sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Parque das Mangabeiras deve ser reformado, e o Barreiro nada?


Expectativa é investir cerca de R$ 12 milhões nas obras da unidade
Publicado no Super Notícia em 05/10/2012
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NATÁLIA OLIVEIRA
FOTO: MARIELA GUIMARÃES
Além do Parque Municipal Américo René Giannetti, o Parque Municipal, outro patrimônio ambiental e cultural de Belo Horizonte, o parque das Mangabeiras, na região Centro-Sul da capital, deve passar por obras de requalificação. O projeto arquitetônico para a reforma já está pronto, mas ainda aguarda aprovação do Conselho Deliberativo de Patrimônio Cultural do município. A previsão é que as obras custem R$ 12 milhões.

A expectativa é reformar os banheiros, a sede administrativa, as guaritas e o restaurante. Além disso, um pavilhão localizado em frente à praça das Águas deve ser desocupado para dar lugar a exposições. Os quiosques podem ser remodelados, e existe a intenção de construir um camarim para os artistas que se apresentam na unidade de conservação. "As construções do parque são muito antigas e precisam ser reformuladas. Isso vai dar mais visibilidade e utilidade ao local", explicou o presidente da Fundação de Parques Municipais, Homero Brasil Filho.

A votação do projeto arquitetônico foi adiada anteontem, porque os conselheiros entenderam que era preciso aguardar a conclusão do processo de tombamento da praça das Águas, localizada dentro do parque, antes de aprovar ou não a reforma. "O desenho da praça foi feito pelo renomado paisagista Burle Marx e já se tornou um patrimônio que não podemos permitir que seja degradado", explicou Luciana Rocha Feres, membro do conselho e diretora de patrimônio cultural do Instituto de Arquitetos do Brasil em Minas Gerais (IAB-MG).

O pedido para que a praça das Águas fosse tombada partiu do IAB-MG à diretoria do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, ligado a Fundação Municipal de Cultura, que irá concluir o tombamento até dezembro. A área da praça contempla, dentre outras atrações, um espelho d’água com fontes e carpas coloridas.

De acordo com Luciana, após o tombamento, o projeto arquitetônico será colocado em pauta novamente para votação pelo conselho e poderá sofrer algumas alterações, já que as intervenções feitas na praça das Águas não poderão interferir no trabalho de Burle Marx. Uma das propostas era modificar os telhados de várias construções, como o da lanchonete, para preencher alguns vãos existentes. Com o tombamento, essa alteração não poderá ser feita por ser considerada agressiva ao desenho projetado pelo renomado paisagista.

O presidente da fundação explicou que a praça das Águas é um dos pontos que mais atrai os visitantes do parque, por isso, embora a reforma seja necessária, também é preciso, segundo ele, manter suas características atuais. A fundação também terá que fazer um plano diretor do parque para explicar onde, como e porque será feita cada uma das intervenções.

Recurso. O projeto arquitetônico foi custeado por uma empresa como medida compensatória por ter degradado o meio ambiente. Ontem, a reportagem de O TEMPO não conseguiu conversar com o arquiteto responsável pelo projeto.

A execução das obras ficarão por conta do poder público. O presidente da Fundação de Parques Municipais, Homero Brasil Filho, explicou que ainda não sabe como irá angariar os recursos para arcar com o custo total da obra, que é estimado em R$ 12 milhões. "Vamos tentar com o governo federal e também junto ao município", explicou.
Reforma na unidade é aprovada
Para especialistas, a requalificação do parque das Mangabeiras é importante para atender melhor a população. "O parque é um local que promove a interação social e cultural dos moradores de Belo Horizonte e também de turistas que visitam a cidade", explicou o sociólogo José Gomes.

A arquiteta Beatriz Alvarenga concordou que as obras são necessárias, mas só devem começar após o tombamento da praça das Águas. "É muito importante não degradar um local que já é considerado patrimônio da cidade, porque senão perde-se a história", disse a arquiteta. (NO)
Fonte do Blog: Onde ficamos com estas obras a pouco tempo teve a reforma do parque das mangabeiras, agora outra, e nos moradores do barreiro que temos uma mata no serra do rola moça e o parque das aguas que hoje esta administrado por uma petista, esta deixando tudo acabar. Vamos nos unir com os projetos de um candidato que quer melhorias para o Barreiro, nossa casa.   Vejam os projetos do cabo Flavio do Samu 10192, onde tem o projeto para transformar o parque do rola moça em um parque de visitação e com pistas de caminhada ecológicas, MOSTRARA PARA AS ESCOLAS AS NASCENTES QUE TEM DO RIO ARRUDAS,  transformar o parque das águas em um local de cursos de profissionalização, com plantio de arvores frutíferas e academias de ginastica publica, vamos valorizar quem é do Barreiro e sabe bem onde podemos ter melhorias um homem a serviço do povo. 

