Publicação: 01/06/2012 09:10 Atualização: 01/06/2012 09:23
Blitzes específicas para motos é uma das estratégias da polícia para coibir a atuação de assaltantes |
As ocorrências de saidinha de banco caíram 6,9% em Belo Horizonte nos quatro primeiros meses de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. A Polícia Militar comemora o resultado, mas especialistas em segurança pública consideram a redução inexpressiva e os números muito altos ainda. De janeiro a abril, mais de R$ 1,5 milhão foi levado por criminosos em 325 assaltos a clientes de agências bancárias. A tendência de migração do crime para as regiões de periferia, já registrada nos últimos levantamentos da polícia, foi mantida. Enquanto os índices caem nas áreas centrais, nas regiões Noroeste e de Venda Nova os ataques aumentaram.
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Em média, 115 crimes violentos são registrados por dia na Região Metropolitana de BH Duas pessoas são vítimas do crime de saidinha de banco por dia em BHA Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização da Prefeitura de BH (Smafis) informou, por meio de nota, que fez levantamento das irregularidades e que a fiscalização nas agências começa hoje, com aplicação de multas que podem chegar a R$ 50 mil.
O percentual de queda está estagnado desde 2010, que registrou o mesmo índice do ano anterior. Para o professor Luís Flávio Sapori, do Centro de Pesquisas em Segurança Pública da PUC Minas, os dados representam uma estabilidade em altos patamares e aponta que a solução está na integração das polícias. “É preciso melhorar o trabalho da polícia investigativa para localizar e prender as quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. Só com o patrulhamento da PM, não vai resolver. A redução de 6,9% este ano comparado a 2011 é inexpressiva”, avalia.
Levantamento da PM mostra migração de ladrões do Centro para outras regiões de BH (clique para ampliar) |
Em Venda Nova, o acréscimo foi de 21,4%, passando de 14 para 17 crimes. Em ambos as regiões, segundo a polícia, os bancos sem biombo contribuíram para as ocorrências. Já a região da cidade que mais apresentou queda no comparativo foi a Oeste: de 23 casos para 11, menos 52,2%.
Quanto à avaliação sobre as vias onde a incidência de saidinhas de banco é mais comum, a Avenida do Contorno é a campeã, representando 12 roubos do total. A Prudente de Morais e a Pedro II vêm em seguida com oito casos cada, seguidas pela Abílio Machado, Amazonas e Padre Pedro Pinto, com seis cada.
Biombos A PM não divulga os nomes das instituições financeiras que desrespeitam a lei do biombo. Entretanto, levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que os três bancos que concentram o maior número de ocorrências são Bradesco, Itaú e Santander, justamente os que não adotaram o uso da ferramenta. Em um deles, foram 146 casos este ano contra 122 no ano passado. Já em um banco que adotou a proteção, foi registrada queda de crime de 61%. Foram 13 casos em 2012 contra 34 em 2011.
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