Em um dos casos, menino de 6 anos foi arremessado ao ser atingido por um motociclista embriagado e inabilitado
FOTO: ALEX DE JESUS
Pai disse que o filho estava transitando na beira da calçada na hora do acidente
A nova Lei Seca, que está valendo desde a última sexta-feira e faz chegar a quase R$ 2.000 o valor da multa para quem for pego dirigindo embriagado, não impediu motoristas de provocarem tragédias no trânsito no feriado prolongado de Natal. Duas crianças morreram no período atropeladas em Belo Horizonte por condutores alcoolizados. Outras 44 pessoas foram flagradas sob efeito de álcool ao volante, uma média de oito por dia.
O resultado foi o que se viu na noite de Natal, no bairro Serra Verde, na região Norte da capital. Um menino de 6 anos, que saiu de casa com a tia, por volta das 19h, para tomar açaí e se refrescar do calor, foi arremessado por cerca de 10 m ao ser atingido por uma motocicleta na rua. O condutor Paulo Henrique Tomás da Silva, de 24 anos, admitiu à polícia ter bebido uma caixa de latinhas de cerveja com os amigos em um bar antes do acidente.
O menino chegou a ser socorrido com traumatismo craniano para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas acabou morrendo. Já o motociclista, que não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH), se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas, mesmo assim, foi indiciado por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) e ficou preso no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão, na região Nordeste.
Mais tragédia
Dois dias antes, a vítima foi uma menina de 2 anos que passeava com a mãe em uma calçada do bairro Serrano, na região Noroeste da capital. Ela foi prensada contra um muro por um carro conduzido por Lucas Alexandre Dias Pelli, de 18, que, segundo a polícia, estava visivelmente embriagado e teria feito manobras arriscadas no bairro antes de bater.
A criança morreu na hora, e o rapaz está preso no Ceresp São Cristovão. Já o exame de sangue para atestar se ele estava ou não alcoolizado ainda não ficou pronto, segundo a Polícia Civil.
O resultado foi o que se viu na noite de Natal, no bairro Serra Verde, na região Norte da capital. Um menino de 6 anos, que saiu de casa com a tia, por volta das 19h, para tomar açaí e se refrescar do calor, foi arremessado por cerca de 10 m ao ser atingido por uma motocicleta na rua. O condutor Paulo Henrique Tomás da Silva, de 24 anos, admitiu à polícia ter bebido uma caixa de latinhas de cerveja com os amigos em um bar antes do acidente.
O menino chegou a ser socorrido com traumatismo craniano para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas acabou morrendo. Já o motociclista, que não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH), se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas, mesmo assim, foi indiciado por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) e ficou preso no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão, na região Nordeste.
Mais tragédia
Dois dias antes, a vítima foi uma menina de 2 anos que passeava com a mãe em uma calçada do bairro Serrano, na região Noroeste da capital. Ela foi prensada contra um muro por um carro conduzido por Lucas Alexandre Dias Pelli, de 18, que, segundo a polícia, estava visivelmente embriagado e teria feito manobras arriscadas no bairro antes de bater.
A criança morreu na hora, e o rapaz está preso no Ceresp São Cristovão. Já o exame de sangue para atestar se ele estava ou não alcoolizado ainda não ficou pronto, segundo a Polícia Civil.
Na beira da calçada
LUCIENE CÂMARA E JOSÉ VÍTOR CAMILO
Alegre com a bicicleta que havia ganhado de Natal, o garotinho de 6 anos, que morreu atropelado, nem chegou a usar o presente, segundo o pai dele, o advogado Henrique Júnior Rodrigues, de 30 anos.
Ele disse que o filho estava transitando na beira da calçada na hora do acidente. "Como o passeio é muito apertado, ele e a tia foram para a rua para fazer a curva e continuar o trajeto", relatou. O garoto estava cursando o 1º ano do ensino fundamental e começando a ler. "Meu filho tinha toda uma vida pela frente", concluiu.(JVC)
Ele disse que o filho estava transitando na beira da calçada na hora do acidente. "Como o passeio é muito apertado, ele e a tia foram para a rua para fazer a curva e continuar o trajeto", relatou. O garoto estava cursando o 1º ano do ensino fundamental e começando a ler. "Meu filho tinha toda uma vida pela frente", concluiu.(JVC)
FOTO: VANDER OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO
Mortes no Natal superaram o feriado da Proclamação da República
921 acidentes e 65 mortes em MG
Lucas Simões
Em apenas quatro dias de feriado prolongado do Natal já houve aumento de 28% no número de mortes nas estradas federais de todo o país, em comparação ao mesmo recesso do ano passado.
Em 30% dos casos, a imprudência das ultrapassagens mal-sucedidas levou aos acidentes mais graves, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em Minas Gerais, que possui a maior malha viária do país, 65 pessoas morreram nas estradas que cortam o Estado. Ao todo, foram 921 acidentes com 750 feridos em todas as estradas mineiras.
Apesar de ainda não haver dados comparativos em Minas, as mortes entre os dias 21 e 26 de dezembro deste ano superam o feriado da Proclamação da República, que também durou quatro dias e registrou 34 mortes nas estradas mineiras - um aumento de 49,25%.
Mesmo tendo registrado menos acidentes do que as rodovias federais, as estradas estaduais mineiras tiveram maior número de mortos e feridos durante o feriado de Natal. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), foram 37 mortos e outros 428 feridos em 446 acidentes. Nas estradas federais que cortam Minas, a PRF informou que foram 22 mortos e outros 322 feridos em 475 acidentes.
Em 30% dos casos, a imprudência das ultrapassagens mal-sucedidas levou aos acidentes mais graves, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em Minas Gerais, que possui a maior malha viária do país, 65 pessoas morreram nas estradas que cortam o Estado. Ao todo, foram 921 acidentes com 750 feridos em todas as estradas mineiras.
Apesar de ainda não haver dados comparativos em Minas, as mortes entre os dias 21 e 26 de dezembro deste ano superam o feriado da Proclamação da República, que também durou quatro dias e registrou 34 mortes nas estradas mineiras - um aumento de 49,25%.
Mesmo tendo registrado menos acidentes do que as rodovias federais, as estradas estaduais mineiras tiveram maior número de mortos e feridos durante o feriado de Natal. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), foram 37 mortos e outros 428 feridos em 446 acidentes. Nas estradas federais que cortam Minas, a PRF informou que foram 22 mortos e outros 322 feridos em 475 acidentes.
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