sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Cartão-postal sufocante » Lagoa da Pampulha exala gás poluente Pesquisa aponta mais um efeito danoso do excesso de esgotos na Lagoa da Pampulha: concentração do gás metano é a maior entre os 10 reservatórios analisados e aumenta o aquecimento global



Publicação: 11/01/2013 06:00 Atualização: 11/01/2013 06:47
Bolhas de gás metano, responsável por 20% do efeito estufa no planeta, se espalham por toda a lagoa, sinal do avanço da degradação ambiental. se inalada, substância pode causar asfixia, parada cardíaca e outros problemas de saúde (LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Bolhas de gás metano, responsável por 20% do efeito estufa no planeta, se espalham por toda a lagoa, sinal do avanço da degradação ambiental. se inalada, substância pode causar asfixia, parada cardíaca e outros problemas de saúde



Não bastasse a degradação das águas pelo esgoto e a poluição na paisagem do principal cartão-postal de Belo Horizonte, a Lagoa da Pampulha também polui a atmosfera e contribui para o aquecimento global. Resultado direto da ação de bactérias sobre matéria orgânica em decomposição, segundo estudos para tese de doutorado desenvolvida no Laboratório de Limnologia, Ecotoxicologia e Ecologia Aquática (Limnea) da UFMG, o reservatório chega a expelir uma média diária de 413 miligramas de metano (CH4) por metro quadrado, atingindo picos de 1.852 miligramas. 

O gás é um dos piores vilões do aumento das temperaturas mundiais, segundo os cientistas. Em comparação com lagos muito maiores, o índice da Pampulha é 51% superior ao de Três Marias, o segundo com mais emissões de metano, que chega a 273 miligramas em média. A diferença entre os dois é que a Pampulha sofre com esgoto e Três Marias com a decomposição da mata inundada desde sua formação, em 1962.

O metano é um dos principais gases do efeito estufa, produto da decomposição da matéria orgânica em rios, lagos e reservatórios. “O potencial de aquecimento global do gás é de 21 a 25 vezes maior que o dióxido de carbono (CO2), devido ao seu tempo de permanência na atmosfera e a propriedades radiativas. A concentração do metano na atmosfera dobrou em 250 anos, sendo responsável por 20% do efeito estufa”, calcula o orientador da pesquisa científica, professor de limnologia (ciência que estuda as águas interiores) José Fernandes Bezerra Neto. Segundo ele, o impacto da Pampulha é comparativamente menor que os grandes lagos de barragens hidrelétricas, mas mostra a continuidade dos danos da poluição pelo esgoto.
 
No caso da Pampulha o esgoto está presente em todo o espelho d’água de 2 quilômetros quadrados, como mostrou o Estado de Minas no último dia 14. Segundo o mais recente laudo do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) 100% das amostras coletadas para avaliação da qualidade das águas continham coliformes fecais acima dos parâmetros tolerados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A presença desses micro-organismos é associada ao despejo ilegal de grande volume de esgoto diretamente nos afluentes que abastecem o lago. 

Alerta ainda para a situação dos rios, já que o Igam informou que 77% das amostras nos cursos d’água mineiros também estavam com contaminação acima do permitido pelos mesmos motivos. “Isso é um aviso. Mostra que a poluição não se resume ao rio ou lago, aos animais que lá vivem. O impacto da liberação dos gases polui a atmosfera e ajudando a aumentar a temperatura global”, lembra o professor.

A pesquisa, iniciada pelo doutorando em ciências biológicas Nelson Azevedo Santos Teixeira de Mello e que tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), começou em 2011 e deve se estender até 2015. 

Ilha dos amores
Para coletar amostras de metano foram usados recipientes flutuantes em forma de funil que servem para captar as bolhas do gás liberadas pelas bactérias que decompõem a matéria orgânica depositada pelo esgoto no fundo do lago. “Essas bolhas são visíveis a olho nu e se espalham por todo o espelho d’água. A maior concentração é no entorno da Ilha dos Amores, local mais assoreado onde a profundidade chega a poucos centímetros”, afirma Mello. 

Em comparação com as emissões de um lago não poluído, o Dom Helvécio, no Parque Nacional do Rio Doce, a diferença que o esgoto faz fica nítida. A média diária de emissões de metano foi de apenas 1,51 miligrama por metro quadrado no reservatório sem poluição. “O gás é produzido e consumido naturalmente pelos ecossistemas. O que estamos mostrando é como essa injeção de esgotos aumenta e descontrola a produção de metano, causando um desequilíbrio”, aponta o doutorando. Se inalado, o metano causar asfixia, parada cardíaca e outros problemas de saúde.

