terça-feira, 22 de janeiro de 2013

TRÂNSITO Motociclistas são 35% dos mortos, temos que observar a imprudência e auto confiança. Em 2012, 44 dos 123 óbitos foram de condutores de motos na região metropolitana



Publicado no Super Notícia em 22/01/2013
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NATÁLIA OLIVEIRA
FOTO: ALEX DE JESUS - 28.4.2009
Polícia acredita que causa de acidentes é imprudência
Os motociclistas representam 35% das mortes em acidentes registrados no ano passado nas estradas da região metropolitana de Belo Horizonte, conforme a Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Dos 123 óbitos em 2012, 44 foram de condutores de motos. Para especialistas e a corporação, o número é alto e as principais causas são a imprudência e o despreparo da categoria, já que as aulas de direção destinadas a esse público são ruins.

Segundo o comandante da PMRv, major Agnaldo Lima de Barros, a quantidade de motos em estradas é inferior aos outros tipos de veículos para ter um percentual tão elevado de óbitos. "O problema é que os motociclistas são imprudentes, principalmente em ultrapassagens e ao circularem nos corredores", diz o major.

Conforme o consultor em transporte e trânsito Osias Batista Neto, a preparação dos motociclistas para tirar a habilitação também é falha em relação às estradas. "Os motociclistas fazem as aulas de direção fechados em um local, e, de repente, precisam dirigir entre carros, ônibus e carretas. A moto é leve, se um veículo pesado encosta no motociclista, a chance dele morrer é muito grande", avalia.

Foi em uma situação parecida com a citada pelo especialista que a dona de casa Maria Auxiliadora de Lima, de 52 anos, perdeu o filho em um acidente de moto na BR-356, em Ouro Preto, na região Central de Minas. "Ele foi fazer uma ultrapassagem e bateu em uma carreta. Com o impacto, o corpo dele foi parar embaixo de um ônibus e ele morreu na hora", contou.          
Anel mata mais                                                                                                        A maioria das mortes aconteceu no Anel Rodoviário (13, ao todo). O presidente da Associação dos Motociclistas Trabalhadores de Minas Gerais, José Carlos, o Jacaré, explica que o principal problema é que os motociclistas lidam com o Anel como uma via urbana. "O Anel é o caminho para casa desses motociclistas. Eles não veem a via como um tráfego interestadual", diz. (NO)

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