sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Exterminador de cães ataca em Belo Horizonte



Maurício de Souza
Pedaços de carne com veneno (à direita ) foram encontrados  na rua Curitibanos, carta alerta morador
Pedaços de carne com veneno (à direita ) foram encontrados na rua Curitibanos, carta alerta morador
Moradores da rua Curitibanos, no Jardim América, zona Oeste de Belo Horizonte, estão preocupados com ataques contra cães domésticos. Entre a última sexta-feira e a última quinta, 12 animais foram envenenados depois que uma pessoa, ainda não identificada, jogou carne com chumbinho para os cachorros.

As famílias, que pediram anonimato, estão unidas para evitar novas mortes e cobram a descoberta do responsável.

O modo de agir do matador é simples. Ele pega bifes de boi, passa chumbinho, dobra ao meio e costura. Pedaços de carne foram encontrados nas ruas e uma criança de 7 anos chegou a pegar um para mostrar à mãe.

“Imagine se esse menino tivesse levado a mão à boca”, diz um dos moradores. “É o fim do mundo. Ainda bem que minha cadela só come ração e não pegou a carne que jogaram para ela”.

Um dos cães mortos era labrador. Um animal da raça chega a custar mais de R$ 1 mil. Mas os donos garantem que o valor de cada um é o que menos interessa. “São nossos companheiros, ficam felizes quando chegamos em casa. Pulam, brincam. Vai ser difícil ficar sem o meu”, afirma uma mulher.

RECADO

Após a matança, os moradores espalharam cartazes orientando quem tem cães em casa a redobrar a atenção. A carne envenenada foi arremessada por cima do muro dos imóveis. “O jeito foi colocar meus animais na parte de trás (da casa). Na frente, só se eu estiver com eles”, conta uma das pessoas que vivem na rua.

Os vizinhos têm alguns suspeitos, mas não fazem denúncias devido à falta de provas. “Já recebi duas cartas anônimas. Em uma delas, a pessoa disse que se meus bichinhos não parassem de latir, iria tomar medidas cabíveis”, diz uma moradora.

Os donos dos cães planejam registrar ocorrência na polícia mas na 2ª Delegacia Sul ninguém havia pedido ajuda até a última quinta, segundo agentes.



Ousados, jovens se arriscam e passam com carro debaixo de máquina agrícola em Minas






Não bastasse Minas Gerais ter a maior malha viária do país e um índice alto de mortes em acidentes de trânsito por causa da precariedade das estradas e da imprudência dos condutores, jovens em uma estrada próximo a Rio Paranaíba, no Alto Paranaíba decidiram arriscar a vida gratuitamente.

Eles passaram debaixo de uma máquina agrícola em um carro de passeio apenas para testar a "habilidade" do motorista.  Eles gravaram a façanha arriscada em vídeo, que foi divulgado na internet nessa quarta-feira (7).

 

Detectores de metal chegam às escolas apenas em 2013



Já com quase um ano de atraso, a Prefeitura de Belo Horizonte vai continuar a descumprir, por pelo menos mais oito meses, a polêmica lei n° 10.204, que determina a instalação de detectores de metal nas portas das escolas municipais com mais de 500 alunos por turno. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, responsável pelo cumprimento da legislação, informou que a previsão é que os aparelhos comecem a ser instalados no segundo semestre de 2013. Segundo a assessoria de imprensa, o atraso acontece porque o estudo que vai mostrar o modelo e o método de uso ideais dos detectores ainda está em
andamento.

Os equipamentos deveriam ter começado a funcionar no fim do ano passado, após o prazo de 180 dias estipulado pela lei para que as escolas se adequassem à norma. Na época, a prefeitura prometeu a
instalação até agosto passado, o que não aconteceu.

O uso dos detectores seria uma tentativa de garantir mais segurança a professores e alunos. Ontem, por exemplo, dois adolescentes, de 14 e 15 anos, foram apreendidos com uma réplica de pistola automática dentro de uma escola na cidade vizinha de Contagem. "A maioria dos homicídios tem a participação de menores. A intenção é afastá-los das escolas", polemiza o vereador Cabo Júlio, autor da lei.

Projeto. O motivo para tanta demora, segundo a secretaria, é a realização de um estudo para avaliar os custos de cada modelo, além da melhor forma de operá-los. Segundo a assessoria da secretaria, ele definirá, por exemplo, se as escolas usarão detectores manuais ou no formato de portais.

O estudo ainda contempla uma avaliação do nível de vulnerabilidade de cada uma das 74 escolas que receberão os aparelhos. A intenção é aumentar a altura dos muros das unidades para que alunos e outras pessoas não burlem o sistema. Técnicos da secretaria foram até o aeroporto de Confins para ver como o equipamento do terminal, que servirá como referência, funciona.

