domingo, 30 de setembro de 2012

Operação do 22º Batalhão em conjunto com o Batalhão de choque(BPE) E CANIL, prende cinco em Belo Horizonte


TREZE MOTOCICLETAS FORAM APREENDIDAS.
AÇÃO FOI REALIZADA NOS BAIRROS TAQUARIL E ALTO VERA CRUZ.

Do G1 MG
Cinco pessoas foram presas na operação “Impacto Absoluto” da Polícia Militar (PM), nesta sexta-feira (28), nos bairros Taquaril e Alto Vera Cruz, na Região Leste da capital mineira.

Segundo a corporação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão. Bares foram fiscalizados, e blitze foram feitas na entrada dos bairros. A polícia informou que 13 motocicletas, duas máquinas caça-níqueis e pedras de crack foram apreendidas.

Segundo a PM, foram feitos 18 boletins de ocorrência e 25 autos de infração de trânsito. Semanalmente, a operação é realizada em vários pontos da cidade.

ELEIÇÃO 2012 - VOTAR OU NÃO VOTAR NOS ATUAIS VEREADORES - SERÁ QUE NÃO CHEGOU A HORA DE RENOVAR?


Desempenho dos vereadores belo-horizontinos deixa a desejar nos últimos quatro anos

DOS 41 PARLAMENTARES DA CIDADE, 39 VÃO TENTAR A REELEIÇÃO EM OUTUBRO

por Paola Carvalho | Revista Veja
Odin

O plenário na última quarta (12): sessão não teve quórum

Os 41 vereadores eleitos em 2008 estão na mira do Mi­nis­tério Público, que os denunciou à Justiça por uso indevido da verba indenizatória de 15 000 reais por mês. Os processos por improbidade administrativa correm em seis varas. Em caso de condenação, o parlamentar terá de ressarcir os valores gastos e pode ter os direitos políticos suspensos. Acusados de cobrar propina para aprovação de projetos de lei, dois deles — Hugo Thomé (PMN) e Carlúcio Gonçalves (PR) — chegaram a ser afastados. Condenado por abuso de poder econômico, Wellington Magalhães (PSB) perdeu o mandato. E Gêra Ornelas (PSB) renunciou depois da divulgação de um vídeo em que aparecia em seu gabinete, de cueca samba-canção, com uma moça. A despeito dos escândalos durante a legislatura, os vereadores belo-horizontinos tentaram emplacar um aumento de 61,8% nos próprios salários. E só não conseguiram porque, indignada, a população protestou. Na eleição de 7 de outubro, 39 deles estão entre os quase 1 200 candidatos que disputarão os votos do 1,9 milhão de eleitores da capital. Será que eles fizeram por merecer? Em parceria com o Centro de Estudos Legislativos da UFMG, VEJA BH avaliou o desempenho de cada um deles considerando cinco critérios. De modo geral, as notas são fracas. Confira nas próximas páginas como foi feita a análise e a média obtida por eles, além de um guia para ajudar a não jogar seu voto no lixo.

Abaixo você poderá conferir as informações de todos os vereadores de BH que buscam a reeleição, ordenados pela nota, da maior para a menor.
   

Corpo de Hebe Camargo é enterrado em São Paulo


Marina Rigueira - Estado de Minas
Publicação: 30/09/2012 08:24 Atualização: 30/09/2012 12:23
 (AgNews)

O corpo de Hebe Camargo, 83 anos, foi enterrado por volta das 10h50 deste domingo, no Cemitério Gethsemani, Região Sul de São Paulo. O caixão foi coberto com a bandeira do Brasil e muitas pétalas de rosas colombianas, as preferidas da apresentadora, foram lançadas durante o sepultamento. Na chegada ao cemitério, o corpo de Hebe foi recebido com muitos aplausos e coros de "Hebe, eu te amo". Ela foi enterrada junto a irmã e o cunhado. Autoridades, como o vice-presidente Michel Temer e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, estiveram presentes.  

A família de Hebe não fez nenhuma restrição e liberou a entrada do público e da imprensa. No entanto, o Cemitério Gethsemani colocou um cordão de isolamento no jazigo da apresentadora, o que não foi suficiente para evitar tumultos, já que parte da imprensa e alguns fãs invadiram o local.

             Veja as fotos do enterro de Hebe Camargo

O carro do Corpo de Bombeiros, que levou a apresentadora, saiu em cortejo ao cemitério às 10h. O velório se estendeu durante toda a madrugada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual de São Paulo, no Morumbi. Por lá, passaram vários parentes, amigos, políticos e fãs da apresentadora, entre eles Silvio Santos, Eliana, o assistente de palco Liminha, Paulo Maluf, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, os cantores Marrone e Cláudia Leitte, entre outros.
O Padre Marcelo Rossi celebrou uma missa em homenagem à Hebe. Durante a cerimônia, que durou cerca de 40 minutos, o padre cantou músicas das quais Hebe mais gostava, entre elas "Como é grande o meu amor por você" e "Jesus Cristo", de Roberto Carlos. O filho da apresentadora, Marcelo Camargo, seu sobrinho, Claudio Pessuti, e sua mulher permaneceram ao lado do caixão durante toda a benção.

