quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Bombeiro uberlandense arrisca a vida e é promovido por ato de bravura


12/01/2012 
Do G1 Triângulo Mineiro
Bombeiro arriscou a vida para salvar duas pessoas (Foto: Reprodução/TV Integração)

O ato de bravura que motivou, no último mês, a promoção de patente do bombeiro Marcelo Teixeira, de soldado a cabo, ocorreu em 2009, mas não foi aprovado pela família. Porém, a atitude do militar foi fundamental para salvar a vida do tenente coronel do 5º Batalhão de Bombeiros em Uberlândia, Felipe Aidar. Marcelo colocou a própria vida em risco para salvar o tenente e mais uma pessoa.

Em março de 2009, durante o resgate de três afogados na Cachoeira Rio Claro, o tenente coronel sofreu uma queda de aproximadamente 12 metros. Após ser levado pela correnteza, o tenente conseguiu retornar à margem e no momento do resgate com o helicóptero da corporação a prancha começou a girar no ar oferecendo risco de alguma lesão mais grave.

No momento em que o helicóptero estava abaixando, o soldado Marcelo Teixeira se jogou por cima da prancha para fazer peso e evitar que o corpo do comandante batesse em algumas pedras que estavam próximas.
Temos que tentar ajudar o próximo mesmo colocando a vida em risco"
Marcelo Teixeira

“Era o que eu tinha em minhas mãos naquele momento, então me joguei e é esse o espírito de bombeiro. Temos que tentar ajudar o próximo mesmo colocando a vida em risco” contou Marcelo, que não se considera heroi e sim um bombeiro.

De acordo com o tenente coronel, este foi um dos acidentes mais graves nos 25 de trabalho dele. “Pensei que não ia conseguir sair de lá. Quando caí fui levado pela correnteza e afundei várias vezes, na última fiquei muito tempo embaixo d'água e imaginei que seria minha hora”, contou.

Apesar de o fato ter preocupado todos da corporação, o momento hoje é lembrando com alegria para o tenente coronel. Segundo Felipe Aidar, a atitude e as técnicas que Marcelo utilizou durante o resgate foram ensinadas em um curso de mergulho e salvamento que o próprio tenente repassou.

O episódio também é recordado pela família como exemplo. “Para nós ele é um heroi e disso não temos dúvida. Ser reconhecido pelo o que fazemos hoje é muito difícil e ele é um exemplo, pois faz as coisas por prazer e não por obrigação”, disse o filho do cabo, Eduardo Henrique Alves.

A promoção por ato de bravura não é comum e é concedida quando é realizada uma ação praticada por policiais ou bombeiros militares de forma voluntária. Caso contrário, para ser promovido é preciso que o soldado complete dez anos de serviço ou então seja aprovado em concurso público.

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