quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Estudante que matou mulher em Contagem vai responder também por atacar enteado Polícia conclui inquérito e indicia o homem por homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio


Publicação: 30/10/2012 20:17 Atualização: 30/10/2012 23:43
Cabisbaixo, Welington deixou a delegacia de Homicídios de Contagem após prestar depoimento sobre a morte da mulher (Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Cabisbaixo, Welington deixou a delegacia de Homicídios de Contagem após prestar depoimento sobre a morte da mulher

O estudante Welington Rodrigues Tavares, de 29 anos, foi indiciado por homicídio triplicamente qualificado pelo assassinato da mulher, a médica Cristiani Moreira, 41, e por tentativa de homicídio contra o enteado, um garoto de 12 anos que tentou defender a mãe. O inquérito policial foi encerrado nesta terça-feira pelo delegado Luciano Guimarães do Nascimento, da Delegacia de Homicídios de Contagem, que já o remeteu ao Tribunal de Justiça.

A conclusão inquérito ocorreu após o delegado ouvir o depoimento de Welington nesta manhã. Outras 12 pessoas, entre familiares, amigos e vizinhos do casal foram ouvidos pelo investigador. Após ser ouvido na delegacia, o estudante retornou ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Contagem. A polícia não informou se pediu a manutenção da prisão dele até o julgamento.

No depoimento, que durou cerca de meia hora, Welington afirmou que pouco se lembra do momento em atacou a mulher. O crime ocorreu em 21 de outubro, um domingo, depois que o casal retornou de uma festa em Betim. Segundo o delegado, além de ter consumido muita bebida alcóolica no evento, o estudante ainda bebeu mais quando foi até a casa de um amigo do enteado, que os acompanharia até o apartamento do casal no Bairro Riacho. Os dois adolescentes fariam um trabalho de escola no dia, mas acabaram vivenciando momentos de terror.
Wellington afirmou ao delegado que começou a discutir com Cristiani pouco depois de chegar em casa. O motivo da briga seria uma discussão por causa da partida entre Atlético e Fluminense. O estudante queria assistir ao segundo tempo do jogo em um bar, mas a mulher teria se mostrado contrária porque ele já estava muito embriagado. A discussão aumentou e Wellington se armou com uma faca, esfaqueando Cristiani. 

Ao delegado, o estudante afirmou que não se lembra de nada após a discussão. Disse ter ficado apagado, só recobrando a consciência no hospital onde foi internado. Ele tentou se matar após atacar a médica, cortando os pulsos e cravando uma faca no próprio peito.

Crianças testemunham terror
Enquanto o casal brigava na cozinha, os meninos foram para o quarto buscar o material escolar para iniciar o trabalho. O filho de Cristiani não se lembra de ouvir a discussão, mas quando foi até a cozinha viu o padrasto agarrando a mãe pelo pescoço. Ela teve a reação de mandar o colega ligar para a polícia e pedir socorro. 

Em um ato de defesa, o menino foi até o quarto e pegou um skate. Ele tentou bater no padrasto para salvar a mãe, mas acabou atingido por dois golpes de faca, no braço e na cabeça. O garoto correu para o quarto e pediu que o amigo segurasse a porta, com medo das agressões de Welington. A criança tentou ligar para um tio, mas sem sucesso, e ainda telefonou para o 190 da PM, porém estava muito nervoso e não conseguia informar aos policiais o que estava acontecendo. 

Minutos depois, o garoto saiu do quarto perguntando “vocês pararam de brigar” e encontrou a mãe cambaleando na cozinha. Ela caiu, bateu a cabeça na parede e foi amparada pelo filho, que tirou a camisa para estancar o sangue no pescoço dela. O garoto ainda presenciou o padrasto andando desnorteado pela casa com uma faca cravada no peito e com ferimentos nos pulsos. 

O menino ordenou que o amigo saísse do apartamento para pedir ajudar. O colega conseguiu chamar uma vizinha e o síndico do prédio, que acionaram Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e a polícia. Cristiani morreu antes de dar entrada no Hospital Municipal de Contagem. Welington ficou hospitalizado e saiu da unidade de saúde direto para cadeia. 

História do casal 
Casal não tinha histórico de brigas violentas (Reprodução/Facebook)
Casal não tinha histórico de brigas violentas
Um relacionamento de cinco anos, cheio de projetos e aparentemente tranquilo. Os familiares do estudante de direito e da médica ainda buscam respostas para o crime. Cristiani trabalhava há cinco anos no Programa de Saúde da Família (PSF), atendendo pacientes no Centro de Saúde Maria Madalena Teodoro, e no Hospital JK, ambos na Região do Barreiro, em BH. 

A médica tinha um acordo com o marido: ele cuidaria da casa enquanto cursava direito e ela continuaria trabalhando para sustentar a família. O casal não tinha históricos de violência. Os parentes deles eram amigos e atestaram a boa convivência. Com a morte de Cristiani, o filho de 12 anos deve ser criado por uma tia em Juiz de Fora, na Zona de Minas, onde mora a família da médica. O pai biológico do garoto morreu há cerca de dois anos. (Com informações de Andréa Silva

Fim do 14º e 15º salários dos deputados pode ser definido nesta quarta-feira


Presidente da comissão que vai votar o fim do 14º e 15º salários dos parlamentares convoca deputados por telefone para conseguir a presença de pelo menos 17 deles na sessão desta quarta-feira

Publicação: 31/10/2012 06:00 Atualização: 31/10/2012 06:45
Sessão da Comissão de Finanças e Tributação: manobras dos parlamentares adiaram diversas vezes o fim do benefício (Renato Araújo/Agência Câmara)
Sessão da Comissão de Finanças e Tributação: manobras dos parlamentares adiaram diversas vezes o fim do benefício


Uma antiga regalia dos deputados federais pode estar com os dias contados. Está previsto para ser votado hoje, na Comissão de Finanças e Tributação (CTF) da Câmara dos Deputados, o projeto que acaba com o 14º e 15º salários dos parlamentares. A previsão do presidente da CTF, Antônio Andrade (PMDB-MG), é de que, depois de vários insucessos, haja quórum para votar. O deputado calcula que pelo menos 20 dos 31`integrantes compareçam à sessão. Andrade garante ter mobilizado a equipe da comissão para ligar para os deputados e tentar conseguir a presença de pelo menos 17, o quórum mínimo. Mesmo em meio à ressaca das eleições e às vésperas de feriado, 422 deputados estiveram oficialmente no plenário ontem, dos quais 53 (entre titulares e suplentes) são integrantes da CFT. Ou seja, o número de deputados presentes em Brasília é mais do que suficiente para votar hoje de manhã, às 10h, o fim dos extras dos congressistas. A pauta da comissão tem hoje 58 propostas a serem analisadas.