Professor do ensino fundamental é um dos mais mal pagos da categoria



04/10/2012 10h14
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DA REDAÇÃO
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Professores brasileiros em escolas de ensino fundamental têm um dos piores salários de sua categoria em todo o mundo e recebem uma renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional. É o que mostram levantamentos realizados por economistas, por agências da ONU, Banco Mundial e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Prestes a comemorar o Dia Internacional do Professor, na sexta-feira (05), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou um alerta, apontando que a profissão em vários países emergentes está sob “forte ameaça” diante dos salários baixos.

Em um estudo realizado pelo banco UBS em 2011, economistas constataram que um professor do ensino fundamental em São Paulo ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano. O valor é apenas 10% do que ganha um professor nesta mesma fase na Suíça, onde o salário médio dessa categoria em Zurique seria de US$ 104,6 mil por ano.

Em uma lista de 73 cidades, apenas 17 registraram salários inferiores aos de São Paulo, entre elas Nairobi, Lima, Mumbai e Cairo. Em praticamente toda a Europa, nos Estados Unidos e no Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor do ensino fundamental em São Paulo.

Guy Ryder, o novo diretor-geral da OIT, emitiu um comunicado na quarta-feira (03) no qual apela para que governos adotem estratégias para motivar pessoas a se tornarem professores. Sua avaliação é de que, com salários baixos, a profissão não atrai gente qualificada. O resultado é a manutenção de sistemas de educação de baixo nível. “Muitos não consideram dar aulas como uma profissão com atrativos”, disse. Para Ryder, a educação deve ser vista por governos como “um dos pilares do crescimento econômico”.

Outro estudo - liderado pela própria OIT e pela Unesco (órgão da ONU para educação, ciência e cultura) e realizado com base em dados do final da década passada - revelou que professores que começam a carreira no Brasil têm salários bem abaixo de uma lista de 38 países, da qual apenas Peru e Indonésia pagam menos. O salário anual médio de um professor em início de carreira no País chegava a apenas US$ 4,8 mil. Na Alemanha, esse valor era de US$ 30 mil por ano.

Em um terceiro levantamento, a OCDE apontou que salários de 2009 no grupo de países ricos tinham uma média de US$ 39 mil por ano no caso de professores do ensino fundamental com 15 anos de experiência. O Brasil foi um dos poucos a não fornecer os dados para o estudo da OCDE.

Médio

Em uma comparação com a renda média nacional, os salários dos professores do ensino fundamental também estão abaixo da média do País. De acordo com o Banco Mundial, o PIB per capita nacional chegou em 2011 a US$ 11,6 mil por ano. O valor é US$ 1 mil a mais que a renda de um professor, segundo os dados do UBS. Já a OCDE ressalta que professores do ensino fundamental em países desenvolvidos recebem por ano uma renda 17% superior ao salário médio de seus países, como forma de incentivar a profissão.

Na Coreia do Sul, os salários médios de professores são 121% superiores à média nacional. O Fórum Econômico Mundial apontou recentemente a Coreia como uma das economias mais dinâmicas do mundo e atribuiu a valorização da educação como um dos fatores que transformaram uma sociedade rural em uma das mais inovadoras no século 21.

Operação desarticula esquema de roubo e desmanche de veículos



04/10/2012 16h07
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GABRIELA SALES
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FOTO: MARIELA GUIMARÃES/ O TEMPO
Suspeitos utilizavam um galpão para clonagem e desmanche de veículos
Uma operação realizada pela Polícia Civil contra roubo e desmanche de carros terminou com um homem preso na manhã desta quinta-feira (04) na Via do Minério, região do Barreiro.
Segundo o responsável pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Marcos Vignolo Alves, os criminosos utilizavam um galpão para clonagem e desmanche de veículos. “No local encontramos um Toyota Corolla todo depenado. O carro estava apenas com as portas e o chassi”.
De acordo com o delegado, o veículo havia sido roubado há um mês no bairro Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na época, o proprietário do veículo foi vítima de sequestro relâmpago e foi abandonado em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.
No local também foi apreendido um Golf e um Uno que estavam com placas clonadas. Para a polícia, o suspeito disse que apenas teria guardado os veículos para um conhecido e que não sabida da origem dos carros.
O suspeito ainda possui um mandado de prisão em aberto por atraso em pagamento de pensão alimentícia.
O homem foi preso em flagrante e será encaminhado para Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão.
A polícia acredita que outras pessoas estejam envolvidas com roubo e desmanche de carros.

