domingo, 26 de agosto de 2012

Irmãos são presos após algemarem guarda e tentarem explodir caixa eletrônico em prédio da subprefeitura


Quatro bananas de dinamite e uma escopeta foram apreendidas
25/08/2012 07h15
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TABATA MARTINS/ LUCAS SIMÕES
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Dois irmãos, de 23 e 30 anos, foram presos após tentarem explodir um caixa eletrônico do Banco do Itaú durante a madrugada deste sábado (25) no bairro Santa Mônica, na região de Venda Nova. O terminal é instalado no prédio da subprefeitura, que fica na avenida Érico Veríssimo. De acordo com a Polícia Militar, o crime foi descoberto após o registro de movimentação estranha em frente ao edifício.
No local, os militares do 49º batalhão flagraram de cinco a oito homens fugindo em alta velocidade em dois carros, sendo um deles um Mercedes Classe A. Durante perseguição ao Mercedes Classe A, um dos pneus do carro furou e o condutor perdeu o controle da direção. Em seguida, o veículo bateu no meio-fio, o que facilitou a prisão dos dois criminosos. O restante dos bandidos conseguiu fugir, já que seguiu em sentido oposto dos comparsas.
Depois de deter a dupla, os policiais voltaram ao prédio da subprefeitura e encontraram um guarda municipal de 42 anos algemado e trancado em um cômodo. Depois de libertar a vítima, os militares constataram que os bandidos haviam tentado detonar o caixa eletrônico. Quatro bananas de dinamite e uma escopeta de calibre 12 foram encontradas perto do terminal.
Conforme relatos do guarda aos policiais, ele foi rendido por cinco homens encapuzados no momento em que fazia uma ronda no pátio da subsecretaria. O agente afirmou que teve o colete, dois celulares, jaqueta e rádio comunicador roubados antes de ser trancado. O guarda não ficou ferido e revelou que os bandidos pediram para que ele mostrasse onde é instalado o caixa eletrônico.
O preso de 23 anos era foragido da Justiça pela prática de roubo e confessou que chamou o irmão para participar do crime para conseguir dinheiro, já que a sua mulher está grávida de quatro meses e precisa de dinheiro.
A dupla foi encaminhada à Delegacia de Plantão de Venda Nova.

As epilepsias têm tratamento e cura


Denise Almeida e sua luta por uma vida com qualidade e sem preconceito
Publicado no Super Notícia em 26/08/2012
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PAULA SANTOS
FOTO: PAULA SANTOS/DIVULGAÇÃO
Respeito, carinho e admiração fazem parte da relação entre
Dizer "obrigada" é pouco quando se agradece pela vida. Era preciso fazer algo a mais, espalhar ao vento que é possível conviver com as epilepsias ou, até mesmo, se curar. Essa é a história de Denise de Miranda Almeida, de 52 anos, uma soldado na luta pela divulgação da doença e dos tratamentos.

Denise começou a ter crises epiléticas aos três anos, como sequela de um sarampo. O preconceito foi o primeiro a bater à sua porta, começando dentro de casa. Denise conta que, quando a família ia viajar, a mãe não a levava: "você não pode ir, e sabe porque". Essas palavras marcaram a vida dela, que também sofria com o preconceito. "Já levei vários pontos na cabeça por causa das quedas durante as convulsões. E nunca recebi ajuda de ninguém", desabafa.

A vida de Denise foi uma luta constante. Com até cinco crises por dia, ela conta que já usou todos os medicamentos desenvolvidos. O maior medo da mãe de Denise era saber como a filha iria sobreviver depois da morte dela. E assim, segundo elas, Deus se encarregou de ajuda-las. "Peço tudo a Deus e consigo", afirma, com fé.
Cura
Foi em um programa de televisão que Denise chegou ao Núcleo Avançado de Tratamento das Epilepsias (Nate) do hospital Felício Rocho. Pioneiro no estado, o Nate se dedica ao tratamento multidisciplinar da doença, com neurologistas, neurocirurgiões, neurofisiologistas, neuropsicólogos, psiquiatra e pessoal técnico especializado.

Denise foi acompanhada pelo Nate por cinco anos e, no dia 15.12.2009, aos 50 anos, foi operada. A cirurgia, centésima realizada pelo Nate, eliminou as crises e garantiu uma melhora significativa na qualidade de vida. "Eu renasci", afirma Denise, emocionada.

