quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Para você que vai sair, ou viajar, lembre-se sempre terá alguém esperando você voltar.


Eu fui para uma festa e me lembrei do que você me disse. Você me pediu para não beber álcool. Então, eu bebi uma Sprite. Senti orgulho de mim mesmo, como você disse que sente.
Você me disse que não deve beber e dirigir, ao contrário do que alguns amigos me disseram. Fiz uma escolha saudável e seu conselho foi correto,como tu
do que você me dá sempre.
Quando a festa finalmente acabou, as pessoas começaram a dirigir sem poder fazê-lo. Fui para o meu carro com a certeza de que iria voltar para casa em paz.
Nunca imaginei o que me esperava. Agora estou deitada na rua e ouvi o policial dizer: "O rapaz que causou este acidente estava bêbado".
Mãe, sua voz parece tão distante. Meu sangue é derramado em toda parte eu estou tentando com todas as minhas forças não pode lamentar.
Eu posso ouvir. Os médicos dizem: "A garota vai morrer". Tenho a certeza de que o jovem, que dirigia a toda velocidade, decidiu beber e dirigir, e agora eu tenho que morrer.
Por que as pessoas fazem isso, mãe?. Sabendo que isto vai arruinar muitas vidas. A dor está me cortando como se fosse uma centena de facas.
Diga a minha irmã para não chorar, diz ao papai pra ser forte. E quando eu ir para o céu, eu vou estar assistindo todos vocês.
Alguém deveria ter dito aquele garoto. “É errado beber e dirigir”.
Talvez, se seus pais tivessem dito, eu não estaria morrendo agora.
Minha respiração está ficando mais fraca, mais e mais. Mãe, estes são os meus últimos momentos e me sinto tão desesperada...
Eu gostaria de poder te abraçar, enquanto eu estou morrendo aqui. Eu gostaria de poder dizer o quanto eu te amo, MÃE. Então ...
Eu te amo... e. ..adeus ... "
(Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A menina, como ela morreu. Ela estava dizendo essas palavras, e o repórter escreveu ... muito sobrecarregado. O jornalista começou esta campanha, se você ler esta nota, por favor, clique em "compartilhar", assim mais pessoas podem estar conscientes. Por isso, peço um pequeno gesto, enviá-lo para seus amigos, familiares e entes queridos).
Eu fui para uma festa e
 me lembrei do que 
você me disse. Você 
me pediu para não
 beber álcool. Então, eu 
bebi uma Sprite. Senti 
orgulho de mim 
mesmo, como você 
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Você me disse que não 
deve beber e dirigir, ao
 contrário do que alguns amigos me disseram. Fiz uma 
escolha saudável e seu conselho foi correto,como tu
do que você me dá sempre.
Quando a festa finalmente acabou, as pessoas começaram 
a dirigir sem poder fazê-lo. Fui para o meu carro com a 
certeza de que iria voltar para casa em paz.

Nunca imaginei o que me esperava. Agora estou deitada na 
rua e ouvi o policial dizer: "O rapaz que causou este 
acidente estava bêbado".

Mãe, sua voz parece tão distante. Meu sangue é 
derramado em toda parte eu estou tentando com todas as 
minhas forças não pode lamentar.

Eu posso ouvir. Os médicos dizem: "A garota vai morrer". 
Tenho a certeza de que o jovem, que dirigia a toda 
velocidade, decidiu beber e dirigir, e agora eu tenho que 
morrer.

Por que as pessoas fazem isso, mãe?. Sabendo que isto vai 
arruinar muitas vidas. A dor está me cortando como se 
fosse uma centena de facas.

Diga a minha irmã para não chorar, diz ao papai pra ser 
forte. E quando eu ir para o céu, eu vou estar assistindo 
todos vocês.

Alguém deveria ter dito aquele garoto. “É errado beber e 
dirigir”.

Talvez, se seus pais tivessem dito, eu não estaria morrendo 
agora.

Minha respiração está ficando mais fraca, mais e mais. 
Mãe, estes são os meus últimos momentos e me sinto tão 
desesperada...

Eu gostaria de poder te abraçar, enquanto eu estou 
morrendo aqui. Eu gostaria de poder dizer o quanto eu te 
amo, MÃE. Então ...

