quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

GUERRA DE TORCIDAS Julgamento galoucura



Seis dos 12 acusados de participar do espancamento e morte de cruzeirense, em 2010, estão sendo julgados em BH
Publicado no Super Notícia em 31/01/2013
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JOSÉ VÍTOR CAMILO
FOTO: FOTOS LEO FONTES
Ontem, foram ouvidas duas vítimas e outras sete testemunhas do crime brutal
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Apesar do atraso de uma hora, teve início ontem o julgamento de seis dos 12 suspeitos de ter participado da pancadaria entre torcidas organizadas, em dezembro de 2010, que terminou na morte de Otávio Fernandes, de 19 anos, em frente ao Chevrolet Hall, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

O juiz do 2º Tribunal do Júri, Glauco Eduardo Soares, disse que o julgamento deve durar cerca de três dias. "Isso porque boa parte das 29 testemunhas deve ser dispensada", explicou o juiz.

O júri, formado por quatro homens e três mulheres, decidirá pela condenação do antigo diretor da Galoucura, Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, acusado de homicídio e tentativa de homicídio; João Paulo Celestino Souza, o Grilo, acusado de homicídio; e Cláudio Henrique Souza Araújo, o Macalé, por tentativa de homicídio. Todos eles são acusados, também, de formação de quadrilha. Os outros três réus, Eduardo Douglas Ribeiro Junior, Josimar Junior de Sousa Barros e Windsor Luciano Duarte Serafim são julgados em liberdade apenas por formação de quadrilha.

Ao longo do dia, foram ouvidas duas vítimas e outras sete testemunhas do crime, começando por Rodrigo de Oliveira, um dos sobreviventes às agressões. Ele, que já havia sido diretor da Máfia Azul por sete anos, disse estar com problemas psicológicos após as agressões e ter saído da organizada.
A voz das testemunhas
Do total de testemunhas ouvidas, apenas Rodrigo Marques de Oliveira reconheceu Marcos Vinícius Oliveira, o Vinicin, como autor das agressões contra Otávio. O restante das testemunhas relataram ter visto alguns dos réus entre o grupo de agressores, porém, não viram quem eles agrediram. Já Cláudio Henrique Souza, o Macalé, foi citado várias vezes como o homem que carregava uma grade e empurrava os torcedores. Após a pausa para o almoço, o promotor Francisco Santiago disse que tudo corria bem no julgamento. "A defesa passa vídeos de brigas entre as torcidas, o que só reforça nossa tese da formação de quadrilha", alegou.

Enquanto isso, o advogado de defesa, Dino Miraglia, disse estar seguro de que seus clientes serão inocentados. "Até agora, as testemunhas apontaram que o vídeo, visto na delegacia, estava editado, igual na TV. Além disso, nenhuma das testemunhas de acusação reconheceu os acusados", disse o advogado. (JVC)

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