sexta-feira, 11 de maio de 2012

Veja o que as drogas podem fazer com o seu organismo e com sua familia



cigarro
ÁLCOOL
1- O Álcool é depressivo no sistema nervoso e não estimulante como se pensa;
2- Sob a forma de cerveja, vinho, conhaque, Uisque, cachaça, etc., é a droga de maior consumo e abuso contra a saúde, no mundo moderno;
3- Pode provocar vícios desde cedo, começando por crianças e adolescentes, transformando-as em alcoolatas em potencial;
4- A maior parte dos alcoolatas começam a beber na adolescência;
5- Em demasia, o álcool, torna a pessoa repressiva pelo mal hábito, olhos injetados, dificuldade na fala, perda de controle de suas ações e abandono dos hábitos de higiene;
6- Os efeitos aumentam quanto maior for a quantidade ingerida;

- Conseqüências devidas ao excesso:
A) Afeta o juízo e a memória;
B) Doenças mentais;
C) Danos ao fígado, pâncreas, estômago, nervos e outros órgãos;
D) Causa dependência e leva ao alcoolismo;
- Outras conseqüências sociais:
A) Diminui a produtividade do trabalho;
B) Causa mal desempenho escolar;
C) Cria marginalizarão social;
D) Acidente de trânsito (motorista bêbado)
- Durante tratamento médico, o álcool altera ou anula o efeito dos remédios (ex.: o antibiótico);
- Provoca a morte por intoxicação ao deprimir o centro do cérebro que controla a respiração e os movimentos cardíacos;
- No caso da mulher grávida afeta o desenvolvimento do feto;
- O álcool é responsável por problemas de esterilidade e impotência.
MACONHA “Maconha em seu corpo”
Ela é fumada como cigarro, inicialmente indo para o sistema respiratório, daí a distribuição para outros órgãos através da corrente sangüínea.
- Sistema Respiratório:
Prejudica os pulmões diminuindo sua capacidade imunológica, tendo o viciado facilidade em adquirir doenças pulmonares.
Substâncias existentes na fumaça da maconha são irritantes para a mucosa pulmonar; geralmente o dependente tem problemas de sinusite, laringite, inflamações nos brônquios e traquéia, causando dor de garganta e tosse crônica.
Pressão Cardíaca:
Aumenta o trabalho do coração. As mudanças ocorridas nesse órgão e o aumento da pressão arterial durante o efeito da droga assemelha-se ao quadro cardiovascular de uma pessoa com STRESS. O coração necessita de oxigênio, mas os pulmões cheios de fumaça de maconha aumenta o teor de monóxido de carbono no sangue, reduzindo a quantidade de oxigênio que chega ao coração, através da corrente sangüínea.
- Sistema Nervoso:
O uso contínuo da maconha causam transformações na química do cérebro. Essa droga inibe os neuro transmissores de acetilcolina, mensageiros químicos que transmitem informações de uma célula nervosa para outra.
Enfraquece sua coordenação motora, perturba o senso de espaço e tempo, e retardamento do arco-reflexo.
Além disso provoca ansiedade, confusões mentais e pode levar a psicoses incuráveis.
A maconha sendo uma droga desmotivante, diminui acentuadamente a vontade de estudar, trabalhar, relacionamento familiar, capacidade de memorização, bem como desinteresse por tudo que o rodeia
- Problemas Visuais:
Causa embrulhamento, percepção visual irregular.
Devido aos efeitos adversos do THC (tetrahidrocanabinol) nas várias funções do cérebro, geralmente os olhos ficam avermelhados e sensíveis à luz solar.
- Aparelho Reprodutor:
O uso da maconha afeta a produção de espermatozóides e óvulos (células reprodutivas). Análises feitas com espermas de homens dependentes revelam menor número de espermatozóides e maior número de defeitos genéticos.
Na mulher perturba o ciclo menstrual e altera o metabolismo da ovulação, resultando períodos imprevisíveis de infertilidade.
Filhos de dependentes podem nascer com defeitos congênitos, pois alteram a forma de seus cromossomos.
COCAÍNA E CRACK
1) A cocaína é um pó branco, químico, derivado das folhas secas da planta conhecida por coca;
2) Consumida sob a forma de pó, pode ser aspirada, injetada na veia ou fumada como “crack”.
3) O primeiro efeito é a sensação de falsa euforia.
4) A seguir, surgem os seguintes sintomas:
a) Depressão
b) Ansiedade
c) Agressividade
d) Desconfiança
e) Alucinações
f) Perda de controle
5) Outras conseqüências na vida do usuário ou dependente:
a) Quebra do desempenho profissional;
b) Desintegração das relações pessoais, familiares e sociais;
c) “Roubo financeiro” nas economias familiares, devido ao alto custo na aquisição da droga;
d) A cocaína, aspirada, destrói a mucosa interna do nariz, causando dores de cabeça, nariz escorrendo e hemorragias nasais;
e) Quando injetada, na companhia de usuários com AIDS, corre-se o risco da contaminação;
f) Cria-se dependência e tolerância rapidamente, e o organismo exige doses cada vez maiores tentando obter os resultados iniciais;
g) Para manter o vício, a qualquer preço, começa um processo de desintegração social, familiar, de trabalho, usando a mentira, o furto ou o roubo, podendo chegar ao extremo do homicídio (mata para conseguir dinheiro para sustentar, o alto custo do vício).