Eu te amo... e. ..adeus ... "

(Estas palavras foram escritas por um repórter que 
presenciou o acidente. A menina, como ela morreu. Ela 
estava dizendo essas palavras, e o repórter escreveu ... 
muito sobrecarregado. O jornalista começou esta 
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Vereadores eleitos: coronel marcha para a Guarda Municipal e delegado para o plenário



coronel reformado Edvaldo
Piccinini (PSB
O esperado embate entre um policial civil e um coronel reformado da Polícia Militar na Câmara Municipal de Belo Horizonte poderá não acontecer por falta de representante de uma das duas corporações, que mantêm rixa histórica. O coronel reformado Edvaldo Piccinini (PSB), eleito em outubro para vaga na Casa com 7.480 votos, é cotado para assumir o comando da Guarda Municipal. Do outro lado, quem fica sem rival no parlamento é o delegado Edson Moreira (PTN), que venceu a disputa com 10.532 votos. A posse na Câmara é em janeiro.

Polícia prende suspeita de ter envolvimento com a explosão de caixa eletrônico em Betim


Polícia ainda procura por outros suspeitos
13/11/2012 20h30
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ALINE DINIZ/MÁBILA SOARES/TABATA MARTINS
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A Polícia Civil prendeu, na tarde desta terça-feira (13), uma mulher de 18 anos suspeita de ter envolvimento com a explosão de um caixa eletrônico do Banco do Brasil, instalado dentro do Hospital Regional de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a PC, os policiais foram averiguar uma denúncia de que um dos autores do crime estaria em uma casa do bairro Cruzeiro do Sul. Na residência, os policiais encontraram duas mulheres que seriam irmã e esposa do suspeito conhecido como “Juninho”. A polícia acredita que a esposa de Juninho tenha envolvimento com o crime, porém a corporação ainda  investiga se a irmã do homem também participou da explosão.
Os policiais encontraram no local um Fiat Pálio roubado, dois revólveres calibre 38, uma pistola, um colete a prova de balas, quatro tocas ninja, uma porção de cocaína e cerca de R$1.000 em dinheiro. Ainda de acordo com a polícia, algumas notas estavam sujas de sangue e outras estavam queimadas, o que pode confirmar que as cédulas estavam mesmo no caixa eletrônico.
A jovem foi encaminhada para a 3ª Delegacia de Polícia de Betim.

Apreensão do carro

A Polícia Militar (PM) já havia conseguido apreender, também nesta terça-feira, o carro utilizado pelos assaltantes durante a explosão. De acordo com militares do 33º batalhão, o veículo Astra de cor cinza foi encontrado na rua Vinte e Sete, no bairro Cruzeiro do Sul. Eles chegaram até o veículo após uma denúncia anônima. O carro, segundo a PM, foi roubado no último domingo (11), no bairro Céu Azul, em Belo Horizonte. A perícia foi acionada e constatou a participação do veículo no crime.

Entenda como foi a explosão
Por volta das 3h46, cinco homens armados e encapuzados invadiram o Hospital Regional de Betim, que fica na avenida Edméia Matos Lazzarotti, no bairro Jardim Brasília, e detonaram um caixa do Banco do Brasil. O equipamento é instalado na segunda portaria da unidade de saúde. Por sorte, não havia ninguém na área na hora da invasão. No entanto, os bandidos chegaram a atirar dentro do hospital para intimidar as pessoas que estavam no local, o que causou pânico entre funcionários e pacientes. Segundo os militares do 33º batalhão, o grupo conseguiu violar o cofre do terminal. O valor roubado não foi informado pela polícia, que constatou que um dos criminosos se feriu com os estilhaços da bomba usada para explodir o caixa. Uma grande mancha de sangue foi deixada perto do terminal.
Funcionários da unidade de saúde informaram que os cinco homens fugiram em um Astra, cuja placa foi anotada.  Essa foi a terceira vez que o Hospital Regional de Betim é invadido por arrombadores de caixas eletrônicos.
 

