Policial militar foi flagrado pelos colegas de farda, em Contagem, ao extorquir uma mulher
Um policial militar foi preso anteontem, suspeito de extorquir e estuprar uma jovem de 22 anos em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O crime teria sido cometido no bairro Maracanã, na noite do último domingo, pelo cabo Antônio Mendes Moura, do 39º Batalhão da Polícia Militar (PM), com a ajuda de dois comparsas. O suspeito nega o crime e afirma que teve um relacionamento anterior com a moça e que estava "apenas cobrando uma dívida".
Segundo a jovem, que pediu para não ser identificada, ela foi sequestrada em um bar, onde outros dois jovens - que também teriam sido extorquidos pelo militar e seus comparsas - teriam dito que o trio poderia encontrar drogas.
Ainda segundo a mulher, Mendes e dois amigos se aproximaram com o carro da mesa onde ela estava com duas amigas. Ele, então, deu dinheiro à moça e pediu que ela o ajudasse a comprar papelotes de cocaína. Ela atendeu ao pedido do militar. No entanto, depois de entregar os papelotes, foi puxada para dentro do veículo e obrigada a seguir com o trio e os outros dois jovens, também mantidos reféns.
Na cerca de uma hora em que ficou em poder dos suspeitos, a jovem teve que fazer uma transferência bancária no valor de R$ 190 para a conta do policial. Ela ainda teria sofrido abuso sexual. "Eu estava no colo deles (das duas outras vítimas), quando o policial abaixou meu short dizendo que ia me revistar. Aí ele colocou os dedos em minhas partes íntimas. Depois, me obrigou a lamber os dedos dele".
O policial teria ainda exigido que a vítima lhe entregasse um telefone celular, os documentos e um cartão bancário. Antes de libertar a moça e os dois rapazes em uma rua do bairro Maracanã, os suspeitos ainda teriam passado com eles na porta de suas casas.
Ameaça. Segundo a mulher, o policial a ameaçou de morte e disse que em breve voltaria para pegar dinheiro. Ele foi preso anteontem, depois de fazer vários telefonemas para a família da jovem, exigindo dinheiro. Os parentes da vítima pediram ajuda a outro policial militar - lotado no Batalhão Rotam -, que procurou o 18º Batalhão da PM, responsável pela região onde a moça mora.
Quando o cabo Mendes e um dos comparsas apareceram para pegar R$ 700, foram surpreendidos por uma emboscada feita pelos militares e presos em flagrante pela extorsão.
Segundo a jovem, que pediu para não ser identificada, ela foi sequestrada em um bar, onde outros dois jovens - que também teriam sido extorquidos pelo militar e seus comparsas - teriam dito que o trio poderia encontrar drogas.
Ainda segundo a mulher, Mendes e dois amigos se aproximaram com o carro da mesa onde ela estava com duas amigas. Ele, então, deu dinheiro à moça e pediu que ela o ajudasse a comprar papelotes de cocaína. Ela atendeu ao pedido do militar. No entanto, depois de entregar os papelotes, foi puxada para dentro do veículo e obrigada a seguir com o trio e os outros dois jovens, também mantidos reféns.
Na cerca de uma hora em que ficou em poder dos suspeitos, a jovem teve que fazer uma transferência bancária no valor de R$ 190 para a conta do policial. Ela ainda teria sofrido abuso sexual. "Eu estava no colo deles (das duas outras vítimas), quando o policial abaixou meu short dizendo que ia me revistar. Aí ele colocou os dedos em minhas partes íntimas. Depois, me obrigou a lamber os dedos dele".
O policial teria ainda exigido que a vítima lhe entregasse um telefone celular, os documentos e um cartão bancário. Antes de libertar a moça e os dois rapazes em uma rua do bairro Maracanã, os suspeitos ainda teriam passado com eles na porta de suas casas.
Ameaça. Segundo a mulher, o policial a ameaçou de morte e disse que em breve voltaria para pegar dinheiro. Ele foi preso anteontem, depois de fazer vários telefonemas para a família da jovem, exigindo dinheiro. Os parentes da vítima pediram ajuda a outro policial militar - lotado no Batalhão Rotam -, que procurou o 18º Batalhão da PM, responsável pela região onde a moça mora.
Quando o cabo Mendes e um dos comparsas apareceram para pegar R$ 700, foram surpreendidos por uma emboscada feita pelos militares e presos em flagrante pela extorsão.
Acusado nega tudo
Durante toda a tarde de ontem, o policial militar e as vítimas prestaram depoimento à Polícia Civil. Segundo o advogado de defesa do cabo Mendes, Hudson dos Santos, o cliente alegou que já conhecia a jovem e estaria apenas tentando cobrar uma dívida dela. "Eles inventaram essa história, e ele foi preso e agredido", afirmou.
O advogado informou que o cabo está afastado das atividades policiais por licença médica e que faz uso de remédios controlados, mas não é usuário de drogas. (VD)
O advogado informou que o cabo está afastado das atividades policiais por licença médica e que faz uso de remédios controlados, mas não é usuário de drogas. (VD)
MINIENTREVISTA
"Ele me obrigou a lamber os dedos dele"
Jovem de 22 anos - suposta vítima de extorsão e estupro
Como o policial militar te abordou? Eu estava na mesa do bar com duas amigas quando ele apareceu em um Palio preto e perguntou se eu sabia quem tinha droga. Eu disse que tinha visto umas pessoas vendendo. Ele pediu que eu buscasse três papelotes de cocaína para ele e me deu o dinheiro. Quando voltei com a droga, ele e os amigos me puxaram para dentro do carro e arrancaram.
Ele exigiu dinheiro? Sim. Ele disse que era da polícia e queria dinheiro. Fez ameaças e me obrigou a entregar um telefone, os documentos e meu cartão do banco. Falou ainda que iria me matar.
O cabo Mendes ainda teria abusado de você? Ele falou que iria me revistar, abaixou o meu short e tocou nas minhas parte íntimas. Ainda me obrigou a lamber os dedos dele. Agora, ele está dizendo que já me conhecia e que estava cobrando uma dívida, mas nunca tinha visto ele na minha vida.
Ele exigiu dinheiro? Sim. Ele disse que era da polícia e queria dinheiro. Fez ameaças e me obrigou a entregar um telefone, os documentos e meu cartão do banco. Falou ainda que iria me matar.
O cabo Mendes ainda teria abusado de você? Ele falou que iria me revistar, abaixou o meu short e tocou nas minhas parte íntimas. Ainda me obrigou a lamber os dedos dele. Agora, ele está dizendo que já me conhecia e que estava cobrando uma dívida, mas nunca tinha visto ele na minha vida.
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