quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Deputado diz que ALMG é `Prostíbulo´


Sávio Souza Cruz acusa governistas de fraudar a lista de presença
Publicado no Super Notícia em 05/09/2012
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GUSTAVO PRADO
FOTO: ALAIR VIEIRA / ALMG
Discussão. Sávio Souza Cruz (ao fundo) ficou indignado por a Mesa ter concedido tempo para a fala de João leite e negado para ele
"Prostíbulo" e "chiqueiro". Essas foram as duas expressões utilizadas, aos berros, pelo deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB) para definir a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), ontem, na primeira sessão ordinária do mês de setembro. As declarações do líder do PMDB na Casa foram feitas após o deputado Inácio Franco (PV), que presidia a sessão, não conceder a palavra ao peemedebista.

Sávio acusou a Mesa Diretora de não "usar o mesmo peso" para a oposição e os deputados da base aliada do governo de Minas. O peemedebista tentou discursar ao microfone da Casa para criticar a condução dos trabalhos na Assembleia, mas foi impedido por Inácio Franco, que havia acatado a solicitação do deputado Duarte Bechir (PSD) para a verificação de quórum. A decisão do verde irritou o peemedebista, que, fora do microfone, exaltou-se e, em tom de voz elevado, se disse com "nojo" da Casa e chamou a Assembleia de "prostíbulo" e "chiqueiro". O peemedebista ainda disse que "em um puteiro existem mais regras (do que na assembleia)".

A indignação do peemedebista começou depois que, em uma situação semelhante a que aconteceu com ele, o então presidente da Mesa concedeu a palavra ao deputado João Leite (PSDB) - da base aliada do governo. Sávio, junto a outros deputados da oposição, reclamaram de tratamento desigual à minoria.

As palavras de Sávio repercutiram negativamente entre os outros deputados, que tentaram apaziguar os ânimos e acalmar o deputado. Uma possível quebra de decoro parlamentar chegou a ser cogitada por alguns deputados.

Acusação. O clima no plenário para a primeira reunião do mês já começou quente. Sávio Souza Cruz foi o primeiro deputado a discursar. Juntamente com os demais parlamentares da oposição, o peemedebista protocolou um ofício solicitando a anulação da reunião ordinária realizada na Casa no dia 22 de agosto. A oposição acusa a Mesa Diretora de fraudar a presença dos deputados na sessão.

"A reunião foi aberta sem quórum. A vontade do governo é imposta à tratoragem", discursou Sávio. A sessão em questão foi aberta com a presença de 27 deputados - é necessária a presença de 26 parlamentares para o início da reunião. Mas, de acordo com a oposição, apenas 25 deputados estavam presentes na reunião.

Eles acusaram a Mesa de fazer a contagem dos deputados na sessão de forma irregular. Ao em vez de proceder a verificação do quórum pelo painel, a marcação de presença teria sido feita por uma funcionária.

De acordo com Sávio, a Mesa criou uma prática de marcar automaticamente a presença do deputado quando ele é visto pela funcionária. Sávio e o deputado Adalclever Lopes tiveram a presença marcada quando, segundo eles, não estavam em plenário. "Estava presente no papel, mas não estava aqui. Foi feita uma fraude", disse Adalclever.

De acordo com a oposição, a prática foi realizada para que o prazo de discussão dos projetos do governo se esgotassem, mesmo sem quórum. 
Falta de acordo impede votação
Após passarem todo o mês de agosto sem apreciar nenhum projeto de lei em plenário, a primeira sessão, marcada por muito bate-boca dos deputados, também passou em branco. A falta de acordo da base aliada do governo com a oposição impediram a agilização da votação.

Na pauta, um veto ao projeto de lei que torna obrigatória a notificação aos órgãos de segurança pública do ingresso na rede de atendimento à saúde de pessoa ferida com arma de fogo trava a pauta para a votação das demais propostas.

Mas, além do veto, outra proposta pretende render muito debate entre os parlamentares. Trata-se do projeto que autoriza o governo do Estado a contrair um empréstimo de R$ 1,3 bilhão junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), dentro do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e do Distrito Federal - Proinveste. O projeto tramita em regime de urgência na Casa.

O dinheiro deve ser investido em infraestrutura, mobilidade urbana, saneamento básico, ciência e tecnologia, gestão fazendária e segurança pública. A oposição, porém, já se articula para tentar protelar a aprovação da proposta.

Com o dinheiro, está prevista a compra de veículos para a Polícia Civil e para a fiscalização fazendária. A oposição diz que, o empréstimo para a compra de automóveis, por exemplo, é mais um sinal de que Minas está "quebrada", pois seria obrigação do Estado. (GP)
Blog: Em vez de se preocuparem com projetos que trarão benefícios para os  moradores de minas, estão se auto criticando, isto é uma baixaria.

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