PM tenta se matar em estacionamento de shopping e causa tumulto



13/11/2012 11h42
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MÁBILA SOARES
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Uma confusão envolvendo um militar provocou tumulto e reuniu curiosos, na manhã desta terça-feira (13), no estacionamento de um shopping no bairro São Paulo, na região Nordeste de Belo Horizonte. Segundo informações extraoficiais, o homem seria um militar do batalhão de trânsito que tentava tirar a própria vida. Uma mulher, que seria namorada do policial, também estava no local.
Conforme informações repassadas por uma fonte do Portal O Tempo Online que estava no local, o policial chegou a ficar trancado em um carro com a mulher. Ela teria sido ameaçada, mas foi liberada em seguida e levada para uma local reservado do shopping na companhia de uma tia. Por causa da confusão, militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros estiveram no local e chamaram a atenção dos frequentadores.
A reportagem do Portal O Tempo Online entrou em contato com a administração do shopping, que não vai se manifestar sobre o caso a pedido da PM, que também não quis falar sobre o caso. A confusão durou cerca de uma hora e meia e ninguém ficou ferido. Informações extraoficiais dão conta que o militar teria sido levado para um hospital psiquiátrico.

Furtada de capela em 1981, imagem de Nossa Senhora do Rosário é apreendida com colecionador


Paulista terá de pagar R$ 822 mil e devolver a peça à comunidade de Quinta do Sumidouro, em Pedro Leopoldo, na grande BH

Publicação: 14/11/2012 06:00 Atualização: 14/11/2012 07:45

 (MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL/DIVULGAÇÃO)
Grande vitória na luta pelo resgate dos bens desaparecidos de Minas. Numa operação envolvendo o Ministério Público estadual, a Polícia Civil e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), foi apreendida na manhã de ontem, em São Paulo, por determinação judicial, a imagem de Nossa Senhora do Rosário pertencente à Capela de Nossa Senhora do Rosário, do distrito de Quinta do Sumidouro, em Pedro Leopoldo, na Grande BH. A peça do século 18 foi furtada em 1º de dezembro de 1981 do templo católico e estava em poder do engenheiro civil paulista Renato de Almeida Whitaker, de 71 anos, considerado um dos maiores colecionadores de arte sacra do país. 

De acordo com a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC/MG), Whitaker não ofereceu resistência e pediu a um funcionário que estava no apartamento, na Região dos Jardins, para entregar a escultura barroca de madeira, em policromia, com 89 centímetros de altura. Minas ainda tem 694 peças desaparecidas. Desde 2003 foram recuperadas mais de 300.

A ação para resgate da imagem foi ajuizada em 15 de março de 2004, lembra o seu autor, o promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador da CPPC: “Foram 31 anos de espera para a comunidade e mais de oito na Justiça para conseguirmos trazê-la de volta a Minas”, disse. A sentença para busca, apreensão e devolução da Nossa Senhora do Rosário foi dada pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública estadual, Geraldo Claret de Arantes.

De joelhos: Nininha e outros moradores da comunidade de Quinta do Sumidouro agradecem pelo retorno da imagem ( BETO NOVAES/EM/D.A PRESS)
De joelhos: Nininha e outros moradores da comunidade de Quinta do Sumidouro agradecem pelo retorno da imagem
Além de entregar a peça sacra, Whitaker terá de pagar multa de R$ 200 mil e ainda 1 mil salários mínimos (R$ 622 mil) pelos danos causados à comunidade mineira. Os recursos deverão ser aplicados na preservação do distrito colonial de Quinta do Sumidouro, via Fundo Estadual de Direitos Difusos. A imagem chegou na tarde de ontem de São Paulo e será apresentada hoje, às 9h, na sede do MPMG, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de BH. 

Na tarde de ontem, a alegria tomou conta da comunidade de Fidalgo, em Quinta do Sumidouro, ao saber do retorno da santa. De imediato, moradores foram ao singelo templo para agradecer. “A nossa capela foi restaurada e sempre mantivemos a esperança para ter a padroeira de volta”, disse Rogério Tavares de Oliveira, um dos líderes do movimento formado para lutar pelo retorno da peça. 

Ele destacou que ela foi alterada depois de furtada do altar, descaracterização confirmada em análise com raio X feita por peritos em São Paulo a pedido das autoridades mineiras. Nos estudos, verificou-se que houve preenchimento do dedo da mão direita de Nossa Senhora do Rosário e complementação do braço do Menino Jesus, que estava quebrado. 