Samu será ampliado para 104 cidades


Publicação: 11/05/2012 08:52 Atualização:
Prefeitos, secretários de Saúde e diretores de associações médicas de 104 municípios mineiros, incluindo Belo Horizonte, decidiram criar a Macrorregião Centro. Reunidos na Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, em BH, eles assinaram ontem o termo de adesão para implantar a rede de urgência e emergência na Região Central do estado, com investimentos de R$ 5,2 milhões, em parceria dos governos estadual e federal. Trata-se da terceira rede interligada de urgência, desde a experiência pioneira da Macrorregião Norte, em 2008.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, para uma rede desse porte funcionar bem é preciso levar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a cidades com menos de 100 mil habitantes. “O serviço será também ampliado de 30 para 100 ambulâncias com suporte avançado”, diz.

Para o prefeito de BH, Marcio Lacerda, a rede fortalecerá a saúde pública dos municípios, que, sozinhos, não suprem todas as demandas. Com essa rede de urgência, as unidades do Samu atuam integradas a um complexo regulador. A ambulância, ao resgatar o paciente, saberá qual hospital mais próximo tem leito disponível e se está em condições de atender adequadamente. A proposta é de que 90% da população tenha acesso rápido a um serviço de saúde, seja por ambulância, unidade de pronto atendimento (UPA) ou hospital.

A Macrorregião Centro terá 52 equipes multiprofissionais de atenção domiciliar, que continuarão acompanhando o paciente após a alta hospitalar. Até dezembro, deve ser inaugurada a área pleiteada para ser a sede do complexo regulador no Bairro Gameleira, na Região Oeste de BH.
Vão continuar maquiando o sistema, não valorizando quem realmente eleva o nome do SAMU,tendo discriminação dentro da própria instituição, vamos valorizar quem realmente arisca suas vida em prol dos outros. 

Materiais de divulgação da Marcha da Maconha são apreendidos em loja na capital PM alegou apologia ao crime no material que, no entanto, possui respaldo do Supremo Tribunal Federal


Publicação: 10/05/2012 22:56 Atualização: 10/05/2012 23:06
Camisa não faz apologia ao uso das drogas, argumento usado pela PM para proceder à apreensão (Divulgação)
Camisa não faz apologia ao uso das drogas, argumento usado pela PM para proceder à apreensão

A Marcha da Maconha, movimento organizado em 33 cidades brasileiras neste ano, começa a gerar polêmica em Belo Horizonte. Camisas e panfletos de divulgação do evento foram apreendidos pela Polícia Militar em uma loja no Centro da capital, sob argumento de que o material fazia apologia ao crime. Já os organizadores do evento afirmam que a PM desrespeitou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 187, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante a legalidade do movimento.

