sexta-feira, 14 de junho de 2013

PMs feridos em manifestação recebem cumprimentos

pmferidoGovernador em exercício cumprimenta policiais militares feridos na manifestação.
O Governador em exercício, Guilherme Afif Domingos, o Secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, e o Comandante-Geral da PM, Coronel PM Benedito Roberto Meira, reuniram-se hoje na sede do Comando-Geral para cumprimentar os policiais militares feridos durante os protestos violentos perpetrados pelo Movimento Passe Livre na noite de ontem (11).
A consideração dispensada pelas autoridades do Governo Estadual demonstra fundamental apoio, reconhecendo como legítima a ação desenvolvida pela Polícia Militar no restabelecimento da ordem após as ações de vandalismo praticadas por baderneiros encapuzados e motivados em levar o caos à sociedade paulistana.
Toda a imprensa noticiou os fatos e divulgou imagens estarrecedoras de absoluto desrespeito aos direitos da população. E, durante toda a operação de retomada da ordem, o efetivo agiu dentro da mais absoluta legalidade, mostrando-se, tecnicamente e psicologicamente, preparado para esse tipo de situação. “Trabalhamos, por vezes, no limite. A experiência de vinte anos de serviços prestados e a preparação técnica adquirida ao longo desse período me permitiram avaliar que ainda não havia alcançado esse limite e optei por não efetuar disparos”, afirmou o Sd PM Wandelei Paulo Vignoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo, covardemente agredido.
Ao todo, foram 8 policiais militares feridos durante os protestos, que reuniram aproximadamente cinco mil integrantes, segundo o Comando da operação.
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Alckmin diz que policial ferido por manifestantes agiu com ‘profissionalismo’

Em Paris, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), elogiou o policial ferido por manifestantes na rua 11 de Agosto, ao lado do Tribunal de Justiça de São Paulo. As agressões ocorreram após o PM agarrar um jovem que tentava pichar o prédio da Justiça.
O grupo que atacou o PM participava das manifestações contra o aumento da tarifa. Integrantes do Movimento Passe Livre, que organiza os protestos, dizem que não conhecem os agressores. Um dos organizadores do Passe Livre ajudou a socorrer o policial.
“A polícia agiu com profissionalismo. Policiais inclusive foram feridos pela violência do movimento”, disse em entrevista coletiva, após a apresentação da candidatura de São Paulo para sediar a Expo 2020.
“Quero aqui até destacar o policial que foi ferido, ficou sangrando e não reagiu. Poderia ter consequências mais graves”, elogiou o governador.
A Folha testemunhou a cena do policial sendo cercado por manifestantes, derrubado e agredido com chutes e socos. Ao se levantar, o PM sacou a arma, apontou para os manifestantes e, depois para o alto, mas não disparou.
CONFRONTO
O protesto realizado ontem contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem terminou com 20 pessoas detidas em São Paulo. Mais cedo, foram registrados confrontos entre manifestantes e policiais militares, e o ato deixou um rastro de vandalismo na região central.
Os detidos foram encaminhados para o 78º DP (Jardins), e a fiança deles foi fixada em valores de até R$ 20 mil. Foram apreendidos pela polícia objetos como fogos de artifício, placas, máscara de gás, extintores de incêndio e até um bicicleta.
A avenida Paulista foi liberada para o tráfego apenas por volta das 23h, após o término do protesto. A via, no entanto, ficou com um rastro de vandalismo, com vidros quebrados e pichações em agências bancárias, lojas, estações de metrô e base da PM.
Os cerca de 5.000 manifestantes começaram o ato por volta das 17h na praça do Ciclista, na avenida Paulista, e seguiram em passeata pela região central, passando pela Consolação, pela ligação leste-oeste, pela Liberdade, que tiveram interdições. O grupo também pichou muros e ônibus pelo caminho.
O primeiro confronto ocorreu no terminal Parque Dom Pedro 2º, quando um grupo de manifestantes furou o cerco da polícia e entrou no local, onde mais ônibus foram danificados. Uma parte do grupo jogou pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo.
“Eu estava com 15 passageiros, o pessoal de capuz ameaçou atear fogo. Pedi para o pessoal sair e aí eles destruíram todo o ônibus. Meteram pedra de cima abaixo”, disse o motorista de um veículo da linha 435 da EMTU (Diadema-25 de Março).
Os manifestantes se dividiram em grupos menores, mas novos confrontos foram registrados em pontos isolados, como na praça da Sé. Mais tarde, parte das pessoas voltou a se reunir na avenida Brigadeiro Luís Antônio, em direção à avenida Paulista, onde novos confrontos foram registrados.
Um carro que passava pela avenida Paulista no momento da confusão acabou atropelando dois manifestantes. O motorista fugiu em seguida, mas o casal atingido não teve ferimentos graves.
manifesto
Esse é o terceiro protesto feito contra o aumento das passagens de ônibus em menos de uma semana. Na quinta-feira, manifestantes liderados pelo Movimento Passe Livre fecharam avenidas como a Nove de Julho, a 23 de Maio e a Paulista. Houve confronto com a PM e os manifestantes deixaram um rastro de vandalismo.
A passagem foi reajustada de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2. A inflação desde o último aumento nos ônibus da capital, em janeiro de 2011, foi de 15,5%, de acordo com o IPCA (índice oficial, calculado pelo IBGE). No caso do Metrô e dos trens, o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Se optassem por repor toda a inflação oficial, a gestão Fernando Haddad (PT) teria de elevar a tarifa para R$ 3,47 e o governo Alckmin, para R$ 3,24.
Folha de São Paulo

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