“A comissão vai votar a favor do projeto”, acredita Andrade. Ou seja, pelo fim do benefício pago aos parlamentares. O deputado entende que a decisão, quando definitiva, pode gerar um efeito cascata e se refletir nas assembleias legislativas e câmaras municipais. “Quem tiver esse privilégio está ferrado”, filosofa o deputado. Porém, caso seja aprovada na CFT hoje, a lei ainda deverá passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para então ser votada no plenário. 

Os deputados já manobraram diversas vezes para não votar o projeto e assim evitar o fim do privilégio. Caso eles consigam empurrar a decisão para o próximo ano eles vão receber os dois salários adicionais neste ano. Durante o período eleitoral seis sessões foram esvaziadas e o quórum mínimo não foi atingido, impossibilitando a votação. 

Além de as eleições municipais servirem de justificativa para vários integrantes da CTF não irem à reunião, os deputados usam o horário da sessão como desculpa. Como a reunião é sempre às quartas-feiras, às 10h30, muitos parlamentares vão a Brasília apenas para participar da votação no plenário à tarde e perdem o turno da manhã, quando ocorrem as comissões. 

Além dos 15 salários de R$ 26.723,13, os parlamentares recebem o auxílio-moradia mensal de R$ 3 mil (ou o direito de morar em um apartamento funcional). Ganham também uma cota de atividade parlamentar (verba indenizatória, passagens aéreas, combustível, cota de postagens e telefone, segurança, contratação de consultores, divulgação da atividade parlamentar, locação de veículos e manutenção de escritórios), entre R$ 23.033,13 e R$ 34.258,50, dependendo do estado de origem do deputado. Líderes e presidentes de comissões recebem pagamento extra de R$ 1.244,54. Outro benefício é a verba de gabinete para contratar até 25 assessores parlamentares, que é de R$ 60 mil mensais.

Em maio, depois de o Estado de Minas denunciar que os senadores recebiam os vencimentos extras mas não pagavam Imposto de Renda, o projeto que acabava com o fim da regalia foi aprovado por unanimidade no Senado Federal. Em julho, foi a vez de a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) acabar com a regalia dos deputados estaduais. Após um sequencia de matérias publicadas pelo EM, a Mesa Diretora cancelou o pagamento de R$ 40.084,70, equivalente ao 14º e 15º salários, pagos em fevereiro e dezembro, que em tese eram justificados para a compra de terno. A economia a cada mandato será de R$ 9.259.565,70.

O pagamento do 14º e 15º é antigo e foi instituído pela Constituição de 1946. O objetivo era ressarcir os deputados gastos com o deslocamento da família para o Rio de Janeiro, capital da República à época. A Constituição de 1988 eliminou o auxílio-paletó, que passou a ser regularizado por um ato da Mesa Diretora da Câmara. (Colaborou Adriana Caitano)

Motorista de ônibus é obrigado a socorrer foragido baleado no Bairro Taquaril


Ele e outro homens foram atingidos na porta de um bar. Homens armados pararam o motorista de um coletivo da linha 901 e o obrigaram a levar a dupla para o Hospital João XXIII.

Publicação: 31/10/2012 08:02 Atualização:
Dois homens, um deles foragido de uma penitenciária, foram baleados na porta de um bar no fim da noite de terça-feira no Bairro Taquaril, Região Leste de Belo Horizonte. Eles foram conduzidos para o hospital de ônibus, após homens armados pararem o coletivo.

De acordo com a Polícia Militar (PM), as vítimas, de 22 e 24 anos, estavam na porta de um bar no cruzamento das ruas Ramiro Siqueira e Riacho quando um Ford Fiesta roxo, modelo antigo, acompanhando por uma motocicleta Twister amarela, parou no local e os ocupantes atiraram nas vítimas. Segundo testemunhas, os autores dos disparos pertencem a uma gangue e fugiram. 

A polícia foi até o Hospital João XXIII, onde as vítimas estavam. Eles disseram não conhecerem os atiradores. Durante o levantamento, os policiais descobriram que o homem mais novo fugiu de uma penitenciária. Ele foi atingido na região lombar e precisou passar por cirurgia. A outra vítima foi atingida no braço. No hospital, os militares também encontraram o cobrador de um coletivo da linha 901 (Circular Leste) que contou ter sido parado na rua por homens armados, que obrigaram o motorista a levar os homens baleados para o hospital. A ocorrência foi encerrada na Delegacia de Polícia Civil Leste.

Para especialistas, BH sofreria mais com uma tempestade como a que atingiu os EUA


Eles apontam despreparo para desastres e necessidade de melhorar prevenção e emergência
Publicação: 31/10/2012 06:00 Atualização: 31/10/2012 06:41
Temporal provoca, em junho de 2011, queda de árvores na Avenida do Contorno (Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 9/6/1)
Temporal provoca, em junho de 2011, queda de árvores na Avenida do Contorno
Belo Horizonte – O Furacão Sandy deixou um rastro de destruição na cidade. Milhares de casas ficaram sem energia elétrica, o fornecimento de água foi interrompido e o trânsito já caótico ficou ainda pior, com grande parte da população tentando fugir da capital. O maior impacto foi causado pelos ventos, que passaram dos 170km/h, destelharam casas, galpões e postos de gasolina. Centenas de árvores caíram em ruas e avenidas. A prefeitura considerou a situação “um desastre de grandes proporções”, depois que o Ribeirão Arrudas subiu três metros acima do seu leito. O sistema de emergência não funcionou. 