De acordo com o comerciante Nilo Vitor do Carmo, de 31 anos, foram apreendidas em sua loja 26 camisas, 6 mil panfletos e seis livros sobre o uso medicinal da maconha. “O sargento alegou que houve denúncia anônima e que daria flagrante por apologia às drogas. A loja é totalmente regular e as camisas estão em conformidade com a autorização do STF”, disse.

Um funcionário, dois militantes do movimento e um lavador de carros foram detidos pelos policiais durante a apreensão. “O único que saiu algemado foi um rapaz que é lavador de carros, é negro, e tinha acabado de comprar uma camisa e fazia panfletagem do material na rua onde vigia os carros”, afirma Nilo. Segundo o comerciante, os detidos e os materiais apreendidos foram levados pelos militares a duas delegacias, mas em nenhuma delas foi registrado o Boletim de Ocorrência. Todos seguiram para o Juizado Especial Criminal, onde até as 22h30 aguardavam ser ouvidos.

A Polícia Militar, por meio de sua assessoria de imprensa, não comentou a ocorrência, mas confirmou que a apreensão foi resultado de uma denúncia anônima feita ao 1º Batalhão da PM.

Ainda na noite desta quinta-feira, a PM divulgou nota informando que “A Marcha da Maconha não adotou medidas legais para a sua realização”. O comunicado esclarece a necessidade legal para eventos deste tipo de que sejam informados aos órgão competentes a previsão de público, itinerário que será percorrido dentre outras informações. Isso é necessário para que subsidiar ações que garantam a segurança dos participantes do evento e minimizem os transtornos na circulação de veículos e pedestres.

A reportagem do em.com recebeu dos organizadores da Marcha da Maconha em BH cópia do ofício que teria sido entregue à prefeitura, PM e BHTrans informando a realização do evento e fornecendo os detalhes exigidos pelos órgãos. “Eu entreguei o documento pessoalmente no dia 2 de maio, por volta das 15h, na expedição do Quartel do Comando Geral da PM, e me foi informado que seguiria para o Comando Geral no dia seguinte. Não me deram nenhum protocolo de entrega”, afirma Luiz Pimenta, de 39 anos, voluntário na organização da Marcha. 

O comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Rogério Andrade, afirmou que a PM não recebeu o comunicado. “Checamos com a prefeitura e eles também não o receberam”, destacou. No entanto, o coronel garantiu que a intenção da PM é assegurar a realização do evento dentro dos trâmites legais. “Não estamos discutindo a questão ideológica do movimento. Nossa preocupação é em relação aos procedimentos legais e normativos para realização de eventos em locais públicos de Belo Horizonte. Precisamos garantir a fluidez do trânsito e o direito de ir e vir das pessoas, inclusive dos manifestantes. Se forem adotadas todas as normas, eles terão todo os respaldos dos órgãos competentes para que o evento seja realizado”, afirmou.

A Marcha da Maconha está prevista para começar com concentração a partir das 13h na Praça da Estação, no Centro da capital, no próximo sábado, 12 de maio.

Helicóptero policial que caiu em Goiás passou por revisão irregular Segundo Anac, empresa de manutenção teve atividades suspensas antes de prestar o serviço devido a problemas nas instalações e equipamentos


Publicação: 11/05/2012 07:38 Atualização: 11/05/2012 08:14
O acusado Aparecido Alves, de 22 anos, acompanhado de policiais, embarca em um helicoptero momentos antes de sua queda, em Goias (BENEDITO BRAGA/JORNAL HOJE/AE GO )
O acusado Aparecido Alves, de 22 anos, acompanhado de policiais, embarca em um helicoptero momentos antes de sua queda, em Goias

Brasília –
 A empresa que havia feito a inspeção do helicóptero que caiu próximo ao município de Piranhas na terça-feira, e resultou na morte de oito pessoas, estava com suas atividades suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde 2 de maio. Uma auditoria especial realizada pela agência apontou diversas irregularidades, como armazenamento inadequado de peças e equipamentos e ferramentas não autorizadas. O helicóptero havia sido vistoriado pela Fênix Manutenção e Recuperação de Aeronaves Ltda. entre os dias 4 e 7. A queda da aeronave matou cinco delegados, dois peritos, além do suspeito de ter cometido sete assassinatos em uma fazenda em Doverlândia, em 28 de abril.

