sexta-feira, 5 de abril de 2013

Catástrofe no tráfego rodoviário e urbano em Minas é ignorada pelo poder público


Especialistas afirmam situação equivale a negligenciar uma epidemia como a de dengue

Publicação: 05/04/2013 06:00 Atualização: 05/04/2013 06:41
Cruzes fincadas em rodovias reconhecidamente perigosas são uma das poucas mudanças ocorridas nas estradas que cortam o estado depois de desastres fatais (Solon Queiroz/Esp.EM)
Cruzes fincadas em rodovias reconhecidamente perigosas são uma das poucas mudanças ocorridas nas estradas que cortam o estado depois de desastres fatais

As cruzes à beira da estrada e os corpos de vítimas de acidentes caídos em vias públicas não foram suficientes para mudar uma realidade trágica no trânsito de Minas Gerais. São vistos ainda como símbolos de tragédias diluídas em um mar de 8,4 milhões de motocicletas, carros, caminhões e ônibus registrados no estado. Mas, em números, essas vidas interrompidas pela violência ao volante têm a mesma dimensão das grandes tragédias capazes de comover o país. Somente de janeiro até ontem, conforme levantamento feito pelo Estado de Minas, pelo menos 561 pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais, estaduais e no trânsito urbano de 21 cidades mineiras. Para se ter uma ideia, seria como se a cada 41 dias o país fechasse os olhos para o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS). Se o ritmo viário se mantiver, a previsão é que ao menos 2.178 pessoas percam a vida até o fim do ano.

Para efeito de comparação, os dados levantados pelo EM são mais que cinco vezes superiores aos 108 óbitos causados pela dengue em todo o país, mas estão longe de gerar a mesma mobilização que a doença. Os números dão conta de mortes no local dos acidentes, mas também consideram óbitos ocorridos em hospitais. No Risoleta Neves, na Região de Venda Nova, em BH, quatro pessoas que deram entrada neste ano em decorrência de acidentes de trânsito não resistiram. Já no Hospital Margarida, em João Monlevade, na Região Central do estado, que costuma receber acidentados na BR-381, sete pacientes morreram depois de socorridos. A violência é ainda maior no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, referência em Minas para atendimento de acidentados do trânsito. O hospital não conta com estatísticas relacionadas aos óbitos, mas 3.057 pessoas deram entrada entre janeiro e março vítimas da violência no tráfego urbano e rodoviário.

Para o sociólogo e consultor em segurança de trânsito Eduardo Biavati, o fato de todas as mortes levantadas não ocorrerem de uma só vez, como foi o caso de Santa Maria, faz a situação parecer menos grave do que realmente é. “A violência no trânsito tem uma raiz comum com a tragédia do Rio Grande do Sul. As duas situações apontam para cumplicidade entre poder público, cidadãos e empresários no que diz respeito à aplicação das leis, fiscalizações e cumprimento de normas”, diz o especialista. Eduardo ainda chama a atenção para uma medida simples, que poderia minimizar a carnificina: “Se não conseguimos duplicar nossas rodovias, que sejam espalhados radares para controlar a velocidade, uma medida totalmente viável”.

Conviver com tantas mortes no trânsito tem o mesmo peso de negligênciar uma doença epidêmica, avalia o diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Dirceu Rodrigues Alves Júnior. “As mortes por acidentes de veículos já são uma epidemia, assim como a dengue. O poder público investe em equipes que vão de casa em casa combater o mosquito transmissor da doença. Por outro lado, não vemos equipes em nossas esquinas ou nas estradas, na mesma proporção, para educar motoristas e fiscalizar o trânsito”, compara.

Entre as razões para continuidade e o crescimento dessas tragédias, o especialista aponta a precariedade das estradas e a falta de fiscalização. “São vias perigosas, geralmente de pista simples, com traçado sinuoso, com buracos e pontes precárias. Por outro lado, temos a imprudência dos motoristas e a fiscalização insuficiente”, ressalta. Segundo ele, o efetivo de policiais de trânsito não dá conta de coibir uso de drogas e de álcool, além da imprudência e imperícia de motoristas, tanto em rodovias quanto em áreas urbanas. O tráfego de veículos pesados na malha viária mineira também preocupa. “Além de Minas ter intenso movimento de caminhões, o predomínio é de motoristas autônomos. E eles não fazem a manutenção adequada nos veículos”, afirma.

Para o assessor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Minas, inspetor Adilson Souza, os desastres são motivados por várias situações. “Enquanto de um lado há uma infraestrutura rodoviária com problemas, a conduta imprudente de motoristas e um efetivo que não consegue acompanhar a demanda, de outro temos um crescimento vertiginoso da frota devido à expansão econômica”, avalia. Ele acredita que uma das alternativas viáveis para diminuir a carnificina é aumentar o preço das multas para as infrações que mais causam acidentes.