Segundo a assessoria de imprensa do SBT, a apresentadora morreu durante a madrugada de sábado, em sua casa, vítima de uma parada cardíaca. Desde 2010, Hebe lutava contra um câncer no peritônio (membrana que reveste os órgãos da região abdominal). Ela se submeteu a sessões de quimioterapia e chegou a anunciar que estava curada da doença.

Na última quinta-feira, o SBT havia anunciado a volta de Hebe à emissora. Ela estava afastada do canal de Silvio Santos desde dezembro de 2010, quando não renovou seu compromisso e migrou para a Rede TV!. "Meus lindos, nem acredito!!! Estou de volta ao SBT, meu coração está disparado! Feliz feliz feliz feliz!!!”, escreveu a apresentadora em seu Twitter na sexta.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Tiririca afirma que "interesses" do Congresso podem fazê-lo abandonar a política



27/09/2012 14h10
Avalie esta notícia » 
2
4
6
8
DA REDAÇÃO
Siga em: twitter.com/OTEMPOonlineFOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR
O deputado federal Tiririca (PR-SP), afirmou nesta quarta feira que talvez não tente a reeleição nas eleições de 2014. Tiririca disse que “outros interesses” no Congresso o deixaram desacreditado com a política.
Tiririca foi eleito com 1,3 milhão de votos e afirmou em entrevista à Rádio Liberdade FM, de Aracaju (SE) que está decepcionado com a burocracia no Congresso e pensou que chegando na condição que havia chegado iria aprovar projetos que beneficiariam a população mas “interesses” no Congresso o impedem
Ainda na entrevista a rádio o deputado disse que boa parte da população vê os políticos como ladrões mas se sente muito feliz quando as pessoas o elogiam por seu trabalho na Câmara

Especialista do BID diz que BH deve proteger a Lagoa da Pampulha Banco pode emprestar US$ 75 milhões para revitalizar barragem, quem vai então salvar a lagoa da Petrobras que também é um dos cartões postais .


Publicação: 28/09/2012 06:00 Atualização: 28/09/2012 06:29
Operários retiram lixo despejado todos os dias na represa (Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Operários retiram lixo despejado todos os dias na represa
“A Pampulha é uma joia que a cidade tem que cuidar”, afirmou em Belo Horizonte, em tom de alerta, o especialista em saneamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Yvon Mellinger. Ele esteve na capital para mais uma etapa da negociação do empréstimo de US$ 75 milhões destinado a obras de desassoreamento e revitalização da lagoa. Em companhia do prefeito Marcio Lacerda e de técnicos da Copasa, Mellinger visitou o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego e pôde ver os problemas de poluição e assoreamento do lago, como mostrou ontem reportagem do Estado de Minas.

O técnico do BID informou que a liberação do financiamento não depende apenas do banco. “Temos o trabalho técnico e a aprovação interna. Obviamente, não depende de nós, mas de todos os nossos parceiros, como a Copasa e a Prefeitura de Belo Horizonte. Após isso, obviamente, o governo federal também tem que aprovar o empréstimo, pois requer a garantia soberana da nação”, disse Yvon, lembrando que o município já apresentou toda a documentação necessária para obtenção dos recursos. 
O empréstimo do BID, o equivalente a cerca de R$ 140 milhões, será destinado principalmente ao desassoreamento da barragem. Serão retirados 750 mil metros cúbicos de sedimentos apenas do espelho d’água, o que inclui a recuperação da antiga enseada do zoológico, de onde devem ser retirados mais de 300 mil metros cúbicos de terra, lixo e outros resíduos. O local, hoje, se transformou em um pântano, cheio de sujeira e mato.

Sedimentos
O prefeito Marcio Lacerda falou sobre as intervenções necessárias para a recuperação do mais famoso cartão-postal da cidade. “É preciso um trabalho permanente de desassoreamento e diminuição da quantidade de sedimentos lançados na barragem. Isso demandará um esforço de conscientização de longo prazo, além de muitas obras.” Ele informou que a Copasa está atuando na cabeceira dos córregos que deságuam na lagoa, com a instalação de interceptores de esgoto. Hoje, de acordo com levantamentos da PBH e da Copasa, 80% do esgoto que chega à Pampulha é produzido em Contagem, na Região Metropolitana de BH, e 15% vêm da capital.

A meta da administração municipal é reduzir os índices de poluição da lagoa,  deixando-a apta até 2014 para a prática de esportes náuticos, a chamada classe 3. Para alcançar esse objetivo é preciso tratar pelo menos 95% do esgoto lançado na represa. O tratamento de 100% dos efluentes despejados na lagoa não será possível em 2014 por causa das ligações clandestinas que despejam esgoto nas galerias pluviais. A estimativa da PBH é que mesmo nas áreas da Pampulha onde já foram implantados interceptores ainda há milhares de redes clandestinas de esgoto que poluem a lagoa. Para despoluir, segundo Lacerda, serão necessários R$ captação do esgoto e de desassorea milhões. 
Fonte do Blog: Quem vai salvar a lagoa da Petrobras, onde estão nossos deputados que foram votados por nos. A Lagoa da Petrobrás é uma represa localizada na divisa entre os municípios de Sarzedo e Ibirité, em Minas Gerais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Apesar de a maior parte da represa estar no município de Ibirité, perto dos condomínios Quintas da Jangada e Quintas da Lagoa, aproximadamente um oitavo da represa está dentro dos limites de Sarzedo. É utilizada no processo industrial da REGAP (Refinaria Gabriel Passos).
De longe, a vista da Represa de Ibirité, na Grande BH, é um cartão-postal para ninguém pôr defeito. Mas basta uma chegada à margem que a visão é outra: peixes mortos, entulhos, água esverdeada, lixo e placas que anunciam: “Cuide da sua saúde, a água desta lagoa está contaminada com xistose”. A sujeira da Lagoa da Petrobras, como é conhecida, é também resultado da falta de cuidado na aplicação dos recursos. Em 2005, uma Estação de Tratamento de Água Fluvial (Etaf) foi instalada para descontaminar o local, mas se transformou em um elefante branco. Está desativada há quatro anos e cada um dos envolvidos joga a culpa para outro. No meio do fogo cruzado, moradores se contaminam e reclamam do mau cheiro e do desleixo com o meio ambiente. 