Segundo a Anac, caso fique comprovado que a empresa de fato prestou serviços enquanto sua licença estava suspensa, será aberto um processo administrativo que pode culminar em multas ou até na cassação da autorização para prestar o serviço. As irregularidades encontradas foram: as condições de instalação da empresa, alojamento inadequado de peças e equipamentos, identificação e rastreabilidade, além de ferramentas não certificadas e calibragens vencidas. Também foram identificados mecânicos sem habilitação.

Segundo o delegado Alexandre Lourenço, que acompanha as investigações da queda do helicóptero, o relatório preliminar com os motivos do acidente deve ficar pronto em 30 dias. Ontem, foi concluído o recolhimento das peças, que foram enviadas para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília, e podem ser mandadas também para São José dos Campos (SP), para serem analisadas nos laboratórios do centro.

Segundo o delegado, um representante da empresa negou que as irregularidades encontradas pudessem ter alguma relação com o acidente. Ele destacou ainda que a polícia tomou as precauções necessárias nesses casos. “A empresa foi escolhida por processo licitatório e a regularidade técnica estava constatada pela Anac”, argumentou. O Estado de Minas tentou entrar em contato com a empresa, mas as ligações não foram atendidas.

Investigações A delegada-geral da Polícia Civil de Goiás determinou quem serão os responsáveis pelas investigações da chacina a partir de agora. Os delegados Giovanni Colodeti e Ronaldo Pinto Leite, do município de Iporá (GO), vão cuidar do caso. Eles são da mesma delegacia de Vinícius Batista da Silva, sepultado na quarta-feira, que era o responsável pelo inquérito.

Ontem foi identificado o corpo de mais um delegado que estava no helicóptero. O velório está marcado para às 9h de hoje, com sepultamento previsto para às 13h. Os outros corpos ainda não foram identificados devido ao estado que foram encontrados. Eles precisarão passar por testes de DNA e identificação de arcada dentária e, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Goiás, o Instituto Médico Legal deve levar entre quatro e seis dias para identificar todos os corpos.


Sigilo será quebrado

Com a morte do assassino confesso e do delegado que investigava a chacina ocorrida há 12 dias, a Polícia Civil aposta agora na quebra do sigilo telefônico dos envolvidos para desvendar o crime. Aparecido Souza Alves, que confessou ter matado as vítimas com uma faca, e o delegado Vinícius Batista da Silva, responsável pelo inquérito, morreram na queda do helicóptero. Até o acidente, as investigações baseavam-se nos depoimentos de Alves, que deu diferentes versões para o crime e envolveu outras seis pessoas. Três continuam presas preventivamente. “Não há como negar que a morte de Aparecido traz alguns prejuízos. Era o principal ator, que fez as confissões e as reconstituições”, diz o delegado Norton Luiz Ferreira.

Por enquanto, BH não terá rodízio no trânsito Chefe da BHTrans descarta medida "a curto prazo", mas analistas alertam: sistema pode virar necessidade sem outras ações para gerenciar trânsito. Obra do BRT fechará a Santos Dumont


Publicação: 11/05/2012 06:00 Atualização: 11/05/2012 06:46
Movimento intenso de carros na BR-356, perto do Ponteio Lar Shopping: BHTrans já fez simulações e estudos de rodízio e cobrança de pedágio urbano, mas garante não haver planos para adotar medidas em breve (GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRES)
Movimento intenso de carros na BR-356, perto do Ponteio Lar Shopping: BHTrans já fez simulações e estudos de rodízio e cobrança de pedágio urbano, mas garante não haver planos para adotar medidas em breve


Na semana em que Belo Horizonte viveu uma terça-feira de trânsito travado em várias avenidas e em meio aos problemas decorrentes de obras simultâneas em corredores importantes, a proposta de implantação do rodízio de veículos, a exemplo do que é feito em São Paulo, voltou à discussão na capital. Ontem, durante o anúncio de medidas a serem tomadas para o fechamento da Avenida Santos Dumont para obras do BRT (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês), o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, que sempre negou a possibilidade de adotar a medida, disse não haver planos de rodízio “a curto prazo”.

