quarta-feira, 8 de maio de 2013

Agente joga paciência, e preso foge de delegacia


Testemunha afirma que suspeito escapou enquanto policial civil estava distraído no computador
Publicado no Super Notícia em 08/05/2013
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TÂMARA TEIXEIRA
FOTO: REPRODUÇÃO GOOGLE STREET VIEW
Corregedoria da Polícia Civil investiga circunstâncias da fuga na 2ª Delegacia Regional
A denúncia de que um suspeito de furto teria fugido pela porta da frente da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Conselheiro Lafaiete, na região Central do Estado, pouco depois de ser deixado no local por policiais militares, é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil. O jovem, que teria furtado uma caminhonete, escapou do prédio correndo, na madrugada da última segunda-feira, enquanto o agente que estava de plantão na recepção estaria distraído em um computador da delegacia.

Uma testemunha ouvida na porta da delegacia pelo portal de notícias "Diário de um Repórter" confirmou a denúncia. "O preso levantou e eu vi que o policial civil estava no computador jogando ‘joguinho de paciência’. O preso passou por ele e, na hora que estava na porta, ele (o policial) o viu e saiu correndo atrás dele", afirmou. O agente ainda teria atirado contra o suposto ladrão, para tentar impedir a fuga, mas não conseguiu.

Conforme a Polícia Civil, Deivid Leonardo Gomes havia sido preso e foi conduzido à delegacia pela Polícia Militar (PM), por suspeita de ter furtado uma caminhonete na companhia de outros jovens menores de idade.

O furto foi denunciado pelo dono do veículo, um jovem de 29 anos. A caminhonete foi encontrada abandonada às margens da BR-040 e, de acordo com a PM, a chave do veículo estava com o grupo de jovens, moradores da região.

Sindicância
A delegada regional de Conselheiro Lafaiete, Patrícia Bianchetti, informou que o suspeito ainda não havia sido ouvido e autuado, quando escapou da delegacia. "Uma sindicância administrativa foi instaurada pela corregedoria e as circunstâncias da fuga estão sendo apuradas. No momento do incidente, havia outro delegado no plantão", detalhou.

Um comentário:

  1. Não me causa estranheza tal fato, aliás, nada no sistema público é de se estranhar. Estranharia sim, quando tivesse a notícia de que agentes públicos, servidores públicos que se acham patrões do povo e não o contrário, fossem punidos exemplarmente diante de falhas diversas. Estranharei quando ver de fato, o escudo do corporativismo ser banido; quando servidores públicos serem da Lei serem julgados pelos mesmos caminhos dos demais cidadãos. Sindicância: quando se houve tais termos, nós, que pagamos tanto para ter praticamente nenhum retorno em termo de segurança, salva guardando algumas exceções, soam como um `vamos ver se colocamos um pano quente em cima disto´. Pois, há tantos agentes públicos envolvidos com toda sorte de situações, que aos comuns é passível de duras penas e arbitrariedades, e um esforço imenso em se abafar ou não se punir, com no mínimo a expulsão da corporação, que não dá para acreditar que algum resultado satisfatórios surgirá.
    Aproveito para parabenizar pela página.
    Em suma: há tanto interesse em não se punir que há tempos as corporações não são vistas com tão bons olhos por uma certa parcela da população, por conta de tanta impunidade e morosidade em fazê-lo.
    As penas contra agentes públicos tinham que ser as mais duras, simplesmente pelo fato de serem, pessoas bancadas com o dinheiro público e deveriam ser exemplos à população. De fato isso não ocorre.
    Agora, verdade seja dita, o cidadão que se retirou do local deveria ser premiado, de preferência com o salário do `atento´ agente.

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