Tristeza e revolta
Enquanto as tragédias não param de acontecer, parentes e amigos de quem se foi vítima lamentam. A empregada doméstica Rosilda Madalena, de 31 anos, é tia do pequeno Erick Julian da Silva, de 9 anos, atropelado na porta da escola em Contagem, na Grande BH, na segunda-feira. Ela conta que os parentes ainda não conseguiram assimilar a perda da criança. “No Brasil, a gente espera a desgraça acontecer para depois pensar em alguma coisa. Mas também não podemos deixar de dizer que as pessoas quando estão no trânsito são mal-educadas e não têm a mínima preocupação em respeitar qualquer tipo de lei”, diz ela. Também tia do garoto atropelado, Adriana Gomes da Silva, de 40, critica o valor das multas. “A punição tinha que ser muito pesada. O trânsito no Brasil mata mais que em uma guerra. A gente sabe que ninguém sai com a intenção de matar, mas, ao desrespeitar as normas, a pessoa assume o risco”, diz. ela

NOVO UNIFORME DO COLÉGIO TIRADENTES DA POLICIA MILITAR - PAIS DE ALUNOS ESTÃO PREOCUPADOS COM A SEGURANÇA DE SEUS FILHOS. A QUEM INTERESSA ESSA MUDANÇA?


O Comando da PMMG, por intermédio da Diretoria de Educação Escolar e Assistência Social (DEEAS), tem envidado esforços para resgatar a identidade do CTPM como escola diferenciada das demais, por estar vinculada aos valores e princípios basilares da ética e da disciplina policial militar. Na busca deste objetivo, uma série de medidas tem sido adotadas para a valorização do profissional da educação e designação de comissão para apresentação de proposta de mudança do uniforme dos alunos do CTPM.
Esta ação estratégica depende apenas da definição do modelo de uniforme a ser utilizado, para que ocorra a sua efetiva implantação, o que dará mediante a presente consulta. Cumpre informar também que a DEEAS solicitou a confecção dos modelos de uniformes anexos e os apresentou ao Alto Comando da PMMG, que aprovou a sua adoção, condicionada à mencionada consulta.

Ressalta-se que as propostas de uniforme apresentadas pela Comissão designada por esta Diretoria possuem as especificações pontuadas no arquivo "Especificação e fotos de uniformes propostos". Visando facilitar o processo de decisão do Exmo Senhor Comandante-Geral da PMMG e democratizar a discussão acerca da definição do novo modelo de uniforme a ser utilizado nos CTPM, consta abaixo fotografias da proposta apresentada pela comissão. Solicitamos a todos os integrantes da PMMG que exerçam efetivamente o direito de participar desta importante mudança. 

Editorial do blog do cabo Fernando: Acho que antes de resolverem mudar definitivamente o uniforme , deveriam ter feito uma reunião com os pais dos alunos. Tem também o lado da segurança pessoal dos alunos, será fácil para o bandido detectar o aluno que é filho de um policial e não conseguindo se vingar do pai, acabará se vingando do filho. Essa mudança de uniforme só interessa primeiramente a CITEROL que ganhará mais dinheiro do que já ganhou as custas de nós militares, segundo, além da CITEROL alguém ganhará muito... com essa brilhante idéia de "girico". 
Fonte do Blog: Concordo com o comentario, acho que hoje com as mudanças acontecidas, sinto que a segurança de nossos filhos e tambem a nossa estará comprometida.

Atendimento do Detran nas UAIs


Motoristas terão mais 14 pontos na capital e no interior para adquirir documentos
Publicado no Super Notícia em 05/04/2013
Avalie esta notícia » 
2
4
6
8
NATÁLIA OLIVEIRA

Clique na imagem para ampliar
O atendimento do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) será ampliado no Estado, a partir deste mês. Alguns serviços oferecidos aos motoristas passarão a ser feitos também nas Unidades de Atendimento Integrado (Uais) de Belo Horizonte e de dez cidades da região metropolitana e interior de Minas Gerais. O intuito, de acordo com o governo do Estado, é trazer mais facilidade para os usuários do Detran. Ontem foi assinado um convênio entre o Departamento e o governo do Estado. Até dezembro deste ano, as Uais começarão a oferecer de forma gradativa os seguintes serviços: Alteração de dados do condutor ou do veículo, inclusão da comunicação de venda do veículo, entrega de primeira via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), quando ambos os documentos forem devolvidos pelos Correios.

MG já registra o dobro de mortes de 2012 Neste ano, 37 já perderam a vida com a doença, contra 18 no ano passado; Estado vai contratar mil agentes para combate



Publicado no Super Notícia em 05/04/2013
Avalie esta notícia » 
2
4
6
8
TÂMARA TEIXEIRA

FOTO: JOÃO MIRANDA - 27.3.13
Estado contrata mil agentes para conter doença; 80% dos focos estão em casas
A epidemia de dengue em Minas Gerais já matou, nos três primeiros meses de 2013, mais que o dobro de pessoas do que em todo o ano passado. Até a última quarta-feira, foram 37 mortes, contra 18 de 2012. Com a promessa de contornar a situação, o governador Antonio Anastasia anunciou a contratação, nos próximos dias, de mil agentes epidemiológicos para atuar nas cidades que registram maior número de casos. Eles se somarão aos outros mil já com contratação anunciada. Para especialistas, a medida não é suficiente.

