sábado, 20 de abril de 2013

Policiais civis são presos por assassinatos


Agentes ficarão detidos em Belo Horizonte; eles já tinham ficha criminal
Publicado no Super Notícia em 20/04/2013
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JOHNATAN CASTRO
Enviado especial
FOTO: RODRIGO LIMA
Cúpula. Troca no comando local da Polícia Civil foi anunciada no início da tarde de ontem, em coletiva; ao centro, Cylton Brandão
Ipatinga. Dois policiais civis foram presos ontem suspeitos de participação nos assassinatos do repórter Rodrigo Neto, em 8 de março, e do fotógrafo Walgney Carvalho, no último domingo, na região do Vale do Aço. Mais cedo, a Polícia Civil já havia anunciado a queda da cúpula da Polícia Civil de Ipatinga. Na ocasião, Cylton Brandão reconheceu o envolvimento de policiais nas mortes e admitiu participação de servidores nos crimes que eram investigados por Neto  e que podem ter levado a seu assassinato.

A assessoria da polícia não deu detalhes sobre os policiais detidos. O chefe da corporação disse, por telefone, que os dois têm ficha criminal - ele não informou os crimes cometidos -, e que serão trazidos hoje para Belo Horizonte. Eles ficarão detidos na Casa de Custódia da corporação, no Horto, na região Leste.

Troca de comando. O chefe do 12º Departamento de Polícia Civil da cidade, delegado José Walter da Mota, foi substituído pelo subcorregedor da polícia, Elder D´Ângelo, que vai acumular os dois cargos. Já Irene Angélica Franco, que atuava na Delegacia da Mulher, assumirá o cargo de delegada regional de Ipatinga, que antes era ocupado por Gilberto Simão. Mesmo admitindo relações de policiais com os crimes, Cylton negou que os delegados substituídos tenham participação neles.

Para Robson Sávio, pesquisador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), as trocas podem indicar alguma participação ou conivência dos substituídos.

"Uma mudança de chefes da polícia no meio de uma investigação grave não é comum. Aliás, isso indica que outros policiais podem ser afastados. A questão é: se as trocas forem para enterrar o processo ou dar qualquer proteção a esses delegados, o que pode acontecer, aí temos uma situação terrível".

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