quarta-feira, 3 de abril de 2013

Cabo da PM é preso acusado de cobrar resgates de veículos furtados em São Paulo



Um policial militar foi preso na sexta-feira, 22, no bairro Morumbi, pela Polícia Civil, acusado de envolvimento em esquema de cobrança de resgate de veículos furtados na cidade. Foram presos com ele um mecânico, acusado de receptação, e o homem encarregado de praticar os furtos e esconder os veículos. Com o trio foram apreendidos R$5 mil que teriam sido pagos por uma vítima para resgatar uma caminhonete furtada recentemente na cidade. Comunicado, o comandante da Polícia Militar designou oficiais para acompanhar a ocorrência, mas ainda não quis falar à imprensa.

A operação da Polícia Civil foi realizada na noite de sexta-feira, por volta de 22h, no bairro Morumbi, e resultou na prisão em flagrante de três pessoas, entre elas o cabo da Polícia Militar C.S.S., 34 anos, e ainda o mecânico L.E.A., 40, e o envolvido W.O.J.N., 31, todos acusados de participar de um esquema de furto e roubo de veículos na cidade, com consequentes pedidos de resgate para que os veículos fossem devolvidos às vítimas.
 
Ainda segundo a polícia, no esquema havia pessoas responsáveis por efetuar os furtos e ainda os receptadores, entre os quais o mecânico e o policial militar, que é acusado de ser o responsável pelas negociações com as vítimas. Depois que o valor do resgate era acertado, eram feitos o encontro para o pagamento dos valores e a consequente distribuição do dinheiro.
O delegado Luiz Antônio Blanco, que comandou a operação, falou à reportagem que foram abordadas cinco pessoas, porém ficou esclarecido que duas eram a vítima N.J.B., 37, e um amigo, que vieram de Araxá para efetuar o pagamento do resgate exigido no valor de R$5 mil, depois que sua caminhonete foi furtada, quando ele efetuava uma entrega de queijo na cidade.
O veículo foi localizado no meio de um canavial, às margens da rodovia BR-262, na saída para Campo Florido, próximo ao Jockey Park, onde foram encontradas também várias peças de outros veículos e onde a vítima foi levada para reconhecer o seu veículo antes de efetuar o pagamento. Diante dos fatos, os três envolvidos receberam voz de prisão em flagrante e foram conduzidos à 15ª DPC para as providências.

Blanco falou que, além de agir em prol do crime, o policial militar, sendo um servidor público, cometeu também o crime de “concussão”, que, segundo o Código Penal, “é o ato de exigir para si ou para outrem dinheiro ou vantagem em razão da função, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. A pena é de reclusão, e vai de dois a oito anos. Há ainda a pena de multa, que é cumulativa com a de reclusão”.

Para encerrar, o delegado ressaltou a necessidade de a polícia cortar da própria carne para combater o crime. Até o fechamento desta edição os envolvidos continuavam sendo ouvidos na delegacia. Procurado, o comando da Polícia Militar não quis se manifestar, alegando que falará posteriormente sobre o caso

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