A Petrobras, que criou a lagoa na década de 60, aponta a prefeitura da cidade como a grande culpada pela paralisação da Etaf. Já a prefeitura diz que a Petrobras é irresponsável e deve pagar indenização ao município. O fato é que em 1998 a estatal constatou que havia algas azuis nas águas, o que indicava presença de matéria orgânica. Em 2003, foi assinado um convênio entre a Petrobras, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Prefeitura de Ibirité para a construção da estação de tratamento. “Dividimos o acordo em partes para que cada órgão pudesse cumprir a sua. A nossa foi o investimento financeiro e repassamos R$ 7 milhões para as obras. O Igam ficou responsável por escolher a empresa que construiria o empreendimento e a tecnologia usada. Tudo isso foi feito e, em 2005, quando a Etaf estava concluída, a prefeitura se negou a operá-la, descumprindo o acordo”, explica Fábio do Santos Dutra, gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobrás. 

Segundo afirma o secretário de Meio Ambiente de Ibirité, André Matos, a história é diferente. “Como na época a prefeitura não sabia qual o custo para operar uma estação de tratamento, acreditou que o convênio era um investimento na cidade, que é muito carente. Porém, colocaram a batata quente na nossa mão, pois só para a operação gastaríamos R$ 300 mil por mês, dinheiro que o município não tem”, defende o secretário.

Ele ainda revela que no meio dessa briga entrou a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que se tornou responsável, naquela época, pela contenção de esgoto de Ibirité. “Mas os técnicos da Copasa disseram que a estação não resolveria o problema e não quiseram assumir”, diz. 

Ao deus-dará, apenas com um segurança contratado pela Petrobras para tomar conta do terreno, o local está abandonado, rodeado de lixo e entulho, com poças d’água perfeitas para a proliferação de larvas de mosquitos. Enquanto a briga se estende em busca de culpados e não de soluções, quem paga o pato são os moradores da região. Tanto é que Roberto Cambraia revela que o condomínio onde é síndico, o Quintas da Jangada, que fica à margem do cartão-postal poluído, já protocolou documento na Justiça para que a situação seja resolvida, mas nada foi feito até hoje. “Antigamente, aqui podíamos nadar e pescar. Agora vemos peixes mortos e uma degradação muito grande”, reclama. 

Da varanda da sua casa, no mesmo condomínio, a lagoa é, para a professora Simone Dias Reis, rica em beleza. “Mas de perto é triste de ver. Além dos animais mortos, a água está suja, poluída e tem um cheiro insuportável. Moro aqui há dois anos e nunca vi alguém limpá-la”, diz. Ela reclama também da falta de segurança, pois muitas crianças se afogam no lugar. “Cinco alunos meus morreram nessas águas”, lamenta. 

O perigo é motivo de outra polêmica entre prefeitura e Petrobras. A primeira diz que a fiscalização e a limpeza são de responsabilidade da estatal, uma vez que foi ela quem criou a lagoa. Por outro lado, a Petrobras, que reconhece que o local foi feito por ela, diz que não lhe pertence, mas sim ao município. 

Enquanto isso, as dores de Maria da Conceição Araujo, que mora às margens da represa, aumentam. Há 10 anos, ela trabalhava como vendedora de bebidas e salgados na lagoa e se contaminou com xistose. “Eu entrava na água, não sabia que não podia. Agora estou doente, não tenho dinheiro para me tratar. Tenho muitas dores e desmaios.” 

Processos

A briga entre a Petrobras e a Prefeitura de Ibirité chegou até à Justiça. Enquanto a empresa estatal processa o município por abandono de convênio, a cidade quer indenização da Petrobras por ela ter construído a Etaf em um terreno rebaixado, o que tem causado enchente com as chuvas, e pedem a retirada imediata do elefante branco.

Cuidado,Andar pelas calçadas de BH está perigoso


Mais de 4 mil imóveis foram notificados este ano por passeios irregulares e no Hospital João XXIII 6.670 atendimentos tinham como causa o tropeção


Publicação: 28/09/2012 06:00 Atualização: 28/09/2012 06:29

 (Marcos Michelin/EM/D.A Press)Quando andar pelos passeios de Belo Horizonte, fique atento: de repente, pode faltar chão. É o que ocorre, por exemplo, diante do número 1.898 da Avenida Afonso Pena, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul da capital. Quem desce a calçada se depara com um inesperado degrau de 45 centímetros de altura, mais que o dobro dos 20 centímetros tolerados pela Lei 8.616, de 2003, o Código de Posturas. “Já vi algumas pessoas caírem aí. Elas saem xingando Deus e o mundo”, conta Nailde Maria dos Santos, de 56 anos, proprietária de um sebo vizinho à traiçoeira armadilha.

