quarta-feira, 10 de abril de 2013

CARTA DE UM POLICIAL PARA UM BANDIDO ( MUITO INTERESSANTE ) SE AO FINAL DA LEITURA VC FICAR INDIGNADO COMO EU FIQUEI.


Isso é o que eu chamo de direito cumprido ao pé da letra !!!
CARTA DE UM POLICIAL PARA UM BANDIDO ( MUITO INTERESSANTE )
SE AO FINAL DA LEITURA VC FICAR INDIGNADO COMO EU FIQUEI COMPARTILHE.

Senhor Bandido,

Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos.

Durante vinte e quatro anos anos de atividade policial, tenho acompanhado suas “conquistas” quanto a preservação de seus direitos, pois os cidadãos e especialmente nós policiais estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, quanto mais direito você adquire, maior é nossa obrigação de lhe dar segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas vezes você não dar esse direito as suas vítimas. Todavia, não cabe a mim contrariar a lei, pois ensinaram-me que o Direito Penal é a ciência que protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador, e assim por diante.

Questiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia; hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é encontrada na arma de um policial ou pelo menos sua arma é a primeira a ser suspeita.

Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não possuímos dependência digna para você se ressocializar. Porém, quero que saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com dignidade.

Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam qualquer grevista envergonhado. Presença de advogados, imprensa, colete à prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-lo.

Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa obrigação também aumentará. Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial.

Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um membro do Ministério Público e outro da Ordem dos Advogados do Brasil, não seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus direitos.

Autor: Wilson Ronaldo Monteiro - Delegado da Polícia Civil do Pará
















Senhor Bandido,

Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem 
ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa
ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos
Humanos.

Durante vinte e quatro anos anos de atividade policial, tenho acompanhado
suas “conquistas” quanto a preservação de seus direitos, pois os cidadãos e
especialmente nós policiais estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, 
quanto mais direito você adquire, maior é nossa obrigação de lhe dar 
segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas 
vezes você não dar esse direito as suas vítimas. Todavia, não cabe a mim
contrariar a lei, pois ensinaram-me que o Direito Penal é a ciência que 
protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador,
e assim por diante.

Questiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e 
policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia;
hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será 
irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é 
encontrada na arma de um policial ou pelo menos sua arma é a primeira a ser 
suspeita.

Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não
possuímos dependência digna para você se ressocializar. Porém, quero que
saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou 
seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma 
digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com
dignidade.

Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam
qualquer grevista envergonhado. Presença de advogados, imprensa, colete à
prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam 
de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-
lo.

Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa
obrigação também aumentará. Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, 
não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial.

Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais 
sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o
inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um
membro do Ministério Público e outro da Ordem dos Advogados do Brasil, não
seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação
aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus 
direitos.

Autor: Wilson Ronaldo Monteiro - Delegado da Polícia Civil do Pará

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