sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cmdt do CPE enrolado...


Vixeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Posted: 29 Nov 2012 07:04 AM PST



REPÓRTER CAMILA DIAS: A comunidade do Aglomerado de SERRA será chamada 
nos próximos dias para participar de audiência pública que está sendo preparada pela 
Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa de MINAS GERAIS. Segundo o 
DEPUTADO SARGENTO RODRIGUES que é membro da comissão, os traficantes estão 
dominando a região e há um problema no gerenciamento da polícia local. O deputado que já 
trabalhou 10 anos servindo no Batalhão ROTAM afirma que o Comandante de Policiamento 
Especializado, Coronel ANTÔNIO PEREIRA CARVALHO mentiu quando disse que a ROTAM 
continua sim, subindo a SERRA, mesmo após o episódio em fevereiro do ano passado, que 
também terminou em morte.
DEPUTADO SARGENTO RODRIGUES: O Coronel deveria, inclusive, ser convocado 
aqui na comissão porque ele mentiu. Nós vamos apresentar o requerimento para prestar esse 
esclarecimento. O coronel mentiu à imprensa, ele mentiu de forma assim acintosamente, 
porque a ROTAM, desde o episódio da SERRA, está proibida por ele de adentrar a SERRA, 
portanto o que está acontecendo hoje: se o crime está tomando conta é porque o próprio 
coronel está permitindo o sucateamento, ele deveria estar fazendo gestão ao Comando Geral 
e ao governo para que as viaturas fossem lançadas.
Imagine que em mil novecentos e noventa essas viaturas eram lançadas, durante um 
turno diurno, vinte e cinco viaturas, hoje está lançando sete, ou seja, quase um quarto do 
número de viaturas. Se não houver abordagens rotineiras, sistemáticas, e se a polícia não 
utilizar algo que ela sempre fez quando eu estava lá, servi no Batalhão ROTAM, ele tem que 
fustigar, ela tem que abordar, ela tem que desarmar o criminoso antes do homicídio ser 
praticado, antes do latrocínio, antes do estupro, isso não está acontecendo porque 
infelizmente uma unidade especializada que deveria estar combatendo o crime está recuada. 
O Coronel está inclusive permitindo uma intimidação da própria polícia, que é algo 
absurdo no estado de MINAS GERAIS.
REPÓRTER CAMILA DIAS:  Esse é o DEPUTADO ESTADUAL SARGENTO 
RODRIGUES, membro da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de 
MINAS GERAIS. 

Comunidade faz apelo por segurança
Posted: 29 Nov 2012 04:46 AM PST

Unidade policial será instalada no ponto mais alto do Aglomerado da SerraMorte de um morador no local levou a bloqueios e ataques a ônibus. Comunidade faz apelo por segurança

Em meio a um clima de tensão e à cobrança por medidas de segurança, a Polícia Militar anunciou que vai instalar uma base operacional no ponto mais alto do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de BH. Ontem, pelo terceiro dia consecutivo, os ônibus deixaram de circular no local, onde abordagem policial resultou numa morte na segunda-feira. O policiamento mais uma vez foi ostensivo. Desde que o servente de pedreiro Helenilson Eustáquio da Silva Souza, de 24 anos, foi morto com um tiro, a tensão tomou conta do morro e levou a vários bloqueios. Líderes da comunidade se reuniram com a PM e criticaram a ação, mesmo a vítima tendo envolvimento com o tráfico de drogas. A principal reivindicação é a instalação do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep). Paralelamente, trabalho de inteligência da PM identificou 44 alvos prioritários, por suposta ligação com crimes.

De acordo com o comandante do Policiamento Especializado, coronel Antônio Carvalho, a unidade prevista terá pelo menos uma equipe permanente. Ele descarta semelhanças com a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), do Rio de Janeiro. “O conceito da UPP é o do resgate onde havia ausência do estado. No nosso caso, o que estamos fazendo é reforçar o policiamento e o atendimento à comunidade”, afirmou. Não foi estabelecido prazo para implantação da medida.