Mais de 100 motoristas têm recurso negado e devem entregar carteiras de habilitação



04/10/2012 18h43
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DA REDAÇÃO
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Cento e dezesseis condutores infratores tiveram recurso negado pela Junta Administrativa de Recursos e Infrações (JARI) do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG). Com isso, ele podem entregar as habilitações ou, ainda, no prazo de 30 dias, apresentarem recurso em segunda e última instância ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran). Por meio da Coordenação de Infrações e Controle do Condutor (CICC) eles foram convocados para comparecem nesta sexta-feira (5), entre às 9h e 17h, na sede do órgão, para tomarem conhecimento do indeferimento do recurso de processo administrativo julgados.
Para aqueles que optarem pela entrega do documento, a penalidade imposta, que é a suspensão do direito de dirigir, começa a ser cumprida imediatamente. A penalidade varia de um mês a um ano e, em caso de reincidência, de seis meses a dois anos. Já a penalidade para os casos de embriaguez é de, no mínimo, 365 dias de suspensão. Após o cumprimento da penalidade e para reaver a habilitação, o condutor deverá fazer curso com duração de 30 horas/aula em um centro de formação de condutores e prova específica no Órgão Executivo de Trânsito.

A coordenadora da CICC, delegada Inês Borges Junqueira, atenderá a imprensa, a partir das 10h, na rua Bernardo Guimarães, no bairro Funcionários, para dar mais detalhes do caso.
 

Trombadas na rua levam três pessoas por dia ao HPS de BH.


Acredite: em média três pessoas são atendidas por dia no HPS por toparem contra outras, em objetos e até animais. Especialistas alertam que pressa e desatenção podem provocar acidentes graves

Publicação: 05/10/2012 06:00 Atualização: 05/10/2012 06:43
Na Praça Sete e travessias para pedestres nas avenidas Afonso Pena e Amazonas muitas pessoas andam sem prestar atenção e com pressa, e o resultado são muitas trombadas, o tempo todo (Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Na Praça Sete e travessias para pedestres nas avenidas Afonso Pena e Amazonas muitas pessoas andam sem prestar atenção e com pressa, e o resultado são muitas trombadas, o tempo todo
Patrícia Maria Gomes Mayrink Pinto, de 54 anos, é uma pessoa desastrada. Por várias vezes bateu a perna no pé da cama, nos móveis de casa ou do trabalho. O lugar preferido é a cozinha. “Vivo esbarrando e derrubando tudo.” Mas foi na rua, andando distraída, que ela correu o maior risco. Atravessando fora da faixa para pedestres na região hospitalar de Belo Horizonte, ela bateu de cara com uma senhora. A pancada foi tão forte que elas caíram no chão. “Quando me dei conta, dezenas de pessoas estavam ao nosso redor nos ajudando a levantar porque corríamos o risco de ser atropeladas. Saí andando completamente tonta”, contou ela, que é coordenadora de gestão estratégica. Patrícia não é a única destrambelhada que anda por aí. Por dia, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII atende pelo menos três casos de pessoas que trombam em outras, em um animal ou objetivo fixo. 

A distração, pressa e mesmo falta de coordenação motora geraram mais de mil atendimentos no hospital em 2011. Só até setembro deste ano, 824 pessoas foram parar no João XXIII por colisões. Para a coordenadora de gestão, a topada no meio da rua serviu para mudar seus hábitos. Agora, ela se organiza para não fazer nada com pressa e não se arrisca a andar e mexer no celular ao mesmo tempo. “Já tentei passar mensagem e ligar enquanto estava caminhando na rua, mas vi que não dava conta. Então desisti. Quando preciso olhar algo no celular, paro e olho com calma”, diz.

