segunda-feira, 4 de junho de 2012

TODOS NÓS MILITARES QUE NÃO TEMOS NENHUM PROBLEMA DE DEFICIENCIA FÍSICA, EXIGIMOS DE NOSSAS AUTORIDADE MAIS RESPEITO COM OS NOSSOS IRMÃOS DE FARDA QUE SÃO DEFICIENTES FISICAMENTE, QUE CUMPRAM O QUE DETERMINA A LEI E QUE VOTEM A PEC 34/2012 ANTES DO RECESSO PARLAMENTAR, POIS COMO ESTAMOS EM ANO ELEITORAL, SE DEIXAREM PARA DEPOIS A VOTAÇÃO NÃO ACONTECERÁ. EXIGIMOS TAMBÉM QUE SEJA ACRESCENTADO A PEC 34 "INCAPACIDADE FÍSICA", ASSIM SE DARÁ A CESAR O QUE É DE CESAR.


São muitas as dificuldades encontradas pelos portadores de deficiência nos gestos e movimentos mais simples do dia-a-dia. Nas dificuldades para andar pelas ruas, tomar uma condução, entrar em lojas e bancos; uma infinidade de situações que é até difícil de imaginar. Por isso, sempre que puder, cobre das autoridades o cumprimento e a criação de cidades mais humanas e espaços preparados para receber bem o deficiente físico. O cidadão deficiente também quer seus direitos cumpridos e respeitados.

Entre muitos problemas não resolvidos em nosso país, está a situação das pessoas portadoras de deficiência física, cuja noção está ligada ao problema geral da exclusão. Vítimas de problemas congênitos, enfermidades ou causas traumatológicas, perfazem 10% de todo o seu contingente.

Como toda minoria, são relegadas a segundo plano, tendo em vista não existir uma consciência popular valorativa sobre os seus potenciais, como se a cabeça estivesse na disfunção de um membro locomotor ou no atrofiamento de um braço.

Ter um defeito físico, andar numa cadeira de rodas, geralmente significa ser inválido, estar cerceado do sagrado direito de sustentar-se com o fruto do próprio trabalho. É a chamada rotulagem despreziva que tanto mal nos faz. Os órgãos estatais fecham as portas. E, para qualificar-se, nem se fala, pois as barreiras arquitetônicas das escolas relegam o aluno, logo no primeiro dia de aula, bem como o mobiliário das cidades e o transporte coletivo, que não são planejados para esses "imperfeitos seres".

A discriminação, por parte da própria família, que tem por tradição esconder os seus deficientes, é a mais crucial, numa amostra, sem dúvida, de desumanidade. É o retrato de um País que não encara os seus problemas, não sabe transformá-los, aceitando, apenas, os fortes, perfeitos e vencedores.

A sociedade não sabe conviver com essas pessoas. Ainda não conseguiu entender que o maior potencial humano é a mente e, se essa está ilesa, a vida é possível e o trabalho é digno dentro da capacitação. A informação e o espírito de solidariedade ainda são muito pequenos entre nós. Nunca paramos para pensar como é o dia-a-dia de uma pessoa que tem por pernas quatro rodas de uma cadeira. Estamos sempre ocupados com os nossos próprios problemas, esquecendo-nos de que as fatalidades não avisam, nem escolhem status. Quando deparamos com alguém de muletas ou cadeira de rodas, a idéia é de que está aposentado ou aposentando, embora sirvam as pernas, apenas, para cumprir a simples missão de andar. Se a pessoa for do sexo feminino, principalmente, presume-se logo que jamais encontrará companheiro, ou, se a seqüela for recente, fatalmente será abandonada por ele. É como se, de repente, o ser humano se transformasse num objeto sem valor.

É raro vermos uma pessoa deficiente física ocupando um cargo público de comando. Se a fatalidade ocorre durante o exercício do dele, a aposentadoria é compulsória, sem nenhuma chance de readaptação dentro do órgão. Sequer pensa-se numa transferência para outro cargo mais compatível com a limitação física adquirida. Simplesmente, descarta-se. Afinal, estamos na era dos descartáveis. É um marco da personalidade brasileira e do machismo arraigado de governantes desinformados que não sabem buscar, transformar, aproveitar, mesmo tanto tempo depois da teoria de Lavoisier: "...nada se perde, tudo se transforma". Quando uma parte do corpo se fragiliza, as outras se encarregam do trabalho, provando que não há problema sem solução.

A mídia é a grande responsável por essa imagem, tão negativa, do deficiente físico. Fulcrada em desinformações, as novelas banem até a sua sexualidade, forçando-o, mesmo, a tornar-se um cadáver vivo. Estar deficiente, fisicamente, não significa estar assexuado. Sempre há uma saída, tendo em vista a lei da compensação e a perfeição da natureza.

É costume, também, mostrar a penúria, a fatalidade, a invalidez do incapacitado físico, e nunca o seu trabalho digno, a sua competência, o seu esforço para vencer barreiras. Vê-se sempre o invólucro, e nunca o conteúdo. É pena que não entendam que do mínimo indispensável é possível construir uma obra de arte. "O essencial é mesmo invisível aos olhos. É preciso buscar com o coração".

No caso dos deficientes físicos da PMMG, esses problemas são maiores, pois quando os nossos militares entram na coeporação eles entram sem nenhum problema e quando os adquire, simplesmente são reformados quase sem nenhum amparo, alguns militares deficientes físicos levam meses para receberem seus remédios gratuitos pelos batalhões responsáveis por este deficiente, são tratados em segundo plano. O governo nada faz e o cmdo não cumpre o mínimo que é pagar o auxílio devido, tendo esses militares na maioria das vezes terem que recorrer a justiça e o que ainda é pior, pagando advogados particulares e que na maioria das vezes sequer entendem o que estão defendendo, pois esses deficientes militares não podem contar com os advogados das associações que na maioria das vezes para se conseguir contato com um pode levar até uns 15 dias e normalmente quando o militar consegue se contactar com um, ele não se esforça na defesa, pois terão que enfrentar ou o governo os os poderosos da PM e a maioria dessas nossas associações estão a serviço do comando e do governo e não a serviço de seus associados.
Cabo Fernando

Nenhum comentário:

Postar um comentário