terça-feira, 7 de agosto de 2012

MARIA DA PENHA Lei esbarra na falta de estrutura em MG


No Estado, 111 mil processos contra agressores aguardam decisões do TJMG
Publicado no Super Notícia em 07/08/2012
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LUCIENE CÂMARA
FOTO: SEVERINO SILVA /AG. O DIA - 8.5.2012
Só em BH, há 43.463 casos ativos atualmente
A Lei Maria da Penha, que completa seis anos hoje, é responsável por estimular uma legião de mulheres a denunciar a violência doméstica.

Só em Minas Gerais, 31.522 vítimas procuraram a polícia, de janeiro a abril deste ano, para registrar as agressões, o que dá uma média de 260 queixas por dia, de acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Mas a punição dos agressores ainda esbarra na falta de estrutura do Poder Judiciário. Atualmente, 111.424 processos de violência contra a mulher aguardam decisões do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Em Belo Horizonte, há 43.463 casos ativos atualmente. A situação se agrava quando considerada a tendência de aumento das denúncias que resultam em processos judiciais. Em 2011, 18.584 casos foram parar nas três varas especializadas da capital, 40% a mais do que em 2010, quando 13.266 processos passaram a tramitar. Na capital, apenas 6.890 processos relacionados à Lei Maria da Penha foram julgados no ano passado.

"O volume que temos hoje para julgar é absurdo. Não dá nem para precisar o tempo de espera das decisões", afirmou a superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMG, a desembargadora Heloísa Helena de Ruiz Combat.

Ontem, mais um caso veio à tona. Carlo Alberto Reis, de 36 anos, foi preso e confessou ter matado a mulher, no último dia 21, na região Oeste da capital. Patrícia do Carmo Torres dos Reis, de 25, foi morta a facadas.
Papel de todos
<CW-36>A Lei Maria da Penha se popularizou e ajudou muitas mulheres a denunciar seus agressores. A titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da capital, Elizabeth de Freitas alertou para a importância de vizinhos e parentes também denunciarem. "Não é preciso mais ter queixa da vítima para o agressor ser punido. Qualquer pessoa pode denunciar". (LC)

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