quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sandy matou quase 50 pessoas nos EUA


Brasileiros relatam momentos da passagem da supertempestade
Publicado no Super Notícia em 31/10/2012
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LITZA MATTOS
FOTO: THE VIRGINIAN-PILOT, STEVE EARLEY/ ASSOCIATED PRESS
O ciclone pós-tropical Sandy que passou pela Costa Leste do Estados Unidos deixou, pelo menos, 48 mortos no país (sendo 18 em Nova York) e mais de cem vítimas desde que se formou no Caribe, além de um cenário de completa devastação. Segundo as autoridades locais norte-americanas, a expectativa é que o número de vítimas aumente.

O desastre de grandes proporções afetou, principalmente, as regiões de Nova York e Long Island. Em Nova York, o fenômeno causou a maior destruição no metrô em seus 108 anos de existência, além de ter provocado um incêndio que queimou cerca de cem moradias. Já a parte baixa de Manhattan foi atingida por uma onda de 3,9 m que inundou túneis, estações de metrô e ruas. Ao todo, o fenômeno deixou mais de 8,2 milhões de pessoas sem luz.

Como o ciclone Sandy paralisou a campanha para as eleições presidenciais norte-americanas, marcadas para a próxima terça-feira, o presidente Barack Obama visitou ontem a sede da Cruz Vermelha em Washington. Ele qualificou o momento como "doloroso para a nação" e disse que os perigos das enchentes e da queda das linhas de eletricidade persistem. A Bolsa de Valores de Nova York prevê reabrir suas operações hoje.

Brasileiros. Morando há mais de seis anos nos EUA, o manobrista Gustavo Guimarães disse que Sandy chegou a New Jersey por volta das 19h de anteontem e que, por isso, foi difícil dormir tranquilamente. "Foi complicado por causa do barulho provocado pelos ventos. Às vezes, as rajadas se intensificavam e nos deixavam mais assustados".

Guimarães contou que, na manhã de ontem, o cenário era assustador. "Dei uma volta pelas redondezas, e as ruas estavam muito sujas. Galhos de árvores e folhas estão por toda parte. Muitos fios partidos também. Algumas cidades vizinhas estão sem energia e nada funciona", disse.

Mineira de Teófilo Otoni, Gabriela Pimenta, que há dois anos mora em Nova York, disse que a noite foi mais
tranquila do que esperava. "Apenas hoje (ontem) pela manhã, quando pude sair, percebi que havia árvores caídas, mas tudo deverá voltar ao normal em poucos dias", explicou. Além disso, Gabriela disse que todos os seus amigos brasileiros estão bem e conseguindo se comunicar com os familiares. (Com agências)

Companhias aéreas cancelam mais 20 voos
As companhias aéreas que operam nos trechos entre Brasil e as cidades da Costa Leste dos EUA - TAM, Delta, American Airlines e United Airlines - cancelaram, pelo menos, mais 20 voos entre ontem e hoje.

A American Airlines foi a companhia que mais cancelou seus voos. Ao todo, foram seis ontem e quatro hoje. A TAM desmarcou cinco voos ontem e dois hoje - todos com destino à Nova York. Delta e United Airlines, cancelaram um e dois voos, respectivamente.

De acordo com a TAM, a empresa tomou essas medidas seguindo as recomendações das autoridades locais.

A empresa afirmou que está prestando a assistência aos passageiros. "Eles serão reacomodados nas próximas
opções de voos disponíveis, sem cobrança de taxas. Os clientes com bilhetes para esse destino podem entrar em contato com a Central de Atendimento da TAM antes de se dirigir ao aeroporto", afirmou em nota enviada pela assessoria de imprensa. Já a United Airlines confirmou que, entre domingo e hoje, foram pré-cancelados cerca de 3.700 voos em todo o sistema, pouco mais de 15% da programação para o período com base em uma média de 5.500 voos diários.

Também em nota, a empresa afirmou que os passageiros poderão fazer a remarcação até 7 de novembro.

Os aeroportos Liberty e La Guardia, que atendem Nova York, deverão ficar fechados até amanhã, mas o Aeroporto JFK poderá reabrir hoje com "operações limitadas de voos", segundo autoridades. (LM)

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