao dar entrada na unidade, ele novamente sofreu uma parada cardíaca que o levou a óbito", ressaltou o órgão.
Frota estaria sucateada
Funcionários da Saúde denunciaram, em janeiro, que boa parte da frota do transporte sanitário está sucateada, inclusive ambulâncias do Samu. Segundo eles, 25 dos 101 veículos estão parados na oficina do Centro Administrativo por falta de peças e de manutenção. A situação está causando sérios transtornos para os usuários. "O atendimento à população está comprometido", disse um servidor.

O livro da ROTA - Obra escrita, pelo polêmico coronel Telhada, conta a trajetória do mais destemido grupo de elite da PM



“Quartel da Luz, Mansão da Rota” não é apenas um livro, mas um rico documento que conta a história do Batalhão “Tobias de Aguiar”. A narrativa sobre o prédio localizado à Av. Tiradentes, no coração de São Paulo, é dinâmica e prende a atenção do início ao fim. 
 
Lançado pela Just Editora e de autoria do coronel Paulo Adriano Telhada, ex-comandante do batalhão, o livro reúne informações e curiosidades sobre os 120 anos de operação do “Tobias Aguiar”. É fácil se emocionar com as diversas passagens descritas de maneira simples, atraente e com precisão histórica. Além disso, o livro possui fotos inéditas que ilustram os diversos momentos marcantes da corporação.
 
O lançamento de “Quartel da Luz, Mansão da Rota” foi um sucesso de público. Mais de 500 pessoas compareceram ao teatro Frei Caneca para prestigiar este lançamento da Just Editora e garantir um autógrafo do autor. Em mais de 650 páginas de livro, coronel Telhada desvenda o que há por trás dos muros do centenário prédio do Batalhão Tobias de Aguiar, local onde está sediada a ROTA. A narrativa se desenrola desde a colocação da pedra inicial para a construção do prédio e vai passando por revoluções, mortes e inquéritos até os dias atuais.
 
Sobre o autor 
 
O tenente coronel Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, conhecido por Coronel Telhada, comandou o Batalhão de maio de 2009 a novembro de 2011. É natural de São Paulo e ingressou na Academia de Polícia Militar do Barro Branco em 1979 com apenas 17 anos. Serviu várias unidades da Polícia Militar do Estado de São Paulo, entre elas a Polícia de Choque, GATE, COPOM e também o pelotão da ROTA como 2º e 1º tenente de 1986 a 1992. 
 
Ficou conhecido pelo rigor em seu trabalho e pela repressão aos criminosos, além de mais de 20 participações em enfrentamentos diretos com bandidos. Também foi baleado por duas vezes e promovido por ato de bravura. 
 
Em 2010, ainda no comando da ROTA, sofreu um atentado em que 11 balas foram disparadas contra seu carro. O número de ocorrências e adversidades marcou a trajetória do Cel. Telhada, um dos homens mais visados da Polícia Militar paulista e que construiu uma história de sucesso no batalhão também conhecido como “Boinas negras”. 
 

Derrubada de vetos do prefeito por atacado cria novas proibições em BH


Vereadores de BH promovem derrubada por atacado: das 16 novas leis, muitas estão fadadas a jamais sair do papel
Paola Carvalho - Estado de Minas
Publicação: 14/03/2012 06:00 Atualização: 14/03/2012 07:01
Lei que proíbe radares em determinados locais está entre as aprovadas (Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Lei que proíbe radares em determinados locais está entre as aprovadas
Não à venda do cigarro picado. Não aos profissionais de saúde com jalecos em restaurantes. Não à instalação de radares em subidas, nem perto de árvores. Muito menos próximo a curvas. A Câmara de Belo Horizonte promulga nesta semana 16 novas regras a serem cumpridas pelos cidadãos, todas fruto de projetos vetados pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB) e cujos vetos foram rejeitados pelos parlamentares da capital na sexta-feira. Entre as propostas que se tornarão lei nos próximos dias, algumas são aprovadas por especialistas. Outras, consideradas desnecessárias. Algumas, simplesmente demagógicas. Muitas, ainda que feitas com boa intenção, estão condenadas a jamais sair do papel.

O Projeto de Lei 1551/2011, do Professor Elias Murad (PSDB), proíbe a venda de cigarros avulsos - também chamados "picados" - em bares, restaurantes, mercearias, padarias, tabacarias, bancas de revista, camelôs e em qualquer outro lugar onde é praxe a venda do produto. A razão de o Executivo vetar a proposta do Legislativo é o Decreto Federal 7.212, de 16 de junho de 2010, que já define que a comercialização do cigarro deve ser feita exclusivamente em "maços, carteiras ou em outro recipiente, que contenham 20 unidades".

Indiferente ao argumento, o vereador defende que a nova proibição é fundamental para proteger principalmente crianças e adolescentes que encontram facilidades para comprar cigarros nos estabelecimentos comerciais da capital. A presidente da Comissão de Controle do Tabagismo da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Maria das Graças Rodrigues, concorda. "A iniciação ao fumo está ocorrendo aos 12 anos e, normalmente, a criança não compra um maço, mas sim um só, para experimentar. Qualquer discussão ou medida proibitiva a essa iniciação é positiva", opina. Quem descumprir a decisão poderá ser primeiramente advertido e depois ter o material apreendido e ser autuado com multa de um salário mínimo.