Não é difícil ver esse fenômeno. O estalar do gás sobre a película líquida lembra um chuvisco breve. Os locais onde esse fenômeno mais fica evidente são os remansos do Parque Ecológico da Pampulha, a poucos metros da foz dos córregos Sarandi e Ressaca, corpos d’água que mais poluem o lago. Ali, as placas grossas e malcheirosas de matéria orgânica e algas conseguem prender as bolhas por mais tempo, formando uma composição grotesca que amplia a sensação de degradação. 

E a causa de tudo isso pode ser vista depositada no fundo e nas margens: sacos plásticos, restos de alimentos, embalagens, recipientes de limpeza, preservativos, peças de automóveis e outros materiais. No meio desse lixo, espécies da fauna e da flora locais tentam sobreviver. Pássaros fazem ninhos e mergulham entre as massas espessas. Capivaras se banham para espantar o calor e cágados parecem estar se afogando na água poluída e repleta de vermes. 

 Lagoa pode virar ETE

A fim de impedir o lançamento de esgotos na lagoa e interromper o desequilíbrio na emissão de metano, a Copasa informou que trabalha em parceria com as prefeituras de BH e Contagem e “elaborou um programa com intervenções em córregos, vilas e favelas visando implantar redes coletoras de esgotos e interceptores, para retirar os lançamentos indevidos de esgoto nas sub-bacias da Pampulha”. Com investimentos de R$ 102 milhões, a expectativa é que sejam implantados mais de 40 mil metros de redes coletoras, 15 mil metros de interceptores, além da urbanização de córregos. O esgoto canalizado será enviado à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Onça.

As medidas anunciadas pela prefeitura para cumprir a Meta 2014, que é tornar a água da Pampulha adequada para contato indireto e esportes náuticos, no entanto, foram criticadas por transformar o lago numa grande tanque similar a uma ETE. A comparação é do professor de limnologia da UFMG, José Fernandes Bezerra Neto. “O que se pretende fazer é oxigenar a água com hélices e fazer o mesmo tipo de tratamento que as ETEs fazem. Isso, qualquer engenheiro sanitário consegue fazer. O problema é que não sabemos o impacto na fauna e na flora, porque a Pampulha não é uma ETE, mas um lago”, afirma. 

O processo programado para a Pampulha foi preparado para acelerar a despoluição. “No Lago Paranoá, em Brasília, houve despoluição gradativa que levou cinco anos. Aqui estamos tomando medidas drásticas de impactos perigosos para a Copa do Mundo”, critica. Até este mês, a PBH espera lançar o edital para dragar o fundo da lagoa. Segundo o gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental, Weber Coutinho, serão extraídos 750 mil metros cúbicos de sedimentos e lixo. Depois será introduzido oxigênio nas águas por hélices de máquinas aeradoras. Em seguida, uma biorremediação, que povoará o lago com micro-organismos que se alimentam dos poluentes. O custo é de R$ 120 milhões. “São processos que não trarão impactos ao ecossistema. Os micro-organismos usados são naturais e não trarão desequilíbrio”, garante.

Político ficha-suja governa com filho em Caputira, na Zona da Mata de Minas Impedido de disputar as eleições por ter sido condenado por corrupção, pai do prefeito de Caputira despacha no gabinete de seu herdeiro: "Só estou gerenciando com ele", diz


Publicação: 11/01/2013 06:00 Atualização: 11/01/2013 07:09
Jairo Teixeira foi impedido de concorrer nas eleições pela Lei Ficha Limpa, mas comanda a prefeitura duas vezes por semana no lugar do filho, o prefeito Wanderson do Jairinho
 (Sidney Fotografias/Portal Caparaó/Divulgação)
Jairo Teixeira foi impedido de concorrer nas eleições pela Lei Ficha Limpa, mas comanda a prefeitura duas vezes por semana no lugar do filho, o prefeito Wanderson do Jairinho
Jairo de Cássio Teixeira, o Jairinho, é um político ficha-suja. Foi condenado por corrupção e não se candidatou na última eleição por estar impedido pela Lei Ficha Limpa. Mas mesmo sem ter sido eleito pode ser encontrado na Prefeitura de Caputira, na Zona da Mata, participando de reuniões e despachando nos moldes dos prefeitos que conquistaram nas urnas vagas nas administrações municipais. “Fico só duas vezes por semana, mas é meu filho que é o prefeito. Só estou gerenciando com ele”, afirma Jairinho. A reportagem do Estado de Minas ligou duas vezes para o gabinete do prefeito de Caputira e não encontrou o filho de Jairinho, o Wanderson do Jairinho (PTB). Segundo o pai, presente nas duas ocasiões, o eleito estava na vizinha Abre Campo, em reunião no fórum da comarca.