Dr. José Maurício Siqueira, neurocirurgião do hospital Felício Rocho e coordenador do Nate, afirma que as epilepsias são a doença neurológica mais frequente. Segundo o médico, a maioria dos atendimentos do Samu no dia é de pacientes com crise epilética. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que mais de 50 milhões de pessoas no mundo convivem com a enfermidade, que não escolhe idade, raça, classe social ou nacionalidade. A prevalência é de 2% na população, ou seja, a cada cem pessoas, duas têm a doença.

O médico explica que 80% das pessoas que sofrem com as epilepsias controlam bem as crises com medicamentos. Os outros 20% são casos de difícil controle, mesmo usando remédios. "Esses precisam passar por uma unidade especializada em epilepsias". Segundo o dr. José Maurício, desses 20%, 30% passam por pseudocrises, provocadas por distúrbios emocionais.

Dr. José Maurício afirma que não é fácil criar um centro especializado em epilepsias. Ele demorou 20 anos para criar o Nate e explica que é preciso uma infraestrutura hospitalar muito grande, além de uma equipe multidisciplinar especializada na área.

A falta de informação também é um problema apontado pelo médico. "Outros doentes se mobilizam, mas os epiléticos não assumem a doença", afirma .

O tratamento de Denise só foi possível porque o irmão mais novo dela pagou um plano de saúde. Um ano depois de operar, ela começou a divulgar o tratamento. "Muitas pessoas me criticam por falar da doença. Mas Deus me deu uma bênção tão grande e eu não vou contar para ninguém? Eu sinto um bem enorme em fazer isso". Para Denise, o hospital Felício Rocho é sua casa, sua vida. Lá, é tratada com muito carinho e admiração. "Preciso reconhecer o que fizeram por mim, afinal, não tem preço a minha felicidade. Sofri muito, descobri o caminho para a cura sozinha e quero ajudar outras pessoas a vencerem essa batalha".

Legendas sofrem com 'estiagem' nas doações de campanha


Partidos poderão sofrer com dívidas pós-campanha

Publicação: 26/08/2012 08:11 Atualização:
Faltam 42 dias para o primeiro turno das eleições municipais deste ano, e a maior parte dos comitês financeiros das campanhas em todo o país ainda sofre com a escassez de doações, tanto de pessoas físicas quanto de empresas. A "seca" atinge indiscriminadamente os partidos, que se preocupam tanto com o fluxo de caixa quanto possíveis dívidas no pós-campanha.

O ritmo lento da arrecadação fica mais evidente quando se compara os primeiros resultados parciais dos comitês neste ano com as cifras obtidas em igual período na campanha municipal de 2008. Em Belo Horizonte, o prefeito e candidato do PSB à reeleição, Marcio Lacerda, registrou, em seu primeiro relatório parcial de campanha, uma receita de R$ 1 milhão. Em 2008, o resultado consolidado durante agosto apontava R$ 2,12 milhões arrecadados. O principal oponente na campanha deste ano, o petista Patrus Ananias, conseguiu R$ 897,5 mil.

Os reflexos do julgamento do mensalão e da CPI do Cachoeira, que colocou na berlinda a Construtora Delta e, em menor escala, a incerteza do mercado diante da ameaçadora crise econômica na Zona do Euro, são os motivos mais citados por tesoureiros e políticos com experiência em campanha de todas as legendas. "O escândalo envolvendo a Delta atingiu por tabela todo o setor da construção civil. As empreiteiras estão cautelosas, sempre pedem mais tempo para colocar a mão no bolso", diz um petista de São Paulo com trânsito no comitê do candidato Fernando Haddad.

A hesitação dos doadores parece se refletir na arrecadação petista na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Haddad registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relatório parcial somando R$ 1,4 milhão – montante equivalente a 0,15% do limite de gastos previstos pela campanha, de R$ 90 milhões. "Tradicionalmente, o doador joga o grosso das contribuições para setembro, já mais para o fim da campanha. Até para não ter que receber pedido de doação duas vezes", minimiza o coordenador-geral do comitê de Haddad, vereador Antonio Donato.

Parcial Mas não é só Haddad quem sofre em São Paulo. À frente das pesquisas de intenção de votos, o candidato do PRB, Celso Russomanno, registrou apenas R$ 239,3 mil em sua primeira parcial. Nenhum centavo foi doado por pessoa jurídica: R$ 46,3 mil chegaram via pessoas físicas e o restante, do partido. Em segundo lugar nas pesquisas, José Serra (PSDB) mostra uma receita bem mais robusta: R$ 1,5 milhão.

