segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Confronto com policiais em praça de Santo Antônio do Amparo termina com 12 detidos


Confusão foi decorrente de assassinato de jovem de 20 anos
03/09/2012 09h22
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TABATA MARTINS
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Um violento confronto entre populares e policiais militares terminou com 12 pessoas detidas na madrugada desta segunda-feira (3) em Santo Antônio do Amparo, no Sul de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar de Lavras, a confusão generalizada ocorreu em uma praça do bairro Rosário.
Os militares foram até ao local para atender uma ocorrência de ameaça. Segundo o denunciante, havia um homem armado com faca ameaçando pedestres na praça. Assim que os policiais pararam a viatura, os populares jogaram várias pedras contra o carro, que ficou bastante danificado. Com a agressão, os policias foram obrigados a recuar e a pedir reforço.
Com a chegada de novos militares, o grupo, composto por quatro mulheres, quatro homens e quatro adolescente entre 14 e 17 anos, invadiu uma mercearia. Depois de roubar R$ 600 do estabelecimento comercial, os vândalos apedrejaram janelas de várias casas e quebraram um ônibus, a fachada de uma creche e um banco da praça.
Durante depoimento, um dos adolescentes apreendidos confessou aos policiais que a intenção do grupo era vingar a morte de um jovem de 20 anos, que foi assassinado no último sábado (1º) na cidade. O responsável pelo homicídio não foi preso.
Conforme a PM, não houve registro de feridos e os policiais que atenderam a ocorrência afirmaram que foram ameaçados de morte e ofendidos com palavrões.
O grupo foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Lavras. Nenhuma arma foi apreendida.

Projeto alerta visitantes sobre o perigo de alimentar quatis do Parque das Mangabeiras


População oferece pipocas e doces para os animais, mas eles podem morder e até transmitir doenças como a raiva

Publicação: 03/09/2012 06:39 Atualização: 03/09/2012 07:25
Grupos saem do Parque das Mangabeiras para comer restos de lixo jogado na Rua Mangabeira da Serra  ((Marcos Michelin/EM/D.A Press- 10/5/11))
Grupos saem do Parque das Mangabeiras para comer restos de lixo jogado na Rua Mangabeira da Serra
 
Alvo de constantes preocupações e reclamações de ambientalistas e moradores do Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul, os quatis voltaram a ser tema para conscientização da população belo-horizontina. Ontem, no Parque das Mangabeiras, local com maior concentração desses animais por quilômetro quadrado na América do Sul, o evento Festa do Quati levou informações aos visitantes sobre os riscos de alimentar esses seres, que, por comerem resto de comidas deixados por quem visita o parque, estão prejudicando o equilíbrio ambiental do local, colocando outras espécies em risco de extinção, além de colocarem em perigo a saúde da população.

Em 2011, por exemplo, um estudo de mestrado da UFMG mostrou que os quatis estavam deixando de lado as dietas exemplares, à base de insetos, frutos e pequenos vertebrados, para comer salgadinhos, enlatados, macarrão, pipoca e tantos outros alimentos oferecidos por quem visita o parque. “Com isso, eles passaram a deixar seus habitats para irem em busca de guloseimas. Assim, ao vasculharem as lixeiras, mordem as pessoas e trazem risco de doenças, como a raiva. Isso pode causar um impacto ambiental. Ao se alimentarem de frutos, por exemplo, eles cumprem o ciclo e um papel ecológico para o meio ambiente. Algumas sementes germinam depois que passam pelo intestino e estômago desses animais”, exemplifica Nadja.

Em 2010, a população estimada desses bichos na área verde era de 187 animais. “Em toda a América do Sul, o parque é o local onde há mais quatis por metro quadrado. São 52, sendo que o ideal seriam 10. Como há muitos e uma grande oferta de alimentos, acaba havendo um desequilíbrio na natureza”, alerta. Essas e outras informações foram repassadas aos visitantes, ontem, no Parque das Mangabeiras. “A nossa intenção é conscientizar. É um problema que tem ocorrido também no Parque Nacional do Caparaó, na Zona da Mata”, conta Nadja, que aposta na conscientização para mudar esse cenário.

