sábado, 24 de março de 2012

Família fica 8 horas a espera de rabecão


Apenas um veículo atende a 8 cidades da região metropolitana e a trechos da 262 e 381
Publicado no Super Notícia em 24/03/2012
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LISLEY ALVARENGA
cidades@otempobetim.com.br
FOTO: JOÃO LÊUS
Indignada, Sebastiana de Jesus, mãe de Sônia, espera carro
Revolta. Esse foi o sentimento dos familiares de Sônia Ferreira de Jesus, de 36 anos, após terem que esperar por oito horas a chegada de um rabecão à Unidade de Atendimento Imediato (UAI) 7 de Setembro, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.
A agonia começou às 13h45, quando foi anunciada a morte de Sônia que, segundo laudo da família, teve um Acidente Vascular Celebral (AVC). "Após ficarmos sabendo do falecimento, os funcionários da unidade solicitaram a remoção. Aguardamos por horas. Quando fomos questionar a demora, uma funcionária disse que há apenas um carro para atender a sete cidades. O rabecão só apareceu às 22h10. E se minha irmã tivesse morrido em casa? Esperaríamos muito mais. É uma falta de respeito", desabafa Marco Aurélio Ferreira de Jesus, irmão de Sônia.
Já segundo um ex-funcionário do serviço de remoção, na realidade, o rabecão atende a oito municípios e, ainda, a trechos das BRs 262 e 281. "Para se ter uma ideia, se uma pessoa morre em Mateus Lemes, tem que ir para Belo Horizonte para fazer raio X, pois em Betim não tem. Depois, volta para cá para fazer a necropsia", conta.
A prefeitura informou que a contratação desse serviço está em análise.
Remoção é feita por um carro
Segundo o delegado Wagner Sales, todo o serviço de remoção de Betim, Juatuba, Sarzedo, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Ibirité, Mateus Leme e Brumadinho é feito apenas por um veículo, que foi cedido pela polícia da capital. "Antes, o serviço era feito pela Funerária Redentor, mas chegou a parar por que os carros estragaram e o contrato foi cancelado. Desde então, dependemos de Belo Horizonte".

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