É claro que a notícia acima é fictícia e mais parece um pesadelo – afinal, Belo Horizonte está longe de ser alvo dos furações, que nascem no oceano e atingem apenas as regiões litorâneas. Mas, se tal fenômeno ocorresse aqui e a capital dos mineiros se visse, de repente, atingida pela supertempestade Sandy, como ocorre na Costa Leste dos Estados Unidos, ela estaria preparada? “Lógico que não”, responde com veemência a arquiteta e urbanista Cláudia Pires, conselheira da regional do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/MG) e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Sociedade Mineiros dos Engenheiros. “Estamos ainda num estágio primário. Não temos estrutura em obras para suportar uma situação dessas nem um sistema de emergência para evacuar a população ou mesmo abrigá-la”, diz a arquiteta.

O mundo está de olho na Costa Leste dos EUA, onde já morreram dezenas de pessoas nos últimos dias em decorrência do fenômeno. Ao ver as fotos no jornal e imagens na tevê, Cláudia Pires também se horroriza. “Já pensou? Tivemos um ‘vendavalzinho’ no ano passado e os efeitos foram desastrosos em Belo Horizonte. Inundações, desabrigados etc. Com ventos de mais de 170km/h, teríamos uma catástrofe”, afirma a arquiteta. Para ela, a capital ainda enfrenta de forma “provisória” as tempestades: “O sistema de prevenção em vigor contempla apenas vilas e favelas, não é abrangente para toda a cidade. Na realidade, é um monitoramento. Todo esse quadro nos permite dizer que BH não está preparada para calamidades. Tudo é muito frágil”, avalia a conselheira e ex-presidente do IAB/MG. Ela destaca o Bairro Buritis, na Região Oeste, com problemas geológicos e altamente suscetível às consequências do período chuvoso. 

O professor de saneamento e hidráulica da PUC Minas José Magno Senra Fernandes, com mestrado em saneamento, meio ambiente e recursos hídricos e doutorado em epidemiologia, também acredita que BH não está pronta para tais fenômenos. “Se tivéssemos aqui, na época das chuvas que estão para começar, ventos na velocidade de 170km/h ou mais, estaríamos numa situação de calamidade pública. Então, só mesmo rezando”, resume. Ele explica que o grande impacto nessa situação decorre da força dos ventos. 

O professor lembra que, na capital, as obras não são feitas “a tempo e a hora”. Morador de uma casa na Rua Professor Benedito Alves, no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, José Magno conta que “não é de hoje”,há um talude perto da residência em total instabilidade. “A prefeitura esteve lá, plantou grama, mas não resolveu. Aí chegam as chuvas e os problemas se agravam”, afirma. Ele adianta que a PUC Minas está formando um grupo de professores para estudar os impactos ambientais das chuvas (erosões, deslizamentos etc.) na cidade. 

O engenheiro sanitarista José Roberto Champs, ex-diretor da Sudecap, explica que o sistema de defesa civil de BH não está preparado para enfrentar uma situação de emergência como a do Sandy. “Uma catástrofe desse porte não seria suportada, pois não estamos acostumados a furacões e tufões, mas apenas as tempestades tropicais. Há seis anos Santa Catarina enfrentou um tufão, mas desde então não enfrentamos esse tipo de situação no país.” Segundo Champs, na capital há situações sistêmicas de alagamentos em determinados pontos, até mesmo pelo relevo da cidade, cujos estragos não se assemelham aos recentes ocorridos na Costa Leste do EUA. 

Infraestrutura
“É impossível mensurar os efeitos que o Furacão Sandy causaria numa cidade como Belo Horizonte. Cada lugar no planeta sofre ameaças e tem sua vulnerabilidade. Como Minas está longe do mar, eventuais problemas na cidade, certamente, decorreriam da força dos ventos. “Em grande velocidade, provocariam estragos, entre eles o destelhamento das casas, destruição da cobertura de postos de gasolina e queda de árvores (na cidade há cerca de 350 mil delas), diz o coordenador municipal da Defesa Civil (Comdec), coronel Alexandre Lucas, que atuou na Força de Reconstrução do Haiti, em 2010, depois que o terremoto destruiu o país da América Central. 

“Nenhum país, por mais desenvolvido que seja, está livre dos desastres naturais. Os nossos problemas são muito diferentes dos Estados Unidos e América Central. Aqui temos enchentes e deslizamentos”, afirma. Mesmo com a diferenças geológicas e meteorológicas, o coronel Lucas sustenta que “a cada ano, estamos mais preparados” para enfrentar os fenômenos naturais. Na cidade, há 56 estações hidrometeorológicas (medição do nível dos rios) e um radar meteorológico. “Só perdemos para os EUA em recursos e equipamentos”, explica. 

Mas há falhas, reconhece. A maior delas está na falta de obras de infraestrutura preventiva e na ocupação irregular de áreas. “A população também deve colaborar, não jogando lixo nas ruas e bueiros e fazendo a manutenção das casas”, alerta. 

Emergência
Em qualquer situação de emergência, as autoridades devem estar atenta a questões importantes para a população, como fornecimento de água e energia, alimentação, acesso a remédios, médicos e hospitais e prestação de primeiros socorros. Quem dita este verdadeiro manual é o tenente-coronel Edgard Estevo da Silva, do Corpo de Bombeiros, que fez curso de gerenciamento de risco de desastre no Japão, incluindo cidades como Kobe, destruída por um terremoto. 

O tenente-coronel explica que há duas questões fundamentais nesses momentos dramáticos que são os serviços de emergência e as estruturas. “A nossa cidade não foi construída para suportar fenômenos próximos de um furação ou um terremoto, ao contrário do Japão. Mas os serviços de emergência devem funcionar para chuvas, enxurradas, soterramentos e outros”, diz o militar. 