Pelo menos para a dentista Claudiane Campos, com esse tipo de projeto a realidade dos quatis tem mudado. “Antes os víamos sempre vasculhando as lixeiras, a qualquer hora do dia. Agora não os vemos mais. Isso se deve ao trabalho de educação ambiental que vem sendo feito”, comenta. Seu filho, Davi, de 5 anos, aprendeu ontem, no jogo de tabuleiro, sobre a vida dos quatis e entendeu por que não se pode dar pipocas ou qualquer outro alimento a eles. “O jogo faz com que as crianças aprendam sobre como conservar e fazer bem aos bichos. É o sucesso da festa, porque elas querem ganhar a disputa e tentam sempre prestar atenção nas informações para não errarem. Dessa forma, vão se conscientizando”, afirmou a monitora Sara Clemente. O pequeno Arthur Soares, de 5 anos, aprendeu a gostar dos quatis ao fazer origami do bicho. “Gosto dos animais e não podemos alimentá-los com o que gostamos”, ensina.

Justiça faz força-tarefa para julgar 201 acusados de homicídio em BH


Os dois tribunais do júri da capital farão até sete julgamentos por dia, entre 10 de setembro e 14 de dezembro. Expectativa é botar atrás das grades assassinos que estão soltos

Publicação: 03/09/2012 06:34 Atualização: 03/09/2012 08:50
A Justiça de Minas Gerais quer driblar a histórica morosidade no julgamento dos processos de crimes dolosos contra a vida e vai levar ao banco dos réus do tribunal do júri 201 pessoas acusadas de homicídios e tentativas de homicídio praticados em Belo Horizonte. Os casos são referentes a processos que tiveram início em 31 de dezembro de 2008 e são considerados atrasados pela Estratégia Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça. Eles serão julgados em um mutirão que terá início no próximo dia 10 e se estenderá até 14 de dezembro, paralelamente às cerca de 130 pronúncias de sentença esperadas para serem feitas normalmente pelos dois tribunais do júri da capital até o fim do ano.

Com os julgamentos, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) espera tirar da fila pelo menos 50% dos inquéritos por homicídio fora do prazo, número que hoje chega a 400 processos em tramitação. Dos 130 que serão julgados na pauta normal dos dois tribunais do júri, somente parte poderá ajudar a reduzir esse déficit, já que casos de presos provisórios e preventivos também são levados a júri na pauta normal.

A estratégia de apressar o julgamento dos processos, conforme o coordenador do programa Novos Rumos do TJMG, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, busca dar efetividade ao tribunal do júri de Belo Horizonte. “Não trata de fazer perseguição, absolver ou condenar, mas sim de dar resposta ao andamento processual”, diz. Os crime de homicídio, frisa, envolve casos que geralmente chocam a sociedade, abalam famílias, que ficam anos à espera da data para marcação do julgamento, assim como os acusados. “As pessoas ficam com a expectativa de uma solução e a incerteza quanto ao júri é um sofrimento. Gera sensação de impunidade. Queremos dar uma resposta a esses crimes. Dar efetividade ao processo. E ao acusado, dar a chance de se defender”, ressalta o juiz, dizendo que o critério de escolha foi objetivo e justo, levando em consideração o tempo do processo.

Viaduto das Almas está entregue ao esquecimento e ao silêncio de sua trágica história


Desativada, estrutura em curva conhecida como uma das mais traiçoeiras armadilhas da BR-040 foi integrada ao patrimônio da União, mas hoje se degrada em lento abandono

Publicação: 03/09/2012 06:37 Atualização: 03/09/2012 09:38
Em meio a escombros, mato e estruturas corroídas, esta obra de arte da engenharia  pode desaparecer se não for transformada em patrimônio arquitetônico (Leandro Couri/EM/D.A Press)
Em meio a escombros, mato e estruturas corroídas, esta obra de arte da engenharia pode desaparecer se não for transformada em patrimônio arquitetônico
Inaugurado em 1º de fevereiro de 1957, ele não tem vida própria e, mesmo não sendo capaz de tomar decisões, começou a ganhar fama de matador em 20 de julho de 1958. Naquele dia, o pequeno fazendeiro José Alves foi o primeiro a perder a vida ao tentar atravessá-lo, ao volante de uma caminhonete. O Viaduto Vila Rica, mais conhecido como Viaduto das Almas, que se tornou tristemente célebre ao produzir viúvas e órfãos em série, hoje está entregue ao esquecimento e ao abandono. Nem espírito dos mortos atribuídos à sua existência ousa frequentá-lo, nem sequer nas noites claras de lua cheia.