Polêmica. Enquanto a solução não vem, diretores, especialistas e pais de alunos continuam a divergir sobre a eficácia dos detectores. Para a vice-diretora do Colégio Municipal Marconi, no bairro Santo Agostinho, Centro-Sul da capital, um sistema que pode atrasar a entrada dos alunos na escola é inviável. "Nossa aula começa às 7h. Que hora nossos alunos vão ter que chegar aqui?".

Para ela, o colégio, que tem 1.165 alunos matriculados, não necessita de um sistema de segurança tão invasivo. "A gente tem que pensar a ação para o espaço que ela vai ser utilizada. Ela não pode ser igual para realidades diferentes", defende.

A enfermeira Renata Rodrigues, 27, também teme a demora na vistoria dos alunos. Moradora do bairro Prado, na região Oeste, ela anda cerca de meia hora para deixar o filho Pedro Henrique, 8, no colégio Marconi, e teme ter que sair de casa ainda mais cedo. Ela ainda vê com desconfiança a real necessidade do equipamento. "Pode ajudar, mas é um pouco conflituoso porque são crianças. Acho que elas vão se sentir pressionadas, principalmente as mais novas".

O presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, Gilson Reis, também é contra. "Isso só cria uma situação de mais terror dentre das escolas", acredita.
Abrir escola para comunidade é garantia maior de segurança
A instalação de detectores de metal em escolas municipais ainda é vista de forma negativa por especialistas. Para o sociólogo e especialista em segurança pública Robson Sávio, os equipamentos têm entre as suas desvantagens o alto custo. "Além disso, esses equipamentos precisam de pessoal para operá-los e manutenção constante. A prefeitura não tem sequer condição de colocar um guarda municipal em cada escola".

Ainda segundo Sávio, o equipamento pode disparar ao detectar objetos simples, como apontadores e tesourinhas. Com o grande número de alunos, o atraso nas aulas seria inevitável. "É o tipo da solução que no âmbito da escola não tem efetividade. A entrada da arma de fogo pode acontecer em qualquer ambiente, há muitas delas disponíveis", afirma.

O professor de sociologia da educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Antônio Júlio de Menezes acredita que abrir a escola para a comunidade é uma forma mais eficiente de trazer segurança para alunos e professores. "Nós temos exemplos de escolas que se abriram para a comunidade e isso foi bastante exitoso. Se a sociedade no entorno da escola está presente, ela própria vai tentar preservar aquele ambiente e trazer a segurança para dentro dele", analisa.

Contraponto. Entretanto, há quem veja a medida como algo positivo para alunos e funcionários. "Não adianta falar que precisamos ter o direito de ir e vir, se não temos segurança. Tenho que acostumar meu filho a frequentar lugares com esse tipo de equipamento, como bancos", defende o presidente da Federação das Associações de Pais e Alunos das Escolas Públicas de Minas (Fapaemg), Mário de Assis, que classifica a questão como pedagógica.

"Mas do ponto de vista pedagógico essa visão é péssima. Imagina as crianças sendo tratadas como criminosos? A violência na escola tem uma série de outros fatores e isso vai além de qualquer medida de segurança", argumenta Sávio. (JHC)

Denúncia de falsa bomba mobiliza policiais em praça do bairro Prado


Uma denúncia de falsa bomba mobilizou agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) na noite dessa quinta-feira (8) no bairro Prado, na região Oeste de Belo Horizonte. Pessoas que moram perto da Praça Clemente Faria acionaram os policiais e informaram que havia uma suposta bomba embaixo de um banco do local.
Por medida de segurança, os agentes foram até à praça, localizada no cruzamento entre as avenidas Contorno e Augusto de Lima, e isolaram a área. Após vistorias, os policiais encontraram o possível artefato explosivo, que estava dentro de um saco de lixo. Ao abrir a sacola, os agentes descobriram que o que havia sido abandonado na praça era na verdade um cano com fios expostos.
A polícia ainda não tem pistas de quem teria abandonado o objeto. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Perseguição policial termina com um morto e policial militar ferido próximo ao aerporto de Confins


Viatura capotou após uma perseguição a um Corolla que começou na MG-010. Um ocupante de um terceiro veículo morreu no local.

Publicação: 09/11/2012 08:12 Atualização: 09/11/2012 09:54


Dois carros de passeio e uma viatura da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) se envolveram em um grave acidente na manhã desta sexta-feira na LMG-800, próximo ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 
Os policiais atendiam um acidente leve envolvendo dois carros na MG-010. Em seguida, um Corolla preto em alta velocidade passou por eles e os militares, na tentativa de interceptar o veículo, teriam iniciado uma perseguição pela rodovia. Já na estrada de acesso a Confins, em Lagoa Santa, os veículos se acidentaram.

Segundo a PMRv, a viatura capotou e os dois militares que estavam no veículo se feriram. Um soldado fraturou o braço. O ocupante de um Voyage, que seria funcionário da Gol, morreu no local. Duas faixas de acesso ao aeroporto estão interditadas.