"As dificuldades estão em todos os estados. A gente tem percorrido os escritórios de empresas que tradicionalmente doam para o partido, mas eles sempre pedem mais tempo", conta Dilson Peixoto, tesoureiro da campanha de Humberto Costa (PT) no Recife. A contabilidade parcial de Costa somou R$ 600 mil arrecadados. O candidato do PSB, Geraldo Júlio, conseguiu R$ 1,58 milhão, sendo que R$ 1 milhão são do próprio partido. Na mesma disputa, o democrata Mendonça Filho obteve R$ 600 mil. Tudo dinheiro vindo do DEM.

Blitz contra a sujeira eleitoral em Belo Horizonte


TRE apreende 159 cavaletes com propaganda de candidatos instalados em locais e horários irregulares. Campanha tenta diminuir poluição visual

Publicação: 26/08/2012 08:19 Atualização:
Funcionários do TRE recolhem cavaletes na rua: multa de até R$ 8 mil (TRE/Divulgação)
Funcionários do TRE recolhem cavaletes na rua: multa de até R$ 8 mil

Apesar de toda a campanha feita pela Justiça Eleitoral contra os candidatos que espalham propaganda irregular pela cidade, os “sujões” estão de volta. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recolheu nada menos que 159 cavaletes nas ruas de várias regiões da capital em uma blitz noturna que durou até as 2h de sexta-feira. Outros 50 já haviam sido retirados nos últimos dias pelos fiscais. Um dos instrumentos que estão contribuindo para a fiscalização da Justiça Eleitoral é a denúncia on-line, feita no site do TRE.

As equipes de dois cartórios recolheram 76 cavaletes irregulares somente nas avenidas Silva Lobo, Barão Homem de Melo, Mário Werneck e em trechos da Avenida Amazonas, Rua Padre Eustáquio, avenidas Abílio Machado e Ivaí. Outras duas equipes retiraram 83 cavaletes nas avenidas Olegário Maciel, Bias Fortes, Cristiano Machado e trechos das avenidas Amazonas e Contorno e das ruas Tupinambás, Rio Grande do Sul e Oiapoque. As propagandas encontradas foram levadas ao Centro de Apoio do TRE em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os candidatos serão notificados sobre a apreensão dos cavaletes e, caso queiram, poderão buscar o material. 

As irregularidades constatadas vão ser informadas ao Ministério Público Eleitoral, que pode entrar com representação contra a propaganda. Caso isso ocorra, os candidatos podem ter de pagar multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Os cavaletes são permitidos, mas segundo regras definidas pela legislação eleitoral. A propaganda só é permitida nas ruas das 6h às 22h e não pode dificultar o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. Portanto, tem que ser retirada diariamente. O material de campanha não pode também ser colocado em praças e jardins públicos nem em postes de sinalização ou árvores. De acordo com o TRE, já foram recebidas 173 denúncias on-line de cavaletes irregulares. O eleitor que constatar alguma irregularidade na propaganda pode acessar o link Denúncia on-line, disponível no site www.tre-mg.jus.br.

O TRE de Minas está fazendo a campanha “Sujeira não é legal”, em que divulgou uma espécie de manual de boas maneiras para os candidatos e partidos, pedindo que não deixem lixo nas ruas da capital. As ações incluem vários comerciais pedindo ao eleitor que não vote em candidato sujão. 

Ficha limpa Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou  trabalho para estimular os eleitores a votarem em candidatos sem condenações na Justiça. São cinco filmes e peças de divulgação para rádio, cada uma com 30 segundos, tratando de temas relacionados à Lei da Ficha Limpa, válida para as eleições deste ano. A campanha alerta para a importância de pesquisar os candidatos e conhecer as propostas de cada um. Também incentiva a participação de eleitores de todas as idades no pleito, incluindo os jovens que têm entre 16 e 17 anos e os maiores de 70 anos, para os quais o voto é opcional. 

A decisão de exibir os comerciais no mesmo período da propaganda eleitoral gratuita (em eleições anteriores, os filmes eram exibidos nos 60 dias anteriores ao pleito) foi da presidente do TSE, Cármen Lúcia, e levou em conta uma pesquisa que constatou que os eleitores tinham dificuldade de se lembrar de campanhas anteriores, feitas muito antes da eleição. O estudo também constatou que a Lei da Ficha Limpa ainda é pouco conhecida do eleitor.