terça-feira, 30 de abril de 2013

Bandidos voltam a levar terror aos moradores do Belvedere


Capital registra média de oito roubos por dia; dois a mais que em 2012
Publicado no Super Notícia em 30/04/2013
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JOANA SUAREZ
FOTO: RODRIGO LIMA
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Ação. Criminosos foram detidos depois que vizinha percebeu movimentação estranha e chamou a PM
O bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi palco ontem de mais um assalto à residência. Três criminosos foram detidos, na manhã de ontem, enquanto praticavam o terceiro roubo do dia. Os crimes entram agora para a estatística que dá respaldo ao medo relatado por quem vive na capital. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), entre janeiro e fevereiro, foram 475 imóveis roubados na cidade - quase oito por dia. No ano passado, 2.293 residências foram furtadas, mais de seis todos os dias.

Frederico Martins, 27, Fernando Oliveira, 29, e Thiago Silva Santos, 21, foram presos enquanto assaltavam uma casa no Belvedere. Eles invadiram o local após render um morador. O homem, um norte-americano de 72 anos, chegou a ter a orelha apertada com um alicate por não entregar a chave do cofre. Nervoso, ele não conseguia entender o que os ladrões diziam. "Ameaçaram meu padrasto, prensaram a orelha dele, deram coronhadas. Não sei o que fazer", disse o médico Rafael Santos, 31. 

Os bandidos foram presos depois que pelo menos três pessoas chamaram a polícia. Antes de invadirem a casa onde foram detidos, eles haviam assaltado um prédio no bairro Santa Lúcia e outra casa no Belvedere. Violentos, eles torturavam e ameaçam as vítimas. "Mandaram eu tirar a roupa e disseram que iam enfiar a arma em mim, me matar e me torturar", contou uma arquiteta de 37 anos, vítima do segundo assalto, no Belvedere. Esse foi o terceiro roubo à casa dela em menos de um ano. No Santa Lúcia, os bandidos fugiram quando o alarme seria disparado.

Um helicóptero e 15 viaturas participaram da ação. Os criminosos foram reconhecidos por pelo menos outras dez vítimas, em bairros como Sion e Santa Lúcia, na região Centro-Sul, e Castelo e Bandeirantes, na Pampulha, além do Camargo, na Noroeste. 

Insegurança. Mesmo com todo o aparato de segurança privada, a população se sente desprotegida. "Vivo com medo", disse uma vítima.

Para o sociólogo Moisés Gonçalves, falta prevenção. "A sequência de torturas poderia ter sido evitada se eles tivessem sido identificados antes".




CRUELDADE
Vítimas choram e tremem durante reconhecimento 
Os criminosos presos ontem agiam com crueldade ao assaltar e render os moradores. Segundo relatos das vítimas  eles faziam ameaças sexuais, davam coronhadas, colocavam armas na boca das vítimas e falavam palavrões. Em uma das casas, eles picharam na parede que a policia jamais os prenderia.

Vítimas que foram ontem à delegacia para fazer o reconhecimento dos criminosos saiam chorando e tremendo. €œGraças a Deus eles estão presos e vão pagar por tudo que fizeram. Foi uma tortura psicológica muito forte, que eu nunca vou esquecer€, contou uma engenheira de 28 anos que mora em um dos 22 apartamentos assaltados de uma só vez em um prédio do bairro Castelo, na Pampulha, onde mora o jogador do Atlético, Leandro Donizete.

No ultimo sábado  uma comerciante de 47 anos foi alvo da mesma quadrilha. €œApanhei até entrar em casa. Fizeram xixi na minha cama, tentaram estuprar minha filha de 17 anos€. (JS)

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