'Foram 31 anos de espera para a comunidade e mais de oito na Justiça para conseguirmos trazê-la de volta a Minas',  Marcos Paulo de Souza Miranda, promotor de Justiça (MARCELO SANT'ANNA/EM/D.A PRESS - 12/2/10)
"Foram 31 anos de espera para a comunidade e mais de oito na Justiça para conseguirmos trazê-la de volta a Minas", Marcos Paulo de Souza Miranda, promotor de Justiça
Participaram da operação em São Paulo o delegado Wanderson Silva e três agentes da Polícia Civil de Minas Gerais, os técnicos do CPPC (o advogado Frederico Bianchini e a historiadora Paula Novais), a restauradora do Iepha, Maria Angela Pinheiro, e um oficial de Justiça de SP. Hoje, Marcos Paulo entregará a peça ao presidente do Iepha, Fernando Cabral, colocando-a sob guarda da instituição estadual. O conjunto da capela está sob tombamento do Iepha/MG desde 1976.

Noite chuvosa

Foi numa noite de chuva de triste memória que os ladrões arrombaram a janela da capela dedicada à santa e a carregaram com as esculturas de Santo Antônio, São Sebastião, Nossa Senhora das Dores, Santa Efigênia, Anjo Gabriel, que foi arrancado do altar e quebrou a asa, e Madona menor, além de cálices, pratarias e coroas. “Por ser muito pesado, o Senhor dos Passos foi deixado no adro, debaixo d’água”, recorda-se Joaquim Lélis Sobrinho, de 82 anos, conhecido como Joaquim da Venda, que, na época, era zelador do templo. Comovido e com lágrimas nos olhos, ele diz que traz até hoje um sentimento de dor no peito. A tristeza só diminuiu um pouco há oito anos, quando a Nossa Senhora dos Martírios foi devolvida por uma colecionadora. “Estou muito satisfeito, muito mesmo”, disse Joaquim.
'Por ser muito pesado, o Senhor dos Passos foi deixado no adro, debaixo D'água. Agora, Estou muito satisfeito',  Joaquim Lélis Sobrinho, de 82 anos, ex-zelador do templo ( BETO NOVAES/EM/D.A PRESS)
"Por ser muito pesado, o Senhor dos Passos foi deixado no adro, debaixo D'água. Agora, Estou muito satisfeito", Joaquim Lélis Sobrinho, de 82 anos, ex-zelador do templo
  “Graças a Deus, a nossa santa vai voltar. Notícia melhor eu não poderia receber”, comemorou Edna Maria da Silva Santos, de 42, conhecida como Nininha, que era criança quando a santa foi levada. Dizendo-se muito feliz, ela pegou o terço e se ajoelhou em agradecimento, ganhando logo a companhia de Joaquim da Venda, Valter da Cruz, Maria Aparecida Pereira e Iris Gomes dos Santos. 

A exemplo dos demais católicos de Fidalgo, ela diz que será preciso fazer uma grande festa para receber a padroeira. “Esperamos mais de três décadas, então é hora de celebrar”, afirmou diante da imagem de gesso que ficou no altar da original. O grupo de amigos sabe que a primitiva escultura guarda muito da história do lugar surgido no tempo das bandeiras. Um dos marcos está na Casa de Fernão Dias Paes (1608-1681), o bandeirante paulista que passou sete anos nos sertões, dos quais quatro anos e meio no primitivo arraial do Sumidouro.

Pesquisa do IBGE revela que prefeituras deixam de fiscalizar o básico


Pesquisa do IBGE mostra que as prefeituras do país estão ainda muito longe de oferecer serviços essenciais à população. Nem a qualidade da água é monitorada
Só 28% dos municípios  têm política de saneamento básico  (Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Publicação: 14/11/2012 06:00 Atualização: 14/11/2012 08:03

A fiscalização na qualidade da água, canalização e tratamento de esgotos, coleta seletiva de lixo e limpezas de ruas ainda são para poucos no Brasil. Apesar de serem considerados serviços básicos para garantir o mínimo de qualidade de vida do cidadão, levantamento divulgado ontem pelo IBGE realizado em todos os municípios do país mostra que são poucas as prefeituras que já colocam em prática planos ou políticas para garantir o acesso da população a tais itens. O estudo mostra que menos de um terço das prefeituras têm políticas municipais de saneamento básico e pouco mais da metade fiscalizam a qualidade da água que chega na casa dos moradores. Em Minas Gerais, os números são parecidos com os dados gerais do país, mas em alguns itens ficou em situação ainda pior, como na fiscalização da qualidade da água, que no estado é feita apenas em 33% das cidades. Sem recursos próprios para investir nos serviços básicos, os prefeitos dependem de parcerias com os governos federal e estadual, que nem sempre dão o resultado esperado. 