Tem-se a impressão de que o Vila Rica, fechado ao tráfego desde 26 de setembro de 2010, apodrece mais rapidamente do que quando os pneus das carretas limavam seu asfalto e lambiam as baixas e frágeis muretas de proteção. Percorrer seus 262 metros, hoje, só a pé ou pedalando. Somando sua extensão aos pedaços da BR-040, nas duas cabeças de pista, lacrados depois da inauguração do Viaduto Engenheiro Márcio Rocha Martins, a caminhada, a passos lentos, dura cerca de uma hora.

A única lembrança de que ali passavam milhares de veículos por dia, além da estrutura de concreto, é um pedaço de mola deixado por caminhão numa das temidas descidas rumo à estreita pista do Vila Rica. Tão estreita que é difícil imaginar que por ali cruzavam-se carretas de 30 toneladas e ônibus com até 50 passageiros. Impossível não pensar em tragédias, como a que levou a atriz Zélia Marinho e mais 13 pessoas, em 1967, e o que tirou a vida, dois anos depois, do cantor Mário Albertini e mais 29. Zélia e Mário eram estrelas da TV Itacolomi.

Obra de arte inaugurada com orgulho

O Viaduto Vila Rica, ou Viaduto das Almas, nasceu na BR-3, batizada de 040 em 1964. Está no km 592 da rodovia, entre os municípios de Itabirito e Congonhas, na Região Central. Ganhou fama de traiçoeiro em uma estrada que teve seu traçado perigoso cantado até em festival da canção, na voz de Tony Tornado. E foi batizado em 1º de fevereiro de 1957 com muita pompa pelo presidente Juscelino Kubitscheck (1902-1976) e o governador José Francisco Bias Fortes (1891-1971). Os dois percorreram os 262 metros do elevado em um carro luxuoso. JK não escondia o orgulho. Estava entregando à nação uma grande passagem para o progresso do Brasil. 

Em1982, a BR-040 ganhou pista dupla em trechos movimentados, mas os viadutos continuaram estreitos e a carnificina não parou. Parentes de pessoas que perderam a vida em tragédias queriam apelidá-lo de Viaduto da Morte. Mas o que ficou e marcou foi Viaduto das Almas. Não pelos mortos, mas para lembrar o curso de águas claras que corre sob a estrutura: o Córrego das Almas. Não houve como não surgir uma história macabra sobre a passagem de nove metros de largura, construída em curva, que começou com o peso de menos de 1 mil veículos por dia, quando as carretas não eram tão grandes, e chegou a suportar os quase 20 mil automóveis que o atravessavam diariamente poucos antes da aposentadoria.

Encontro anual de guardas de Congado no Bairro Industrial em Contagem, NÃO DEIXEM DE VER ESTA MATÉRIA LINDA

Festa de encontro das guardas de congado no bairro Industrial em Contagem/mg,                                          
Neste 1º domingo de Setembro aconteceu mais um encontro de guardas de congado no bairro Industrial em Contagem, este encontro é proporcionado pela população local,  acontece há oito anos, onde algumas pessoas da  comunidade acordam as 02:00 hs e iniciam os preparativos para a festa, dentre eles a refeição que por sinal é maravilhosa acompanhada com a sobremesa também preparada pelos moradores, ontem tivemos doce de laranja com queijo e no almoço frango com tropeiro, para um total de 900 pessoas.
                                 





 Neste encontro se reúnem cerca de oito guardas de congado de varias partes da região metropolitana, acompanhada por vários turistas e repórteres As guardas se encontram a partir  das oito horas enfrente a igreja católica local e dali cada guarda mostra seus costumes, uma festa linda que termina por volta das 17:00 hs onde as guardas todas juntas acompanham a procissão de nossa senhora do Rosário pelas ruas do bairro industrial findando com uma missa dentro da igreja. Parabéns ao casal que proporciona esta alegria a senhora Rosimar e Wilson Couto.


