Anderson Lúcio da Silva, de 32 anos, já havia sido condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato da mãe da jornalista
Publicação: 10/10/2012 19:58 Atualização: 10/10/2012 20:53
Somadas, as penas do réu ultapassam 25 anos de prisão |
O julgamento durou mais de seis horas. O momento mais dramático foi quando a jornalista narrou como o crime aconteceu. “Quando cheguei na cozinha de casa, o réu estava com a arma na mão apontada para mim, e eu pedi pelo amor de Deus para gente conversar e ai ele me jogou no chão e disse 'lha só o que você fez'”, relembrou a jovem. Pouco depois, ao falar do assassinato da mãe, Tatiana chorou e depois desmaiou. Ela foi amparada e precisou receber atendimento médico. Por causa disso, acabou dispensada pelo júri.
O promotor de justiça Marino Cotta e o advogado Ércio Quaresma, contratado como assistente, defenderam a tese de tentativa de homicídio à jornalista. Eles também ressaltaram as provas processuais e as contradições dos depoimentos do réu no julgamento anterior e neste. A defesa do ex-guarda, sustentada pelo advogado Alaor de Almeida Castro, pediu aos jurados para reconhecer que, ao pedir socorro para a vítima, o acusado impediu a consumação do crime de tentativa do homicídio, e, portanto, deveria ser condenado somente por lesão corporal. Porém, o conselho de sentença decidiu que houve o crime de tentativa de homicídio qualificado.
No dia do crime, em dezembro de 2007, o ex-guarda, após fazer várias ameaças, pulou o muro da casa da ex-namorada armado. A mãe da jornalista, Maria Auxiliadora Alves Pereira, de 42, foi baleada e morreu ao tentar defender a filha. Anderson ainda disparou contra a jovem e depois deu dois tiros na própria barriga. O próprio invasor foi quem acionou a polícia.
Ao sair da casa o acusado, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ligou para a irmã dele com o objetivo de providenciar socorro à vítima, que foi atendida pela equipe médica. Por este motivo a Justiça entendeu que ele fez se arrependeu e teve o intuito de preservar a vida da ex.
O novo julgamento foi prejudicial para o réu. No primeiro júri ele havia sido condenado a 14 anos pelo homicídio qualificado contra a ex-sogra e outros 4 anos e oito meses por tentativa de homicídio qualificado, o que totalizava 18 anos e oito meses de reclusão. Agora, somadas as penas chegam a 25 anos e quatro meses de prisão.
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