A legislação municipal prevê que “cabe ao proprietário de imóvel lindeiro a logradouro público a construção do passeio em frente à testada respectiva, a sua manutenção e a sua conservação em perfeito estado”. Em bom português, cada um cuida da própria calçada. No entanto, o desrespeito a essa regra se acentuou em 2012, de acordo com números da Prefeitura de BH. No primeiro semestre, fiscais realizaram 8 mil vistorias em passeios e geraram 4,3 mil notificações, mais de dois terços do total de notificações expedidas em todo o ano de 2011 (6,3 mil), quando houve 16 mil vistorias.

Já a quantidade de multas, aplicadas caso não se corrija o passeio em até 60 dias após a notificação, repete a média do ano passado. No primeiro semestre de 2012, foram cobradas 800 multas, média de 133,3 por mês, no valor mínimo de R$ 450,92. O Código de Posturas explica os parâmetros legais para a construção de um passeio. Apresenta, por exemplo, as medidas da faixa reservada a trânsito de pedestres, das rampas de acesso a veículos e as regras para rebaixamento de meio-fio. Estabelece que o revestimento do piso deve ser feito “de material antiderrapante, resistente e capaz de garantir a formação de uma superfície contínua, sem ressalto ou depressão”. Para atender as necessidades de deficientes físicos, os passeios devem respeitar especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas, a exemplo da exigência do piso tátil.

Fiscalização
Em frente ao número 1.898 da Afonso Pena, um degrau tem o dobro da  altura permitida pela lei municipal. 'É preciso corrigir isso', diz Luiz Cabral (Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Em frente ao número 1.898 da Afonso Pena, um degrau tem o dobro da altura permitida pela lei municipal. "É preciso corrigir isso", diz Luiz Cabral
Procurada pelo Estado de Minas, a Regional Centro-Sul informou que não sabia do degrau irregular presente na altura do número 1.898 da Avenida Afonso Pena e que enviará fiscais ao local. O obstáculo teria sido erguido em meados de agosto, em decorrência da construção ainda inacabada de um imóvel no endereço, segundo a comerciante vizinha Nailde Maria dos Santos. “É uma aberração”, critica. Sempre que passa por ali, o corretor de seguros Luiz Cabral, de 84, evita o declive. “É muito alto para descer. É preciso corrigir isso”, reclama. Um dia, ele salvou uma moça que, deficiente visual, se dirigia para a iminente queda. “Peguei no braço dela e expliquei que ela teria que mudar o trajeto”, recorda-se.

O degrau não é o único problema daquele passeio. A poucos metros dali, no meio do caminho, formou-se um largo buraco onde as pedras da calçada em estilo português se soltaram. Alguns dos transeuntes não percebem as armadilhas a tempo e acabam desabando. No Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, referência estadual de atendimento a traumas, o número de internações motivadas por quedas da altura do próprio corpo – o tropeção – diminuiu entre janeiro e agosto de 2012, em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram 6.670 casos, 9% a menos que os 7.325 de 2011. Porém, esse tipo de internação ainda equivale a cerca de um décimo do total de atendimentos da unidade de saúde, segundo dados da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

Em frente à Escola Pedro II, no Santa Efigênia, piso cheio de buracos e pedras soltas obrigam pedestres a desviar (Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Em frente à Escola Pedro II, no Santa Efigênia, piso cheio de buracos e pedras soltas obrigam pedestres a desviar
Na própria área hospitalar, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul da capital, não é difícil encontrar passeios em mau estado. Quase em frente ao Hospital João XXIII, no outro lado da Avenida Professor Alfredo Balena, a calçada diante da tradicional Escola Estadual Pedro II está cheia de buracos, alguns parcialmente preenchidos com pedras soltas. Uns andam em zigue-zague, outros esticam a perna por cima dos obstáculos. “Quase todos os dias, pessoas tropeçam, caem, se machucam”, observa José dos Santos, de 66, vigilante da escola há três anos.

CriançasA Regional Centro-Sul informou também não saber da situação e prometeu vistoriar o local. O pedreiro Antônio Alves, de 60, anda por ali todo dia, nas horas em que leva e busca o neto em um colégio da vizinhança. “Já levei tropeção aqui, quase caí”, lembra. Já o neto, Juan Pablo de Oliveira, de 8, não teve a mesma sorte. O garoto levanta a bermuda para mostrar um arranhão ainda vermelho em um dos joelhos. “Quando meu avô não me dá a mão, eu tropeço e caio”, admite. No Hospital João XXIII, as crianças de 0 a 12 anos são as maiores vítimas de quedas da altura do próprio corpo. Em 2010, elas responderam por 24,7% das internações por esse motivo.

Os idosos também estão entre os que mais sofrem com o problema. Pessoas com idade a partir de 60 anos foram responsáveis por 14,7% desse tipo de atendimento no João XXIII, em 2010. No início do ano, a dona de casa Martha Esteves Xavier, de 76, fraturou o tornozelo esquerdo ao tropeçar em um buraco em um passeio do bairro onde mora, Jaraguá, na Pampulha. No mês passado, voltou a quebrar o mesmo tornozelo, em um buraco de outra calçada do bairro. “Não custa nada arrumar o passeio. Se você não enxerga direito ou está distraído, é perigoso, principalmente para os mais velhos”, conclui o marido de Martha, o motorista aposentado Adílio Xavier, de 84.

