quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Léo burguês é cassado,Vereadores mostram preocupação com imagem da Casa após cassação de Burguês


COMERAM O SENHOR COXINHA                                       Publicado no Super Notícia em 20/02/2013
Avalie esta notícia » 
2
4
6
8
 (Leandro Couri/EM/D.A Press)FOTO: VERA GONÇALVEZ
O juiz Manoel dos Reis Morais, do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), cassou, no fim da tarde de ontem, o mandato do vereador e presidente da Câmara de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB). O magistrado julgou procedente a ação do Ministério Público Eleitoral (MPE) por improbidade administrativa. Segundo a denúncia, Léo Burguês teria cometido abuso de poder econômico ao gastar, em ano eleitoral, o dobro da média dos últimos três anos com publicidade da Câmara.

A ação foi ajuizada pelo promotor de Defesa do Patrimônio Público Eduardo Nepomuceno, a partir de uma série de reportagens do jornal O TEMPO, publicadas no ano passado. Burguês teria assinado, irregularmente, dois aditivos com aumento de valor ao contrato com a empresa Perfil 252 Comunicação, que prestava serviços para a Câmara. As manobras teriam provocado prejuízo de R$ 3,75 milhões aos cofres públicos.

A decisão é de primeira instância e o presidente da Câmara poderá recorrer e permanecer enquanto aguarda nova decisão. Burguês não foi encontrado para falar sobre a cassação do mandato.

"Se queríamos virar a página, nós começamos com problema, talvez com situação pior do que a outra", disse o vereador Adriano Ventura (PT)



Vereadores de Belo Horizonte temem mais desgastes da imagem da Câmara Municipal de Belo Horizonte com a cassação do presidente reeleito, vereador Léo Burguês (PSDB). Depois de passarem dois anos sendo alvo de diversas denúncias, parlamentares assumiram o mandato com o discurso de retomar a imagem do Legislativo da capital mineira. Menos de dois meses depois de assumirem o mandato, um novo fato negativo atinge o poder municipal e mais uma vez o alvo foi o dirigente da Casa. O tucano foi culpado pelos colegas que não conseguiram a reeleição pela renovação recorde de 54% das cadeiras.

“Se queríamos virar a página, nós começamos com problema, talvez com situação pior do que a outra”, disse o vereador Adriano Ventura (PT). Segundo ele, a bancada petista quer mais transparência nas ações da presidência. “O Léo Burguês vai ter de repensar essas ações. Pessoalmente, eu espero que ele consiga resolver o caso”, acrescentou.

O vereador Ronaldo Gontijo (PPS) observou que “qualquer desgaste com um elemento da Câmara respinga no conjunto da Casa”. “A situação é constrangedora”, disse, observando que o tucano tem direito de defesa. “Desgasta o poder, não é só a pessoa”.

Bruno Miranda (PDT) afirmou que toda notícia negativa afeta “a imagem de qualquer instituição”. Mais cauteloso, ele não quis comentar a cassação de Léo Burguês. “É momento de ter serenidade, de trabalhar pela cidade”, disse Miranda. Já o vice-presidente Wellington Magalhães (PTN) se solidarizou ao colega. “É um momento muito difícil cabe recurso. Eu já passei por isso, sem bem o que é”, lembrou.

Comissão Léo Burguês (PSDB) retirou ontem da pauta de votações, depois de um pedido do secretário de Relações Insitucionais, Marcelo Abi-Saber, o requerimento protocolado na segunda-feira por 16 vereadores com pedido de abertura de uma comissão especial para apurar possíveis irregularidades no BRT – sistema rápido de transporte por ônibus –, cujas obras estão em ritmo lento.

Segundo Léo Burguês, o secretário disse que enviaria à Casa todas as respostas já solicitadas pelos vereadores do PT. “Não queremos abrir uma batalha contra a prefeitura”, justificou o tucano. A atitude do presidente irritou alguns parlamentares que tinham assinado o documento. A sessão ontem durou pouco mais de 10 minutos. (AM)

Nenhum comentário:

Postar um comentário