Em meio à derrubada por atacado dos vetos do prefeito, há outra regra que diz respeito à saúde do belo-horizontino. O Projeto de Lei 1708/11, de Maria Lúcia Scarpelli (PcdoB), proíbe o "uso de vestimenta de proteção individual da área da saúde por frequentadores de bares, restaurantes e similares". Trocando em miúdos, o dono de restaurante que permitir a entrada de profissionais com jaleco em seu estabelecimento poderá ser multado em R$ 1 mil, o dobro na reincidência. O prefeito vetou por já existir lei que proíbe o profissional de saúde de circular fora do trabalho com "equipamento de proteção individual", o que inclui o jaleco. "A intenção não é mobilizar os fiscais da Vigilância Sanitária nisso, mas sim chamar a sociedade a agir contra essa falta de bom senso dos médicos", disse a vereadora.

O infectologista Carlos Starling é feroz em sua crítica. "Os vereadores estão criando tumulto em cima do nada", afirma. Segundo ele, não há nenhum estudo científico provando que o jaleco carrega bactérias capazes de contaminar uma pessoa. "Deveriam se preocupar em fiscalizar se os restaurantes oferecem álcool gel aos clientes. O preocupante é a mão, não o jaleco. Isso sim, protegeria a saúde da população", explica.

Freio nos radares
Na onda das proibições, os 50 radares fixos e três móveis da BHTrans foram alvo de duas restrições. Uma, do mesmo Wagner Messias (DEM), proíbe a instalação de equipamentos nos 50 metros depois do início de curvas, nos 100 metros depois do início de subidas e nos 50 metros antes e depois de qualquer árvore. Segundo o parlamentar, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário, o objetivo é frear a "indústria da multa".

Mas o advogado Carlos Cateb, um dos colaboradores na elaboração do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), lembra que a proposta bate de frente com a Resolução 396 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada em dezembro, que acaba com a obrigatoriedade de indicação da localização exata dos radares. "A lei federal é superior à municipal", ressalta o especialista, sem esquecer de outro impedimento: o CTB define que é competência do Executivo a implantação, manutenção e operação do sistema de sinalização, dispositivos e equipamentos de controle viário. "Essas regras são inconstitucionais", afirma Cateb.

A mesma razão põe na berlinda outra proposta cujo veto foi derrubado pela Câmara. De autoria da vereadora
Neusinha Santos (PT), a proposição proíbe o uso dos radares do tipo pardal na cidade, exigindo que o controle de velocidade seja feito apenas por meio de lombadas eletrônicas, aparelhos que contam com dispositivo digital em que motoristas podem verificar a marcação da velocidade de cada veículo. "Os pardais têm caráter arrecadatório e não têm resolvido o problema das mortes no trânsito. Eles não promovem a educação, apenas multas", afirma Neusinha.

Mestre em transporte e trânsito, o engenheiro Paulo Rogério Monteiro critica as duas proposições: "É o mesmo que a Polícia Militar avisar onde tem blitz. O radar simplesmente fiscaliza o cumprimento de uma regulamentação que deve ser obedecida em qualquer ponto da via. Essas medidas favorecem os infratores. São atitudes extremamente demagógicas e populistas", afirma. A BHTrans não comentou as proposições.

Ponto crítico
A promulgação de projetos considerados inconstitucionais é útil?

 (Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
L éo Burguês, presidente da Câmara Municipal

SIM

Muitas vezes, a Câmara promulga uma lei para forçar a discussão, como foi o caso do uso do cinto de segurança e da municipalização do Anel Rodoviário. Temos o voto e a voz para fazer valer a vontade do cidadão de BH. Talvez não seja prioridade para uns, mas é de extrema importância para um número pequeno de pessoas, o que torna um tema não menos importante. Muitos criticam os nomes das ruas. Para quem não tem endereço e não pode ter comprovante de residência é grave. As leis serão promulgadas e a expectativa é de que sejam cumpridas. Caso alguém tenha entendimento contrário, cabe à Justiça dar a decisão final.


 (Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Marco A. Rezende, procurador-geral do município

NÃO


Regra geral, os vetos ocorrem por inconstitucionalidade, quando uma lei municipal repete o que já trata lei federal, sem inovar, por exemplo. Depois de promulgada, a prefeitura pode entrar com ação de inconstitucionalidade. Mas não necessariamente recorremos a isso, pois muitas vezes a lei não tem aplicação possível, nem pega. É muito ruim termos leis inconstitucionais. Priorizamos, contudo, as que podem criar inconveniência para as pessoas. A Câmara está dentro de suas atribuições, cada um cumpre o seu papel. Mas há disposições que são competências municipais, como o trânsito, que é regulado pela BHTrans.

Greve dos rodoviários é suspensa para avaliação de proposta, afirma STTR-BH


14/03/2012 06h37
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TABATA MARTINS
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Uma boa notícia para os moradores de Belo Horizonte e região metropolitana que fazem uso do transporte coletivo. A greve dos rodoviários foi suspensa na manhã desta quarta-feira (14).
De acordo com Ronaldo Batista, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH), os motoristas e cobradores estão trabalhando normalmente até que seja feita a avaliação da proposta apresentada pelos patrões durante reunião mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) nessa terça-feira (13).
Segundo Ronaldo Batista, a decisão se a categoria irá aceitar ou não o reajuste salarial de 9% oferecido será tomada durante assembleia realizada às 16h desta quarta-feira em conjunto com representantes e integrantes da categoria. Se aceito, o aumento será somado a alguns benefícios, como seguro de vida, planos de saúde e vale-alimentação. A medida é retroativa a 1º de fevereiro, data-base da categoria, que queria um reajuste de pelo menos 20%.
A suspensão também foi confirmada por Carlos Henrique Marques, diretor de comunicação do STTR-BH. Segundo Carlos Henrique, caso o reajuste de 9% não for aceito, os motoristas e cobradores poderão novamente cruzar os braços a partir das 0h desta quinta-feira (15).
Atualizada às 07h45.


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