quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Corpo de sargento morto com tiro acidental é enterrado em Caratinga


O PM que era lotado no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), foi baleado no abdome quando manuseava o armamento no banheiro de um centro de compras em BH


 (Reproducao internet/Arquivo Pessoal )
Um disparo acidental da própria arma, uma pistola calibre 380, tirou a vida de um sargento da Polícia Militar. Galeno Carlos Miguel de Souza, de 32 anos, que era lotado no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), foi baleado no abdome quando manuseava o armamento ao usar o banheiro de um centro de compras no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul da capital, na segunda-feira à noite. O policial, de acordo com a corporação, estava de folga e fazia compras com a mulher e o cunhado quando o acidente aconteceu.

Galeno chegou a ser socorrido em estado grave e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por uma cirurgia. Ele, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu no início da madrugada de terça-feira. Militares do 5º Batalhão encontraram o sargento ainda com vida e consciente. Ele mesmo teria explicado como o acidente aconteceu. Ao tirar a arma da cintura para usar o banheiro, o equipamento, que é de uso particular, caiu no chão. Com o impacto, a pistola disparou contra o corpo dele. O policial estava sozinho nessa hora mas, em seguida, um funcionário do centro de compras entrou no local e o encontrou ferido no chão.
A perícia foi acionada, mas não realizou o trabalho, já que o PM foi socorrido e o local não foi preservado. A Polícia Civil trata o caso como autolesão e nos próximos dias deve ouvir funcionários do centro de compras e familiares do sargento. Os exames de necropsia realizados são aguardados para confirmar se a morte aconteceu mesmo em função de um acidente. A arma foi recolhida.

O militar trabalhava há dois anos no Batalhão de Eventos, era casado e não tinha filhos. Abalados, os familiares que foram ao IML liberar o corpo não quiseram conversar com a imprensa. Galeno foi levado na tarde de terça-feira para Caratinga, no Vale do Rio Doce, onde é enterrado na manhã de hoje no Cemitério São João Batista.

Estudo mostra a origem do caos no trânsito em BH


Pesquisa teve base em dados do Denatran, ao constatar que, durante uma década, veículos foram despejados nas ruas da região metropolitana à velocidade de 250 por dia. Infraestrutura não acompanhou aumento da frota

Publicação: 03/10/2012 06:00 Atualização: 03/10/2012 06:49

Dos tempos em que andava de ônibus, o estudante de direito Pedro Ribeiro, de 18 anos, não guarda saudade. Após atingir a maioridade e passar no vestibular, o rapaz tornou-se em agosto mais um entre os cerca de 1 milhão de condutores habilitados de Belo Horizonte. Ganhou dos pais um carro zero quilômetro e usufrui das vantagens de não precisar mais esperar tanto pelo transporte coletivo. Mas agora Pedro passou a fazer parte de um outro grupo: o daqueles que gastam horas parados nos congestionamentos da capital. Mesmo que não descarte as vantagens do veículo particular, ele afirma que atualmente fica ainda mais cansado com o arranca e para provocado pelos engarrafamentos diários. O universitário é, ao mesmo tempo, vítima e protagonista do fenômeno que em 10 anos despejou  nas ruas das 34 cidades da Grande BH 250 novos carros por dia – ou uma frota com mais de 10 automóveis a cada hora. 

Estudo do Observatório das Metrópoles mostra o crescimento da frota no país e alerta para a insuficiência da infraestrutura e dos investimentos para acompanhar o ritmo dessa explosão. O trabalho avalia os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) em 12 metrópoles brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Brasília (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal), Belém, Goiânia e Manaus – conforme classificação de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, de acordo com o relatório, o aumento no número de veículos foi de 108,5%, acima da médias nacional (de 90%), o maior entre os principais aglomerados urbanos do país. E o estudante Pedro, como milhares de pessoas, já sente os efeitos negativos desse crescimento.