Como reclamar

O cidadão que constatar algum passeio irregular pode registrar denúncia ligando para a Central de Atendimento Telefônico da prefeitura (156), indo à Central de Atendimento Presencial — BH Resolve (Avenida Santos Dumont, 363, Centro) ou acessando o Sistema de Atendimento ao Cidadão disponível no site do Executivo municipal (www.portaldeservicos.pbh.gov.br).

Mais uma vez, carreta desgovernada arrasta veículos no Anel Rodoviário


Ao todo, 33 veículos foram atingidos. Por sorte, apenas três pessoas ficaram feridas, sem gravidade
Publicação: 27/09/2012 19:31 Atualização: 27/09/2012 23:57
Acidente ocorreu por volta das 19h30 e até o fim da noite não havia previsão de quando a pista seria totalmente liberada ao tráfego de veículos (Tulio Santos/EM/D.A Press)
Acidente ocorreu por volta das 19h30 e até o fim da noite não havia previsão de quando a pista seria totalmente liberada ao tráfego de veículos

Mais de dois quilômetros de via com rastro de destruição, 33 veículos danificados, três feridos e o trânsito completamente retido. Foi o que uma carreta desgovernada provocou na noite desta quinta-feira no Anel Rodoviário, que mais uma vez é palco de um acidente de grandes proporções, ratificando a necessidade de reforma da via.

A carreta, carregada com pedras, seguia de Belo Horizonte para Cuiabá quando, na descida na altura do Bairro Buritis, Região Oeste da capital, teria apresentado falha nos freios. O veículo desceu a via atingindo diversos veículos ao longo de dois quilômetros. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), foram 33 veículos atingidos, entre eles dois caminhões e um micro-ônibus. Por sorte, apenas três pessoas se feriram. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as três vítimas sofreram apenas ferimentos leves, como escoriações, e não precisaram ser levadas a hospital.
O engenheiro Fábio Schiavicco Garcia passou pelo local minutos após o acidente. “Eu estava seguindo no outro lado da pista. Vi uma carreta parada e logo na frente um monte de carros atravessados na pista. Continuei seguindo e vi mais dois grupos de carros atravessados na rodovia. Achei que eram várias batidas, não sabia que a carreta que tinha provocado tudo isso”, afirma. Ainda segundo o engenheiro, pelo menos um ônibus e um caminhão, além de vários carros de passeio, foram atingidos. Um dos veículos quebrou a mureta da pista.

Frente da carreta ficou destruída (Tulio Santos/EM/D.A Press)
Frente da carreta ficou destruída
O condutor da carreta, de 50 anos, contou que já havia passado pelo mesmo trecho do Anel Rodoviário e conhecia os riscos da via. Ele afirmou que trafegava a 40 km/h e que o veículo perdeu os freios na descida, ganhando muita velocidade à medida que avançava sobre os veículos. A experiência dele na condução de cargas impediu que uma tragédia acontecesse. A carreta só parou depois de colidir em um caminhão baú e ficou com a frente completamente destruída.

Ao longo da via ficaram destroços dos veículos atingidos. Alguns ficaram completamente danificados. Todos sofreram avarias. Houve muito derramamento de óleo na pista, obrigando os bombeiros a espalharem serragem para evitar explosões e novos acidentes. O tráfego foi totalmente bloqueado no sentido Belo Horizonte – Vitória.

O acidente ocorreu por volta das 19h30 e até as 21h30 não havia previsão de quando o trecho seria totalmente liberado. Segundo a PMRv, apenas uma faixa foi desobstruída. O congestionamento chegava até a altura do BH Shopping.
Fonte do Blog: Porque nossos políticos já não fizeram contato com a empresas que administra os trens de carga de Belo Horizonte e não acordaram que se retirarem uma parte do concreto que segura o pontilhão sobre a avenida Tereza Cristina e aumentar meia via sobre a avenida amazonas acabou o problema não teremos mais retenções, até quando vamos ter que aguentar mais mortes.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A audiência que aconteceria ontem na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais foi cancelada, devido a ausência do excelentíssimo Sr. Major PM da Corregedoria, que foi convidado a prestar alguns esclarecimentos e fazer algumas retratações. Agora o Sr. será convocado e não precisa ter medo Sr. Major, pois ao contrario do que o Sr. Pensa, nós da ROTAM somos extremamente DISCIPLINADOS e só queremos retratações.

Vereadores de BH que votaram o próprio aumento, esquecendo que o povo não é burro

Candidato a prefeito em Ibirité recorre ao TRE contra juíza


Publicação: 27/09/2012 06:00 Atualização: 27/09/2012 06:40
A assessoria jurídica do candidato do PP à Prefeitura de Ibirité, Antônio Pinheiro Neto, vai entrar com recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para anular decisão da juíza da cidade, Sabrina Alves Freesz, que julgou pedido de exceção de suspeição impetrado pela campanha contra ela própria. Segundo o advogado do candidato, José Sad, o comitê vai recorrer ainda de decisão da mesma juíza, proferida nessa quarta-feira, cassando a candidatura de Pinheiro Neto, conhecido como Pinheirinho, por abuso de poder econômico e político.

