sexta-feira, 31 de maio de 2013

Victor defende pênalti nos acréscimos e evita eliminação do Galo no Independência

COPA LIBERTADORES

Goleiro impede revés com intervenção milagrosa e garante a classificação do Atlético

Vicente Ribeiro - Superesportes
| Tags: celular 

Publicação:

31/05/2013 00:12
  

Atualização:

31/05/2013 02:59
Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
O herói da classificação: Victor vibra depois de defender o pênalti de Riascos nos acréscimos

O Atlético está de volta às semifinais da Copa Libertadores, depois de 35 anos. Mas a classificação veio com muito sofrimento, ao contrário do que a grande maioria pensava. O empate sofrido diante do Tijuana, por 1 a 1, nesta quinta-feira, no Independência, foi o suficiente para assegurar a vaga ao time alvinegro, que teve no goleiro Victor o grande herói. Ele defendeu um pênalti cobrado aos 48min do segundo tempo, por Riascos. O camisa 1 salvou com os pés e impediu que a tristeza tomasse conta do estádio no Horto. 

Aclamado pela torcida e festejado por todos os companheiros, Victor foi o personagem da dramática classificação atleticana. Ele se transformou em um gigante ao evitar gol certo de Picena, no segundo tempo. E logo depois impediu a eliminação ao tirar a bola com os pés no pênalti cobrado por Riascos, um dos destaques do time mexicano. Um prêmio pela perfeita atuação do camisa 1 alvinegro, que deixou o campo consagrado.


Mas que o jogo sirva de lição para o Atlético, que teve atuação apática, não conseguiu fugir do forte sistema de marcação do Tijuana e ainda cedeu muito espaço ao adversário. O time mexicano saiu na frente com Riascos, aos 25min do primeiro tempo, deixando o Independência em clima de tensão. Réver empatou aos 40, aliviando um pouco a angústia. E o sofrimento foi até o fim, com Victor salvando a noite. O slogan 'Caiu no Horto tá morto' e a mística do Galo no Independência estão mantidos. E a torcida, que foi para o estádio com máscaras da morte, em alusão ao filme 'Pânico', poderá repetir a brincadeira no próximo desafio.


O Atlético vai encarar nas semifinais da Libertadores o Newell’s Old Boys, que eliminou o Boca Juniors com dois empates sem gols e vitória nas cobranças de pênaltis. Como fez a melhor campanha na primeira fase, o Galo voltará a decidir em casa. O duelo, que marcará o retorno do time alvinegro a essa fase, o que não ocorria desde 1978, só ocorrerá depois da Copa das Confederações. Do outro lado da chave, Santa Fé e Olimpia se enfrentarão por vaga na decisão. 

O jogo


O Tijuana não se intimidou com a pressão da torcida e o bordão ‘Caiu no Horto tá morto’, que assombra os adversários do Galo no Independência. Com uma marcação forte e bem encaixada, o time mexicano congestionou o meio-campo e dificultou a saída de bola do Atlético, que passou a errar muitos passes. O começo de partida foi dos mais tensos para o torcedor alvinegro, diante do ímpeto do visitante.

O primeiro susto para a massa veio com o ‘tanque’ Riascos, que chutou forte e Victor espalmou a escanteio. Foi um sinal de alerta para o Galo, que não levou muito a sério. Tanto que o Tijuana continuou incomodando, marcando muito e saindo em velocidade nos contra-ataques. O time mexicano corria de forma impressionante, com os dez jogadores de linha voltando para ajudar na recomposição. 

Aos 14min, outro alerta para a defesa alvinegra. Gandolfi cabeceou para as redes de Victor, mas o árbitro assinalou impedimento. A partir daí, o Atlético cresceu de produção, mesmo sem conseguir êxito nas jogadas ofensivas, diante da falta de espaço para a criação. Ronaldinho Gaúcho estava mais fixo pelo lado esquerdo, de costas para a marcação, o que dificultou ainda mais para o Galo. 

Aos 25min, o terceiro susto para o torcedor do Atlético foi ainda pior. Em lance que começou com Ronaldinho sendo desarmando e pedindo falta inexistente, Nuñez avançou pela direita e cruzou para Riascos completar com estilo, à esquerda de Victor: 1 a 0. O suficiente para preocupar de vez a massa, que até diminuiu o entusiasmo.

