terça-feira, 30 de abril de 2013

Ex-namorada de delegado teria mentido ao depor



Publicado no Super Notícia em 30/04/2013
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LUCAS SIMÕES
FOTO: LEO FONTES - 26.4.13

Locais por onde policial e adolescente passaram foram revisitados
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai pedir à Polícia Civil que abra investigação contra a ex-namorada do delegado Geraldo Toledo, suspeito de atirar na cabeça da namorada A.L, 17, no último dia 14, na estrada que liga Ouro Preto ao distrito de Lavras Novas, na região Central do Estado.

O requerimento deve ser encaminhado hoje à chefia da Polícia Civil e ao governador Antonio Anastasia, pelo deputado Durval Ângelo (PT), que acusa a corretora de imóveis Paula Rafaela Rocha Maciel, 25, de ter mentido em depoimento sobre o crime para encobertar o ex-companheiro.

A Corregedoria da Polícia Civil não confirmou que a jovem teria mentido ou se há alguma investigação contra ela. Porém, segundo o deputado Durval Ângelo, ela forneceu endereço residencial falso. "Quando a polícia foi periciar a casa dela, descobriram que ela não morava no local há três meses. Isso tem que ser investigado, porque pode ter sido para encobertar o suspeito de alguma maneira", disse.

Paula esteve na Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Horto, na região Leste da capital, anteontem, para levar roupas limpas a Toledo. Procurada, ela negou as acusações. "Não forneci nenhum dado falso. Vou acionar minha advogada para resolver essa situação", disse.

Reconstituição. A Comissão de Direitos Humanos também vai enviar uma carta de repúdio à Polícia Civil e ao governo do Estado hoje, criticando a reconstituição do crime, feita na última sexta-feira. O deputado Durval Ângelo alega que, durante o processo, o delegado Toledo não foi tratado como acusado criminal. "Ele foi transportado em uma viatura sem algemas, demonstrou intimidade com os policiais e foi irônico, sorrindo o tempo todo", disse o petista.

O chefe da Polícia Civil, Cylton Brandão, informou que o preso não é obrigado a estar algemado na reconstituição de um crime. "Às vezes, o detido precisa estar solto para demonstrar o fato", frisou.

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