Os nossos desastres
Desde 1928, BH já enfrentou mais de 200 inundações, a maioria por transbordamento do Ribeirão Arrudas, segundo o engenheiro sanitarista José Roberto Champs, ex-diretor da Sudecap.
– 1923: A primeira grande inundação em toda a Bacia do Ribeirão Arrudas.
– 1977: Em 12 dezembro, chuva matou nove pessoas, feriu 17 e deixou BH isolada. No início do ano, 915 pessoas ficaram desabrigadas em desabamento no Salgado Filho.
– 1979: Em 7 de janeiro, comportas da Pampulha foram abertas e deixou milhares de sabrigados.
– 1983: Cidade viveu uma das suas maiores tragédias, na favela Sovaco de Cobra, com 55 mortos. No fim de um mês, o número de mortos chegava a 70. 
– 1997: Em janeiro, são registrados 66 mortos no estado, sendo 29 na Grande BH por temporais.
– 2003: Chuva em16 de janeiro mata 20 pessoas em BH e causa destruição nos aglomerados do Morro das Pedras, Cafezal e Taquaril. No Morro das Pedras, 11 pessoas da mesma família foram soterradas, morrendo nove crianças e adolescentes.
– 2008/2009: Temporal na virada do ano na Grande BH castigou as regiões do Barreiro e Oeste e três pessoas morreram.
– 2011: Em dezembro, cidade enfrentou uma série de transtornos, sobretudo com inundação do Córrego Pampulha.


Saiba quais são os radares campeões de multas na capital


Equipamento disfarçado que registra avanço na Avenida Tereza Cristina e radar logo depois do túnel da Lagoinha, na Floresta, são os que mais flagram motoristas em Belo Horizonte

Publicação: 31/10/2012 06:00 Atualização: 31/10/2012 06:41
O número 1: detector de avanço de semáforo na via em direção a Contagem fez quase 10 mil flagrantes no primeiro semestre (Fotos: Euler Junior/EM/D.A Press)
O número 1: detector de avanço de semáforo na via em direção a Contagem fez quase 10 mil flagrantes no primeiro semestre


O domínio dos radares no registro das infrações em Belo Horizonte, com 63,5% do total de autuações na cidade até junho, revela abusos mais comuns em determinados pontos da cidade. De acordo com estatísticas da BHTrans referentes ao primeiro semestre do ano, dois radares são campeões em flashs em duas importantes avenidas da capital. De todos os 50 aparelhos que medem excesso de velocidade, popularmente conhecidos como pardais, o instalado na Avenida Cristiano Machado, logo após o túnel da Lagoinha, no Bairro Floresta, Região Leste, sentido Centro/bairro, lidera em número de veículos flagrados acima de 60km/h. Foram capturadas fotos de quase 43 mil placas, média de 236 todos os dias. Já no quesito avanço de semáforo, o troféu vai para equipamento posicionado na Avenida Tereza Cristina, na confluência com a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, no Bairro Coração Eucarístico, Região Noroeste. De janeiro a junho deste ano, quase 10 mil carros, motos, caminhões e ônibus passaram pela luz vermelha e seus respectivos motoristas perderam sete pontos na carteira. 

Na sexta-feira, bastaram 20 minutos no local para que a equipe do EM presenciasse 10 veículos ultrapassando o sinal vermelho no local. O semáforo está posicionado para dividir os carros que seguem na Tereza Cristina em direção a Contagem e aqueles que vão fazer o retorno. Como quem está na avenida vem em uma reta extensa, é comum ver os veículos acelerando para não perder a luz verde ou amarela. Mas muitos acabam calculando mal e não escapam do flagrante. Outro fator que contribui para que o equipamento lidere em autuações é a dificuldade em visualizá-lo. Ele fica bem atrás de uma árvore, escondido. Já na Cristiano Machado, os veículos costumam sair do túnel da Lagoinha em alta velocidade. Aqueles que não conhecem a região acabam sendo surpreendidos pelo pardal, colocado em frente ao número 214.

Enquanto os desavisados são pegos furando sinais, acima da velocidade e invadindo a pista exclusiva de ônibus na Avenida Nossa Senhora do Carmo, os abusos que só as canetas de policiais militares e guardas municipais flagram continuam se repetindo pelas esquinas. “Já fui multado pelo radar dos ônibus na Nossa Senhora do Carmo e também por estacionar em local proibido. Infelizmente, não achei lugar de parar e arrisquei. Os radares são muito importantes, principalmente na velocidade, e os agentes precisam ficar de olho, senão os motoristas deitam e rolam”, diz o aposentado Vilson Silva, de 68 anos. O motorista Renato Luiz Chaves, de 37, é outro que confessa um deslize: “Já usei celular dirigindo, mas nunca fui multado”. Ele também acha que os radares são importantes, pois coíbem abusos 24 horas por dia. “Se não tiver, vira bagunça. Temos que ter as duas coisas, fiscais e aparelhos eletrônicos”, completa.

O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, admite que, como os agentes da empresa não podem multar, o trânsito da capital sofre com o fato de ter metade da equipe que atua nas ruas impossibilitada de gerar infrações. “São 413 fiscais que muitas vezes se deparam com uma situação de abuso e pedem para o motorista tomar uma atitude para corrigir o erro. Muitos ouvem um desafio: ‘Pode multar’”, diz o presidente. Ainda segundo ele, duas mudanças recentes fizeram com que o cenário das infrações tivessem assumido um caráter de predominância eletrônica. “Perdemos o poder de multar e aumentamos o número de radares”, afirma. 

Mais vigias a caminho
Belo Horizonte pode ganhar mais três radares de avanço de faixa exclusiva de ônibus em breve, segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar. A empresa não planeja nenhuma nova licitação, mas tem a possibilidade de aumentar os equipamentos dentro do que permite a Lei Federal 8.666, que rege as concorrências públicas no país. Como a Avenida Pedro II vai ter um espaço destinado aos ônibus, similar ao que já há na Avenida Nossa Senhora do Carmo, o presidente da empresa gestora do tráfego em BH afirma que o total de 12 aparelhos previstos no atual contrato pode aumentar para 15, dentro do limite permitido de 25% de acréscimo.

Atualmente, quatro radares fiscalizam as faixas exclusivas na Nossa Senhora do Carmo. Outro equipamento com a mesma tecnologia está sendo testado na mesma avenida para flagrar caminhões e carretas no trecho onde há restrição. Restam sete aparelhos para completar o grupo de 12 previstos na licitação, que serão usados assim que as obras do BRT nas avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado estiverem concluídas. Porém, eles não serão suficientes assim que a Pedro II tiver uma faixa segregada para os ônibus. “A partir dessa nova pista exclusiva, poderemos então contratar esses equipamentos extras”, diz Ramon Victor Cesar.