Leandro Couri/EM/D.A. Press
Do desespero à euforia: torcida atleticana extravasa toda a tensão com pênalti defendido no fim

O Atlético tinha mais posse de bola e aos poucos o time foi se soltando, apesar da marcação implacável dos visitantes. Com Ronaldinho muito visado, Tardelli se movimentava e se tornou opção para levar a bola ao ataque. Mas a dificuldade para fazer tabelas e chegar à área do time mexicano persistia. Uma alternativa seria a bola aéra, mortal em várias partidas do Galo. E o empate saiu dessa forma, aos 40min. Gaúcho cobrou falta da direita e Réver, livre, tocou para as redes de Saucedo: 1 a 1. Misto de delírio e alívio no Horto.

O Atlético ainda poderia ter virado no fim do primeiro tempo. Jô ajeitou para Tardelli, que pegou mal na bola. Saucedo fez a defesa e mandou a escanteio. Foi o último lance de perigo da tensa etapa inicial. Ronaldinho cobrou mais atenção dos companheiros, na saída para o vestiário. “A gente sabia que eles teriam que atacar. Foi um bom jogo, aberto, as duas equipes buscando o gol. Mas temos que ter mais atenção”, alertou.

Drama até o fim


O técnico argentino Antonio Mohamed mudou o Tijuana para o segundo tempo, sacando um zagueiro, Ortiz, para escalar mais um atacante, Fidel Martinez. O objetivo era dar mais poder de fogo ao time mexicano, que precisava de gols. Já o Galo chegou pela primeira vez com perigo. Aos 10min, Marcos Rocha cruzou da direita e Jô não conseguiu cabecear como queria. 

O Tijuana, mesmo com a troca de zagueiro por atacante, manteve a pegada no meio-campo, sem dar espaço aos atleticanos. E ainda assustou a torcida chegando com muito perigo no ataque, aumentando a tensão nas cadeiras. Cuca esperou até 20min para mexer na equipe. Bernard, apático, cedeu lugar ao corredor Luan, que logo mostrou serviço e deu trabalho ao adversário, na primeira jogada.

Mas o Tijuana desperdiçou uma chance incrível, aos 24min. Martinez ajeitou para Piceno, livre de marcação, na frente de Victor. O camisa 1 se transformou em um gigante e evitou o segundo gol. Logo depois, em cobrança de escanteio da esquerda, a bola cruzou toda a área e Martinez não conseguiu aproveitar. E ainda teve mais ‘blitz’ mexicana: Arce cobrou falta e acertou o travessão.

Na base da vontade, o Atlético se esforçava para impedir os avanços do Tijuana. Mas a equipe mexicana não desistia e o árbitro marcou pênalti de Leonardo Silva em Aguillar, para desespero dos alvinegros. Entretanto, Riascos tinha que passar pelo último obstáculo, Victor, aos 48min. E prevaleceu a ‘barreira’ do Galo, que salvou com os pés e garantiu a dramática classificação.

ATLÉTICO 1 X 1 TIJUANA

ATLÉTICO
Victor; Marcos Rocha (Josué), Leonardo Silva (Gilberto Silva), Réver e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete, Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Bernard (Luan); Jô (Alecsandro)
Técnico: Cuca

TIJUANA
Cirilo Saucedo; Olivier Ortíz (Fidel Martinez), Javier Gandolf, Pablo Aguillar; Juan Carlos Nuñez, Cristian Pellerano, Fernando Arce, Richard Ruiz (Marquez) e Edgar Castillo; Duvier Riascos e Alfredo Moreno (Piceno)
Técnico: Antonio Mohamed

Motivo: Jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores
Estádio: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: Quinta-feira, 30 de maio
Gols: Riascos, 25min; Réver, 40min do 1ºT
Árbitro: Patricio Polic (CHI)
Auxiliares: Juan Maturana e Raul Orellana (CHI)
Pagantes: 20.988
Renda: R$ 1.771.865,00
Cartões amarelos: Marcos Rocha, Victor, Leonardo Silva, Gandolfi, Pellerano
Cartão vermelho: Réver

