sábado, 7 de julho de 2012

Justiça determina retomada de 100% aos trabalhos dos funcionários da Saúde


Servidores prometem descrumprir liminar e manter de 30 a 50% a escala grevista 
FOTO: JOÃO GODINHO - 20.6.2012
Movimento começou no dia 14 de junho e, segundo sindicato, atinge 21 hospitais
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou, no último dia 5, que os servidores estaduais da saúde - em greve desde 14 de junho - retomem 100% da escala de trabalho nos setores de urgência e emergência, bloco cirúrgico e centros e unidades de Terapia Intensiva (CTI) e (UTI).

A decisão foi dada a pedido do governo do Estado, mas não deve mudar a postura dos grevistas, que vêm mantendo entre 30% e 50% da equipe trabalhando em 21 hospitais, conforme o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG).

A Justiça estabelece ainda que os trabalhadores mantenham pelo menos 50% da escala nos demais setores dos hospitais. Em caso de descumprimento da decisão, a multa é de R$ 50 mil por dia, a ser paga pelo sindicato da categoria. "A manutenção do movimento grevista, nos moldes como se encontra, ocasionará inquestionáveis prejuízos à grande parte da população, que necessita de dos serviços de saúde fornecidos pelo Estado de Minas Gerais", declarou o desembargador Eduardo Andrade, da 1ª Câmara Cível, na liminar.

O sindicato, que ainda não foi notificado pelo oficial de Justiça, informou que vai recorrer da decisão e que manterá o quadro de greve atual. "Vamos continuar com escala em torno de 50% na urgência e emergência e na UTI e CTI, e 30% nos demais setores", disse Renato Barros, coordenador do Sind-Saúde.
Pacientes sofrem
Pacientes relatam a falta de estrutura e a carência no atendimento básico, e alguns precisam até recorrer ao plano privado e pagar caro para conseguir uma cirurgia de emergência.

O eletricista Vander Vieira, de 47 anos, feriu os olhos após o estouro de uma bateria de carro. Depois de indas e vindas no Hospital Pronto-Socorro João XXIII, ele foi levado para se tratar em uma clínica particular. A família pagou R$ 10 mil pela operação.

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