Em relação ao pedido de suspeição, o procedimento correto, na avaliação de Sad, seria repassar o julgamento a um juiz substituto ou enviar a solicitação para análise do TRE. O advogado acusa a juíza de parcialidade no julgamento de ações contra Pinheirinho. Em uma delas, Sabrina Alves determinou a apreensão de material de campanha do candidato do PP. “Todas as decisões da juíza foram suspensas pelo TRE”, argumenta o advogado.

As ações que acarretaram a cassação do candidato do PP foram impetradas pelos rivais de Pinheirinho na disputa pela prefeitura: Paulo Telles (PMDB) e Ricardo Bernadão (PT). A juíza deu sentença favorável aos adversários do candidato do PP em quatro ações. As denúncias são de que Pinheirinho, que é filho do deputado federal Toninho Pinheiro (PP), estaria utilizando trio elétrico na campanha, além de orientar servidores municipais a trabalharem pela candidatura. Ibirité é governada por Laércio Dias (DEM), que ganhou a disputa em 2008 com o apoio da família Pinheiro.

Para Sad, as denúncias são absurdas. “O veículo que afirmam ser um trio elétrico é um 608 (modelo de caminhão de pequeno porte)”, afirma. Quanto ao uso da máquina pública, o advogado diz que a juíza cassou o registro pelo fato de a campanha de Pinheirinho utilizar fotos de obras feitas pela prefeitura. “Se fosse assim, todos os candidatos que têm apoio de quem está hoje no governo teriam os registros cassados”, argumentou.

Beleza de BH vai além dos ipês



Belo Horizonte tem clima e altitude favoráveis ao cultivo de várias espécies de plantas e elas aproveitam a primavera para enfeitar as ruas e hipnotizar quem passa por perto

Publicação: 27/09/2012 06:00 Atualização: 27/09/2012 06:36

Quem sobe a Avenida Afonso Pena, no trecho do Bairro Funcionários, fica encantado com as sucessivas sapucaias floridas  ( MARIA TEREZA CORREIA/EM/D.A PRESS)
Quem sobe a Avenida Afonso Pena, no trecho do Bairro Funcionários, fica encantado com as sucessivas sapucaias floridas
Nada contra os ipês, pelo contrário. Mas tanta beleza acaba ofuscando o brilho de outras árvores loucas para serem admiradas nas ruas e avenidas da capital mineira. A chegada da primavera deu um colorido especial a esse grande jardim chamado Belo Horizonte, que, além da árvore símbolo nacional, conta com espécies que ora cativam pela exuberância ora pela delicadeza. Bem pertinho dos ipês amarelos, roxos e rosados, reis absolutos da temporada, lá estão sibipirunas, jacarandás mimosos, sapucaias, espatódeas, todas enfeitadas de flores por todos os lados. Basta olhar ao seu redor.

Acompanhados da agrônoma e paisagista Cássia Lafetá, da Gerência de Áreas Verdes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Estado de Minas foi em busca das árvores que deixam a cidade mais bonita na estação das flores. A boa notícia é que, em Belo Horizonte, o visual florido não se limita apenas à primavera. “BH não tem muitas restrições para o cultivo de plantas por causa do clima e da altitude. Aqui temos espécies típicas de deserto, regiões equatoriais, cerrado e, com isso, há árvores com flor o ano inteiro”, comenta Cássia que, por acaso, tem nome de árvore.

Um exemplar de cássia amarela, espécie brasileira pouco comum em BH, exibe suas florzinhas no canteiro central da Avenida Agulhas Negras, no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul. Amarela também é a cor da flor da sibipiruna, uma das mais presentes na capital. Com porte médio, ela pode ser facilmente encontrada pelo Centro da cidade, assim como as espatódeas, de origem africana, e as bauíneas ou pata de vaca – trazidas da Ásia e com flores brancas, rosas e roxas. Floridas em tom alaranjado, apesar de frequentes, as espatódeas já não são mais plantadas pela prefeitura. “O pólen é tóxico à fauna e o tronco quebra à toa”, explica Cássia.

As quaresmeiras, por outro lado, são uma das queridinhas da arborização urbana e, por isso, podem ser vistas por toda a parte, nas praças do Papa, da Savassi, entre outros endereços. As flores vão do branco ao roxo, dão charme à espécie de porte médio e florescem até três vezes por ano. Mas, com todo respeito às belas quaresmeiras, na Avenida Afonso Pena, esquina com Rua Professor Moraes, no Bairro Funcionários, as atenções estão todas voltadas para quatro exemplares de sapucaias, com folhas em tons rosados e flores roxas bem miúdas.

As copas exuberantes quebram a aridez e o cinza da metrópole, encantam a todos e ainda satisfazem os bichos. “A sapucaia é uma árvore de onde brota uma castanha e, por isso, é bastante procurada pela fauna. As folhas nascem num tom de rosa e depois vão ficando verdes”, conta Cássia. Além das sapucaias, os jacarandás mimosos também cultivam o poder de hipnotizar pela beleza. A árvore é originária da Bolívia e do Chile, mas pode ser facilmente encontrado pelas ruas da cidade, com flor roxa de tonalidade vibrante.