Os problemas com a falta de coleta de esgoto faz parte do dia a dia dos 4 mil habitantes de São João do Pacuí, na Região Norte do estado. O município, que faz parte da região mineira da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), não oferece qualquer serviço de saneamento para seus moradores e a dependência de apoio dos governos federal e estadual tem se mostrado cada vez mais cruel com a população. Segundo o prefeito João Ribeiro (PTB), o orçamento municipal não permite os investimentos necessários para se implantar um sistema de coleta e tratamento de esgoto e manejo dos resíduos sólidos. A situação de São João do Pacuí, repetida em outros 612 cidades, vem se arrastando há décadas. 

A demora para que os moradores tenham acesso a um dos serviços mais básicos de infraestrutura não ocorre por falta de cobrança. Segundo o prefeito, a população sabe bem o quanto estão atrasados em relação ao saneamento considerado ideal para uma cidade e a nova promessa é de que serão feitos novos pedidos para os órgãos federais e para parlamentares da região. No entanto, o gestor admite que a possibilidade de se criar um fundo municipal para investir em uma nova rede de esgoto é inviável. “Infelizmente, até hoje ninguém aqui tem esse tipo de conforto. Há um ano fizemos um convênio com o governo federal para implantação do esgoto sanitário, mas depois de licitada a obra foi completamente paralisada”, explica João Ribeiro. 

Para o especialista em políticas públicas de saneamento Leo Heller, professor do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, o novo levantamento evidencia a já conhecida constatação de que o comprometimento dos municípios com o saneamento básico é “baixíssimo”. “Embora esses planos gerem impactos na saúde das pessoas e na qualidade ambiental, muitos prefeitos não fazem essa conexão e acabam não priorizando esses investimentos”, explica Heller. 

O professor lembra que uma determinação do governo federal aprovada no Congresso em 2007 estipulou 2013 como prazo final para que as prefeituras tivessem um plano para as ações municipais de saneamento básico. Caso contrário, os recursos repassados por meio de convênios seriam interrompidos. Mas a realidade continua distante do programado há 5 anos e as políticas para saneamento são adotadas por poucas prefeituras. “A pressão econômica para priorizar este tipo de ação já existe, mas ainda há um descaso das administrações. Como são muitos problemas para resolver, algumas questões acabam ficando de lado”, afirma. 

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) divulgada ontem pelo IBGE investigou durante o segundo semestre do ano passado os detalhes da administração nas 5.565 prefeituras brasileiras. Na nona edição foram apurados os dados relativos à estrutura municipal nas áreas de educação, saúde, habitação, direitos humanos, saneamento básico e recursos humanos das administrações. Outra parte do levantamento abordou a estrutura administrativa das prefeituras. Em comparação com 2009, quando foi feito o último mapeamento, o número de pessoas ocupadas no serviço público municipal cresceu em 4,8%, chegando a 5,9 milhões de funcionários.

Emergências em segundo plano 
Outro dado que chamou atenção dos analistas do IBGE na pesquisa feita com os municípios foi a falta de planos de risco para situações de emergência como enchentes, deslizamentos de terra e secas prolongadas. Os números apontam o que a maioria da população já conhece bem e vive no dia a dia durante os períodos de chuva: ainda não existem políticas efetivas de prevenção ou de resposta para desastres naturais. Até o fim de 2011, somente 344 das prefeituras do país colocavam em prática ações para evitar as recorrentes tragédias causadas pelos fenômenos climáticos – o que representa somente 6,2% das 5.565 cidades. Em Minas são 70 cidades com plano para redução de risco – 8% das 853 cidades. 

 As diferenças são ainda maiores dependendo do tamanho do município e sua região. Enquanto no Sudeste 9,6% das cidades dispõem de ações coordenadas para casos de risco, nas outras regiões o número de prefeituras preparadas para a emergência não passa de 5%. Entre as 38 cidades com mais de 500 mil habitantes no Brasil, 20 já implementaram planos de risco – equivalente a 52,6% – e oito entraram 2012 em processo de elaboração do plano. Em Minas, das oito maiores cidades – BH, Contagem, Betim, Uberlândia, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba e Governador Valadares –, somente Betim e Uberada ainda não têm ações definidas para situações críticas.