Mas nem todo mundo assume essa dificuldade. A razão disso, explica o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Minas Gerais, Francisco Nogueira, é o corre-corre. “Nos dias de hoje tudo acontece muito rápido. As pessoas têm pressa para tudo porque têm muitas cobranças de ordem financeira e profissional”, explica. Com tantos compromissos, o nível de distração aumenta, segundo o médico. “As pessoas estão todo o tempo pensando em mil coisas e ficam desatentas.” 

O celular e todos os equipamentos eletrônicos atuais ajudam a aumentar a distração durante o deslocamento. Usados em lugares muito cheios, como no Centro da cidade, a situação se agrava. “Nas regiões mais movimentadas, é comum as pessoas se esbarrarem, principalmente por conta da correria e da falta de atenção gerada pelo uso de telefones celulares, iPhones ou aparelhos de música enquanto caminham”, afirma Nogueira.

Muita calma
A recomendação do médico para não entrar nas estatística é simples de ser seguida, mas desafiadora. Segundo ele, é preciso planejar melhor o dia e levar a vida com mais calma. Atenção nos deslocamentos nunca é demais, segundo ele. “Ninguém precisa andar neurado, mas estar atento ao que se passa ao redor é essencial.” 

Raramente essas batidas causam traumas graves, mas, alerta o especialista, elas podem ocorrer sim. “Geralmente quem se acidenta dessa forma sofre um ferimento leve, como um pequeno corte. Mas há casos até de fraturas e se a pessoa cai e bate a cabeça pode ter um problema maior, como um traumatismo craniano”, explica. 


PALAVRA DE ESPECIALISTA
Hérika Sadi, Coordenadora do laboratório de Análise do Comportamento da Universidade Fumec
“Falta foco e atenção”
“Existem algumas atividades que podem ser feitas em paralelo, mas outras de maior complexidade, exigem atenção focada e exclusiva. Atualmente, as pessoas não dão conta de ficar ociosas. Estão o tempo todo ligando para alguém, acessando as redes sociais e trocando mensagens de celular, inclusive enquanto estão andando. Em alguns casos, patologias ou problemas de desenvolvimento psicomotor podem ser observados, mas de modo geral, a distração é provocada pela falta de foco e atenção naquilo que se está fazendo.” 

Números
386
pessoas bateram contra outras e foram parar no hospital em 2011

697
pessoas trombaram em um animal ou objeto e precisaram de atendimento em 2011

308
pessoas colidiram com outras até setembro de 2012

516
bateram em animais ou objetos no mesmo período e foram para o João XXIII

 

Traficante Roni Peixoto chega a Belo Horizonte sob forte esquema de segurança


Ele se refugiou em Goiás depois de fugir do estado ao ser beneficiado com a saída diurna da cadeia

Publicação: 04/10/2012 19:50 Atualização: 04/10/2012 23:24
Roni desembarcou no aeroporto da Pampulha, em BH, sob forte esquema de segurança (Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Roni desembarcou no aeroporto da Pampulha, em BH, sob forte esquema de segurança


Mais de um ano depois de desaparecer, o traficante Roni Peixoto de Souza, de 41 anos, está de volta a Minas Gerais. Condenado a mais de 30 anos de prisão, ele fugiu em julho do ano passado aproveitando o benefício do regime semi-aberto concedido pela Justiça. Ele desembarcou por volta das 19h no aeroporto da Pampulha, em BH, depois de ser recapturado em Goiânia, capital de Goiás, onde havia se escondido. 

Roni, conhecido como Gordo, é apontado pela polícia como braço direito de Fernandinho Beira-Mar. Ele chegou a comandar o tráfico na Pedreira Prado Lopes, na capital mineira, onde, segundo levantamentos da polícia, chegava a faturar cerca de R$ 50 mil por dia com a venda de drogas. Para a polícia, atualmente ele atuava intermediando o repasse de drogas de traficantes de países vizinhos para grandes traficantes brasileiros.

Um forte esquema policial foi montado para escoltar a chegada de Roni a BH. Seis viaturas da Polícia Civil e o helicóptero da corporação acompanharam todo o trajeto entre o aeroporto e a sede do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), no Bairro Gameleira, na Região Oeste de BH, onde ele foi apresentado à imprensa.