Após confronto com PM, suspeito de trafico é morto na Grande BH

troca tiros pmmg

Um homem envolvido com o tráfico de drogas morreu em Ribeirão das Neves, na Grande BH, após entrar em confronto com policiais militares no fim da noite de quarta-feira (29).
De acordo com a Polícia Militar (PM), Jarbas Ispilva Santos, de 19 anos, estava em um lote vago ameaçando outra pessoa, quando foi abordado pelos policiais, que foram recebidos a tiros pelo suspeito. Com ele foi foram encontradas várias drogas.
Militares do 40° Batalhão passavam pelo bairro Menezes, quando na rua São Paulo, esquina com rua Rio de Janeiro, escutaram uma pessoa dizendo: “você é um bandido, você é um nóia, eu vou te sentar o dedo”.
Os policiais foram até um lote vago onde estava ocorrendo a ameaça e presenciaram Jarbas apontando uma arma para a cabeça de outro. Com ele, estavam mais dois comparsas. Os militares se identificaram e pediram para que o homem largasse a sua pistola calibre 380. No entanto, o suspeito apontou para a PM e atirou. Os policiais revidaram e o acertaram, mas Jarbas tentou fugir correndo e apontando a arma para trás, mas logo depois foi contido. Os outros suspeitos conseguiram fugir e não foram encontrados.
Jarbas foi socorrido e levado até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Justinópolis, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. Com ele foi apreendida a arma, além de 84 pedras de crack e 38 pinos de cocaína, que estavam em sua cueca, e um telefone celular. A polícia revelou que Jarbas já havia sido preso duas vezes por tráfico de drogas. Os policias envolvidos foram conduzidos até a sede do 40° Batalhão para prestar esclarecimentos sobre o fato

PM prende 4 pessoas e apreende menor em operação em Buritizeiro

De acordo com a PM, suspeitos têm envolvimento com tráfico e roubos.

Com eles foram apreendidos armas, munição, drogas e dinheiro.
buriJá estão no presídio de Pirapora (MG), as quatro pessoas que foram detidas em Buritizeiro (MG), na quarta-feira (29), em uma operação da Polícia Militar. As prisões resultaram do cumprimento de mandados de busca e apreensão. Os suspeitos estariam envolvidos com o tráfico de drogas, roubos e outros crimes. Um menor também foi apreendido.
Com os criminosos a PM apreendeu dois revólveres, munição, celulares, máquinas fotográficas, maconha, um pote de ácido bórico, que é utilizado na fabricação das drogas, além de diversas peças de bicicleta e R$ 2.460.

Justiça Militar na mira do TCU e do CNJ

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revela que o Superior Tribunal Militar, menor corte superior do país, é o órgão do Judiciário com maior número de servidores ativos, aposentados e pensionistas remunerados acima do teto constitucional, que é o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
O TCU identificou ao menos 20 casos, cujos pagamentos somam R$ 3,8 milhões.
O Congresso Nacional concentra nove em cada dez funcionários públicos que ganham salário acima do teto.
Os dados estão citados em reportagem de Fábio Fabrini, do jornal “O Estado de S. Paulo“,  na edição desta sexta-feira (31/5). Devem reforçar as discussões no Conselho Nacional de Justiça, que anunciou em abril a criação de um grupo de trabalho para estudar a possibilidade de propor ao Poder Legislativo a extinção da Justiça Militar.
“Os números são escandalosos. São indicativo de um verdadeiro descalabro financeiro”, afirmou o ministro Joaquim Barbosa, na sessão de 2 de abril último
A proposta de avaliar a viabilidade da Justiça Militar foi apresentada na ocasião pelo conselheiro Bruno Dantas e complementada pelo conselheiro Wellington Saraiva, durante julgamento de processo administrativo contra dois juízes do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais.
Com sete desembargadores e seis juízes, o TJM-MG consome R$ 30 milhões por ano de recursos públicos, para julgar pouco mais de 300 processos.
De acordo com Bruno Dantas, “a situação escandalosa” se repete no tribunal militar de São Paulo, que consome R$ 40 milhões, e no do Rio Grande do Sul, que gasta em torno de R$ 30 milhões para julgar poucos processos.
O Superior Tribunal Militar consome R$ 322 milhões com 15 ministros, 962 servidores e julga em torno de 600 processos por ano. Segundo Bruno Dantas, o gasto do STM corresponde a um terço do orçamento do Superior Tribunal de Justiça.