segunda-feira, 11 de março de 2013

Atropela ciclista e não socorre


Condutor jogou o braço da vítima em um rio
Publicado no Super Notícia em 11/03/2013
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FOTO: ADRIANO LIMA/ ESTADÃO CONTEÚDO
Alex indicou onde jogou o braço de David, que atropelou na manhã de ontem
Um estudante de psicologia, que estava alcoolizado, dirigia em zigue-zague e em alta velocidade entre os cone da ciclofaixa da avenida Paulista quando atropelou um ciclista na manhã de ontem. O braço da de David Santos Souza, de 21 anos, foi decepado na hora e ficou preso no para-brisa do carro do motorista, que não parou. Ele seguiu até a zona sul, onde jogou o membro no córrego do Ipiranga.

Alex Siwec, de 22 anos, dirigia o Honda Fit do pai e voltava da casa noturna Josephine com um amigo. "Ele estava em velocidade acima da desenvolvida pelos demais carros", contou o delegado Luis Francisco Segantin Júnior, assistente da 1ª Delegacia Seccional da cidade.

Depois do acidente, Siwec deixou o amigo em casa, e antes de chegar ao condomínio onde mora, jogou o braço de Santos no córrego. Isso impediu que médicos do Hospital das Clínicas, para onde a vítima foi levada, pudessem tentar fazer o reimplante do membro.

Segundo a polícia, ao estacionar o carro, o rapaz decidiu procurar uma base comunitária da Polícia Militar e se entregou. "Ele exalava álcool e se recusou a fazer os exames (bafômetro e de sangue). Mas o teste clínico constatou que ele mantinha sinais de embriaguez", disse o subtenente Jaime de Souza Melo.

Policias levaram Siwec de volta para o rio, para que ele indicassem o local onde o braço foi deixado. As buscas pelo membro retornarão hoje. O motorista está preso e responderá por tentativa de homicídio doloso, fuga do local, embriaguez ao volante e por ter, segundo a polícia, "inovado no cenário ao tentar se desfazer do braço da vítima".
Ciclistas protestam
Após o atropelamento de David Santos Souza, a avenida Paulista ficou interditada. Mas não foi apenas o trânsito local parado o único reflexo do acidente. Usuários da ciclofaixa ficaram indignados com a reação do motorista. No 78º Distrito Policial onde se apresentou, Alex Siwec foi recebido por um grupo de dez ciclistas sob gritos de "assassino". Ele escondeu o rosto para não ser fotografado ou sofrer qualquer retaliação. Houve também um protesto, por volta das 16h. A Ciclocidade, associação de ciclistas urbanos de São Paulo, informou que manifestantes organizaram uma marcha da praça do Ciclista até o local do acidente, nas proximidades da estação Brigadeiro do metrô.

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