“Lógico que minha vida melhorou muito com o carro. Tinha coisas que eu deixava de fazer porque ficava com preguiça de pegar ônibus. Mas hoje tenho um desgaste diário muito grande dirigindo, já que o trânsito na cidade está caótico”, afirma o rapaz, que mora no Bairro Santo Antônio, na Zona Sul de Belo Horizonte, e estuda na Faculdade Milton Campos, no Bairro Vila da Serra, em Nova Lima, cidade da porção Sul da Grande BH.

Vereadores de BH usam Câmara apenas como palanque


Publicação: 03/10/2012 06:00 Atualização: 03/10/2012 06:52
A cinco dias das eleições, os vereadores de Belo Horizonte só querem mesmo é usar o microfone no plenário como palanque. Segurar os parlamentares nas sessões não está fácil e ontem a saída encontrada pelos políticos para adiar apreciação de vetos que sobrepõem a pauta foi o regimento interno da Casa. Apesar de 34 parlamentares terem marcado presença, a reunião durou pouco mais de meia hora.
O vereador Cabo Júlio (PMDB) reclamou em plenário da falta de apoio do PT na campanha do PMDB. “Entramos nessa coligação contra nossa vontade. Eles não cumpriram o acordo”, protestou. Na onda do mensalão, o vereador Fábio Caldeira (PSB) conseguiu assinaturas para homenagear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470, com o título de Cidadão Honorário, e o ex-motorista do ex-presidente Fernando Collor de Mello, Eriberto França, com diploma de Cidadão Honorário. O vereador Preto (DEM) também deu seu recado: “Boca de urna é crime”.
Nos corredores, predomina entre os candidatos a choradeira por falta de recursos e o alto preço da campanha na capital mineira. As reclamações por falta de apoio prometido antes de a disputa começar também está entre as principais dos vereadores que tentam a reeleição. Eles choram também o cansaço da campanha.
Cinco vetos do prefeito deveriam ter sido apreciados ontem para destravar a pauta de votações. Em quatro os parlamentares usaram o regimento interno para adiar a votação. No momento de votar o quinto, o quórum caiu e a sessão foi encerrada. Na última sexta-feira, o Executivo enviou o projeto de lei do Orçamento do ano que vem. O projeto ainda não foi distribuído para a Comissão do Orçamento, o que está previsto para ocorrer ainda nesta semana.
Na primeira sessão do mês, na segunda-feira, o trabalho dos vereadores também foi discreto. Sete vetos do prefeito Marcio Lacerda deveriam ser apreciados para destravar a pauta de votações. Os vereadores mantiveram o veto em dois projetos, adiaram a discussão em outros quatro e, no momento de discutir o sétimo, o quórum caiu e a sessão foi encerrada. Além do veto não apreciado, a pauta do dia tinha 18 projetos de lei prontos para votação.

Suspeito de ameaçar policial militar é preso durante operação da PM em Contagem



02/10/2012 18h57
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MÁBILA SOARES
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Dois jovens de 18 e 20 anos, sendo um deles suspeito de ameaçar um militar, foram presos nesta terça-feira (2) durante uma operação realizada pela Polícia Militar na Vila Granja Lempp, no bairro Inconfidentes, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com eles foram encontrados droga, dinheiro e arma.
 
De acordo com militares da 1º Companhia de Missões Especiais de Contagem, após uma denúncia anônima eles foram até a região onde moram os acusados. Um deles teria descoberto que um militar que mora nas imediações seria o responsável por sua prisão, dias atrás, por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Para se vingar, no último domingo (30) ele passou em frente à casa do militar gritando e o ameaçando de morte. Vizinhos ouviram e chamaram a polícia.

Durante a operação, eles foram localizados com 21 buchas de maconha, cinco porções de cocaína, quatro pedras de crack, uma balança de precisão, ácido bórico para o refino de cocaína, além de um revólver calibre 38 com cinco munições, dinheiro e dois rádios de transmissão.