Prisão esperada

Roni está 10 kg mais magro em relação à época em que fugiu do estado (Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Roni está 10 kg mais magro em relação à época em que fugiu do estado
Na presença de jornalistas, Roni revelou que já esperava ser recapturado. “É justo porque eu devo. Uma hora eu tinha que pagar. Sabia que ia ser preso, era questão de tempo. Se você deve à Justiça, uma hora vai ter de pagar”, disse sem demonstrar contrangimento. Ele se irritou quando lhe pergutaram sobre o possível interesse em retomar o controle do tráfico na capital mineira. Ele afirmou ser vítima de um conluio, se dizendo bode espiatório. Além disso, afirmou que jamais teve qualquer contato com Ferrnandinho Beira-Mar.

Do Deoesp, Roni foi levado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, onde passaria a noite. Nesta sexta-feira será definido onde ele ficará recluso. De acordo com o subsecretário de Promoção da Qualidade e Integração do Sistema de Defesa Social, Robson Lucas da Silva, Roni deverá permanecer preso em uma unidade de segurança máxima de Minas Gerais. Entretanto, disse que não foi descartada a possivilidade de enviá-lo a um presídio federal. “Não temos receio de mantê-lo aqui”, afirmou, Silva, ratificando que o estado tem condições de segurança para garantir a manutenção de Roni preso.

Refúgio goiano


De acordo com o delegado Wanderson Gomes da Silva, chefe do Grupo de Combate às Organizações Criminosas da Polícia Civil, desde o sumiço de Roni os investigadores tentavam descobrir algum rastro do seu paradeiro. Há dois meses perceberam que pessoas próximas ao traficante, ligadas ao mundo do tráfico, estavam transferindo veículos emplacados em Minas Gerais para o estado de Goiás. Foi esta a pista que indicou a localização dele em Goiânia.

Para o delegado, os carros funcionavam como moeda de troca nas transações de Roni envolvendo a venda de drogas, além de funcionar como lavagem de dinheiro. O chefe da Divisão Antidrogas da Polícia Civil, delegado Márcio Lobato, afirmou que o traficante continuava atuando no comércio de drogas em Goiás, mas sem contato direto com o produto. 

Casa de alto padrão

Roni estava morando desde janeiro com a atual mulher e dois filhos em uma casa, cercada por muros altos cobertos com cercas elétrica e cortante, no Bairro Porto Seguro, próximo a um condomínio de luxo. O imóvel estava sendo monitorado por policiais civis desde o último domingo. Era preciso ter certeza de que o traficante estava lá para efetuar a prisão. Porém, ele havia sido submetido a um procedimento cirúrgico no olho, que o impedia de sair de casa. Foi a chegada da mulher dele, que estava em Belo Horizonte, que garantiu aos policiais cercar a casa e render o traficante.

Segundo o delegado Wanderson Silva, toda a área externa da casa era monitorada por câmeras de vigilância. No imóvel, nenhuma arma ou droga foi encontrada. Vizinhos relataram que raramente viam Roni sair de casa, apenas a mulher e as crianças eram vistas na rua. O traficante evitou qualquer contato com a vizinhança desde que se mudou para lá. Os moradores da rua também contaram aos policiais que há alguns meses o imóvel foi arrombado e muita coisa foi roubada de lá. No dia seguinte ao roubo, um caminhão parou na porta da casa e foram descarregados vários eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos que teriam sido levados pelos arrombadores.

Fuga


Em julho passado, Roni deixou a Penitenciária José Maria Alckmin, na Grande BH, beneficiado pela Justiça com o regime semi-aberto, que prevê a saída diurna e o regresso noturno. Os advogados do traficante apresentaram um pedido para que ele trabalhasse em um Centro Automotivo. No entanto, ele desapareceu. Na época, Justiça e o Ministério Público admitiram que os documentos apresentados pela defesa poderiam ser falsos. 

Ficha Criminal 


Roni atuava com traficante em toda Grande BH, mas tinha como principal reduto o Aglomerado da Pedreira Prado Lopes, Região Noroeste da capital. Além de traficante, é investigado por homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo e formação de quadrilha. É apontado pela polícia como um dos líderes do Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro com ramificações em Minas. Entre seus principais comparsas estão seu irmão Raimundo Peixoto de Souza e Luiz Fernando de Souza, o Fernandinho Beira-Mar. Roni encabeçava a lista do Procura-se, programa que consiste na divulgação de fotos e outras informações sobre os criminosos alvos através de cartazes, sites, redes sociais e a imprensa.