"Esses agentes se somam aos municipais. É um número expressivo. Eles permanecerão por dois ou três meses depois de abril para conscientização (da população). É difícil dizer que eles vão eliminar a epidemia, mas vão ajudar na redução", afirmou o governador. Em todo o Estado, já foram confirmados 43.119 casos, contra 22.105 de 2012.

Prioridade
Na opinião do vice-presidente da Associação Mineira de Infectologia, Marcelo Simão Ferreira, a medida é importante, mas a principal necessidade é ampliar a capacidade de atendimento nos hospitais para socorrer as pessoas que já estão doentes.

"O combate tem que ser permanente e não só nos picos. Essas medidas deveriam ter sido tomadas antes. O foco deveria ser nas unidades de saúde", disse.

O governador afirmou ainda que pediu que a Defesa Civil Estadual atue auxiliando na comunicação das prefeituras do interior no momento em que elas decretarem situação de emergência.

"Os agentes ajudam, mas, a essa altura, investir no atendimento rápido à população é o melhor. E temos sempre que insistir na conscientização da população", disse o diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Cyrillo. Segundo ele, no fim do mês, quando a temperatura começar a cair e as chuvas derem uma trégua, os índices da dengue devem começar a cair.

Em um ponto, no entanto, especialistas e governo concordam: que a população pode contribuir mais para conter o avanço da doença.

Legislação

As residências concentram 80% dos focos do mosquito, segundo dados do governo do Estado. O governador informou que ainda não há data para sanção da Lei nº 19.482, que prevê punição para os moradores que mantiverem criadouros do mosquito Aedes aegypti em casa.

Os donos dos imóveis podem ser punidos com multas, interdição do imóvel e até cassação da autorização do funcionamento, em caso de imóveis comerciais. "As pessoas se acomodaram. Há um certo descompromisso", apontou o subsecretário de Vigilância e Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Carlos Alberto Pereira.
Poucos agentes
Os mil trabalhadores que deverão ser contratados para ajudar no combate à epidemia de dengue serão enviados a 276 das 853 cidades de Minas, ou seja, uma média de sete agentes epidemiológicos para cada dois municípios em situação crítica.

Uberaba, no Triângulo Mineiro, por exemplo, tem cerca de 300 mil habitantes e vive a situação mais difícil. Só neste ano, dez moradores já morreram em função da doença, e 146 casos foram notificados só na última semana.

Para o subsecretário de Vigilância e Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Carlos Alberto Pereira, o número de agentes anunciados é suficiente. "Está em tempo. Trabalhamos desde outubro", afirmou. (TT

Poluição visual toma conta do município


Código de Posturas, de 1969, não limita tamanho nem quantidade de painéis
Publicado no Super Notícia em 05/04/2013
Avalie esta notícia » 
2
4
6
8
DAYSE RESENDE
foTO: MOISÉS SILVA
Outdoors podem ser vistos nas principais ruas
Quem anda pelas ruas e avenidas de Betim, na região metropolitana, percebe facilmente a poluição visual que toma conta da cidade. É que leis defasadas, como o Código de Posturas do Município, de 1969, e o Decreto 16.660, de 2001 - que criam normas para a ocupação urbana -, tornaram-se ineficientes para conter o problema.

Na avenida Marco Túlio Isaac, por exemplo, é uma "farra" de outdoors. Somente entre o supermercado SuperLuna e o viaduto Jacintão, em um trecho inferior a 500 metros, a reportagem contabilizou mais de 25 placas. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, em Belo Horizonte, depois que o Código de Posturas sofreu uma alteração, em 2010, a permissão é de apenas dois painéis por quadra.

E não são só os outdoors que poluem. São placas de diversos tamanhos, colocadas em alturas diferentes, às vezes, num mesmo prédio, além de letreiros luminosos e painéis de todas as cores e modelos.

Há, ainda, as publicidades pintadas nas calçadas ou fixadas em postes de iluminação pública. É um misto de apelos. Na corrida por fisgar o cliente, o que prevalece é o desrespeito à legislação ambiental, às construções históricas e à população.

Dono de uma empresa de publicidade, Justo César critica a ausência de uma legislação ambiental efetiva para Betim. "Não há regras, e os painéis de publicidade são colocados em qualquer área, seja ela pública ou privada".

O que pode
No Código de Posturas do Município, uma das poucas exigências é a de que "a exploração ou utilização de meios de publicidade nos logradouros públicos, bem como nos lugares de acesso ao público, depende de prévia autorização da prefeitura". Já o Decreto Municipal 16.660 de 2001, determina apenas que "todo e qualquer plano de intervenção urbana deverá ser submetido à aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do Município (Codema)".
Lei será revisada
Segundo o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Waldir Teixeira, a previsão é que, ainda no primeiro semestre deste ano, Betim tenha a sua própria legislação ambiental. "De fato, o Código de Posturas atual está defasado, mas nós, pela primeira vez na história da cidade, estamos fazendo um estudo para estabelecer regras específicas para a poluição visual".