Eleitores votarão domingo sem saber se seu candidato é ficha suja, estamos com vários candidatos ficha suja e ninguem tomou a decisão de tora-los, estão deixando para o povo decidir.


BRASÍLIA – Regendo sua primeira eleição, a Lei da Ficha Limpa levou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedidos de impugnação de 1.361 candidaturas de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em todo o país. Apesar de a votação ocorrer no próximo domingo (7), no entanto, a grande maioria dos políticos sob suspeição disputará o voto do eleitorado sem saber se será enquadrada como ficha suja.


A incerteza vai marcar a eleição porque o plenário do TSE não conseguirá julgar todos os processos antes do próximo domingo. Até lá, estão previstas, inicialmente, duas reuniões da Corte, nesta terça-feira (2) e quinta-feira (4). Contudo, há a possibilidade de os ministros decidirem por sessões extras para acelerar o julgamento dos processos.

Além dos casos motivados pela Lei da Ficha Limpa, o TSE também tem que analisar milhares de outras ações envolvendo registros de candidaturas. Nos casos em que não houver deliberação da Justiça Eleitoral, os candidatos concorrerão no próximo domingo sub judice e os votos serão computados normalmente.

Contudo, a vitória nas urnas não será a garantia de posse no cargo ao qual disputou. Isso porque, se posteriormente o candidato tiver o registro impugnado pelo TSE, os votos serão considerados nulos. O tribunal analisará caso a caso qual será o procedimento nas situações em que o vencedor tenha seu registro cassado.

Entre as hipóteses, estão a diplomação do segundo mais votado ou até a realização de uma nova disputa, no caso de eleição majoritária. No caso dos vereadores, serão empossados os candidatos que tiverem o maior número de votos.

Aprovada em 2010, a Lei Complementar 135, batizada como Lei da Ficha Limpa, está valendo para as eleições municipais deste ano. Pela legislação, não podem se candidatar  a cargo eletivo os políticos condenados pela Justiça em decisão colegiada (por mais de um desembargador), mesmo em processo não transitado em julgado (com condenação definitiva).

Entre outros pontos, a lei também pune o político que renunciar ao mandato quando já houver representação ou pedido de abertura de processo, aumentando o período de inelegibilidade pela soma do que resta do mandato e mais oito anos. Antes, a suspensão ia de três a oito anos.


Motos são as maiores causadoras de mortes no trânsito de BH


Já se sabe, há algum tempo, que as motocicletas são as maiores causadoras de mortes no trânsito de Belo Horizonte. As causas principais desse massacre, como sublinhou este jornal em nova série de reportagens, são o despreparo dos motociclistas e a inadequação das leis de trânsito para lidar com o avassalador crescimento desse tipo arriscado de transporte no Brasil que tem como grande incentivador a má qualidade do transporte público.

O jovem, principalmente, prefere se arriscar em cima de uma moto, mesmo não estando treinado, do que enfrentar ônibus superlotados e lentos. O jovem tem pressa de chegar, não se dando conta de que tem toda uma vida pela frente. E morre ou mata, nessa ânsia de atingir mais depressa seu destino. Por ironia, outra grande vítima é o idoso, que é atropelado ao atravessar uma rua, sem perceber que em meio a veículos parados se aproxima uma moto apressada.
Mortes ocorrem também em cidades do interior e em áreas rurais, onde aos poucos a moto vai substituindo o cavalo como meio de transporte. No ano passado, o Mapa da Violência no Brasil mostrou que um em cada três acidentes de trânsito com mortes, registrados pelo Denatran, envolveu motocicletas.
Esse Mapa da Violência se baseou em dados de 2010. Desde então, o problema terá aumentado ainda mais, pois o número de motos no trânsito cresce a cada ano, sem maior controle. Nosso Estado tinha em julho último 1,9 milhão de motocicletas. Há 10 anos, eram 579 mil. No mesmo período, as dificuldades de mobilidade dos mineiros aumentaram muito, com estradas e ruas atravancadas por automóveis e caminhões, com ônibus sempre lotados nas horas em que são mais necessários. E sem a alternativa de mais trens de passageiros e metrôs.
Portanto, a solução não se circunscreve aos motociclistas, exigindo ações bem mais amplas, incluindo novas leis. A ação mais efetiva demanda tempo, pois implica mudança cultural, mas deve começar logo. É preciso que trânsito passe a ser uma disciplina obrigatória nas escolas, desde o início do ensino de primeiro grau, até o fim do segundo. Em países desenvolvidos, o aluno aprende também a dirigir na própria escola regular, muitas vezes recebendo ali a sua carteira de habilitação. Só dá certo, evidentemente, numa cultura diferente da que temos atualmente, pois há entre nós quem prefira comprar sua carteira de uma autoridade corrupta do que se habilitar corretamente, para não morrer ou matar no trânsito.