“Acreditamos e temos fé no transporte público, que é a nossa aposta”, afirmou Cesar. Para especialistas, se a hipótese de rodízio e pedágio urbano em breve não faz parte do planejamento da BHTrans, no médio prazo se torna possibilidade real diante de sinais de esgotamento do sistema de trânsito. Estudiosos do setor alertam que, se não forem preparadas ações urgentes, como investimento pesado no transporte coletivo, a cidade pode ter de restringir a circulação de veículos. 

A medida é considerada extrema. O coordenador do Núcleo de Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, diz que, apesar de BH registrar picos de congestionamentos apenas de manhã e à tarde, alguns sintomas apontam a capital mineira no caminho da cidade de São Paulo. O primeiro deles é a ausência de alternativa de transporte coletivo que retire hoje do sistema uma porção significativa de carros. O segundo é que qualquer evento, por menor que seja, tem levado à formação de congestionamentos de forma preocupante. 

O terceiro ponto é o adensamento comercial e residencial de BH, que restringe o aumento de capacidade de ruas e avenidas. “Esses três pontos são sintomas de que o jogo está sendo perdido. Se continuarmos com essa tendência, BH terá que, num futuro não muito distante, e aí fica difícil apontar um ano, mas diria no médio prazo, que começar a pensar em medidas cada vez mais restritivas, e rodízio é uma delas”, opina. 

O mestre em transportes e consultor técnico da Locale TT, Paulo Monteiro, prefere o pedágio urbano. “É mais inteligente e mais justo, como ocorre em Londres, onde, para chegar à área central de carro, é preciso pagar uma taxa previamente. Se a pessoa for sem pagar, tem 24 horas para quitar o débito ou é multada”. Segundo Ramon Cesar, apesar de já terem sido feitas simulações, o pedágio tampouco está previsto para breve. Para o diretor de Operação da BHTrans, Edson Amorim de Paula, a proibição do uso do carro em determinados dias não é garantia de melhora no trânsito. “As pessoas podem comprar mais carros, com placas diferentes, para sair com um a cada dia”, diz.

Experiência paulistana 

Em São Paulo, uma lei municipal de 1997 determinou a restrição de veículos no Anel Viário da cidade, entre as 7h e as 10h e as 17h e as 20h. Às segundas-feiras, podem trafegar automóveis cujas placas tenham final 1 e 2; às terças, 3 e 4; às quartas, 5 e 6; quinta-feira, final 7 e 8 e, na sexta, 9 e 0. O desrespeito às normas é considerado infração de nível médio e o motorista está sujeito a multa de R$ 85,13, além de perder quatro pontos na carteira.
Nesse período, automóveis e caminhões ficam impedidos de trafegar no chamado Centro expandido. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), a medida retirou 20% dos caminhões de vias críticas (como as marginais e Avenida dos Bandeirantes), nos horários de pico. Por meio de nota, acrescentou que mesmo com o aumento de quase 35% na frota de veículos entre 2007 e 2011 – de 5,3 milhões para 7,1 milhões –, as várias medidas adotadas pela prefeitura tiveram resultados positivos. 

Em 2007, antes de restrição aos caminhões na Zona de Máxima Restrição de Circulação, a média de lentidão de tráfego em São Paulo foi de 89km pela manhã e de 129km à tarde. A zona máxima é uma área que concentra os principais núcleos de comércio e serviço, com restrição ao trânsito de caminhões de segunda a sexta-feira, das 5h às 21h aos sábados, das 10h às 14h. Em 2011, a média foi de 80km pela manhã (queda de 10%) e 108km à tarde (redução de 16%). Além do rodízio, há ainda restrições em áreas exclusivamente residenciais e para caminhões em certas vias. A CET não informou quais foram os efeitos do rodízio quando analisados apenas os carros de passeio.

