sexta-feira, 27 de julho de 2012

Estado avalia ter Samu para viciados em drogas e álcool Equipe de teste pode atuar na capital; pesquisa já analisa demanda do serviço, co certeza mrus amigos vão ter que se desdobrar muito mais do que ja fazem hoje.



Publicado no Jornal OTEMPO em 27/07/2012
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JOANA SUAREZ
FOTO: ALEX DE JESUS - 15.7.2011
Equipe. Belo Horizonte tem hoje 24 ambulâncias; não se sabe se mais profissionais serão contratados ou se os atuais serão treinados
Minas Gerais pode ter uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) específica para o atendimento a usuários de drogas e álcool em crise. A mudança ainda está em análise e chega como uma solução para dar um tratamento adequado ao problema, que é de saúde pública e não de segurança. A novidade ainda seria uma maneira de garantir a integridade física dos funcionários do Samu.

Os detalhes sobre o trabalho informalmente batizado de Samu-AD ainda estão sendo elaborados. O que se sabe é que a intenção é montar uma equipe de teste, na capital, treinada para lidar com pacientes violentos. Não há previsão da presença de um policial militar no grupo. "A equipe especializada qualificaria o trabalho dos profissionais para lidar melhor com o paciente", afirmou o promotor de saúde do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Bruno Alexander Soares.

O presidente da ONG Defesa Social, Robert William, explica que o tratamento ao usuário precisa ser feito por uma equipe capacitada para lidar, inclusive, com a violência, mas não por policiais e bombeiros. Ele defende que o atendimento seja feito por uma equipe médica, mas que ela também precisa ter sua integridade física preservada.

"Quando estão em crise, os viciados costumam ameaçar as pessoas de morte, as famílias chamam, e as equipes do Samu acabam recusando esses casos por segurança. Mas o policial também não pode chegar armado porque esse paciente precisa de um sedativo", disse.
Reunião. A proposta foi discutida na última terça-feira, durante uma reunião do Comitê Supervisor para Cumprimento de Medidas Involuntárias e Compulsórias, que tem representantes de vários órgãos públicos e entidades. Segundo o subsecretário de Políticas sobre Drogas, Cloves Benevides, uma pesquisa em andamento avalia a necessidade da equipe exclusiva. "Estamos levantando o número de atendimentos e o perfil dos pacientes, para sabermos se é viável".

Ao final do estudo, na segunda quinzena de agosto, os dados serão apresentados ao comitê. O Samu da capital conta hoje com 24 ambulâncias, que atuam em tempo integral. A região metropolitana tem cinco. O número de equipes não foi informado. Não se sabe ainda se mais profissionais serão contratados ou se os atuais serão destacados para o serviço.

Mas a proposta não é unanimidade. De acordo com a gerente de urgência e emergência da Secretaria Municipal de Saúde, Paula Martins, as equipes do Samu já são treinadas para atender pacientes com problemas mentais. "Não há necessidade de uma equipe específica, todas estão aptas a atender essas questões", argumentou a gerente.
Tratamento
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IRREGULARES
Clínicas paulistas "sequestram" pacientes mineiros
A Subsecretaria de Políticas sobre Drogas de Minas vai encaminhar ao Ministério Público (MPMG) denúncias sobre clínicas de São Paulo que estariam levando dependentes químicos, de forma irregular, para fazer o tratamento no Estado paulista. Os pacientes são transportados contra a vontade e sem laudo médico. Segundo a lei federal 10.216/01, a internação involuntária – quando não há o consentimento do usuário – deve ter recomendação médica e ser comunicada ao Ministério Público.

Uma reportagem publicada por O TEMPO, em novembro de 2009, mostrou a ação de estabelecimentos irregulares na capital, que se escondiam atrás de um sistema de fiscalização extremamente frágil e cobravam fortunas por um tratamento que, em certos casos, sequer existia.
O esquema. O presidente da ONG Defesa Social, Robert William, conta que o esquema funcionaria como uma espécie de ‘sequestro’. "Eles combinam com a família e dopam o paciente, que vai acordar em outro Estado", explicou. O tratamento chega a custar R$ 15 mil. Só para transportar o dependente, o preço médio é de R$ 2.500. "Vamos encaminhar esses registros para ver se há necessidade de uma investigação e saber com o Ministério Público de São Paulo se as internações estão sendo comunicadas", afirmou o subsecretário de Políticas sobre Drogas, Cloves Benevides.

A mãe de um usuário, que pediu para não ser identificada, contou que pagou mais de R$ 15 mil para que seu filho ficasse um ano em uma clínica paulista. Ele foi sem laudo médico e teve que voltar antes do fim do tratamento porque ela não aguentou pagar as prestações. "Estou endividada e nem sei se meu filho está curado. No desespero, você faz qualquer negócio para não ver seu filho morrer", disse. (JS)
resposta do blog: Queria saber se pelo menos vão aumentar os carros ou vão continuar sugando dos profissionais que hoje se desdobram para dar um bom atendimento aos pacientes, ontem estive no Odilon e lá havia tres unidades paradas ha mais de tres horas aguardando uma maca, secretaria sera que não vê.

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