No Centro da cidade, o Viaduto de Santa Tereza se rendeu aos encantos de um exemplar do espécime totalmente florido e emoldura a árvore que trouxe mais delicadeza ao dia da técnica em segurança do trabalho Luciana Santos de Lima, de 31 anos. “As árvores são a prova de uma natureza resistente. Amo flores, mas infelizmente já dei mais flores do que recebi”, conta Luciana, feliz com as árvores floridas que a cidade lhe presenteou. O engenheiro químico Emanuel Martins, de 50, também está satisfeito com o que tem visto nas ruas. “Fico andando e olhando para cima. Adoro as árvores e seus cheiros. O Bairro de Lourdes, por exemplo, tem uma árvore que dá uma flor miúda que tem cheiro de adolescência”, conta.

Raras
Calístemo chama a atenção com suas flores penduradas ( MARIA TEREZA CORREIA/EM/D.A PRESS)
Calístemo chama a atenção com suas flores penduradas
Escondidos pelas calçadas e jardins da cidade também florescem árvores menos comuns. As espirradeiras rosa e branca fazem do asfalto das ruas do Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, um verdadeiro tapete de pétalas. As flores vermelhas que pendem do calístemo, de origem australiana, são a festa dos beija-flores. O emburuçu-vermelho exibe suas folhas vinho em tronco e galhos esculturais. Árvore ameaçada de extinção, o pau-brasil florido no Belvedere mostra a força do recomeço. No mesmo bairro também é avistado um guapuruvu exuberante, com flores amarelas e tronco monumental.

“Ao olhar para esse guapuruvu é possível ver a diferença de quando uma espécie tem liberdade para crescer, sem estar perto de fiação elétrica nem postes”, comenta Cássia, que define como “amor e ódio” a relação da população com as árvores. “Tem gente que acha ruim até se pétala cai no passeio”, conta a agrônoma, sem deixar de ressaltar que a importância das árvores não se reduz à beleza. “Elas trazem conforto ambiental, protegem da radiação, absorvem poluentes do ar, são abrigo para ave-fauna”, enumera. Sem dúvida, colírios para os olhos e remédios para o meio ambiente.


As 10 mais comuns

Iniciado há quase um ano, o inventário das árvores de Belo Horizonte, que vai identificar cada um dos cerca de 350 mil espécimes da capital, levantou as 10 espécies mais comuns na capital mineira. Ipês rosados, magnólias, quaresmeiras, ligustre, espatódeas, ficus, mangubas, escumilhas africanas, murtas e sibipirunas dominam a arborização na cidade, segundo o balanço parcial da pesquisa que já cadastrou 86.150 exemplares nas regiões Leste e Noroeste.allatus est nobis liber a dilecto filio Antonio Lilio, artium et medicinfilio Antonio Lilio.

Venda de ruas à igreja é suspensa na capital


Tribunal de Justiça manda a Câmara de Belo Horizonte paralisar projeto de lei que permite construção de um templo evangélico em área pública na Região Nordeste

Publicação: 27/09/2012 06:00 Atualização: 27/09/2012 06:42
A Câmara Municipal de Belo Horizonte terá de suspender a tramitação do Projeto de Lei 1802/2011, que prevê a venda de três ruas no Bairro São Cristóvão, na Região Nordeste, para dar lugar a um novo templo da Igreja Batista da Lagoinha, conforme determinação de decisão liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A proposta foi aprovada em segundo turno em agosto, com 23 votos favoráveis. Além da venda do espaço público, estão em jogo duas casas localizadas na Rua Ipê que ficariam ilhadas com a construção do templo, conforme mostrou com exclusividade o Estado de Minas.
A decisão, publicada no dia 20, teve como base um mandado de segurança impetrado pelo vereador Iran Barbosa (PMDB), que diz haver vícios no projeto por não ter ficado claro no texto a presença de casas em uma das ruas a serem vendidas. A justificativa do texto diz que os trechos “estão totalmente inseridos no perímetro de área particular de propriedade da Igreja Batista da Lagoinha não sendo utilizados para nenhum fim”. A intenção seria  construir no trecho da Rua Ipê e nas ruas não implantadas Serra Negra e Samuel Salles Barbosa um novo templo, com capacidade para 30 mil pessoas.

O presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), disse não ter recebido ainda a notificação da Justiça, por isso, a proposta foi enviada nesta semana ao Executivo para veto ou sanção, mas agora terá de voltar ao Legislativo. “Não acredito que a matéria tenha vícios”, acrescentou o tucano. O autor da proposta, vereador João Oscar (PRP), que é membro da Igreja Batista da Lagoinha, afirmou que também não foi informado da decisão do Tribunal de Justiça. De acordo com ele, o projeto não propõe “a desapropriação de ninguém”. “É um projeto ‘autorizativo’ na permuta ou compra do terreno. Fica a cargo do Executivo se manifestar”, ressaltou.
O projeto de lei que beneficia os evangélicos estabelece o parcelamento do pagamento, com correção pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e juros de 1% ao mês. A proposta de João Oscar também autoriza o município a receber como pagamento pelo terreno ocupado um imóvel de valor menor, desde que a diferença em relação ao preço da área vendida seja paga pelo comprador.
Confusão 

O parlamentar que pediu a suspensão da tramitação da matéria deu voto favorável a aprovação dela em segundo turno. Iran disse que saiu do plenário quando estavam discutindo outra matéria e, quando voltou, não percebeu que já estavam votando do projeto de lei que prevê a venda das ruas, ressaltando que foi uma confusão.
“Você não pode vender rua onde moram pessoas. Não era isso que falava no projeto. Muitas pessoas votavam achando que era um pedaço de terreno baldio”, acrescentou. O parlamentar explicou que o Legislativo terá de apresentar defesa e, caberá à Justiça definir se suspende de vez a proposta.