Para o coordenador das promotorias eleitorais do Ministério Público de Minas Gerais, Edson Resende, a questão deve ser investigada, e, se for confirmada a atuação do ficha-suja no gabinete do filho, o prefeito eleito pode ser acusado de improbidade administrativa, pois está abdicando do cargo em favor de uma pessoa que não foi eleita. “Um estranho que não foi eleito não pode governar”, entende Resende.

O político ficha-suja foi prefeito de Caputira, na Zona da Mata, distante 285 quilômetros de Belo Horizonte, por dois mandatos, de 2000 a 2008. “Fui condenado em um processo por causa de um problema em uma licitação, quando trabalhava na Prefeitura de Alvinópolis”, explica. O filho de Jairinho, Wanderson, de 26 anos, foi eleito com 45,49% dos votos válidos. O segundo colocado foi Tiãozinho (PTC), que foi o vice-prefeito de Jairinho quando ele esteve formalmente no poder. Quando questionado, Jairinho diz que não exerce a função de prefeito, pois precisa trabalhar na empresa dele, promotora de eventos. 

A promoção de eventos, aliás, foi o motivo de Jairinho ter sido acusado de participar de uma rede de fraudes pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele teve os bens congelados em dezembro  junto com mais de uma dezena de políticos e empresários. São todos acusados pelo MPF de terem praticado irregularidades em 19 convênios para a realização de festas, firmados com o Ministério do Turismo entre 2007 e 2009.

Juntos, os contratos movimentaram R$ 3,7 milhões. Dos convênios investigados pelo MPF e que são alvo da ação que determinou o bloqueio, 16 foram bancados com emendas de autoria do deputado federal João Magalhães (PMDB-MG). De acordo com o MPF, o congelamento dos bens tem por objetivo evitar que os acusados se desfaçam deles, garantindo assim o ressarcimento dos recursos desviados, em caso de condenação definitiva.

A investigação sobre irregularidades na aplicação das emendas parlamentares para a realização de festas no interior do estado teve início em 2008. O então procurador da República em Governador Valadares, Zilmar Drumond, começou a investigar uma licitação da Prefeitura de Central de Minas para a realização de uma festa na cidade. Muito antes da data prevista para o evento os artistas já haviam sido contratados e seus nomes estavam sendo anunciados nos cartazes de divulgação, que traziam a logomarca da empresa organizadora.

Esquema de fraudes 

O MPF instaurou um procedimento para apurar o caso e acabou descobrindo que o esquema era imenso e envolvia municípios em praticamente todo o estado, principalmente na Região Leste, área de atuação eleitoral do deputado João Magalhães. O desenrolar das investigações mostrou que as fraudes aconteciam não só em Minas, mas em todo o Brasil, e que contavam com a participação de deputados federais de diversos estados e empresas organizadoras de eventos. O desvio de recursos do Ministério do Turismo para o patrocínio de festas no interior do estado foi alvo, em 2008 e em 2009, de uma série de reportagens exclusivas do EM.

João Magalhães, que está em seu quinto mandato na Câmara dos Deputados, é apontado pelo MPF como o “grande mentor desse esquema”. A acusação também sustenta que ele cuidou “direta e pessoalmente de sua execução, bem como dele se beneficiou, direta e indiretamente”. Afirma ainda que a participação do deputado ficou comprovada a partir de material colhido durante as investigações realizadas no curso de outra operação, a João de Barro, na qual Magalhães também aparece como um dos investigados por suspeita de participação no desvio de emendas parlamentares para a realização de obras.

Relatório elaborado pela Polícia Federal e que integra a ação demonstra que o gabinete de Magalhães funcionou com uma verdadeira “central de operação do esquema de desvio de verbas públicas federais decorrentes de emendas destinadas ao Ministério do Turismo”. De acordo com a ação, além de escolher os municípios que seriam agraciados com as verbas, o deputado ainda designou seus assessores para auxiliar os prefeitos na montagem de toda a documentação simulatória destinada a encobrir as fraudes. Em 2008, ano em que foram praticados quase todos os atos de improbidade objetos da ação, João Magalhães, de acordo com o MPF, destinou quase 100% de suas emendas parlamentares à realização de festas patrocinadas pelo Ministério do Turismo.

Emergência em Esmeraldas

A Prefeitura de Esmeraldas anunciou ontem, por meio de nota, que vai decretar estado de emergência devido a dívidas e dificuldades administrativas herdadas da gestão anterior. O texto informa que a transição foi insatisfatória e os documentos e dados disponibilizados não foram suficientes para que os serviços prestados pela administração municipal fossem continuados. Além disso, contratos de serviços básicos não foram renovados. Segundo o prefeito recém empossado, Glacialdo de Souza (PT), a dívida em caixa é de aproximadamente R$ 5 milhões.

