Luiz Costa
Corpo de Bombeiros
Atualmente, o Corpo de Bombeiros conta com 1.077 viaturas em todo o Estado

O Corpo de Bombeiros deve receber nos próximos meses o reforço de 75 novas viaturas. São 50 ambulâncias e 25 veículos de combate a incêndio e caminhonetes, todos adquiridos com o recursos da Taxa de Incêndio.
Para a Associação dos Praças, Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), o número poderia ser maior, para que o atendimento não fique defasado. Dos 853 municípios de Minas, apenas 53 têm unidades dos bombeiros.
Segundo a corporação, a nova frota será distribuída de acordo com a necessidade de cada batalhão ou ponto de atendimento. Se distribuídas entre as 53 unidades, daria 1,4 viatura por cidade.
O número é considerado baixo pelo vice-presidente da Aspra-MG, o cabo Marco Antônio Bahia Silva. “É uma ajuda, mas não é o ideal. O sistema está sobrecarregado e precisa de um alívio antes que qualquer problema maior aconteça”, afirmou.


Licitação

O processo de licitação para a compra dos novos veículos já foi aberta, mas a corporação não sabe quando as ele serão entregues. O valor de investimento também não foi divulgado.

Com as aquisições, a frota do Corpo de Bombeiros, que atualmente é de 1.077 viaturas, com média de idade de sete anos, passará para 1.152. Em 2003, segundo a corporação, eram 355 veículos com idade média de 14,6 anos.
O cabo Bahia teme que os reforços venham apenas para substituir os carros mais velhos e com problemas mecânicos. “Geralmente, esse é o caminho. Em outros casos, pode ocorrer de mandarem as viaturas mais antigas para o interior de Minas”, afirmou.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) conta com 30 ambulâncias dos bombeiros. Ontem, 13 estavam rodando e 17 em manutenção corretiva ou preventiva.


Operação
Segundo o Corpo de Bombeiros, as viaturas que estão em manutenção não interrompem totalmente a condição operacional. Apenas há uma alteração do número de veículos rodando, de acordo com o dia.
“Se a manutenção não estiver relacionada ao socorro prestado pelo carro, e for somente reparo técnico, não vejo problema. Afinal, a vida em primeiro lugar. Mas essa não é a melhor opção”, disse o vice-presidente da Aspra.
Em 2011, o Corpo de Bombeiros atendeu 335 mil ocorrências em todo o Estado. Os atendimentos pré-hospitalares representam 37,6% do total, cerca de 126 mil ocorrências. Só na RMBH foram mais de 23 mil.
Enquanto os reforços não chegam às unidades dos bombeiros, a professora Ana Beatriz Carvalhais espera ver o resultado dos impostos investidos de maneira correta. “Queremos sempre os melhores equipamentos para nos atender. Afinal, pagamos taxas para ter boas viaturas, estradas e saúde”, disse.
O enfermeiro Ricardo Lopes Teixeira espera mais agilidade no atendimento. “Assim, toda pessoa que precisar vai ficar bem assistida”.