O presidente da BHTrans afirma que não há estudo para aumeto dos aparelhos que flagram excesso de velocidade e avanço de semáforo. São 50 pardais, três radares móveis, que também fiscalizam velocidade, e 40 que registram avanço de sinal. No caso dos aparelhos para semáforo, ainda há outras 20 estruturas contratadas, o que permite que os equipamentos funcionem em rodízio em 60 cruzamentos da capital.

Pardal itinerante


Belo Horizonte conta com três radares que têm a possibilidade de se deslocar pelas ruas e avenidas da cidade. Para multar os motoristas, eles precisam estar posicionados em locais com avisos da velocidade máxima permitida e da fiscalização eletrônica. Os equipamentos estão funcionando desde outubro do ano passado. Nos últimos três meses de 2011, registraram 865 flagrantes de excesso de velocidade, média de 288 por mês. No primeiro semestre deste ano, as autuações subiram para 878 por mês, em média, aumento de 200%. Na foto, aparelho em funcionamento na Avenida José Cândido da Silveira, Bairro União, Região Nordeste da capital.

Filho de empresário é fuzilado em contagem Vítima de 29 anos teve o carro cercado dentro de posto de combustível e levou 14 tiros



Publicado no Super Notícia em 31/10/2012
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VINÍCIUS D´OLIVEIRA
FOTO: RODRIGO LIMA
O filho de um empresário do ramo de pneus foi executado a tiros, na tarde de ontem, no bairro Jardim Industrial, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O homem, de 29 anos, teve o carro metralhado por três atiradores, dentro de um posto de combustíveis. Ele foi fuzilado com 14 tiros dentro de uma Pajero e morreu. A Polícia Militar (PM) acredita que o rapaz tenha sido vítima de um acerto de contas.

Segundo a PM, a caminhonete dirigida pela vítima foi cercada por um outro carro e por uma motocicleta, pouco depois de parar em uma das bombas de abastecimento do posto. Testemunhas contaram que dois dos criminosos saíram tranquilamente do carro enquanto o terceiro ficou sobre a moto, e eles descarregaram pistolas de calibres .40 e 9 mm, além de um revólver calibre 38 na vítima. Um dos atiradores chegou a recarregar uma das armas.

O veículo da vítima ficou crivado de balas nas duas laterais. Antes de os suspeitos abrirem fogo, um homem que estava no banco do passageiro da Pajero ainda conseguiu descer da caminhonete e fugir. "Eu só quis proteger minha vida. Só desci do carro e corri", contou o homem, de 28 anos. Após o crime, os suspeitos fugiram. Até a noite de ontem, nenhum dos atiradores havia sido identificado e preso pela polícia.

Droga
O homem que estava na caminhonete junto com o filho do empresário e que conseguiu fugir da emboscada foi detido e encaminhado para a delegacia para prestar esclarecimentos, depois que os policiais encontraram, no bolso dele, uma porção de cocaína e um frasco de anabolizante de uso animal.  
História no crime
Apesar de pertencer a uma família tradicional em Contagem, o filho do empresário já havia sido preso por furto, roubo e receptação, conforme a Polícia Militar. Segundo o capitão Paulo Roberto, o homem ficou cerca de cinco meses na cadeia e estava em liberdade há aproximadamente dois meses. "Ainda é prematuro apontar uma motivação para o crime, mas pode estar relacionado a um acerto de contas promovido por pessoas que tinham envolvimento com esses crimes", disse o capitão. (VDO)

Sandy matou quase 50 pessoas nos EUA


Brasileiros relatam momentos da passagem da supertempestade
Publicado no Super Notícia em 31/10/2012
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LITZA MATTOS
FOTO: THE VIRGINIAN-PILOT, STEVE EARLEY/ ASSOCIATED PRESS
O ciclone pós-tropical Sandy que passou pela Costa Leste do Estados Unidos deixou, pelo menos, 48 mortos no país (sendo 18 em Nova York) e mais de cem vítimas desde que se formou no Caribe, além de um cenário de completa devastação. Segundo as autoridades locais norte-americanas, a expectativa é que o número de vítimas aumente.

O desastre de grandes proporções afetou, principalmente, as regiões de Nova York e Long Island. Em Nova York, o fenômeno causou a maior destruição no metrô em seus 108 anos de existência, além de ter provocado um incêndio que queimou cerca de cem moradias. Já a parte baixa de Manhattan foi atingida por uma onda de 3,9 m que inundou túneis, estações de metrô e ruas. Ao todo, o fenômeno deixou mais de 8,2 milhões de pessoas sem luz.

Como o ciclone Sandy paralisou a campanha para as eleições presidenciais norte-americanas, marcadas para a próxima terça-feira, o presidente Barack Obama visitou ontem a sede da Cruz Vermelha em Washington. Ele qualificou o momento como "doloroso para a nação" e disse que os perigos das enchentes e da queda das linhas de eletricidade persistem. A Bolsa de Valores de Nova York prevê reabrir suas operações hoje.

Brasileiros. Morando há mais de seis anos nos EUA, o manobrista Gustavo Guimarães disse que Sandy chegou a New Jersey por volta das 19h de anteontem e que, por isso, foi difícil dormir tranquilamente. "Foi complicado por causa do barulho provocado pelos ventos. Às vezes, as rajadas se intensificavam e nos deixavam mais assustados".

Guimarães contou que, na manhã de ontem, o cenário era assustador. "Dei uma volta pelas redondezas, e as ruas estavam muito sujas. Galhos de árvores e folhas estão por toda parte. Muitos fios partidos também. Algumas cidades vizinhas estão sem energia e nada funciona", disse.

Mineira de Teófilo Otoni, Gabriela Pimenta, que há dois anos mora em Nova York, disse que a noite foi mais
tranquila do que esperava. "Apenas hoje (ontem) pela manhã, quando pude sair, percebi que havia árvores caídas, mas tudo deverá voltar ao normal em poucos dias", explicou. Além disso, Gabriela disse que todos os seus amigos brasileiros estão bem e conseguindo se comunicar com os familiares. (Com agências)

Companhias aéreas cancelam mais 20 voos
As companhias aéreas que operam nos trechos entre Brasil e as cidades da Costa Leste dos EUA - TAM, Delta, American Airlines e United Airlines - cancelaram, pelo menos, mais 20 voos entre ontem e hoje.