PRAÇA DA RODOVIÁRIA venda ilegal de medicamento



Secretaria de Saúde de BH diz que só fiscaliza locais fechados
Publicado no Super Notícia em 11/01/2013
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LUCAS SIMÕES FOTO: ALEX DE JESUS
Remédio barrado pela Anvisa é vendido no centro de BH
Sentado em um caixote de madeira na rua Saturnino de Brito, ao lado da rodoviária, no centro de Belo Horizonte, um homem de camiseta e bermuda passa despercebido com uma cartela azul nas mãos. Ele olha para os lados e distribui comprimidos a um cliente, enquanto conta notas de dinheiro com tranqüilidade. "Esse é o azulzinho, melhor que o Viagra original. Pode até tomar dois, porque vai fazer sucesso", empolga-se. É em tom de brincadeira que o homem, conhecido como Toninho, lidera o comércio do estimulante sexual Pramil, que tem a venda proibida no país e pode causar a morte em pessoas cardíacas.

Junto com ele, quatro agenciadores vendem o remédio na praça Rio Branco. A 200 m do lugar, está a Região Integrada de Segurança Pública (Risp). A reportagem foi ao local por dois dias e constatou que o medicamento pode ser encontrado avulso, ao preço de R$ 2, ou em cartelas de 20 compridos, que custam R$ 50.

Apesar de negar, o grupo age junto, dividindo tarefas. Nervoso e agitado, um deles, de 45 anos, é responsável por manter o olhar a policiais militares que circulam pela região. Mesmo com uma viatura parada na praça, o vendedor, de cabelos grisalhos, se movimenta a passos rápidos e repassa dez cartelas de Pramil a um cliente. "Tem que ficar de olho nos PMs. Se pinta algum problema, aviso os caras", diz.

Conforme Toninho, o grupo se concentra na praça sempre entre as 9h e as 15h, se revezando. "Acabei fazendo clientes fixos, em que vêm toda semana. Tem dias em que consigo tirar até R$ 300", diz. Questionado sobre a qualidade do produto, ele dá garantias. "Se tiver problema, (você) volta aqui em dois dias que eu pago o seu hospital", diz, em tom debochado.

Quando há pouco movimento na praça, a venda é explícita. Sem constrangimento, um homem identificado como Paulo oferece o "azulzinho" aos gritos. Questionado sobre a venda do remédio proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ele desconversa: "Só vendo relógios. Eu sou trabalhador. Imagina se vou ter envolvimento com crime?"
Pramil é proibido há seis anos
A venda do Pramil é proibida no país pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde setembro de 2006. A decisão foi tomada, segundo o órgão, porque o produto, fabricado no Paraguai, contém alteração no sal, o que pode trazer riscos a pacientes com problemas cardíacos, possibilitar infartos e até casos de hemodiálise. Por isso, a venda é considerada contrabando e pode gerar prisão de um a quatro anos.

Segundo o urologista Francisco Guerra, do hospital Urológica Minas Gerais, o consumo do Pramil é perigoso. "Ele prejudica o sistema cardiovascular. Até o original, nem todo mundo pode tomar, porque potencializa a dilatação da oxigenação do coração, e o risco de parada cardíaca com morte é muito maior. O ideal é uma consulta médica antes de consumir", diz.(LS)

Manhã de Chuva e acidentes provocam transtornos nas estradas de Minas Gerais


A situação mais caótica é da BR-040 com dois pontos de interdição entre Congonhas e Carandaí. Na BR-381, Rodovia Fernão Dias, o congestionamento chegou a cinco quilômetros nos dois sentidos

Publicação: 11/01/2013 08:11 Atualização: 11/01/2013 08:17
Manhã de sexta-feira de chuva e muitos acidentes nas estradas de Minas Gerais. Pelos menos oito ocorrências congestionaram o trânsito em rodovias federais do estado. A batida entre duas carretas e um caminhão fechou a BR-040 no sentido Rio de Janeiro/Belo Horizonte em Congonhas, Região Central. Na direção contrária, apenas uma faixa está liberada para o trânsito no km 604. 

Também na BR-040, em Carandaí, os reflexos de um acidente na tarde de quinta-feira ainda deixam o trânsito lento. Uma carreta carregada com produto químico tombou e a carga derramou na rodovia. Equipes trabalham para retirada do líquido na altura do km 656, mas o trânsito está fluindo em apenas uma faixa em cada sentido. Motoristas que vão passar pela BR precisarão de paciência porque há essas duas interdições em um trecho de menos de 100 quilômetros.