sexta-feira, 8 de junho de 2012

Major da PM é pego fumando crack Policial, que exerce a função há 25 anos, é flagrado por outros PMs usando droga em um quarto de motel na capital



Publicado no Super Notícia em 08/06/2012
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RICARDO VASCONCELOS
FOTO: FOTOS SAMUEL AGUIAR
Num quarto com menos de 10 m² em um motel localizado em um dos principais pontos de prostituição do centro de Belo Horizonte, um escândalo revelou que uma das drogas mais disseminadas no século XXI não escolhe vítimas ou classes sociais.

Na tarde de anteontem, um major com 25 anos de serviço na Polícia Militar de Minas Gerais e que trabalhava na Secretaria da Copa do Mundo - pasta criada para organizar e planejar o evento de futebol de 2014 no Brasil - foi flagrado no cômodo da hospedagem por outros PMs, fumando crack com um travesti.

Segundo uma funcionária do motel, que pediu para não ter seu nome revelado, o militar de 44 anos chegou ao local na companhia de um travesti. Os dois alugaram um quarto por R$ 15, para um período de uma hora. Pouco tempo depois que entraram, os funcionários e hóspedes começaram a sentir um cheiro forte vindo do quarto.

"Nunca passou pela minha cabeça que uma pessoa desse nível social estaria num local como esse usando uma droga dessa. Foi algo lamentável", disse a testemunha. Uma equipe do 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM) fazia uma patrulha pela região e foi acionada até o local.
O major foi detido em flagrante e encaminhado para a Delegacia Adjunta do Juizado Especial Criminal. Depois de ouvido, ele foi liberado. A PM informou que a família providenciou a internação do militar, ontem, em uma clínica de reabilitação em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

Dependência
O chefe da assessoria de comunicação da PM, Major Marcone de Freitas Cabral, não soube dizer há quanto tempo o militar é usuário de crack. No entanto, ele disse que o caso se tornou de conhecimento da corporação há seis meses. "Desde então, ele buscou tratamento em três clínicas para desintoxicação. Infelizmente, na quarta-feira, ele teve uma recaída", lamentou Freitas.

Segundo ele, o caso do militar está sendo analisado pela cúpula da PM para saber que medida será tomada. Caso o major consiga abandonar o vício, ele poderá reassumir suas funções. No contrário, será reformado por tempo de serviço. "Ele é um bom oficial e estava lutando para abandonar o vício. Enquanto isso não acontecer, fica incompatível o exercício da sua função", afirmou.

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