A American Airlines foi a companhia que mais cancelou seus voos. Ao todo, foram seis ontem e quatro hoje. A TAM desmarcou cinco voos ontem e dois hoje - todos com destino à Nova York. Delta e United Airlines, cancelaram um e dois voos, respectivamente.

De acordo com a TAM, a empresa tomou essas medidas seguindo as recomendações das autoridades locais.

A empresa afirmou que está prestando a assistência aos passageiros. "Eles serão reacomodados nas próximas
opções de voos disponíveis, sem cobrança de taxas. Os clientes com bilhetes para esse destino podem entrar em contato com a Central de Atendimento da TAM antes de se dirigir ao aeroporto", afirmou em nota enviada pela assessoria de imprensa. Já a United Airlines confirmou que, entre domingo e hoje, foram pré-cancelados cerca de 3.700 voos em todo o sistema, pouco mais de 15% da programação para o período com base em uma média de 5.500 voos diários.

Também em nota, a empresa afirmou que os passageiros poderão fazer a remarcação até 7 de novembro.

Os aeroportos Liberty e La Guardia, que atendem Nova York, deverão ficar fechados até amanhã, mas o Aeroporto JFK poderá reabrir hoje com "operações limitadas de voos", segundo autoridades. (LM)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

BH pode ter secretaria para defender animais Entidades aprovam projeto e acreditam que medida pode unificar ações



Publicado no Jornal OTEMPO em 30/10/2012
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FERNANDA VIEGAS
Especial para O Tempo
FOTO: DOUGLAS MAGNO - 12.9.2012
Belo Horizonte pode ter, em breve, uma secretaria responsável por fazer valer os direitos dos animais. O projeto, que está em discussão na Câmara Municipal, busca implantar a Secretaria Especial dos Direitos dos Animais, para que "exista um órgão na prefeitura com atenção voltada à defesa dos animais", conforme explicou o autor da proposta, vereador Sérgio Fernando (PV).

A medida é vista com entusiasmo por quem luta pela causa dos bichos. Esse é o caso da atriz Candice Araújo, que, nomeada pelos grupos de defesa como protetora dos animais, resgata voluntariamente cães e gatos nas ruas, paga pelo tratamento veterinário e cuida dos bichos em sua casa até que possam ser adotados.

Para ela, a secretaria poderia permitir a execução de alguns projetos, como, por exemplo, a criação de centros de reabilitação. "Seria um pontapé inicial para que, a partir dessa secretaria, fossem criados caminhos para a solução dos problemas, como a construção de hospital público para os animais", defende.

O fundador do Núcleo Fauna de Defesa Animal (NFDA), Franklin Oliveira, que realiza, há dez anos, a Feira do Melhor Amigo, acredita que a secretaria possa contribuir para ampliar o debate sobre o tema. "Tendo em vista que no município não existe ação efetiva, pelo menos (a secretaria) poderia estar levantando atenção para essa questão", diz.

A nova secretaria, de acordo com a protetora de animais Marina Victal, pode contribuir para unificar o trabalho realizado por voluntários. "É positivo. Quanto mais a gente conseguir organizar esse movimento, que hoje é pulverizado, melhor. São poucos tentando resolver um problema que deveria ser tratado pela prefeitura", pontua Marina, que participa de grupos de ajuda mútua em luta pela defesa dos animais nas redes sociais. O trabalho que eles realizam é buscar recursos para custear tratamento e cuidados dos bichos, além de estimularem a adoção.

O projeto de lei prevê que o Executivo, se sancionar a proposta, abra créditos especiais ou remaneje recursos orçamentários para formalizar a criação da nova pasta.

PPP pode viabilizar monotrilho entre capital, Betim e Contagem Prefeitos eleitos se reúnem na próxima semana para discutir o projeto



Publicado no Jornal OTEMPO em 30/10/2012
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JOANA SUAREZ
FOTO: CHARLES SILVA DUARTE - 17.6.2011
As cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim, ambas na região metropolitana, podem ser ligadas por um monotrilho, sistema de transporte elevado sobre trilhos. A ideia teria partido de uma grande construtora, que realizou um estudo sobre a obra e demonstrou interesse em colocá-la em prática por meio de uma parceria público-privada (PPP). A possibilidade deve ser discutida na próxima semana entre os prefeitos recém-eleitos dos três municípios. Em favor dela estão as obras de custo mais baixo e de mais rápida execução que as do metrô. Contra, está a capacidade menor de passageiros.

O monotrilho é apontado pelo projeto como a solução de transporte de massa intermunicipal. Os trilhos suspensos seguiriam às margens da Via Expressa - o fluxo normal na via é de 42 mil veículos por dia. A avenida Amazonas também é cogitada. Como não seriam necessárias desapropriações de moradores, já que o transporte fica a cerca de 15 m do chão, a alternativa teria implementação mais barata e mais rápida que o metrô. Já a velocidade dos dois tipos de transportes é semelhante e pode chegar a 80 km/h.

O tempo médio de construção do monotrilho é de 4 km por ano - enquanto o do metrô é de 1 km por ano. Considerando a distância de cerca de 30 km entre Betim e a capital mineira, o prazo para a finalização da obra é estimado em cerca de sete anos. Com o processo de licitação, o tempo de viabilização do monotrilho antes do início das intervenções é de cerca de um ano, segundo especialistas.

O consultor em transportes que realizou o estudo, Luiz Otávio Silva Portela, é membro da Sociedade Mineira de Engenharia. De acordo com ele, a obra do monotrilho é mais rápida e mais barata porque não depende de perfurações no subsolo. "São feitas vigas de sustentação para os trilhos por cima da avenida, sem interferir no trânsito da pista. Trabalhar no subsolo é mais demorado porque não se sabe o que vai encontrar e depende de equipamentos específicos", explicou.