                                                   

A guarda abrindo espaço para chegarem ao refeitório, onde reverenciam a nossa senhora e iniciam a refeição
































Congado
Fruto do sincretismo e da mestiçagem, o Congado apresenta elementos da espiritualidade ancestralidade africana, conjugados com o catolicismo europeu. A natureza da religiosidade vivenciada no Congado em Contagem e o processo histórico de sua formação evidenciam a reverência a Nossa Senhora do Rosário, aos antepassados escravos, a São Benedito e a Santa Efigênia. 

Os tambores, os estandartes das guardas, os mastros, o cruzeiro no adro, as capelas e igrejas, dentre outros, são elementos sagrados no código ritual, investidos da força e energia que asseguram o cumprimento dos ritos. As festas são manifestações públicas, com cortejo pelas ruas de Contagem, que sempre culminam em Missa Conga, celebrada na Igreja do bairro. 
No passado, a presença de expressivo número de escravos na área de Contagem possibilitou a sobrevivência de diversos cultos de origem africana, destacando-se o Congado, a Capoeira e as religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. Atualmente, a cidade conta com um calendário rico em festas e manifestações de origem africana. Existem expressivos grupos de Congado na cidade, destacando-se o Congado da Comunidade dos Arturos na sede, o Congado do bairro Retiro, os Ciriacos, no bairro Novo Progresso e o Congado do bairro Industrial, que, a seu tempo, festejam o Rosário de Nossa Senhora pelas ruas e igrejas da cidade. 
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Contagem, integrada predominantemente pela Comunidade Negra dos Arturos, é considerada uma das mais importantes e tradicionais de Minas Gerais e do País.
É por intermédio de Arthur Camilo que se formam os Arturos (seus descendentes). A marca do nome atesta a força da ancestralidade: os filhos, netos, bisnetos e tetranetos de Arthur formam hoje os Arturos, que moram na propriedade herdade de Arthur Camilo, no bairro Jardim Vera Cruz, município de Contagem. 
As festas fixas são manifestações públicas, com cortejo pelas ruas de Contagem. As festas familiares ocorrem na comunidade. Realizam-se em cortejo as festas externas: da Libertação, do Rosário e a Folia de Reis. A comunidade do Retiro é um bom exemplo da força da resistência da cultura negra no que se refere a suas manifestações religiosas. 
No começo do século passado, a família de Francisco Carolino inicia suas primeiras batidas de tambor, louvando Nossa Senhora do Rosário e os santos negros: São Benedito, Nossa Senhora das Mercês e Santa Efigênia, fundando a Guarda do Sagrado Coração de Jesus – O Congado do bairro Retiro, como é conhecido.
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário – Os Ciriacos – tem sua origem na trajetória do capitão Ciriaco Celestino Muniz, no Congado do bairro Novo Progresso. Em 1954, a Guarda de Moçambique faz seu primeiro toque. Por questões de saúde, o capitão Ciriaco passa o comando da Irmandade para seu filho Antônio Jorge Muniz, coroado capitão-mor da Irmandade. Os Ciriacos possuem duas guardas: uma guarda de Congo, feminina, e uma guarda de Moçambique, masculina. A diferença entre as duas é que a guarda feminina de Congo é comandada por senhoras,mas os instrumentos, as quatro caixas, são tocadas por rapazes. Os Ciriacos têm como princípio o modo negro de louvar Nossa Senhora do Rosário, realizando as festas de São Benedito, em maio, Festa Junina, a festa de Nossa Senhora do Rosário, em setembro, e Missas Congas, durante o ano.
O Congado do Jardim Industrial representa a Associação Guarda de Congo de Nossa Senhora do Rosário do Bairro Jardim Industrial. Foi comandado por mais de trinta anos pelo capitão de Guarda Josué Coelho de Jesus, falecido em 2008. Suas filhas receberam o legado dessa cultura afro-brasileira. E, da mesma forma que aprenderam com o pai, ano a ano, louvam a santa congadeira em todo primeiro domingo de setembro, na Capela de Nossa Senhora do Rosário.










Nesta foto estão os organizadores deste lindo evento Wilson Couto e a Senhora Rosimar