quarta-feira, 19 de junho de 2013

Manifestantes mostram registros que comprovam a ação truculenta da PM nos protestos em BH (Por favor, mostrem a realidade não deturpem as coisas).

Em um dos vídeos, uma menina é agredida por um militar que estava munido de cassetete; em outra imagem, um internauta mostra o ferimento causado por uma bala de borracha que levou ao tentar ajudar um manifestante
PUBLICADO EM 18/06/13 - 15h36
Após as manifestações ocorridas na tarde desta segunda-feira (17), diversos relatos sobre o confronto com a Polícia Militar (PM) começaram a pipocar nas redes sociais.
Alguns internautas disseram que as câmeras de segurança nas proximidades do estádio foram desligadas durante a manifestação. Porém, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), informou que as câmeras estavam em pleno funcionamento durante todo o dia. Mesmo assim, os próprios manifestantes, munidos de celulares com câmeras de vídeo registraram alguns pontos-chave da confusão. Durante o período da manifestação, as câmeras da BHTrans também apresentaram falhas de transmissão e o serviço chegou a ficar fora do ar por alguns minutos. Neste caso, o órgão informou que o problema ocorreu devido ao grande número de acessos que a página estaria recebendo na tarde desta segunda (17). No entanto, a ação da polícia não demonstrou receptividade aos que queriam fazer registros em fotos e vídeos. Um jornalista da equipe de reportagem de O Tempo teve o aparelho celular destruído pelo cassetete de um militar, o major Jean Carlos, mesmo após se identificar como jornalista.
Um destes registros divulgados é a imagem de uma menina que portava uma bandeira e estava com as mãos na cabeça, sem nenhuma espécie de defesa, sendo agredida por militares em meio à fumaça das bombas de gás lacrimogênio que eram, a todo momento, lançadas pela polícia.
Outro registro é a imagem de um manifestante, que está sendo compartilhada no Facebook, no qual mostra um ferimento nas costas que teria sido provocado por uma bala de borracha. Segundo o internauta, Matheus Machado, o ataque ocorreu "de graça".
"Eu estava quieto atrás de uma árvore, oferecendo antiácido para os manifestantes atacados covardemente pela guerra química da PMMG, tinha gás pra todo lado. Vi o policial se aproximando e mirando bem alto. Protegi a cara e tomei no ombro de graça, só por ajudar pessoas afetadas pelo gás. Governador Anastasia, FIFA e Márcio Lacerda, essa eu vou pendurar na conta de vocês", contou.
Na mesma imagem, a tatuagem do manifestante contrasta com o ato de violência: um homem em ato de protesto, com o rosto tampado por uma camisa - como diversos manifestantes tiveram que usar para minimizarem a ardência provocada pelas bombas de gás lacrimogênio - lança um buquê de rosas, em um ato explícito de luta, fazendo referência aos protestos de maneira pacífica. A tatuagem é uma gravura do artista Banksy, que ficou conhecido no mundo inteiro por seus desenhos de onde à revolução pacífica e de denúncia contra as mazelas do governo em prédios e paredes de Londres, na Inglaterra, e também em outros países.
Outro vídeo impactante compartilhado por um dos manifestantes registrou o momento em que um deles, Gustavo Justino, acabava de cair do viaduto José Alencar, no entroncamento entre as avenidas Abraão Caram e Antônio Carlos, na Pampulha, durante a confusão e o cerco formado contra os manifestantes no viaduto. No vídeo, um rapaz pede ajuda da polícia para ajudar Gustavo - que ficou gravemente ferido e permanece internado no Hospital Risoleta Neves nesta terça-feira (18) - e recebe como resposta da polícia, "para deixar ele lá, ele não estava rezando".
Além disso, outros registros mostram situações tensas, como o momento em que a PM começou a atirar nos militantes que estavam embaixo do viaduto, e o "resgate" da Comandante de Policiamento da capital, a coronel Cláudia Romualdo, por parte dos próprios manifestantes no meio da confusão. A oficial estava no meio do povo e acabou se perdendo da escolta. Quando a polícia começou a lanças bombas de gás lacrimogênio ela também estava do outro lado e, por receio da exaltação de alguns manifestantes, um grupo se formou ao redor da coronel e a levou em segurança até a polícia.
Na tarde desta terça-feira, o governador Antônio Anastasia e o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Márcio Martins, se reúnem para falar com a imprensa sobre a ação policial durante os protestos e as manifestações populares no Estado.
Resposta
O governador Antonio Anastasia se pronunciou nesta terça-feira (18), no Palácio Tiradentes, junto ao comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, o coronel Márcio Martins Sant´Ana, sobre as manifestações populares ocorridas no Estado, nos últimos dias.

Anastasia iniciou o discurso falando que em Minas, há o "compromisso com a defesa da livre manifestação pacífica dos cidadãos, base fundamental do estado de direito e da nossa democracia". Anastasia ainda disse que foi o responsável pela orientação às forças da segurança pública de não medirem esforços para que os atos públicos ocorram sempre de maneira pacífica.

Em seguida, o governador disse que a segurança dos manifestantes deve ser garantida. Confira na íntegra:

"Não podemos permitir, entretanto, que milhares de manifestantes que ocupam as ruas do país em manifestações pacíficas sejam confundidos com algumas pessoas que se misturam à multidão com o claro objetivo de criar confrontos, de provocar e atacar as forças de segurança e o patrimônio público que pertence a toda sociedade.

É inadmissível que alguns poucos instiguem a violência e se transformem no rosto e na imagem dos milhares de cidadãos que se manifestam pacificamente em várias cidades do país.

Neste sentido, nosso governo deve dar garantias àqueles que protestam, por razões diversas, de forma democrática.  E ao lado deles – e de toda a nossa sociedade – buscará garantir que o direito à manifestação continue intacto, mas sem que isto signifique riscos e prejuízos ao patrimônio público e privado e para o conjunto da população".

Para finalizar, Anastasia fez um apelo aos manifestantes para que conduzam os protestos de maneira pacífica.
Atualizada às 17h30.
Fonte do Blog: Existem pessoas tentando deturpar a imagem da Pm, contudo quanto  a este vídeo postado, é claro mostrar a distancia que a tal pessoa que fala com o militar esta do viaduto e o militar num momento daquele, não pode se afastar do seu grupo. E para nós, realmente o que um manifestante estaria fazendo no alto de um viaduto.

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