O custo de construção de um monotrilho gira em torno de R$ 70 milhões por km, enquanto para o metrô a quilometragem pode ultrapassar R$ 250 milhões. "O custo é inviável para as prefeituras", acrescentou.
O monotrilho tem capacidade para 150 pessoas em cada vagão, suportando até sete vagões.

Capacidade. O engenheiro e especialista em trânsito Silvestre de Andrade vê o monotrilho como uma solução com bom custo-benefício, mas alerta para a capacidade de transporte de passageiros, menor que a do metrô. "Toda alternativa para resolver o problema do transporte é sempre bem-vinda. O monotrilho é realmente mais barato e de construção mais rápida, mas o metrô é sempre a melhor alternativa para o transporte de massa por causa de sua capacidade de passageiros", afirmou o especialista.

Reeleito na capital, Marcio Lacerda não quis se pronunciar. Os prefeitos recém-eleitos em Betim, Carlaile Pedrosa (PSDB), e em Contagem, Carlin Moura (PCdoB), não confirmaram a reunião, mas aprovaram a ideia. "É um projeto ousado que contempla perfeitamente nossa cidade", disse Carlaile. "Precisamos resolver de forma rápida o problema do transporte de massa nesse corredor", afirmou Carlin. 
Viável ainda em outros trechos
A implantação do monotrilho também vem sendo avaliada em outros trechos da capital mineira, como é o caso do Vetor Sul da cidade. Empresários defendem ele como a solução para o problema do trânsito principalmente na avenida Nossa Senhora do Carmo, por onde passam mais de 60 mil veículos por dia.

A ligação entre a região da Pampulha e o aeroporto de Confins, na região metropolitana, também é cogitada. Segundo o engenheiro Luiz Otávio Portela, o transporte sobre trilhos é viável nos dois trechos. "A capital precisa de um transporte de massa que não ocupe espaço na via. O metrô é ótimo, mas é caro e trabalhoso".

Em uma audiência pública na Câmara Municipal, no último dia 25, o assessor de assuntos metropolitanos e metrô da BHTrans, Tomás Ahouagi, disse que o monotrilho seria a última opção de transporte. A autarquia estaria focando apenas no BRT (Transporte Rápido por Ônibus) e no metrô. (JS)

Teste caseiro de HIV pode ser usado para avaliar parceiros Estudo mostra que soropositivos mentem sobre sua condição clínica



Publicado no Super Notícia em 30/10/2012
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DONALD G. MCNEIL JR.
FOTO: ANGEL FRANCO/THE NEW YORK TIMES
Na prateleira. O teste rápido para Aids OraQuick, produzido pela OraSureTechnologies, já está à venda no mercado norte-americano
Nova York, EUA. O primeiro teste rápido caseiro de HIV acaba de chegar aos mercados norte-americanos por US$ 40 e está sendo anunciado como uma forma de saber, privadamente, se a pessoa é portadora do vírus da Aids. Alguns especialistas e defensores do teste já estão prevendo que um outro uso do OraQuick - o controle da doença nos parceiros - pode se tornar igualmente popular e até ajudar a diminuir o ritmo da proliferação da epidemia, que está se mantendo em 50 mil novas infecções a cada ano nos Estados Unidos.

Há razões para pensar que o controle dos parceiros fará alguma diferença. Estudos descobriram que uma minoria significativa das pessoas soropositivas mentem sobre sua condição de saúde ou a mantém em segredo, infectando parceiros insuspeitos.

Apesar de o fabricante do teste - a OraSure Technologies - não estar promovendo o uso do teste para o controle de terceiros, 70% dos quase 4.000 homens e mulheres envolvidos nos testes clínicos realizados pela empresa afirmaram que definitivamente ou muito provavelmente usariam o produto para esse fim. Alguns até sugeriram que a empresa venda caixas com dois testes para que os casais possam fazê-lo juntos.

"Se isso se tornar uma norma social, as pessoas podem começar a, de fato, testar seus parceiros", afirma o autor de um estudo sobre o assunto e professor de psicologia da Universidade de Columbia, Alex Carballo-Dieguez. Ele também é diretor associado do Centro de Estudos Comportamentais e Clínicos sobre HIV do Instituto de Psiquiatria do Estado de Nova York. "Nos sites de sexo agora, os homens se anunciam como ‘livres de drogas e de doenças’. Com o teste, eles poderiam se anunciar como ‘livres de DD e dispostos a provar’", pondera.

Já outros especialistas em Aids têm suas dúvidas a respeito desse uso do OraQuick. Alguns acham US$ 40 (cerca de R$ 80) muito caro para pessoas que precisam monitorar muitos parceiros. Outros dizem que homens e mulheres que não se sentem confortáveis nem para pedir que seus respectivos parceiros usem preservativo dificilmente exigiriam que eles fizessem o teste.

Outros ainda, como o renomado médico especialista em Aids Anthony S. Fauci, se preocupam que um resultado negativo dos testes vá levar as pessoas a negligenciarem o uso do preservativo, ficando vulneráveis a uma possível gravidez ou a outras doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia, o HPV ou a sífilis.
"Ninguém deveria fazer esse teste e, 20 minutos depois, fazer sexo desprotegido", reforça Steven Petrow. autor do livro "Complete Gay & Lesbian Manners" (ou "Manual Completo de Gays e Lésbicas", em livre tradução).
Traduzido por Raquel Sodré

Acidente vascular cerebral é a doença que mais mata no Brasil


Publicação: 30/10/2012 07:23 Atualização: 30/10/2012 08:18
 (Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
Brasília - O acidente vascular cerebral (AVC) é uma a doença que mais mata no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o número de mortes pelo AVC chega a quase 100 mil pessoas. Em 2000 foram 84.713 óbitos, passando para 99.726 em 2010.
É importante ressaltar os cuidados que devem ser adotados para a prevenção da doença: controle da pressão arterial, da taxa de glicose no sangue e do colesterol. Além disso, é necessário manter uma dieta balanceada, fazer exercícios físicos, além de evitar fumar e ingerir bebidas alcoólicas.