Coordenador das disciplinas de engenharia de transporte da universidade Fumec, o especialista em transporte e trânsito Márcio Aguiar é enfático ao dizer que o modelo paulistano nada mais é que um paliativo que está em vigor aliado a uma série de providências. “Lá também é um caos e o rodízio não deu certo. Se implantar em BH, continuaremos com o mesmo problema, pois quem anda de carro pode comprar outro veículo. As medidas devem ser outras, principalmente, mexer no transporte púbico com seriedade”, destaca. 

Paulo Resende 
coordenador do Núcleo de Logística da Fundação Dom Cabral

SIM


“A curtíssimo prazo, parece que os níveis de congestionamento ainda não exigem medidas restritivas lineares, como rodízio. Já temos  medidas que dão ideia de como isso funciona, a exemplo dos caminhões proibidos de trafegar em certos horários. É fácil implantar, o grande problema é que ele pune de forma linear culpados e inocentes. A partir do momento em que o gestor público não tem mais condição de atuar, o caminho é a limitação. Há possibilidade de evitar o rodízio, revertendo a tendência da entrada de veículos maior que a capacidade das vias.”

Márcio Aguiar 
coordenador das disciplinas de engenharia de transporte da Fumec

NÃO


“Seria mais inteligente tomar outras medidas, porque essa é uma tábua de salvação que não vai funcionar em BH, assim como não deu certo em São Paulo. Nosso grande problema é o transporte público. Daqui para a frente, o trânsito só vai piorar. Qualquer probleminha hoje na cidade, todo mundo está reclamando. Não temos investimentos para buscar  solução de fato. Tenho uma visão muito pessimista do trânsito. O rodízio não vai resolver, pois o controle de entrada e saída é complicado. Como operar o rodízio? A BHTrans tem pessoal para isso? Não tem gente nem para olhar o trânsito no dia a dia.”

Skate elétrico para driblar caos

 (BETO NOVAES/EM/D.A PRES)
Parece uma visão do futuro assistir André Valadão, de 27 anos, deslizando com seu skate elétrico entre os carros. O advogado de terno e gravata se equilibra sobre a prancha com sapatos sociais de couro. Ele encontrou um meio radical de chegar ao trabalho no trajeto entre a Praça da Liberdade e o escritório na Avenida Getúlio Vargas, na Savassi. “Sinto-me como se estivesse fazendo um esporte radical indo para o trabalho”, diz. Para ele, não existe engarrafamento, sinal vermelho ou talão de rotativo. Dependendo do fluxo de pedestres ou de carros, Valadão segue pelo canto da rua ou passa em cima do passeio mesmo, com velocidade de até 40km/h. A compra do Ske Tronik, que custou R$ 2,8 mil, foi a solução encontrada por Valadão para deixar o carro em casa e percorrer distâncias curtas. Com autonomia de 90 minutos, o equipamento é movido a eletricidade e guiado por controle remoto. Depois, é só recarregar a bateria.  Valadão diz que é fácil aprender a manobrar o skate elétrico. Ele garante que não é preciso ter destreza, ser esportista nem saber pilotar. “Basta pegar costume com a máquina e aprender a se desviar dos obstáculos”, diz. Difícil mesmo é convencer a mulher de André, a estudante de medicina Bárbara, de 26 anos, a ficar tranquila enquanto o marido não chega inteiro em casa. “No começo, ela ficava nervosa e ameaçou esconder o skate. Agora, está mais conformada. Se eu me machucar, já tenho médica em casa”, brinca. Segundo o Detran-MG, na última reunião com o Denatran houve sugestão verbal para proibir o skate elétrico no trânsito, mas não há qualquer resolução a respeito. (Sandra Kiefer)