Apesar de a Lei Orgânica da capital prever que cabe ao prefeito a administração dos bens municipais, tendo suas decisões apenas endossadas pelo Legislativo, um projeto parecido com o do vereador João Oscar já passou na Casa. De autoria do vereador Silvinho Rezende (PT) e de cinco colegas, o projeto que virou lei em 2011 doou um terreno da prefeitura para a Matriz de Santo Antônio, em Venda Nova. Na justificativa, Silvinho destaca que a instituição “apresenta um núcleo de formação cristã, humanística e de cidadania”.

Idosa morre em Campo Belo após ter glicerina aplicada na veia


A Polícia Civil da cidade já abriu um inquérito para investigar o caso. O delegado espera o resultado da necrópsia para ouvir as testemunhas

Publicação: 26/09/2012 15:55 Atualização: 26/09/2012 18:06
Uma mulher de 80 anos morreu na Santa Casa de Misericórdia São Vicente de Paula de Campo Belo, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, vítima do erro de uma técnica de enfermagem, que aplicou glicerina na veia da paciente. Vicentina Martins Leal deu entrada no pronto-atendimento da cidade dia 15 de setembro, com problemas intestinais, e foi transferida para a Santa Casa no dia seguinte. A Polícia Civil da cidade já abriu um inquérito para investigar o caso.

De acordo com o filho da vítima, o publicitário Itamar dos Reis Leal, a mãe ficou sob cuidados médicos na enfermaria, acompanhada de outro filho. No dia 20 de setembro, por volta de 11h, o acompanhante notou que havia sido incluído um frasco diferente no lugar do soro aplicado em Vicentina. O filho pensou que fosse uma vitamina, porque a mãe estava muito debilitada. 

Por volta das 14h30, Itamar foi chamado ao hospital pelo irmão, após receber a informação de que a mãe havia sido transferida em caráter de urgência para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ao chegar à Santa Casa, o publicitário ficou surpreso com a grande movimentação de enfermeiros, médicos e diretores do hospital no quarto onde estava a mãe. “Fui procurado pelo médico da UTI informando que minha mãe teve parada cardiorrespiratória e que estavam tentando reverter o quadro. Pediram para eu ficar no local para falar de um assunto comigo”.


Segundo Itamar, por volta de 16h30, a equipe saiu do quarto e informou que Vicentina havia morrido. “Pedi para ver o corpo, ela estava entubada na maca e me despedi. Nesse momento, o médico informou que a minha mãe havia morrido pelo erro de uma técnica de enfermagem, que havia administrado um medicamento indevido. Ele disse ainda que a funcionária estava afastada e iriam investigar o caso”, conta o publicitário.

Dois dias após a morte, a família procurou a delegacia local e registrou um boletim de ocorrência. De acordo com Itamar, na última segunda-feira, o hospital repassou todos os documentos sobre o caso, com relatório de prontuário, onde está descrito o procedimento da técnica de enfermagem. 

Segundo o filho, a solução de glicerina a 12% administrada na veia deveria ter sido aplicada por uma sonda retal para ajudar no procedimento de lavagem intestinal. A coordenadora de enfermagem da Santa Casa, Lúcia Helena Rosa Santos, confirmou o erro da funcionária e disse que ela foi afastada imediatamente. Segundo Lúcia Helena, a profissional tem cerca de dois anos de experiência e nunca teve problemas. Conforme a coordenadora, não foram omitidas informações para a família, que recebeu todos os dados no prontuário. “Infelizmente o medicamento foi junto com o soro. Esse caso deixou todo mundo muito triste aqui”, relata. 
Um inquérito policial foi aberto para investigar o caso. O delegado Edson de Senna aguarda o resultado da necropsia e já solicitou todo o prontuário do atendimento do hospital. Após a chegada dos documentos, as testemunhas serão convocadas para prestar depoimento.

em.com.br tentou contato com o diretor do hospital, mas foi informado que ele estava viajando e não poderia conversar sobre o assunto nesta quarta-feira. 

Erros em hospitais
“Foi um erro grosseiro, aí você vê o despreparo do pessoal de enfermagem. Quero questionar como esses profissionais estão saindo das escolas”, desabafa Itamar. A família ainda não decidiu se vai entrar na Justiça contra o hospital.  A indignação do filho de Vicentina se junta ao de outras famílias. Minas Gerais registrou neste ano casos graves de erros em hospital. Em abril, o menino Alan Breno, de 2 anos, ingeriu ácido em vez de sedativo e o bebê Davi Emanuel de Souza Lopes, de 4 meses, recebeu alimentação à base de leite na veia. Os dois casos aconteceram em Belo Horizonte. 

Dados do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren/MG) mostram que as denúncias de má conduta de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem estão aumentando. Em 2010, foram 127 denúncias, contra 153 do ano passado, um aumento de 20,4%. O Coren ainda está levantando os dados de 2012.