Vítimas pediram viatura da Polícia Militar, mas não foram atendidos.
28/10/2012 21h05
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ANDERSON ROCHA
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Dois homens foram agredidos no início da madrugada deste sábado (27), na Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com informações de uma das vítimas, dois homens aproximaram-se da dupla, ameaçaram-nos de morte e agrediram-nos com socos e pedras.
Por volta de meia noite e meia, o professor e jornalista Juliano Azevedo, 32, e outro homem, que não quis ser identificado, voltavam à pé de um evento em uma casa de shows na Savassi. No cruzamento das avenidas Cristóvão Colombo e Antônio de Albuquerque, os dois amigos pararam para se despedir com um abraço, quando dois homens carecas, sem camisa e tatuados abordaram a dupla.
“Pensamos que fossem duas pessoas saindo de uma festa, bêbados. Eles viraram até nós, perguntaram o que estávamos fazendo e disseram que iriam nos matar, nos exterminar”, contou Juliano. Em seguida, deram uma voadora no professor e atiraram pedras na outra vítima, que teve um corte na cabeça. Os agressores correram e ficaram parados em um ponto de ônibus, observando as vítimas.
AMPARO NEGADO Ainda segundo o relato de Juliano, as vítimas pediram ajuda a guardas municipais que estavam no local, com medo dos homens, que estavam próximos, mas eles disseram não poder ajudar. Sugeriram que ligassem, então, para a Polícia Militar.
Pelo 190, a PM recomendou que as vítimas fossem direto para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde haveria um posto policial da Policia Civil para fazer um Boletim de Ocorrências. Lá, porém, o BO não feito. "Esperávamos que viesse uma viatura para nos proteger", disse Azevedo.
"Não acredito que isso seja um gesto de homofobia. Não estávamos fazendo nada além de um abraço de amigos. É uma violência gratuita", completou.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Polícia Militar afirmou que irá pronunciar-se na manhã desta segunda-feira (29).
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