A neurologista da Academia Brasileira de Neurologia, Gisele Sampaio, disse que se medidas saudáveis forem adotadas as chances de se ter um AVC ou qualquer outra doença relacionada aos fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo são mínimas. "Além de obter hábitos mais saudáveis, é importante fazer um companhamento médico regular. Caso os sintomas sejam identificados, procure um atendimento médico o mais rápido possível", alertou.

Para diminuir a mortalidade e ampliar a assistência das vítimas do AVC, o Ministério da Saúde investirá até 2014 R$ 437 milhões no Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, R$ 370 milhões vão financiar leitos hospitalares. Também serão investidos recursos na incorporação e oferta do medicamento usados no tratamento. No Brasil, mais de 200 hospitais estão preparados para atender pacientes com AVC.

Sandy provoca 16 mortes e inundações na costa leste norte-americana Até o momento, número de vítimas chega a 15 nos EUA e uma no Canadá


    AFP - Agence France-Presse
    Publicação: 30/10/2012 07:01 Atualização: 30/10/2012 09:40
     (REUTERS/Gary He )
    NOVA YORK - O fenômeno Sandy tocou a terra como uma tempestade extratropical na noite de segunda-feira na região leste dos Estados Unidos, deixando um saldo de 16 mortos, além de inundações e um grande apagão em Nova York.
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    Sandy impactou Atlantic City (Nova Jersey) com ventos de 130 km/h e deslocamento a 37 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (CNH).


    Pelo menos 16 pessoas morreram na costa leste dos Estados Unidos e Canadá depois que o furacão tocou a terra, provocando fortes chuvas e violentas rajadas de vento.


    No estado de Nova York, Sandy matou cinco pessoas, incluindo um homem de 30 anos atingido pela queda de uma árvore no Queens, revelou um porta-voz do governador Andrew Cuomo.

    Em Nova Jersey, as duas vítimas fatais também foram atingidas por uma árvore, que caiu sobre um carro no condado de Morris, segundo os serviços de emergência.

    Duas pessoas morreram na Pensilvânia, uma atingida por árvore e outra no desabamento de uma casa, informaram as autoridades locais.

    No Atlântico, na costa da Carolina do Norte, um tripulante de um veleiro réplica do HMS Bounty morreu no hospital após ser resgatado no mar e levado a um hospital. O capitão do barco permanece desaparecido.
    Inundação em estação de Nova York passa através de uma cabine de elevador (AFP PHOTO / The Port Authority of New York & New Jersey )
    Inundação em estação de Nova York passa através de uma cabine de elevador

    Em Maryland, uma mulher bateu com o carro em uma árvore e faleceu; e na Virgínia Ocidental, outra mulher, de 48 anos, colidiu com um caminhão em meio a uma tempestade provocada por Sandy, informou a polícia.

    Na cidade canadense de Toronto, mais ao norte, uma mulher faleceu ao ser atingida por um objeto que se desprendeu com o forte vento.

    As vítimas fatais se somam aos 67 mortos na passagem de Sandy pelo Caribe.

    A grande tempestade deixou milhões de pessoas sem energia elétrica em suas casas na região leste dos Estados Unidos.

    As autoridades americanas haviam advertido riscos sem precedentes e ordenaram a saída de centenas de milhares de pessoas em cidades ao longo da faixa costeira de New England (nordeste) até a Carolina do Norte (sudeste).

    O presidente Barack Obama alertou os americanos sobre a ameaça representada por Sandy, ao citar uma "tempestade grande e poderosa" que poderia ter consequências desastrosas.

    A passagem da tempestade interrompeu a campanha eleitoral americana a uma semana das eleições de 6 de novembro.

    Tanto Obama como o rival republicano, Mitt Romney, cancelaram eventos eleitorais.

    Os dois candidatos têm consciência da importância política de dedicar toda a atenção às consequências da tragédia, pois lembram do que aconteceu com o furacão Katrina em 2005.

    A resposta ao Katrina, que devastou Nova Orleans (Louisiana, centro-sul do país), foi encarada como um fracasso das autoridades, lideradas pelo então presidente George W. Bush, o que marcou o restante de seu segundo mandato.
    Água corre pelo túnel Carey, em Nova York (Andrew Burton/Getty Images/AFP)
    Água corre pelo túnel Carey, em Nova York

    Nova York inundada e no escuro

    Em Nova York, muitas áreas do sul de Manhattan estavam sob água, com o metrô e túneis inundados. Quase 500.000 casas estavam sem energia elétrica na cidade, 250.000 delas em Manhattan.

    As águas subiram 4,15 metros acima do nível habitual, coincidindo com a maré alta da lua cheia, segundo as autoridades, mas começaram a baixar pouco antes da meia-noite.

    Sem transporte público e com as pontes e vários túneis fechados, Nova York estava paralisada e isolada.

    No total, 375.000 pessoas receberam a ordem de abandonar zonas costeiras da cidade no sul de Manhattan, Brooklyn, Queens e Staten Island.

    No entanto, muitos moradores se negaram a acatar a ordem das autoridades e permaneceram em suas residências.

    A Bolsa de Nova York e o mercado de futuros de Chicago permaneceram fechados na segunda-feira. Wall Street também não funcionará nesta terça-feira.

    Washington e Filadélfia também estavam sem transportes públicos. O serviço de ônibus e trens ao longo da costa foi suspenso, isolando as duas cidades.

    Em Nova Jersey, a central nuclear de Oyster Creek, no condado de Ocean, ao norte de Atlantic City, declarou alerta depois que a água superou o nível permitido na passagem da tempestade, mas segundo as autoridades não representa perigo.

    Quase 15.000 voos foram cancelados até o momento na costa leste em consequência da tempestade Sandy, o que deixou milhares de pessoas retidas.

    A empresa Eqecat anunciou que o fenômeno pode afetar 60 milhões de americanos e provocar danos de até 20 bilhões de dólares.

    Segundo a meteorologia, a extensão da tormenta e uma frente fria procedente do Canadá tornaram Sandy tão perigosa.

    As autoridades declararam estado de emergência em Connecticut, Delaware, Maryland, Massachusetts, Nova Jersey, Nova York, Carolina do Norte, Pensilvânia, Vermont, Virginia e na capital americana.

    O presidente Barack Obama aprovou o estado de emergência para liberar recursos federais aos estados afetados.