Pela manhã as viaturas continuaram ocupando vários pontos. Alguns serviços funcionaram, como correio e transporte escolar. A pé, a empregada doméstica Laura Ramos, 42, lamentou mais um dia de sacrifício. “Não é brincadeira, complica demais. Já ouvi comentários de que amanhã (hoje) o serviço volta ao normal”, diz ela. “

Reunião

A PM e representantes comunitários se reuniram na sede da 127ª Companhia. Moradores sustentavam que a criação do Consep aproximaria a comunidade e a corporação e inibiria a violência. Pediram também apoio  para a retomada imediata do transporte público. Pelo menos dois ônibus foram incendiados.

“Esses atos de vandalismo não partem da comunidade. Não podemos ser punidos por atos que não cometemos”, diz o pastor Jackson Caetano, um dos líderes comunitários. Ele demonstrou preocupação com a cobrança da PM quanto a denúncias sobre criminosos ou desvios policiais. “Como fica nossa segurança depois?”.

O comandante do Policiamento da Capital, coronel Rogério Andrade, afirmou que a PM trabalha com ética e com respeito aos direitos humanos, em resposta à crítica de o corpo ter sido retirado do lugar onde houve a ocorrência. Há contradição nas versões sobre a morte. De acordo com os policiais envolvidos, a vítima estaria com três homens e reagiu a uma abordagem, levando um tiro no peito. Testemunhas garantem que ele foi executado com um disparo na cabeça. Andrade assegurou que haverá transparência na condução das investigações. 

Delegado planeja cerco a 44

Está nas mãos do novo delegado-chefe do 1º Departamento da Polícia Civil, Anderson Alcântara Silva Melo, uma lista com 44 alvos prioritários envolvidos em crimes no Aglomerado da Serra. Os nomes foram levantado pela PM. A Polícia Civil terá papel importante para investigá-los e conseguir indícios para que sejam presos. Alguns já podem ter mandados de prisão em aberto, segundo o delegado, e esses serão caçados. A PM informou que de janeiro a outubro foram registradas 101 ocorrências de tráfico de drogas nas vilas e favelas da Serra, 32 armas foram apreendidas e 780 pessoas detidas. “Por fragilidade na legislação, hoje a prisão é considerada exceção, mas vamos cruzar informações e intensificar a investigação para retirar as lideranças negativas de lá”, afirma o delegado.

Comandante do 22º Batalhão, o tenente-coronel Luiz José Francisco Filho diz que no aglomerado, onde vivem mais de 50 mil pessoas, há dois pontos críticos de criminalidade. Um é a Vila Marçola, onde Helenilson Eustáquio foi morto. O outro é a Vila Pau Comeu, nas proximidades da Rua Arauto. “São lugares onde normalmente bandidos recebem a polícia armados. A presença dos policiais acaba atrapalhando o tráfico e os criminosos se sentem incomodados”, afirma o tenente-coronel. 

Depois do assassinato de dois moradores em fevereiro do ano passado, que levou dois militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) a serem pronunciados para irem a júri popular, a comunidade diz que a Rotam não atua mais por lá. Isso teria fortalecido criminosos. O coronel Antônio de Carvalho nega: “Continuamos subindo o morro. Eu mesmo só vou ao aglomerado de Rotam”. 

Sargento segue preso

De acordo com o comando do 22º Batalhão da PM, o sargento, identificado apenas como Vítor, continua preso, aguardando que o auto de prisão em flagrante seja lavrado e encaminhado à Justiça Militar, que vai definir se ele aguarda conclusão do inquérito policial militar (IPM) detido ou em liberdade. Segundo a PM, testemunhas da ocorrência já foram ouvidas. Faltaria anexar ao processo dados periciais e provas colhidas no local onde houve a morte.