Eleição é jogo de cartas marcadas, diz candidato Pedro Paulo - o Pepê - do PCO, esteve na redação do Super Notícia, onde falou sobre a sua candidatura.



Publicado no Super Notícia em 03/10/2012
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FOTO: DANIEL PROTZNER
Candidato esteve na redação do Super Notícia
Parece que você é um candidato diferenciado, que tem outras intenções nessa candidatura. É isso mesmo? É, a nossa candidatura é uma candidatura de protesto. Nós utilizamos esse tempo final organizando a greve dos trabalhadores dos Correios. Nós entendemos as eleições como um jogo de cartas marcadas e procuramos, nesse sentido, abrir um conjunto de discussões, de denúncias e expôr um programa da classe trabalhadora.

O que você chama de eleição de cartas marcadas? As eleições estão marcadas pelo domínio que hegemoniza todas as oligarquias, então, os candidatos que estão dentro do processo para ganhar as eleições são marionetes dessas oligarquias. São pessoas que recebem verbas para lutar por um programa político dos patrões. Embora a televisão seja uma concessão pública, você vê que os candidatos, não só eu, como a Vanessa Portugal, o Tadeu Martins, por não termos deputados federais, somos cerceados de participar dos debates. É uma aberração democrática.

O PCO tem uma propaganda em que os dirigentes falam que a eleição é uma farsa. Como lançar um candidato? Há uma contradição? Não, é uma contradição. Nós esclarecemos, dentro do espaço permitido, que é mínimo, que há uma farsa por ele, justamente, não ser igual para todos. As eleições já estão meio que organizadas para serem eleitos os candidatos do PT, do PMDB e do PSDB. Enquanto eles são do Executivo ou do Legislativo, já ficam todos eles com o tempo na imprensa escrita, televisiva e falada, os demais têm apenas três meses.

Mais do que chegar à prefeitura está por trás a divulgação institucional do partido? Nosso objetivo é fazer a discussão ideológica. Levar um programa da classe trabalhadora. Por exemplo, um salário mínimo de R$ 2.700, que devolveria ao trabalhador o poder de compra. Todas essas medidas que o trabalhador não tem direito, essas questões democráticas. O direito das mulheres é outra questão. O direito da juventude de ter acesso à universidade sem passar pelo filtro do vestibular. Procuramos propagandear essas posições de conotação ideológica.

Em toda pesquisa você aparece como o candidato que tem o maior índice de rejeição. Como você recebe isso? É uma ironia, né? Na verdade, isso é uma gozação de alguns redatores da imprensa que, a mando do Lacerda ou do Patrus, fazem isso. Porque, se minha candidatura é totalmente desconhecida, como sou o recordista em rejeição? É uma contradição. Segundo: se eu tenho 1%, não poderia ter 34% de rejeição. Eu imagino que se preocupam muito com nosso programa, que é um programa para discutir um partido do futuro, que é um partido operário revolucionário. Esse é o nosso propósito. Como nós somos pequenos, eles tentam matar o negócio no nascedouro, coisa que não vai acontecer.