terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Goleiro pode ter pena reduzida de 41 para 4 anos


Entrevista da principal testemunha do caso é novo trunfo da defesa
Publicado no Super Notícia em 26/02/2013
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NATÁLIA OLIVEIRA
FOTO: REPRODUCAO/TV GLOBO - 24.2.2013
Jorge foi o primeiro a denunciar a morte de Eliza, à Polícia Civil, em 2010. Ao todo, ele deu quatro versões para o crime
A pena de 41 anos estimada para o goleiro Bruno, caso ele seja condenado pela morte de Eliza Samudio, pode ser reduzida para quatro anos. Dessa vez, o álibi do jogador é uma entrevista do primo dele ao "Fantástico". Jorge Luiz Rosa, de 19 anos, testemunha principal da execução, afirmou, durante a conversa, exibida anteontem, que Bruno sabia do crime, porém, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, executou Eliza sozinho.

Segundo especialistas, se Jorge convencer o júri da versão, o goleiro pode ser condenado apenas pelo crime de omissão de socorro, que gera uma pena de quatro anos. "Jorge é a testemunha mais importante do caso. Então, há uma chance de os jurados considerarem o que ele disse", disse o jurista e professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) João Henrique Gomes.

Bruno irá a Júri popular na próxima segunda-feira, junto com sua ex-mulher Dayanne de Souza. O goleiro responde a processo por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Já a ex-mulher dele responde por sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho de Bruno com Eliza.

Jorge foi arrolado por defesa e acusação para prestar depoimento no dia do julgamento. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ele será intimado a prestar depoimento ainda nesta semana e, se for encontrado, irá ser ouvido em juízo.

"O difícil será convencer os jurados de que a versão de Jorge é verdadeira, porque ele se contradiz muito. E também tem o depoimento do Macarrão dizendo que Bruno é mandante do crime", disse o jurista paulista Luiz Flávio Gomes, que acompanhou o julgamento de Macarrão e da ex-namorada de Bruno Fernanda Gomes de Castro em novembro de 2012.

O advogado do jogador, Lúcio Adolfo da Silva, disse que o depoimento não deve prejudicar o goleiro. "Bruno nunca teve a intenção de matar Eliza, e vamos provar isso", disse o defensor.
`Bruno desconhece plano´, diz advogado
O goleiro Bruno Fernandes nunca soube de um plano para assassinar sua atual mulher, Ingrid Calheiros. A afirmação é de Lúcio Adolfo, advogado do jogador. Ele contou que conversou com o goleiro ontem, que negou ter conhecimento sobre a história de que Macarrão tentou contratar Jorge Luiz Rosa para matá-la por R$ 15 mil.

O defensor disse que Ingrid também negou saber de um plano nesse sentido. No entanto, Adolfo afirmou não duvidar da possibilidade.

"Não acho que seja impossível dizer que o plano existiu porque o Macarrão tinha muito ciúme do Bruno", disse o advogado.

De acordo com Jorge Rosa, o ex-braço-direito de Bruno queria afastar todas as mulheres do jogador, alegando que elas o prejudicariam.

Dayanne Souza, ex-mulher do goleiro, disse à reportagem que não vai comentar o assunto. (NO)

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